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História Cliche - O que você se lembra?


Escrita por: secretshadow

Notas do Autor


alessia linda maravilhosa representando a situação da abby xksjsja a

caso vcs tenham esquecido, quem interpreta a abby é a alessia, claro, na minha cabeça eu imagino assim, mas vcs podem imaginar com quem quiser, até se for com o seu animal de estimação, tá beleza kkk

Capítulo 26 - O que você se lembra?


Fanfic / Fanfiction Cliche - O que você se lembra?

Fechei a porta atrás de mim e me virei para o meu quarto, olhando para a cama, mais precisamente no par de pés que estava para fora. Dei um tapa na minha testa, não acreditando no que estava e no que iria acontecer.

Andei até a beirada da cama e me abaixei, pegando nos tornozelos de Harry e logo em seguida os puxei com tudo para trás, arrastando-o. 

-Ai, porra, minha barriga -ouvi Harry murmurar.

-Sua barriga não é a nossa prioridade agora. Você ouviu o que a minha avó disse? Ela te viu aí embaixo! -não esperei ele me responder e continuei- Pô, Harry, tu não sentiu um friozinho no pé e pensou em se encolher? 

-Não tinha mais espaço! 

-Não tinha mais espaço uma ova -retruquei, colocando a mão na cintura para um efeito mais dramático- espera, o que você está mastigando? 

Harry franzi as sobrancelhas e colocou a língua para fora, mostrando alguma coisa mastigada.

-Eu achei um chiclete embaixo da cama. 

-E você sabe há quanto tempo isso devia estar lá? 

-Você sabe? 

Abri a boca para dar uma boa resposta, mas fechei, respondendo um baixo 'não'. 

-Tinha só esse aí? 

Eu tinha a maior cara de pau de perguntar isso, porém vergonha com certeza não. 

-Aham -ele assentiu com a cabeça.

Eu abaixei os ombros, desanimada. Andei até a minha cômoda e comecei a mexer nela, até achar uma escova de dentes ainda na embalagem. Me virei, estendendo o braço para Harry pegar e, pela sua cara de confusão, expliquei.

-Vai escovar os dentes, ninguém merece ficar sentindo o fedor. 

-Ah, desculpa, então senhorita Não-Tenho-Mal-Hálito-de-Manhã* -ele falou irônico, pegando a escova da minha mão.  

-Já que você pediu desse jeito, eu aceito as suas desculpas -joguei meu cabelo para trás do ombro e abri a porta do quarto- usa o banheiro do corredor, eu vou no do quarto da minha mãe. Vê se não demora.

Eu andei até o fim do corredor com Harry ao meu ao meu lado. Abri a porta do banheiro para ele e depois o da minha mãe, vendo a luz ainda apagada. Fui na ponta dos meus pés até o seu banheiro e fiz as minhas higienes. 

Dez minutos depois eu estava trocada e com um Harry impaciente sentado na minha cama. 

-Ei, só um aviso: se você acha que não vai no café da manhã com a minha avó, tira o cavalinho da chuva porque você vai -avisei, jogando o meu pijama dentro do meu armário.

-Mas-

-Sh -interrompi- sem mais nem menos, eu não vou passar vergonha sozinha. Quem mandou você não esconder o seu pé? 

-Você! 

Deitei a cabeça para o lado e olhei para Harry meio que "sério?". Senti meu celular vibra no meu bolso e vi que era uma mensagem de Jenna, perguntando onde eu tinha ido ontem. Digitei uma resposta rápida e comecei a caminhar até a porta do quarto. 

-Vamos -chamei Harry.

Guardei meu celular no bolso e me preparei mentalmente para o que estava prestes a acontecer: a minha morte. 

-Finalmente, eu pensei que você tinha se afogado na privada de novo -minha vó falou quando nos viu entrando na sala.

-De novo? -Harry sussurrou para mim, mas eu o ignorei, sentindo a vergonha chegar mais cedo do que eu pensei que viria. 

-E qual seria o nome do nosso cavalheiro? 

-Harry.

-Uh, príncipe Harry? -minha vó disse, assanhando-se para ele.

Meu Deus, alguém me tira daqui.

-Eu sou Hailee, a vovó dessa sabichona que é a minha neta.

-Sabichona? -Harry sussurrou de novo para mim, confuso.

-Expressão de gente velha, ignora -respondi baixo.

-Sou velha, mas não sou surta, Abigail.

Opa.

-Desculpa, vó -eu disse sem graça, forçando um sorrisinho.

Ela abanou a mão no meu rosto, como se mandasse um "foda-se". 

-Será que podemos ir agora? -ela perguntou- A Casa do Waffle fecha às dez horas. 

Eu amava aquele lugar, tipo não tem como não amar waffle e quando se tem um lugar que só vende isso de café da manhã, o amor é iminente de se acontecer. 

Dona Hailee que tinha descoberto esse lugar há alguns anos, e desde então, toda vez que ela vem em casa -o que normalmente é sem aviso prévio, como hoje- temos a tradição de irmos juntas lá. 

