1. Spirit Fanfics >
  2. Cliche >
  3. Meu Deus

História Cliche - Meu Deus


Escrita por: secretshadow

Notas do Autor


SE PREPAREM TEM MT MERDA ACONTCENDO AUAHAUHA

Capítulo 44 - Meu Deus


Fanfic / Fanfiction Cliche - Meu Deus

-Bom dia, quer dizer, boa tarde, ou olá, oi, -falei nervosa, escorando meu corpo no batente da porta e acenando com a minha mão. 

Dizer que eu não sabia o que fazer era um entendimento. 

-Está tudo bem? Tipo, você não foi hoje pro colégio e não respondeu às minhas mensagens desde sábado. 

Ergui a sobrancelha, surpresa por Harry ter me mandado mensagem nos últimos dias, sendo que ele quase nem mandava, eu era quem puxava assunto ou chamava primeiro. Nunca pensei que chegaria o dia em que eu seria grata por minha mãe ter tirado o celular de mim. 

-Tá tudo sim, eu estou de castigo -expliquei, lembrando do meu fim de semana.

-Foi por causa da festa sexta? 

-Não, eu acabei não voltando pra casa no horário combinado sábado.

-Sábado? -Harry repetiu, me olhando confuso- Mas eu lembro que você saiu antes das três lá de casa.

-É, mas acabei indo pra uma festa e fiquei mais do que o combinado -dei de ombros, tentando soar como uma adolescente maneira, estilo das que não ligam para as regras, são rebeldes, mesmo que no fundo eu era praticamente o contrário.

-Que festa?

-Uma festa -respondi sem entender a pergunta.

-De quem era?

-Do amigo do meu amigo. 

Da última vez que eu soube, Bernard era meu amigo, então eu não estava mentindo. 

-Que amigo?

-Ow, isso é um interrogatório? -ri fraco- Por que a curiosidade?

-Você quase nunca vai em festa.

-Isso é mentira -entrei na defensiva, balançando a cabeça.

-Tem certeza?

-Tenho. -respondi um pouco rápido demais para o meu gosto.

Harry abriu a boca para responder, mas acabou fechando-a e ficou me olhando por alguns minutos em silêncio.

-Você quer falar mais alguma coisa ou...? -questionei, puxando meus lábios para baixo e esperei pela resposta.

-Não, sim, digo- ele se interrompeu, parecendo nervoso- você ainda está brava?

Parei por uns segundos para lembrar do que ele estava se referindo, e assim que conectei os pontos, coloquei o sorriso mais falso no meu rosto.

-Claro que não.

Harry pareceu estar dividido entre acreditar em mim ou não. 

-Eu não quero que fique um clima estranho entre nós por causa daquilo, não que deveria ter. -ele começou a explicar- Nós nunca fomos exclusivos ou coisa do tipo, e eu pensei que não teria problema ficar com outras pessoas, mas se você quise-

-Eu sei -agora, eu adicionei mentalmente- que nós não somos exclusivos, não tem problema você ter beijado outra pessoa -minutos depois de ter me beijado, de novo, acrescentei na minha cabeça.

Okay, talvez eu ainda não tenha superado o que aconteceu na festa. Metade de mim estava consumida pelo ciúmes porque sabe-se lá quanto tempo eu demorei para conseguir beijar Harry, e aquela garota conseguiu em menos de dez minutos depois de conhecer ele; a outra metade estava mandando um grande foda-se para tudo porque indiretamente eu tinha me vingado, ficando com Bernard, mesmo que não tivesse sido planejado.

Não posso negar que eu também estava levemente -ou talvez muito- chateada que Harry presumiu que não éramos exclusivo. Eu sei que não tínhamos conversado sobre o assunto, mas pensei que estava entre as linhas esse pequeno, mínimo e importante detalhe. 

-Tem certeza? -ele perguntou, claramente não acreditando em mim.

-Sim -assenti com a cabeça.

Harry concordou e voltou a me encarar.

Sério, eu tinha alguma coisa no rosto? Tinha comido no meu cabelo?

-Você está muito tranquila com tudo isso -Harry disse, balançando as mãos em frente ao corpo- essa não era a reação que eu estava esperando.

-E você esperava que eu fosse agir como uma namorado ciumenta, não iria te escutar e bater a porta na sua cara?* -chutei, pensando na coisa mais clichê que me veio na cabeça.

-Uma coisa assim.

Revirei os olhos, não acreditando no que estava ouvindo.

