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História Cliche - Mãos


Escrita por: secretshadow

Capítulo 47 - Mãos


Fanfic / Fanfiction Cliche - Mãos

Mais tarde do que mais cedo, Harry e eu tivemos que sair do armário de limpeza, e ainda sim o efeito da maconha estava bem evidente, afinal, aquilo iria ficar no nosso sistema pelas próximas dez horas. Quando lembrei disso, contei para Harry e ele começou a rir, de primeira não entendi o motivo, mas me deu vontade de rir ao vê-lo rindo. 

Eu ainda não tinha me olhado no espelho, porém tinha certeza que eu encontraria uma bagunça no reflexo: boca avermelhada de tanto beijar, cabelo bagunçado pelos dedos de Harry e meu rímel borrado. 

Não que eu estivesse reclamando.

Enquanto caminhava pelo corredor com a minha mão entrelaçada na de Harry, percebi a forma como meu coração estava batendo acelerado e quis compartilhar com alguém, ou seja, Harry.

-Ei, mano, olha que daora -falei animada, levando a mão dele no meu peito.

-Seu seio? Concordo -um sorriso malicioso alargou-se em seu rosto e ri sem graça.

-Não, a batida do meu coração, -acenei com a cabeça para baixo, arregalando os olhos e ajeitando a mão de Harry mais para cima- ele tá batendo rápido.

-Eita, porra, você tá bem? -ele parou de andar, pondo a sua outra mão livre no meu ombro- Quer se sentar? Quer ir no hospital? Abby, você não vai morrer, né? 

-Quê? -balancei a cabeça para os lados, ouvindo uma voz no fundo da minha cabeça mandando eu segurar a risada- Não, seu acéfalo, meu coração sempre bate rápido perto de você.

-Eu sabia que eu era foda, mas não foda o suficiente ao ponto de comandar a velocidade dos seus batimentos -Harry falou convencido.

Senti sua mão descer disfarçadamente -ou ele pensou que sim- para baixo e, em resposta, coloquei minha mão na minha cintura e apoiei meu peso em uma perna só. 

Dei uma risada falsa e olhei para a mão de Harry que, agora, segurava totalmente meu seio por cima da minha roupa.

-Isso não é justo -eu falei- você está segurando meu peito e eu não tô segurando nada seu.

-Quer apertar a minha bunda? Eu sei que você gosta dela.

-Não precisa perguntar duas vezes.

Então, eu me inclinei para frente, esticando minha mão e apertei a bundinha de Harry. 

Resumindo, estávamos parados no meio do corredor apalpando um ao outro.

-Alguém andou malhando -comentei, olhando suspeita para Harry.

-Tive muito tempo livre depois que você parou de falar comigo. 

-Ei, -eu franzi o cenho, não achando justo o que ouvi- você que começou a ser um fuck boy.

-Fuck boy? -Harry repetiu, dando um passo para mais perto de mim, um sorriso sacana em seu roots.

-É -endireitei a minha posição, me sentindo levemente desconfortável com a forma como ele me encarava.

-Hmm, okay, -repuxou seus lábios para baixo e deu de ombros.

-Você sabe o que fuckboy quer dizer?

-Acho que é meio autoexplicativo.

-Ah, ten-não completei a frase, sendo calada pelos lábios de Harry atacando os meus. 

A sua outra mão livre subiu para o meu pescoço, segurando na minha mandíbula fazendo movimentos circulatórios como se fosse para me distrair do aperto que sua outra mão safada fez no meu seio. Não aguentei sorrir entre o beijo e apertei a bunda dele, puxando-o para mais perto de mim.

Era um beijo desajeitado, foi interrompido algumas vezes com um dos dois rindo e teve muitas mãos bobas. Mesmo assim, foi um dos melhores beijos que Harry me deu, porque no meio de uma apertada ali e outra aqui, estávamos sendo bobos e nos divertimento, e o mais importante era que estávamos juntos.

O beijo de Harry tinha gosto de paraíso.

Eu acho que você pode encontrar amor em qualquer lugar, mas o que eu sentia por Harry era o mais ilógico que eu já vi. Ele me desafiava emocionalmente e fisicamente, me fez fazer coisas que eu nunca pensei que um dia me encontraria fazendo, só que ele também me dava a motivação para superar os socos que a vida me dava, mesmo que ele me irrite muito quando beija outras bocas. E o pior de tudo isso, é que eu não consigo aguentar a ideia  deixar ele. 

Eu acho que o ilógico pode ser bom às vezes.

•••

O sol estava desaparecendo lentamente no horizonte. O céu estava uma mistura muito daora de cores: rosa, laranja e amarelo. Não sei exatamente como, mas Harry e eu acabamos parando em um parque, que por sorte estava vazio. Também não vou negar que nos primeiros quinze minutos ficamos zoando nos brinquedos que tinha ali, mas depois que Harry perdeu o equilíbrio e caiu de cara no chão do alto do castelo de brinquedo, puxei ele para sentarmos perto de uma árvore, no meio de muito risada.

No fim, Harry sentou de costas para a árvore, me deixando sentar entre as suas pernas enquanto olhávamos o sol se pôr. Ele estava contando de uma vez que estava aprendendo a dirigir e quase entrou dentro do restaurante porque não conseguia estacionar o carro. Eu estava chorando de rir, imaginando a cena.

Me ajeitei mais perto dele e apoiei minha mão em seu joelho, sentindo seu peito vibrar atras de mim ao rir.

Notei Harry baixar a cabeça enquanto eu ainda parava de dar risada, mas aí parei totalmente quando o senti deixar uma trilha de beijos molhados no meu pescoço. Seus braços estavam ao meu redor me apertaram levemente, subindo seu braço até a minha mão e entrelaçando, o tempo todo em que sua boca fazia seu caminho até a minha bochecha, e chegando aos meus lábios. 