Nem preciso dizer que quando saímos, não estamos mais andando, mas sim rolando pela chão de tão cheia que ficamos e a nossa forma que normalmente é considerada normal, vira redonda.

-Vamos nessa -eu falei em parte animada e outra com um certo medo sobre o que iria sair daquele encontro. 

•••

Quando chegamos -diga-se de passagem que foi graças ao carro da minha avó, sentei no mesmo lugar que eu ficava quando ia para lá. Bem ao lado da janela, na última mesa da fileira. Era um ótimo lugar, os garçons sempre viam quando você estava chamando, não era longe da cozinha e por isso vinha aquele cheiro gostoso de waffle pronto. 

Já deu até água na boca.

-Então, Harry -minha avó puxou assunto, olhando para o cardápio- você não tem carro? 

-Ele está no concerto. 

-Mentira, vó -eu entrei no meio da conversa- faz quase um mês que ele já tá sem carro e a desculpa dele é sempre essa. 

-E o que aconteceu com o carro? 

-Quebrou -Harry disse, olhando irritado para mim.

Aquele assunto era meio delicado com Harry, sendo que ele se negava a acreditar que tinha perdido o carro, mas todos sabemos que o veículo não irá mais sair do mecânico, tanto pela causa financeira, ou falta dela por parte de Harry, como por ele não ter mais conserto.

-Enfim -eu quis mudar de assunto- já sabe o que vai querer?

-Não tô com muito dinheiro aqui -Harry deu de ombros, olhando para mim.

-Sem problemas, eu ia pagar mesmo -eu ri fraco- na verdade, seria a dona Hailee, mas eu estou tentando ser uma dama e pagar a conta.

-Não precisa, Abby. 

-Verdade, mas eu quero. 

-É, Harry, deixa a menina pagar a sua conta -minha vó me apoiou, me fazendo sorrir triunfante- vai sair da mesada dela, no final.

-Vovó! 

-Que? -ela perguntou seria e depois de alguns segundos começou a rir- Tô brincando, Pastel, até parece que você não tem senso de humor. 

Revirei os olhos e decidi ficar quieta ao perceber que um garçom estava vindo nos atender. Depois de fazer os pedidos, ele pegou os cardápios da mesa e saiu patinando. 

Literalmente.

O uniforme dos funcionários era muito legal. As meninas usavam uma saia vermelha e uma blusa branca de manga cumprida, com um avental xadrez das duas cores e, nos pés, um patins branco com rodinhas vermelhas; os garçons usavam blusa branca e calça vermelha, com o mesmo tipo de patins. 

Um dia eu ia trabalhar ali. 

-E como os dois pombinhos se conheceram? -a voz da Dona Hailee me tirou dos meus pensamentos de um dia estar patinando para lá e para cá naquele lugar, toda feliz da vida.

-É uma história muito engraçada -eu falei, colocando os cotovelos sobre a mesa- tudo começou quando eu estava sendo atacada por um sem teto bêbado que estava tentando tirar proveito da minha pessoa que, obviamente, não sabia o que era auto-defesa. Era uma noite escura e fria de uma sexta-feira...

-Alguém me mata -Harry murmurou, afundando o corpo no assento.

-E eu estava chorando e pedindo para aquele homem me deixar ir, implorando e chorando igual uma louca desvairada, quando Harry passou casualmente na frente do beco e ouviu meus gritos. Ele foi ao meu socorro, me salvando, e uma coisa levou a outra e cá estamos. 

-Uau -vovó disse seria- eu não acredito que gastei dois minutos da minha vida, a qual já está no fim -ela olhou para Harry rapidamente- para ouvir essa cachoeira de merda.

-Não é minha culpa se você não aprecia uma boa narração. 

-Sua vez, Cachinhos Dourados -ela disse, totalmente me ignorando, e se virou para Harry- qual a sua versão?

-Conheci Abby no colégio, ela esbarrou em mim-

-Você esbarrou em mim -interrompi, me defendendo.

-Dai umas semanas depois, estávamos numa festa e ela me chutou no saco, e então meio que viramos amigos depois disso.

-Isso sim que é uma história -minha avó disse com firmeza.

-A minha história é muito melhor, tem mais ação e drama e-

-Não é verdadeira -Harry fingiu tossir-, desculpa, acho que tô pegando um resfriado.

Cerrei meus olhos para ele e estava prestes a mandar ele enfiar aquela tosse em um certo lugar quando o nosso pedido chegou. Ignorei Harry e comecei a comer. 

Eu amava waffle.

Alguns minutos depois meu prato estava vazio e minha barriga estufada. Discretamente, desabotoei os primeiros botões da minha calça jeans e olhei para Harry. Ele ainda estava na metade do seu waffle e, quando viu que eu já tinha terminado, falou ao mesmo tempo que eu:

-Você ainda não terminou?

-Você já acabou? 