-Espera... -ele olhou para o chão, fazendo suspense- Você ficou com alguém?

Eu tinha sido pega de surpresa, por essa eu não esperava. 

Sinceramente, não gosto de ficar espalhando quem tem a sorte de desfrutar dos beijos de moi, muito menos para o garoto que eu estava supostamente apaixonada, principalmente depois desse fim de semana eu parecia não saber de mais nada. 

-Acho que isso não é da sua conta -eu falei devagar, sorrindo para tentar suavizar a minha grosseria.

-Na verdade, é sim.

-Hã... Não, não é não -discordei, franzindo o cenho- você mesmo disse, nós não somos exclusivos, não tem necessidade de você saber quem eu beijo ou não.

O queixo de Harry quase tocou o chão com a minha resposta, mas foi quase mesmo, porque quando ele percebeu a expressão que esboçava, tratou de se recompor. Ele endireitou a coluna, me olhando de baixo para cima -mesmo que nós tínhamos a mesma altura praticamente- e de forma superior.

Chegou a ser engraçado, porque depois das palavras terem saído meus lábios, eu me arrependi de ter dito. 

Entretanto, mesmo eu querendo me desculpar, explicar que eu não queria dizer aquilo e que não tinha ficado com ninguém porque só tinha olhos para ele, permaneci com os braços cruzados e meu corpo encostado na porta de casa. Eu queria dizer aquilo e, o pior de tudo, eu sentia que meus olhos não eram para ele.

-Não sei porque eu vim aqui -ouvi Harry murmurar, sua voz decepcionada, mas seu rosto sem expressar nenhuma emoção, antes de girar os calcanhares e ir embora.

Eu estava prestes a gritar para ele não ir embora, mas mantive meus braços cruzados, como se estivesse me segurando. Pelo menos uma vez na vida eu tinha que ser forte e não ir correndo atrás de Harry igual um cachorrinho perdido, mesmo que eles sejam tão fofos e dê vontade de guardar num potinho para sempre. Uma parte de mim estava literalmente chutando a minha bunda por não ter ido atrás de Harry e ter tentado consertar as coisas entre nós, enquanto a outra me dava um "high five" por ter fincado os pés no chão e mantido o meu orgulho, pela primeira vez, intacto.

Quando Harry abriu o portão de casa, do outro lado da rua eu reconheci a cabeleireira morena de Bernard.

O destino adorava criar as ironias da vida. 

Eu tinha a visão dos dois caras que estavam fodendo com a minha mente -porque comigo mesmo que era bom nenhum dos dois estava- e não consegui evitar comparar o que eu estava sentindo. Eu ainda sabia que meus sentimentos por Harry estavam presentes. Meu nervosismo chegava a ser palpável toda vez que ele chegava perto de mim, aquela acelerada típica do meu coração já estava começando a me querer inscrevê-lo numa escola de samba, só faltava a fantasia que o negócio estava fechado, sem falar que eu não conseguia parar de sorrir sempre que eu estava perto de Harry, e eu preciso mencionar o fato que ele tem o sorriso mais apaixonante do mundo? Quer dizer, como não se apaixonar com aquelas covinhas, os lábios, os dentes, e os olhos dele, também, sem falar no cabelo? Eu até me encontrei admirando as espinhas e cravos no rosto dele alguns dias atrás, só para você ter uma noção de quão na merda eu estou. Podemos também ter um minuto de silêncio para o beijo dele? E o que aqueles dedos podem fazer? Sim, né, obrigada.

Agora com Bernard era diferente. Eu sentia aquele embrulhamento no estômago, assim como com Harry, mas era algo mais familiar, minha zona de conforto, onde uma vez eu corri para chorar, rir, esquecer e, na maioria das vezes, ficar chapada. Ele foi a minha paixão do verão passado e eu pensei que tinha sido só isso, porque paixão não dura e, quando Bernard foi embora, eu até fiz uma plaquinha dizendo tchau para ele, fazendo uma referência com a estação, e dizendo oi para outono com uma carinha triste. Eu tive a chave do nosso relacionamento e trancado todos os sentimentos junto com as lembranças em uma caixa no fundo da minha cabeça, escrito "não abrir em hipótese alguma", mas é como dizem... Tudo proibido é mais atraente.

