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História Cliche - A Fonte


Escrita por: secretshadow

Capítulo 36 - A Fonte


Fanfic / Fanfiction Cliche - A Fonte

Depois de pensar muito, eu havia decidido que não iria falar com Niall ou Louis sobre o planinho mirabolante deles, não iria me adicionar nada além de stress e perda de tempo, mas isso não me impediu de ir reclamar por meia hora no ouvido de Bret e Jenna. 

-Quem eles pensam que são pra me usar assim? -perguntei retoricamente no meio do meu discurso- Não é como se eu não tivesse sentimentos, os quais eles pensam que estão à mostra, tipo, não queridos, vocês não me conhecem então não sabem o que eu estou sentindo, okay? 

Sinceramente, não sabia como meus amigos me aguentavam em momentos como aquele, porque eu tenho que admitir: eu me tornava insuportável. Sempre que eu começava a reclamar sobre algo que tinha me irritado ou magoado, eu começava a falar sem parar e, qualquer coisa que me vinha à mente meio segundo depois estava fora da minha boca, em alto e bom som. 

Eu não tenho vergonha nem medo de responder alguém quando é grosso comigo ou de falar a minha opinião -isso quando eu conheço a pessoa, sabe, quando rola aquela intimidade. Entretanto, quando o assunto inclui alguém que eu não converse ou talvez nunca tenha vista, a história toda outro rumo.

O engraçado era que mesmo assim, eu ainda não queria ir atras de Zayn e perguntar sobre a gravação. Não estava nem ligando que ele não sabia que tinha sido gravado, porque até onde eu sabia Harry não havia falado que ninguém poderia saber -e, sim, desde o momento vergonhoso em que eu me encontrei fazendo biquinho para o ar tentei não falar com ele por pura vergonha. 

Depois que eu terminei de falar tudo e mais um pouco para Jenna e Bret, eles me perguntaram o que eu planejava fazer sobre isso, e eu, como uma pessoa eficiente, respondi em uma simples frase.

-Evitar a situação -e foi exatamente isso que eu fiz durante os três dias seguintes.

Eu sou uma pessoa transparente, um livro aberto, por assim dizer, quando eu estou irritada dá para ver só de olhar para o meu rosto por menos de dois minutos, um exemplo disso é o fato de dois garotos, que até esse ano eu nunca tinha realmente conversado, com base na ideia de que eu gostava de Harry -o que era totalmente verdade- por causa da forma que eu provavelmente criava uma poça de baba quando olhava para ele, ou a forma como eu falava dele, ou talvez, mas talvez, pelo pequeno detalhe que eu invadi a secretaria do colégio e transferi Harry ilegalmente para a minha sala. 

Então, quando chegou quinta-feira e eu me encontrei dando meia volta e refazendo o caminho de volta para a saída do colégio, mesmo que era a hora da entrada, porque eu tinha acabado de ver Zayn encostado no portão, e ele obviamente viu o que eu tinha feito, decidiu gritar meu nome às sete e quinze da manhã. 

Certas coisas dá para você fugir, e eu estava desesperada para fugir naquele momento, mas quando tem um ser gritando seu nome e correndo atrás de você até o outro lado da rua, fica meio difícil. 

Lembrando todas as minhas aulas de teatro, virei para trás e abri o sorriso mais falso possível, estilo ex-namorada quando conhece a atual. 

-Zayn? -falei soando surpresa, colocando a mão sobre meu peito.

Zayn estava usando o seu óculos de grau que eu quase nunca via, mas que quando ele estava com ele, eu fazia questão de ir elogia-lo; uma vez ele tinha comentado como se sentia inseguro usando óculos na escola por causa dos valentões que ficavam tirando sarro dele. Não entendo o motivo de ficar zoando alguém por algo que é necessário, como a visão nesse caso, sem comentar que eu achava que Zayn ficava realmente bonito com óculos, ele ganhava aquele ar de geek.

-É, -ele respirou fundo e deu uma olhada para os lados- eu estou te chamando faz um tempinho.

-Sério? -ri, totalmente cínica- Nem notei.

-Se eu não te conhecesse diria que você está me evitando -Zayn se aproximou, empurrando o seu óculos para perto do seu rosto.

-E o que te faz pensar isso? 

-Quando eu fui falar com você ontem no refeitório você se jogou debaixo da mesa e saiu rastejando até a porta lateral -ele franziu o cenho, olhando para um ponto na minha blusa, lembrando do ocorrido; eu abri a boca para interferir, mas ele continuou- terça você passou reto por mim quando eu estava te chamando e também teve agora, quando você 'tava entrando no colégio daí me viu na entrada e decidiu voltar pra casa ou não sei, e me ignorou de novo, mesmo eu gritando o seu nome.

