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História Cliche - Os caras briguentos


Escrita por: secretshadow

Capítulo 6 - Os caras briguentos


Fanfic / Fanfiction Cliche - Os caras briguentos

Tudo bem, sempre que tem aquela festa que todo mundo da escola está sabendo e, muitas das vezes convidados, parece que magicamente todos sabem onde é o endereço. Pelo menos, é o que eu sempre pensei, minha vida social não tem sido as melhores nos últimos sete meses, ou os últimos 17 anos. 

Na sexta-feira, ou seja, no dia seguinte, tsc tsc, eu havia falado para Jenna sobre a festa e pedido para Bret chamar mais alguns amigos para ir, e quando digo amigos, eu digo o pessoal mau humorado que amam arranjar uma briga por nada.

Bem, se você acha que eu pedi para meu amigo chamar a turma encrenca para ir numa festa arranjar briga só para estraga-la, você está totalmente certo. 

Não gosto de admitir e como não estou lá com os melhores humores hoje, meu plano de fisgar Harry acabou incluindo estragar a festa de Rosemary. Claro, eu não tenho nada contra ela, só que eu estava querendo sentir aquela sensação de ter feito algo porque fazia quase três semanas que as aulas voltaram e nada aconteceu entre Harry e eu. 

Eu sinto que, às vezes, eu soou como uma perseguidora/psicopata/obsessiva por Harry, mas não sou, ou ainda não e espero que nunca. 

Agora chega de blá-blá-blá sobre a minha pessoa por que todos sabemos o que realmente importa, certo? 

Como eu consegui comer a comida daquela cantina? 

Eu não tenho nada contra as tias da cantina, porém eu sei muito bem que o orçamento da escola não está baixo ou no negativo, se for olhar no que é cobrado mensalmente. O mínimo que o diretor podia fazer é comprar fornos melhores, porque eu tenho 99,9% de certeza que o pão que comprei estava metade cru e metade quase cru. 

Harry, por outro lado, não comeu. Ou eu acho que não. Ele nunca fica no refeitório, mas eu vejo ele saindo da sala, e quando não vejo, sei que ele não fica lá por que eu sou a última a sair. 

Durante o intervalo, Bret estava falando sobre alguma garota que ele queria pegar, se conhecíamos e o que ele poderia fazer para chamar a atenção dela. Eu decidi ficar quieta, eu sou a última pessoa que alguém iria querer conselhos amorosos. 

Vocês já leram como que a minha vida amorosa é, logo já sabem o fracasso. 

Não sei o que foi ao certo, entretanto eu decidi ir que foi sorte, pois logo as aulas tinham acabado e eu finalmente estava indo para casa. E estava feliz. Nas últimas duas aulas eu tinha perguntado para, pelo menos, cinco pessoas onde era a casa de Rosemary. Quase perdi a paciência e xinguei, até que um ser de luz soube me dar o endereço. 

Pelo resto do dia eu me ocupei de ficar jogando na internet stop e conversando com Jenna sobre que roupa ela iria, eu queria ir de calça jeans e ela de saia, mas eu me recusava a ser a única de calça jeans, assim, depois de muita bajulação e cinco libras perdidas, convenci Jenna a ir de calça jeans.

Era por volta das sete horas quando comecei a me arrumar. Passei maquiagem e depois fui procurar o meu body preto. Ele era lindo e deixava as minhas costas à mostra; depois de acha-lo debaixo de um monte de roupas jogadas no fundo do meu armário, coloquei uma calça jeans rasgada de lavagem clara. 

Jenna queria que eu colocasse salto e eu disse não, ai ela pediu de novo e fez aquela voz de cachorro pidão e eu continuei dizendo não, mesmo me sentindo levemente culpada por ter conseguido convencê-la em colocar calça jeans invés de saia, eu pensei que devia colocar o salto por ela, mas como eu sou... eu, optei pelo meu Nike.

Eu queria poder dizer que tinha meu próprio carro, ou que alguém iria me dar carona, porém além de eu ser menor de dezoito, nem Jenna ou Bret tinham carro e/ou habilitação, o que acabou restando a última opção: ir todo mundo espremido no carro da minha mãe. 

-Que horas você vai voltar, filha?

-Hã... -olhei entre Jenna e Bret e dei de ombros- Não sei, até que horas você acha que eu posso ficar? 

-Dez horas.

-Dez horas da manhã? -perguntei surpresa- Okay, fechou.

Minha mãe deu uma risada meio sinistra, me fazendo olhar para ela.

-Não, Abby, meu amor -ela disse balançando a cabeça- dez horas da noite.  

-Mas já é nove e meia! -eu exclamei, apontando para o relógio digital do carro.

-E...? -minha mãe levantou a sobrancelha, como pudesse se importar menos.

-Mãe... -respirei fundo, juntando toda a paciência que eu tinha- Que tal às duas? 

-Duas da manhã?

-Aham.

-Uma hora.

-Uma e meia -rebati. 

-Uma e quinze.

-Uma e quarenta. 

-Uma e vinte. -minha mãe olhou para mim brevemente, como se estivesse no limite.

-Uma e meia. 

-Uma e vinte -ela continuou.

-Uma e vinte e nove? -afinei a voz, querendo acabar com isso. 

-Tudo bem.

-Pode deixar que eu ligo pro Uber pra deixar a gente em casa, senhorita Patel -Jenna disse assim que o carro parou, abrindo a porta.

-Ah não precisa -minha mãe dispensou- Eu...

-Não -interrompi, antes que ela falasse o que eu sabia que ela iria- Mãe, eu já tenho idade para ir embora sozinha, -abri a porta do carro- não me espere acordada, eu volto uma e meia.