Eu sabia que se eu ficasse mais um pouco ali, parada na porta de casa pensando sobre a minha vida amorosa que nunca esteve tão conturbada, Bernard provavelmente me veria e eu não estava com saco para lidar com pessoas agora. Querendo ter uma saída triunfal, entrei para dentro de casa e bati a porta com força.

•••

Á noite, recebi uma visita muito especial, uma fã descobriu meu endereço e decidiu me ver, mesmo que não tivesse ainda uma semana que havia me visto desde a última vez. 

Sim, eu estou falando da Jenna.

-Não, eu não quero ver terror! 

-Mas eu quero!

-A casa é de quem mesmo? 

Estávamos naquela discussão há uns belos quinze minutos, ambas não conseguindo entrar em um acordo sobre qual gênero de filme iríamos assistir. Detalhe, nós não tínhamos nem passado para a escolha de nomes. 

Jenna gruniu e jogou o DVD no meu rosto, indo deitar na minha cama de braços cruzados. Eu tinha umas fãs muito mimadas, fala sério. 

Depois que eu coloquei um filme da minha escolha, apaguei a luz e fui me sentar ao lado de uma Jenna que fazia um bico maior que a África. Depois que o filme acabou e eu deixei Jenna colocar um filme que ela queria, para ver se ele tirava aquela cara emburrada, me arrependi quase de imediato ao ver ela colocando Atividade Paranormal, aquilo nem podia ser considerado terror, não dá medo, não tem suspense e eu estaria mentindo se eu dissesse que não dormi em algumas partes.

Sem querer querendo, um cochilo se tornou um sono pesado e a próxima vez que eu acordei, foi sendo chacoalhada por Jenna, sua voz praticamente gritando "Acorda, porra, eu perdi a hora", mesmo que eu apenas estivesse fazendo um mini drama por estar, literalmente, acordando. Mentalmente, eu respondi "bem vinda ao clube", mas optei por sair da cama e me arrumar para ir para o colégio, já tinha perdido a aula no dia anterior e ainda não sabia ao certo se minha mãe iria me dar carona ou se ela já estava falando comigo de novo -eu rezava para os dois. 

Acabei saindo de casa sem tomar café, com um tênis desamarrado e tirando a remela do meu olho. Se minha mãe me deu carona para escola? Não. tive que correr pelo bairro inteiro e mais três quarteirões até chegar no inferno, bem a tempo de conseguir entrar na hora em que os portões estavam se fechando e, umaovez fechados, eu só entraria pela secretária e eu não estava com humor para lidar com a chata da Cynthia e mais um de seus sermões sobre responsabilidade.

Se não tive que ouvir quinze minutos dessa baboseira, então acabei ouvindo cinquenta minutos sobre o relevo, clima e vegetação da Inglaterra. Nada contra meu país de origem, mas geografia era insuportavelmente insuportável. A única coisa que de fato melhorou a minha manhã foi, ao entrar na sala, ver Harry sentado na carteira atrás de mim como de costume. Eu tinha pensado que ele iria me ignorar por causa da discussão do dia anterior, mas ele ficou fazendo comentários no meu ouvido, com aquela voz rouca que acaba com a sanidade de qualquer um. 

No intervalo, infelizmente, ele se despediu e sumiu pelos corredores como sempre, porém, naquele dia, eu tinha decidido ficar com ele e ter mais uma garantia que tudo estava bem mesmo, não perguntando de cara, mas pelas atitudes dele. 

Eu deveria ter ficado no refeitório com Jenna e Bret.

Eu deduzi que Harry estava na biblioteca, no sofá dos fundos, como sempre. Quando eu cheguei lá e encontrei umas garotas estudando, dei meia volta e quebrei meu cérebro pensando aonde Harry poderia estar. 

Vaguei pelos corredores por alguns minutos, tempo o suficiente para ter visto Rosemary puxando Louis pela gola da sua blusa para dentro da sala de biologia, indo fazer coisas biológicas, provavelmente. 

Enfim, voltando, aonde eu estava mesmo? Ah é, eu estava procurando Harry. Fala sério, a cada dez capítulos eu estou atrás desse homem, isso já está ficando cansativo, quando que vai ser a vez dele, produção? 

E lá vou eu me distraindo de novo.

Foco, Abby. 

Eu estava indo pela minha intuição, então procurei por ele na nossa sala de aula e, infelizmente, não o encontrei. Fechando a porta atrás de mim, eu estava quase desistindo da missão Achar Harry, quando eu ouvi o barulho de vidro quebrando. Franzindo o cenho, comecei a andar para aonde eu tinha escutado o barulho e outro se seguiu, ainda mais alto. Parei em frente á sala de informática e empurrei a porta com tudo, preocupada com quem estava lá dentro e pronta para dar uma de heroína.