Levantei a sobrancelha, pressionando meus lábios num sorriso tímido.

-Isso é coisa da sua cabeça.

Eu mentia tanto em um dia normal que eu ainda não sabia como não havia virado um Pinóquio versão 2.0.

-Eu... Eu fiz alguma coisa? -Zayn perguntou, mordendo o lábio inferior- Tipo, se eu fiz alguma coisa que te magoou ou falei algo que você não gostou ou te ofendeu, me desculpa, não foi a minha intenção.

Eu estava quase mandando ele calar a boca e dizer que não precisava pedir desculpas, sentindo uma enorme culpa por tê-lo feito ficar sem jeito e se preocupar comigo e com meus sentimentos quando eu lembrei que ele deveria estar se sentindo assim e a culpa que, aparentemente, estava quase me fazendo falar algo que eu iria me arrepender resolveu ir catar coquinho. 

Olhando agora para Zayn, eu sabia que ele era um cara legal e não merecia ter eu caindo em cima dele com um livro de xingamentos. O melhor que eu poderia fazer, tanto para mim como para ele, seria me afastar e não ser como era antes, porque eu não entendo aonde eu dei a ideia que ia para Zayn por favores além dos escolares, afinal, não é minha culpa que o cara é um gênio. Ele já estava se sentindo ruim por nem saber o que tinha feito para me ter agindo daquele jeito, e se eu me distanciar e não dizer o porquê, é capaz da curiosidade só aumentar.

-Você? Fazer algo? -gesticulei para ele, abanando a cabeça para o lados lentamente- Não, é como eu disse, deve ser coisa da sua cabeça -dei de ombros- eu também não venho tendo uma boa semana, então talvez seja isso.

-Não sei... Mas, se eu puder fazer algo pra te ajudar, só me dar um toque, okay?

Internamente eu estava mostrando o dedo do meio para ele.

Externamente eu estava concordando, sorrindo como uma santa.

-Posso te acompanhar até a sua sala? -ele perguntou, apontando para o colégio do outro lado da rua.

-É que eu esqueci um negócio em casa, então eu vou correndo lá e volto depois -comecei a andar de costas, falando a primeira coisa que me veio em mente- a gente se vê mais tarde?

-Aham -ele assentiu, mas dava para notar a sua hesitação em me deixar ir.

-Tchauuuuu -acenei para ele e dei no pé dali, virando na primeira rua.

Suspirei aliviada, ajeitando a minha mochila no ombro quando me vi livre. Encostei na parede e olhei para cima, contando quanto tempo eu teria que ficar ali até ser seguro para eu entrar na escola. 

São nesses momentos que eu me pergunto:

A que ponto chegamos?

•••

-Quê? 

-Abby, mastiga primeiro, depois fala -Jenna pediu, revirando os olhos e estendendo um guardanapo para mim.

-Hoje é quinta do croissant, -comecei depois de engolir e tomar um gole da minha garrafinha de água, ignorando o papel- só tenho acesso à essa maravilha uma vez por semana, sabe o que significa?

 -O quê?

-Abby feliz, e Abby feliz também inclui Jenna feliz, então para de reclamar de mim e repete o que você disse porque eu não entendi.

-Você não entendeu ou não tinha prestado atenção?

-E tem diferença? -retruquei, levantando meus ombros levemente para cima antes de dar uma mordida no meu lanche.

Um dia eu faço um croissant igual a esse e vai ser meu fim. Não é atoa que eu já tirei a ideia da minha cabeça de abrir algum estabelecimento que tem comida dentro para vender, porque eu sei que é bem provável que eu coma tudo.

-Enfim -Jenna suspirou dramaticamente- eu tinha perguntado como você estava com Harry, mas isso não parece ser tão importante pra você então deixa pra lá.

-Oi? Você quer falar sobre o Harry? Eu estou mais do que disposta a conversar sobre ele -sorri maliciosamente, dando uma cotovelada de brincadeira nela.

Olhando para trás, eu só consigo rir de quando eu fiquei neurótica que Harry gostava de Jenna e vice-versa, apenas pelo fato de que ele havia feito uma pergunta inocente sobre a minha amiga.

-É... Ultimamente vocês tem passado muito tempo juntos, preciso receber a minha atualização semanal sobre como estão as coisas entre vocês.

-Bom, -dei uma mordida no meu croissant e mastiguei um pouco, fazendo o sinal de um com a mão para ela esperar um pouco pela minha resposta, uma vez que tinha acabado de reclamar sobre o que eu tinha feito minutos atras- depois que eu beijei ele no ônibus, eu sei lá, não estou conseguindo ter a mesma coragem de antes pra tentar fazer de novo, -olhei pro meu lanche, recordando dos últimos dias- o que é estranho, porque oportunidade não é o falta, já que Harry vem me fazendo passar muita vontade e-

-Como assim vontade? -Jenna me interrompeu, franzindo o cenho, um sorriso confuso.