Dei um pulo para fora do carro, mas mesmo assim ainda ouvi quando minha mãe gritou:

-Uma e vinte nove!

Festa.

O típico cenário que todos vemos em filme: música alta, bebida rolando solta e seus velhos e sem graça esteriótipos. 

Obviamente, eu como uma 'Maria vai com as outras', fui atrás de Jenna que queria pegar algo para beber. Eu aproveitei para dar uma olhada ao redor, não para observar a casa porque aquilo não me interessava -sem ofensas, Rosemary- e sim para procurar Harry. 

Tinha alguns problemas que impossibilitaram eu ter achado ele, um era a iluminação e o outro que sempre que eu virava o olhar para um lugar, alguém ficava na minha frente. 

Entrei numa mini cozinha e esperei Jenna pegar a bebida, me entregando uma latinha de cerveja lacrada e uma para Bret. 

Senti um beliscão no meu ombro e fiz careta para Jenna.

-Que foi? 

Ela, igual uma idiota, começou a arregalar os olhos e mexer a cabeça para o lado.

-Seja lá o que quer que você chame de dança, isso não é uma -eu peguei uma mecha do seu cabelo e puxei para baixo, fazendo sua cabeça ficar no lugar certo e ela parar de fazer aquilo.

Bret revirou os olhos e colocou a mão no meu queixo, puxando meu rosto com tudo para o lado. Levei alguns segundos para entender, mas quando vi Harry conversando com um cara, logo entendi. 

O cara que o Senhor Olhos Verdes, a.k.a. Harry, estava olhando tinha uns dois amigos atrás dele e seu peito estava estufado, como se ele estivesse borbulhando de raiva. Eu o reconheci: Jordan, do primeiro ano. Ele tinha cabeça quente e era conhecido pelas brigas que sempre estava envolvido pela escola, a maioria ele tinha começado e quando não tinha, Jordan tinha terminado. 

Então eu lembrei do que eu tinha pedido para Bret e quase me dei um tapa na cabeça. 

-Me diz que esse não é um dos caras briguentos que você chamou -falei para meu amigo, levando minha mão até seu braço enquanto meus olhos não saiam da cena.

-Talvez sim...

-Bret, seu mula -eu sussurrei irritada, um pouco com ele e muito comigo.

-Ah, nem vem, como eu ia saber que eles iam arrumar briga justo com Harry? -Bret rebateu, desvencilhando de mim.

Eu estava prestes a responder, só que a próxima coisa que vi foi o soco que Jordan deu em Harry. 

Puta merda.

Foi questão de, literalmente, dois segundos para uma multidão se formar em torno deles. O povo correu igual cadela no cio e começaram a gritar 'briga!', repetidamente. 

Com uma parte curiosa e outra irritada minha, lá fui eu me enfiar na multidão. Enquanto os acéfalos levantavam os braços e continuam os gritos desnecessários, eu murmurei sozinha: 

-Quantos anos vocês têm? Doze? 

Eu tinha deixado Jenna e Bret para trás junto com as perguntas deles de onde eu estava indo dessa vez. 

O mais impressionante, ou talvez nem tanto, era que ninguém ao redor dos dois adolescentes estavam fazendo absolutamente nada. 

Exato, nada, negativo, nothing, nadica de nada. 

Apenas olhando para a cena com um sorriso bêbado no rosto. 

Eu já estava ficando irritada porque de novo meu plano não estava indo como eu tinha pensado, mas depois de algumas cotoveladas aqui e outras pisadas no pé ali, consegui chegar no centro do formigueiro. Bem a tempo, consegui ver Harry lançar seu punho contra a barriga de Jordan, um sentimento momentâneo de orgulho expandindo no meu peito.

Abigail, para com isso! Violência só gera violência. 

Dito e feito, em resposta ao soco, um dos amigos/seguidores de Joran deram um passo para frente na intenção de entrar na briga e defender o amigo que, no instante, estava com a mão na barriga e tossindo.

Há, fracote.

Quando eu vi o punho do moreno se fechar, eu dei um passo junto. Ou talvez cinco passos. 

Antes que eu conseguisse impedir meu próprio sistema nervoso de me deixar fazer a merda que eu sabia que iria fazer, já era. 

Minhas pernas que eu gosto de descrever como finas estavam me levando até perto da briga e, sem parar, eu levantei a direita que se conectou diretamente com as bolas do amigo/seguidor de Jordan. Eu queria poder ter tirado uma foto daquela cena, ou até mesmo do rosto do garoto, era uma mistura de surpresa, raiva e dor. 

Principalmente dor. 

Uma onda de coragem veio em mim e, de novo, eu abri a boca quando deveria ter deixado-a fechado e disse: 

-Eai, quem vai ser o próximo? 

Senti uma mão no meu ombro e, quase em instinto, porém mais como a coragem e vontade de chutar as bolas de mais alguém, eu virei com tudo e levantei minha perna de novo, acertando bem no centro de reprodução de outro. 

O único problema -e o principal- era que quem eu tinha acertado era a última pessoa que eu queria. 

Com a cabeça abaixada, as mãos tatuadas protegendo o saco e os olhos verdes me olhando, eu disse a única coisa que eu consegui:

-Ops.


Notas Finais


•td festa que tem a principal é arrumada desde roupa, maquiagem até calcinha é pela amiga então eu decidi dar uma reviravolta e mostrar que PODE sim ter auto vontade e ir pelo que quer cksjjs

DESCULPA A DEMORA!!!! eu smp tento postar de dois em dois dias (ou no máximo três) pq eu odeio demorar mas eu smp
posto um novo quando eu termino de escrever um (eu to no cap 23 na metade escrito) kzjsjs

enfimmmm, a gente se vê na próxima!!


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