Sorri, tendo a minha barriga dar mil e uma cambalhotas. Me virei para Harry, deixando as minhas pernas sobre as suas e deixando nossos corpos o mais próximo o possível. 

Fechei meus olhos, beijando seus lábios e sentindo sua respiração bater contra meu rosto. Inspirei fundo, puxando seu rosto para mim, registrando o seu cheiro.

Beijei Harry até não sentir meus lábios. Até saber que eu teria sonhos naquela noite sobre como aquela boca sabia fazer muito mais do que só falar.

Quando olhei ao nosso redor, percebi como já estava escuro. Não mudei de posição, estava confortável e bom demais para sair dali. 

Começamos a conversar; Harry ás vezes me perguntava sobre a minha família, e vice-versa, quando lembrei de uma coisa que tinha esquecido, mas que ultimamente tinha estado na minha cabeça.

-Ei, hã, tipo, se você não quiser, não precisa responder, mas, assim, -comecei a tagarelar nervosa, sem saber direito como falar.

-Só diz de uma vez -ele pediu, colocando uma mecha do meu cabelo atras da minha orelha. Levantei a cabeça, olhando para ele, tendo a luz do luar brilhando em seus olhos e eu conseguia ouvir a minha eu interior gritando como ele estava lindo, maravilhoso e beijável naquele momento, mas me segurei para não agarra-lo  de novo e começar uma sessão de amassos que não iria terminar tão cedo e eu provavelmente esqueceria  do que estava querendo falar, de novo.

Não sei como, mas acreditem, eu me segurei.

-Tipo, lembra aquela vez que você me levou pra te acompanhar pra fazer uma tatuagem? -e foi a mesa tarde que tivemos nosso primeiro beijo, adicionei mentalmente.

Harry franziu o cenho, concordando com a cabeça.

-Que que tem?

-Lembra que... Teve uma hora que eu sai e quase fui morta? -perguntei de novo, e ele fez sinal para eu continuar- Quem era aquele cara? O Justin, quero dizer... Vocês pareciam se conhecer há muito tempo.

Me restringi de perguntar o que era o tal "galpão" que Justin tinha comentado, com medo de Harry se fechar e não me dizer nada.

Harry endireitou os ombros e seus olhos estavam olhando para tudo, menos para mim, o que apenas piorou meu nervosismo.

Pareceu que se passou uns 15 minutos de silêncio, aumentando a tensão -não a boa, também, parecendo aquelas cenas de filmes que alguém faz uma pergunta super importante e a outra pessoa só fica olhando pra quem perguntou com uma cara tipo "fodeu, o que eu falo agora?".

Graças á São Longuinho, Harry me respondeu. 

-Justin é um amigo antigo, mesmo... Ele faz parte de uma gangue, na verdade, é o líder -riu sem graça e coçou a mandíbula, parecendo desconfortável ao falar sobre o assunto-  teve um tempo da minha vida que eu não estava muito bem, e Justin estava lá para mim. Eu ainda não era emancipado e morava com meus pais, mas odiava ficar pedindo dinheiro pra eles, então uma coisa levou a outra e comecei a traficar pro Justin. 

Arregalei as sobrancelhas, não esperando que a conversa fosse por esse caminho. 

-Mas quanto mais eu me envolvia naquele estilo de vida, mais eu odiava o que estava fazendo, então eu decidi sair e, por sorte, Justin me "liberou" -disse fazendo aspas com os dedos"-, por assim dizer. Eu lembro dele me falando que se eu tivesse ficado mais um pouco, não teria volta. 

-Eita -foi a única coisa que consegui dizer.

-Ainda conversamos, mas não como antigamente, e foi graças a isso que consegui fazer ele te soltar aquele dia -Harry falou, descendo as mãos até a minha cintura.

-Eu agradeço por isso -comentei, sem jeito, dando uma piscadela para ele e tendo uma risada fraca em resposta.

-Mas... É, é isso -deu de ombros, inclinando a cabeça para frente e me dando um selinho.

Assenti, colocando meus braços sob seus ombros e cruzando meus dedos atras de sua nuca. 

-Você é linda.

Levei minha cabeça para trás, sentindo meu segundo queixo aparecer.

-Eu não estava esperando por isso, mas também não estou reclamando -disse desconfiada, sorrindo de lado.

Harry me copiou, abanando a cabeça para os lados.

-Eu sinto que eu não falo isso o suficiente.

-Já que estamos nessa, então tenho que falar que você é muito gostoso.

-Tava demorando... -Harry riu, olhando para cima como se falasse "mereço".

-O quê? É verdade.

Ele me olhou por alguns segundos antes de me beijar, dessa vez mais delicado do que já me beijou alguma vez.  Era como se ele quisesse gravar esse momento, a forma como ele me segurava e me tratava. 

-Eu sinto que a gente gastou tempo demais fazendo cu doce -comentou, afastando seu rosto do meu devagar e apoiando a sua testa na minha.

-Isso... Você tem total razão, mas em minha defesa, eu tentei acelerar o processo.

-É? E como? -ele riu, desencostando da minha testa para me olhar melhor.

-Você não vai querer saber.

-Ah, não, não, eu quero sim -falou divertido, sorrindo maroto.

E lá fui eu contar as merdas que já fiz em nome do meu amor por ele, começando pela vez que invadi o sistema do colégio até fingir que sabia física para passar tempo com ele.


Notas Finais


dkdkjss oiiiii gente


tranquilidade antes da tempestade sabe como eh né?


eu tbm sentia q eu devia isso p coitada da abby kkkkkk


espero q tenham gostado, até a próxima<3


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