1. Spirit Fanfics >
  2. Cliche >
  3. Psicologia Reversa

História Cliche - Psicologia Reversa


Escrita por: secretshadow

Capítulo 32 - Psicologia Reversa


Fanfic / Fanfiction Cliche - Psicologia Reversa

Lembra daquela vez que eu disse que ia fingir que obedecia à Harry? 

É, não foi como planejado.

Sabe, eu não sou uma garota de beber muito, não, risca isso, eu não bebo. Não é que eu não goste ou fiz alguma promessa, é só que não tenho vontade e nunca fui realmente atraída pela ideia de ter uma ressaca ou ficar tão bêbada que esqueço o que fiz na noite anterior, mesmo que eu não acredite que isso aconteça. Claro, eu já tive as minhas noites de bebedeira, só não são frequentes e eu as consideravam uma exceção. 

Hoje era uma.

Não sei como, mas eu estava sentada no banco de um bar que tocava uma música country horrível que fazia meus tímpanos doerem. Eu havia mudado da latinha para uma garrafa e da cerveja para o rum. 

Eu estava curtindo meu reflexo no espelho do outro lado do bar onde estavam alinhadas uma série de garrafas de marcas variadas, e estava esperando por alguém, mas tinha esquecido quem exatamente era, já que havia me distraído com uma mancha que estava no meu braço que, no final, era só uma pinta. 

Eu estava dando um gole e fazendo uma careta de dor e nojo ao engolir o líquido da garrafa quando uma mão, não tão educada, a arrancou de mim. 

-Ei, eu paguei por isso! -exclamei rápido, franzindo o cenho.

Virei meu corpo para o lado e me surpreendi com Harry. Ele não estava fazendo uma cara muito boa, e levei isso como se ele estivesse bravo, porque a outra alternativa que pensei era que ele precisava ir no banheiro, o que não fazia muito sentindo sendo que se ele realmente quisesse, já teria ido. 

Certo? 

Droga, Harry estava mexendo os lábios e falando alguma coisa que eu não estava prestando a mínima atenção. Tentei focar na conversa e não me distrair de novo .

-Quê? 

-Eu perguntei o que você está fazendo aqui -ele disse devagar, respirando fundo. 

-Hã... Acho que bebendo. 

-Rum? -perguntou com a garrafa em sua mão, balançando-a levemente- Desde quando você gosta de rum?

-Não sei, estava no cardápio e parecia uma boa ideia na hora.

Harry revirou os olhos e pegou no meu braço, me tirando do banco.

-Mesmo que eu adore você me tocando, posso saber o motivo dessa vez? -olhei para a sua mão e depois para seu rosto, levantando as sobrancelhas, curiosa.

-Você já bebeu demais. 

-Sim, sim -assenti, mas parei- não, quer dizer, não sei. 

-Acho que isso já diz o bastante -ele riu fraco.

Sua mão desceu do meu braço até meu pulso e senti a sua hesitação antes dele encaixar sua mão contra a minha. Depois dessa, eu liguei o "foda-se" e me deixei ser levada para onde quer que Harry estava me levando, contanto que ele estivesse segurando a minha mão.

-Espera! -eu falei rápido, assustando Harry que deu um pulo.

Não segurei e comecei a rir e, quando digo rir, é gargalhar. Eu não estava conseguindo parar de rir e teve um momento que até tentei segurar o riso, cobrindo minha boca com as costas da minha mão livre, mas não deu certo, porque quando olhei para a cara de poucos amigos de Harry, voltei ao primeiro estágio. 

Aos poucos, consegui parar e sequei as lágrimas que tinha caído. 

-Eu... Eu acho que estou esperando alguém -finalmente expliquei o motivo da minha parada repentina.

-Você acha? 

-É, sabe, eu sinto -coloquei a mão o peito e balancei a cabeça para cima e para baixo, confirmando.

-Você está esperando o Cameron? -Harry perguntou, levantando a sobrancelha.

-Não sei, talvez, eu não me lembro como fui parar aqui -ri sozinha e dei de ombros.

-Ele já voltou para o trabalho. 

-Cameron me abandonou? -perguntei triste- Aquele jumento, um dia ele vai precisar de mim -falei vingativa e apertei a mão de Harry, marchando para fora daquele bar. 

Harry nos levou até o ponto de ônibus e eu me apoiei no poste, cantarolando uma música que tinha ficado na minha cabeça. Tinha fechado os olhos e, acredito eu, estava quase adormecendo quando alguém me cutucou no ombro bruscamente. Soltei um "ah" de susto e fechei a cara ao ver que era Harry quem tinha me acordado.