-Não se preocupem, a sua salvado- 

Eu parei de falar ao ver quem e o quê estava acontecendo. Debruçada sob a mesa do professor estava uma garota do primeiro ano que eu já tinha visto algumas vezes pelo corredor, tendo a sua saia levantada quase totalmente e a visão da sua calcinha prete de renda aparecendo.

Quem usa calcinha de renda para ir para o colégio? 

Em cima dela, sem blusa e com o cabelo bagunçado, estava ninguém mais e ninguém menos que Harry-fucking-Styles.

Sim, meu caro, você leu correto. 

-Ops -foi a única coisa que eu consegui dizer, em meio ao meu processamento de informações- desculpa aí -eu dei uma risada nervosa, tentando sorrir- podem, hã, voltar ao que estavam fazendo -segurei a maçaneta da porta e comecei a andar para trás- eu vou, é -apontei para trás, enrugando o nariz- tchau. 

Fechei a porta e corri para longe daquela sala, querendo apagar da minha cabeça a imagem de Harry em cima de uma caloura. 

Inspira, expira, inspira, expira.

Era como se tudo o que eu tinha sentindo na sexta á noite estivesse se repetindo, tipo o gosto da comida que você esqueceu na geladeira há dois dias atrás e quando vai ver, já estragou. Eu acabei rindo com a minha compararão de Harry com comida, não acreditando que eu tivesse a capacidade de pensar em uma coisa dessas no momento em que eu sentia meu coração ser esmagado pela segunda vez em menos de uma semana. 

De repente, eu senti a minha bochecha ficar molhada e eu olhei para cima, me deparando com o teto do colégio, excluindo a opção que estava chovendo. Levei a minha mão até o meu rosto e percebi que, na verdade, eu estava chorando. 

Eu segurei o ar, e então ri de novo, balançando a cabeça para os lados. 

Eu estava prestes a voltar a falar sobre como eu estava estupidamente chorando, machucada e que odiava Harry quando ouvi a risada de um grupo de garotos no final do corredor e decidi sair dali o mais rápido possível. Entrei no primeiro banheiro feminino que encontrei e fui de cabeça baixa para o reservado mais perto, me trancando e sentando no vaso fechado. Levantei as minhas pernas e as abracei, ficando numa posição fetal. Apoiei meu rosto no meu joelho e deixei a cachoeira em forma de lágrimas sair dos meus olhos. 

Sinceramente, eu não sabia porque estava chorando igual uma criança de dois anos que recebeu seu primeiro não. Eu tinha explicitamente dito para Harry que não éramos exclusivos, então estar me sentindo assim não fazia sentido. Eu tinha que juntar a bagunça dos meus sentimentos que pareciam estar espalhados por todos cantos, secar meu rosto e começar a rezar para que eu não parecesse um pimentão ou ficar com a cara inchada e parecer uma bolacha trakinas. 

Então, eu levantei do vaso, ajeitei a minha roupa, dei uma assoada no nariz umas três vezes e sai do reservado. Dei três pulinhos agradecendo a São Louguinho que o banheiro estava vazio, indo dar uma olhada no espelho na minha situação. Lavei meu rosto com água gelada mais vezes do que eu gostaria de dizer e garanti que não tinha nenhuma meleca no meu nariz após eu dar mais uma assoada. 

Ouvi o sinal tocando e sorri para a minha imagem no espelho. 

-Você está bem -eu sussurrei, puxando uma mecha de cabelo para trás da orelha- você é idiota por falar que não queria exclusividade, mas você está bem -balancei a cabeça para cima, ainda falando sozinha.

Respirei fundo algumas vezes e sai do banheiro, encontrando o corredor bem mais cheio. Eu sabia que se eu não aparecesse na próxima aula, Harry somaria dois mais dois e descobriria que tinha alguma coisa rolando, então ignorei a vozinha no fundo da minha mente gritando para eu dar meia volta e matar aula -de preferência em um lugar que não seja a biblioteca. 

Eu lembrei das minhas habilidades de atuar e tentei me acalmar, recordando das vezes em que Harry caiu nas minhas atuações. 

Iria dar tudo certo, eu repeti para mim mesma.