-É tipo, -arredei a bunda mais para perto dela e dei uma olhada para os lados antes de falar- tem essas horas que ele chega bem perto do meu rosto e eu tenho 99,9% de certeza que ele vai me beijar, mas daí ele fala alguma coisa idiota e me deixa beijando o ar.

-Isso é estranho -ela comentou e levantou a mão na frente do meu rosto, me empurrando- agora dá uma afastada, porque se tem uma coisa que eu gosto e não tô tendo agora é o meu espaço pessoal, então... -riu baixo.

-Enfim, -falei depois de me ajeitar e dar mais uma mordida no meu lanche- eu não consigo entender o Harry, porque se ele realmente quisesse me beijar, ele já teria, só que então por que ele fica fazendo essas tentações? 

-Talvez ele quer, mas não pode -Jenna deu de ombros, olhando para as próprias unhas.

-E ele não poderia por que? Não é como se ele não tivesse me beijado antes.

-Abby, você tá se focando demais no problema -ela colocou a mão no ombro, suspirando como se já tivesse falado sobre isso milhares de vezes- está na hora de olhar pra imagem toda.

-E qual é a imagem toda?

-Não sei.

Arregalei os olhos e levei minha cabeça para frente, não entendendo aonde a minha amiga estava querendo chegar com tudo aquilo. Ás vezes eu ainda me pergunto porque eu tinha mania de perguntar essas coisas para ela.

-Jenna! -exclamei, dando um tapa na  sua cabeça.

-Ei, sem agressão, tô tentando te ajudar aqui.

-Claramente -murmurei.

Ouvi ela bufar e dei a minha última mordida no meu croissant, não tendo tempo de ter meu momento de luto pelo seu fim quando Jenna voltou a conversar.

-Tendo em mente o que você me contou -disse, comentando do meu áudio de dois minutos e meio no whatsapp sobre o drama Harry-Zayn-Louis-Niall-eu- Harry pode estar agindo dessa forma por alguma coisa que aconteceu depois da gravação, você mesma disse que ele pegou o celular de volta antes que você ouvisse o resto da conversa, e ainda teve a briga que talvez ele nem tenha gravado.

-Mas o que poderia ter acontecido para ele não me beijar?

-Essa é a questão do dia.

Coloquei minhas mãos no meu rosto e afundei na cadeira, encostando a minha cabeça na mesa e respirando fundo. Eu não sabia mais o que pensar, eu era adolescente e ficar pensando e repensando nas coisas é quase que uma função, principalmente quando é garota -o que era o meu caso-, mas eu apenas não conseguia deixar de lado essa assunto, era quase como aquelas moscas que ficam te enchendo o saco quando você está na praia e quer tomar sol na paz, mas tem os bichinhos insuportáveis te rodando.

-Talvez você podia tirar a dúvida da fonte mesmo.

-Da fonte? -virei minha cabeça para o lado, tendo a visão de Jenna entre um olho e o outro amassado pelo meu braço.

-Harry -confirmou- vai até ele e pergunta qual o motivo de todo esse cu doce.

Meu primeiro instinto foi negar. 

Contudo, eu lembrei que eu já estava cansada de ficar me sentindo assim e eu sabia que não tinha medo de ir enfrentar Harry -tudo bem, tem algumas exceções- mas, em geral, sempre que tinha alguma me incomodando eu costumava conversar com a pessoa. 

-É verdade, Jenna, aconcordei- obrigada -levantei da cadeira e peguei em sua, discretamente colocando uma coisa- e como agradecimento, você pode ficar com isso.

Por um momento, um sorriso genuíno apareceu em seu rosto, mas ela logo ficou séria quando viu que eu tinha colocado o guardanapo que ela havia me dado mais o papel sujo que eu tinha usado para comer o croissant, esmagados na palma de sua mão. 

-Vá a merda! -ouvi ela gritar da mesa enquanto eu caminhava para longe.

Agora só falta ir atrás de Harry, e eu sabia exatamente aonde ele estava.


Notas Finais


eu seeei, esse cap foi meio merda):

massss vai ter umas coisinhas no próximo cap...

e não se esqueçam do gostoso do bernard



VCS VIRAM O NO TRAILER DE DUNKIRK? ???? HARRYFUCKING STYLES EH FODA PRA CARALHOOOOO (uau eu xinguei dms agr dsclp gente kkk)


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