-Ah, desculpa -ele riu- não queria te assustar, tá tudo certo aí? 

Um ônibus parou na nossa frente e Harry apontou para o mesmo, mostrando que era a nossa carona. Desencostei do poste e esperei Harry pegar o dinheiro de dentro da minha mala que ele estava levando, murmurando para mim mesma:

-Eu tô bem, meu coração só saiu pelo meu cu, mas além disso eu tô bem. 

Sabia que Harry tinha ouvido quando ele virou a cabeça de lado, mostrando seu sorriso. 

Subimos no ônibus e, depois de pagar a passagem, sentei num banco ao lado de Harry. 

Eu não sei o que aquele cara tinha, mas ele tinha um cheiro muito bom. No estado que eu estava, o qual eu julguei não ser um dos meus piores, mas também não diria que era o melhor, não me importei em dar uma cheirada.

Peguei no ombro de Harry e trouxe ele para mais perto de mim, inclinando a minha cabeça para encontrar com o pescoço dele e respirei fundo. 

-O que você está fazendo?! 

Harry se afastou rápido, olhando para mim confuso.

-Eu estou te cheirando, -expliquei- você tem um cheiro bom, eu não sei se é de limão ou pêssego, ou sei lá o quê. 

Me aproximei para sentir seu cheiro novamente, quando Harry colocou a mão na minha cara e afastou meu rosto. 

-Okay, acho que alguém bebeu mais do que deveria. 

Franzi o cenho e balancei a cabeça negativamente, sentindo algumas mechas do meu cabelo baterem contra a minha bochecha. O ônibus deu uma parada brusca e fui levada para frente, acabando rindo depois, sem saber o por quê. Meu acompanhante pareceu achar graça também e riu junto comigo. 

-Harry... 

-O quê? 

-Você tem um cabelo ótimo -elogiei, levando minha mão para tocar em seus fios.

-É mesmo? -ele sorriu divertido, deitando a cabeça levemente de lado.

-É espesso e... macio -continuei olhando para o topo de sua cabeça- que creme você usa? 

-Não sei -deu de ombros, rindo fraco.

Balancei a cabeça, decepcionada com a falta de informação.

Olhei para o lado e notei que a última fileira de bancos do ônibus estava vazia. Peguei no pulso de Harry e ignorei seus protestos e perguntas ao nos levar até onde queria. Deixei minha mala cair no chão e sentei no banco do lado da janela, perto da porta de saída. 

-Por que estamos aqui? -Harry perguntou confuso, gesticulando para a parte de trás.

-Duh -falei em tom óbvio- aqui é o melhor lugar pra sentar em um ônibus.

-Desde quando? -sua voz soou incrédula e eu levantei a sobrancelha, surpresa- Quando vem as lombadas, nós quase paramos no teto. 

-Você tá brincando, né? Essa é a melhor parte! 

-Exatamente! 

-Harry! 

-É verdade -ele deu de ombros- sem falar que quando o ônibus freia, é bem capaz de você cair de boca no vidro -apontou para a parte na minha frente.

-Não se eu me se-

Eu parei de falar quando, por obra do destino -ou mais da rua mesmo-, o ônibus passou por uma lombada e eu senti meu corpo saindo do banco e voltando com tudo para baixo, graças à gravidade. Por causa da velocidade que o ônibus estava indo, o salto foi mais alto, o que resultou nos meus lábios criando um sorriso que ia de orelha a orelha.

-O que você estava dizendo, Abby? -Harry perguntou sarcasticamente.

-Aqui é o melhor lugar pra sentar! -repeti, feliz da vida.

Uma moça, que eu já havia notado antes, levantou da fileira da frente e apertou no botão para descer na próxima parada. Harry continuou tagarelando sobre como não era justo ele ter que se submeter a isso, comigo ainda bêbada, mas de acordo com o ônibus desacelerando, eu senti um líquido subindo na minha garganta e tampei minha boca com a mão, fechando os olhos levemente.

Talvez a lombada não me fez só eu ir para cima.

Com muita má vontade, engoli o bile e balancei a cabeça para os lados, querendo sumir com aquela sensação ruim. 

-...E você não ouviu nada do que eu acabei de falar. 

-Quê? 

-Exatamente -ele pressionou os lábios e arregalou de leve os olhos, reforçando seu ponto.