Fomos interrompidos com a minha avó, ou melhor, o seu arroto. Meus olhos se arregalaram e eu deitei a minha cabeça na palma da minha mão, sentindo toda a vergonha que a Dona Hailee não sentia.

-Desculpa -ela riu- melhor por cima do que por baixo.

-Não é assim -corrigi, empurrando meu prato um pouco para frente e pegando meu corpo de água- é melhor pra fora do que pra dentro.

-Abby, se você quer ter gases isso é um problema seu -vovó me olhou cética- mas do meu pum cuido eu.

Harry se engasgou com o final da frase dela no meio de uma risada. Eu estava prestes a me dar um tapa na cara de novo, quando Dona Hailee levantou da mesa.

-Onde você vai? -eu perguntei preocupada.

-No banheiro.

-Você quer ajuda? 

-Não, eu não preciso de ajuda -ela negou, mas antes que se afastasse o suficiente, ouvir ela murmurar brava:-Pelos últimos setenta e sete anos eu venho limpando a minha vagina sozinha, acho que consigo ir mais uma vez.

-Não esquece de lavar a mão depois!

Minha resposta foi o dedo do meio de vovó. 

-Ela... -Harry começou a falar e parou para dar uma tossida- Ela é sempre assim?

-Vinte e quatro horas por dia, sete vezes por semana.

-Gostei dela -ele riu.

Harry voltou a comer seu waffle e eu fiquei sem saber o que falar, surpresa por alguém não reclamar da forma que minha avó era. Normalmente as pessoas a chamavam de grossa e estupida pela forma como ela falava certa coisas, mas era apenas o jeito dela. 

-O que foi? 

Pisquei meus olhos algumas vezes e balancei a cabeça, confusa com a pergunta de Harry.  

-O quê? 

-Você -inclinou o queixo na minha direção- tá me encarando.

Isso que é ser discreta, Abby.

-Hã... Não estava não -menti na cara dura.

-Eu acho que saberia se alguém estivesse me encarando.

-Eu acho que não, mas só acho -disse sarcástica.

Harry abriu a boca para continuar a argumentar quando eu decidi que era hora de mudar de assunto.

-E a cabeça? Como ela tá?

-Doendo, -deu uma garfada no waffle- o remédio que você me deu não funcionou muito.

-Quem mandou você beber igual uma peneira?

-Por que você não me impediu? 

-E eu sou sua babá por acaso? 

-Não, mas-

-Aí está a sua resposta -abri um sorriso, apoiando a minha cabeça na minha mão- falando em beber... O que você se lembra de ontem?

Harry parou no meio do caminho de levar o waffle para a sua boca, a qual estava aberta com a língua para fora. Alguns segundos depois ele voltou a comer normal e se virou para mim. 

-Eu me lembro de algumas coisas.

Resposta mais vaga possível provavelmente não tinha. Eu precisava saber o que ele lembrava, até que ponto a sua mente não estava tão entorpecida pelo álcool que ele sabia o que estava fazendo e ainda sabia contar dois mais dois.

Não que eu não soubesse quando estava bêbada. 

-Certo... -eu falei lentamente- Mas o que exatamente você lembra? 

-Eu vomitei umas duas vezes.

Respirei fundo, aliviada que ele lembrava da metade da noite.

-Você lembra como a gente foi embora da festa? 

 -Ônibus -ele disse confiante- eu sentei ao lado de uma estranha pensando que era você.

-Tudo bem que ela era loira e de cabelo liso -murmurei para mim mesma- Okay, e depois? Você sabe o que aconteceu?

-Sim, você me levou pra sua casa.

-É, mas-

-Voltei, pombinhos -minha avó apareceu, sentando-se no seu assento- vamos pedir a sobremesa?

Sério, produção? Você não poderia segurar a Dona Hailee por mais uns trinta segundos no banheiro? 

-Eu tô cheia, vó -coloquei a mão na minha barriga para ênfase- Harry come mais devagar que você, talvez ele queira. 

-Desculpa se eu gosto de aproveitar a comida -ele disse irônico.

-Olha aqui -levantei meu dedo indicador, pronta para começar meu discurso sobre ele fechar a boca e só abrir para me beijar quando a vovó nos interrompeu.

-Garçom, a conta!


Notas Finais


*n entendo como em ff qnd os pps acordam e começam a se beijar o hálito parece desaparecer tipo oi??????


eu sei q eu demorei e n att durante a semana, mas eu só tenho feito duas coisas-mentira, três: dormir, estudar e comer): eu to desde as 15h estudando e só parei meia noite e pouco, mas como eu fiz a promessa, cá estou!!! espero que tenham gostado desse cap xksjsja

me ajudem com uma coisa: como vcs fazem pra perder peso rápido? eu queria perder 1kg ou 2kg até sexta p uma festa e tem esse vestido que eu quero usar que ele tá justo, tipo se eu engordar 0.000005g já não fecha e fodeu td


ME AJUDEM PF😭😭


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