Ao entrar na sala de aula, fiquei aliviada que encontrei apenas Jenna e Bret. Na noite anterior, havia contado tudo para Jenna sobre o que tinha acontecido no fim de semana no segundo em que ele pisou para dentro de casa e, hoje de manhã, recontei tudo de novo para Bretman que bastou olhar para mim por dois segundos para começar a me bombardear de perguntas.

-Onde você se meteu esse fim de semana?

-Por que você não respondeu as minhas mensagens?

-Que cara de acabada é essa?

-Você está bem?

-É aquela época do mês?

Ao ouvir essa última pergunta idiota dele, dei um tapa na sua cabeça como resposta.

Pouco tempo depois que eu havia entrado na sala, Harry atravessou a porta com uma garota ao seu lado.

O que pegou mesmo era que não era a mesma da sala de informática.

Não, não, a que tinha colocado um sorriso -mesmo que seja o cafajeste dele- no rosto de Harry era uma do terceiro ano, da outra sala. Eu lembro de estudar na mesma turma que ela no ano anterior, e passei alguns minutos gastando meus preciosos neurônios para lembrar do nome dela, mas no final, acabei desistindo, não por vontade própria e sim porque Jenna me deu uma cotovelada tão forte que eu quase cai da cadeira. 

Virei minha cabeça para ela, passando a mão no meu ombro, agora dolorido.

-Que porra é essa?

-Eu ando me perguntando pela última meia hora -murmurei para mim mesma.

-Hã? -Bret enfiou a cara na conversa- Não consegui ouvir.

-Eu pensei que vocês estavam juntos -Jenna disse, ignorando nós dois.

-E estamos, mas não é nada sério -expliquei, me ajeitando na minha cadeira e consequentemente trazendo a atenção dos meus dois amigos para mim.

-Como assim "nada sério"? -Bret fez aspas com os dedos, franzindo o cenho- Você não quer nada sério, se quisesse não teria virado o mundo de cabeça pra baixo para conseguir conversar com Harry.

-Não é bem ass-

-É verdade -Jenna me interrompeu, concordando com Bret- qualquer um que olhe para vocês dois sabe que você gosta dele.

Lembrei do que Louis e Niall tinham falado na semana passada e já comecei a ficar paranoica, de novo.

-Será que é por isso que o Harry fica fazendo isso? -eu perguntei para Jenna e Bret, olhando entre os dois- Tipo, ele sabe que eu tô na mão dele, então-

-Não -dessa vez, foi Bretman quem me interrompeu- mais óbvio do fato que você gosta dele é que Harry gosta de você.

-Você me perdeu -avisei, mostrando a minha confusão.

-Abby, basta você abrir essa boquinha para falar qualquer coisa que Harry ignora o resto, -respondeu, me olhando como se estivesse explicando coisa de maternal- ele fica todo protetor sempre que você vai fazer alguma merda, -ia me defender, dizendo que eu não faço 'merda', mas o olhar que Jenna e Bret me mandaram me fez calar a boca- e se isso não for suficiente, tem o fato que ele fica olhando pra você toda vez que tem uma chance.

-Isso é meio que assustador -falei baixo.

-Não, é romântico, -Jenna me corrigiu- um pouco assustador, mas romântico.

-Shhh, ele ta vindo! -abanei a minha mão nervosa, querendo que eles se calassem.

Segundos depois Harry sentou na carteira atrás de mim com um sorriso de lado. Ele acenou para nós e cruzou os braços.

Ele está agindo normal, então eu vou agir normal, ou melhor, copiar o que ele faz, porque o meu ideal de normal não é igual ao dele, na verdade, ao de ninguém, pensei.

Escorei meu corpo na cadeira, cruzei meus braços e fiz um aceno com o queixo, mantendo uma pose que transmitia e minha mensagem "pode ficar com quem você quiser, eu não ligo nenhum pouco, olha como eu estou, e você tambem verá como eu estou de boa com o fato que eu vi você pegando uma menina há vinte minutos atrás e está com outra dez minutos depois". É uma mensagem longa, mas era a certa. 

Jenna bateu na sua testa, abaixando a cabeça.

-Meu Deus -ela murmurou.

Sim, Jenna, meu Deus. 

No fundo, eu acho que os nossos "meu Deus" não tinha o mesmo significado, mas eu vou fingir que sim.


Notas Finais


* td vez q o pp beija outra pessoa na ff a pp se revolta e praticamente não escuta ele kkkkkkkkkk


espero q tenham gostado sksjsjs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...