O ônibus voltou a andar, um pouco mais vazio e um pouco menos pesado. Ainda tinha uns belos vinte minutos de viagem até chegarmos e eu estava começando a querer dormir, mas sabendo que isso não daria certo por estar no fim do ônibus, decidi puxar assunto com Harry. 

-Você quer me beijar? 

Okay, talvez a minha ideia de puxar assunto não tenha sido a melhor que eu já tive, muito menos a escolha de assunto.

Harry virou o pescoço tão rápido para mim que acabei rindo um pouco. 

-Você está bêbada -ele observou, olhando para mim atentamente. 

-Então você não quer me beijar -dessa vez não foi uma pergunta e sim uma afirmação. 

-Não, tipo, não que eu- ele parou por alguns segundos, quase como se quisesse escolher as palavras certas- não é que eu não queira beijar você, é que prefiro quando a garota está sóbria e consciente.

-Ah... -murmurei, franzindo a sobrancelha- Mas você não pareceu ter problema com isso no sábado. 

Harry sorriu de lado, sua covinha aparecendo. 

-Abby, se eu quisesse -ele aproximou seu rosto do meu, o movimento do ônibus balançando nossos corpos acabou deixando o nariz dele tocar no meu- eu poderia te beijar agora.

Eu esqueci como se respira, de novo. Como é mesmo? Inspira, expira, inspira, expira, inspi-

-Mas você está bêbada e não sabe o que está falando, pedindo ou pensando.

Então era assim? Esse acéfalo estava roubando meu oxigênio e eu iria morrer se ele não se afastasse, e a menos que tivesse a boa decisão de me beijar, eu não dividiria meu oxigênio. 

 -Você só está falando isso porque está com medo de me beijar e ver o quão boa eu sou -me defendi, depois de alguns minutos encarando a boca de Harry descaradamente. 

-Pensei que já tivéssemos passado por isso, Abby. 

-Por favor, aquilo não é considerado um beijo -falei convencida, jogando meu cabelo para trás do ombro- e, também, não é como se fosse o melhor beijo-barra-não-beijo que eu já tive.

Eu vi a mandíbula dele travar e sabia que tinha atingido um nervo, e sabia que tinha Harry na minha palma da minha mão. Senhoras e senhores, eu lhes apresento o poder da psicologia reversa.

-Você quer que eu te beije? 

-Sinceramente? -olhei para a minha unha, dando uma de difícil- Não mais, perdi a vontade.

Encostei as minhas costas na janela do ônibus -a qual estava felizmente fechada- e estendi a minha perna, colocando em cima na de Harry. Sorri presunçosa e olhei para ele, o qual estava com o queixo levantada um pouco para cima, e não consegui evitar notar como ele ficava irresistível desse ângulo e-

-Eu espero que você se lembre disso amanhã. 

Harry falou rápido, um sorriso malicioso brincando em seus lábios antes dele inclinar sua coluna para mim, sua mão deslizando pela minha cintura. Ele me puxou para perto dele e logo senti seus lábios contra os meus. 

Harry apertou a minha cintura um pouco e entreabri minha boca, aprofundando o beijo. 

Vocês estão ouvindo isso? 

É o som do meu coração batendo de felicidade. 

Harry me beijou até eu não sentir mais meus lábios. 

Ou até a senhora que estava sentada do outro lado da nossa fileira bater nele com o guarda-chuva dela e começar a berrar: "para de engolir a menina", chamando a atenção de todo mundo dentro do ônibus. 

Por sorte, a nossa parada era a próxima e o motorista pareceu mais do que feliz em abrir a porta para descermos um ponto antes. 

Quando desci do ônibus, ajeitei a minha mochila nas costas e ainda conseguia ouvir a velhinha gritando que eu tinha sido abusada. 

-Vamos antes que alguém leve a sério -Harry falou rindo, pegando na minha mão e me puxando para correr.

Nós corremos uns belos dois minutos, mas eu comecei a ficar sem ar e sentir cãibra na perna e parei -sem falar na minha falta motora causada pelo álcool. 

Mas quem liga quando se tinha acabado de beijar Harry Styles?


Notas Finais


gente dsclp a demora, eu passei o dia estudando pq vai ter provão essa semana e eu to c um olho aberto e outro fechado, massss lembrei da sábado da atualização (tbm n acredito q ainda tô usando esse nome) e vim aqui rapidinho, amanhã msm (ou mais tarde né sksjjs) eu respondo os comentários do cap anterior pq ainda nem tive tempo de ler, mil perdões!!!!! amo vcs, espero q tenham gostado e dsclp qlqr coisa<3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...