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História Cliche - Valeu, bro


Escrita por: secretshadow

Capítulo 9 - Valeu, bro


Fanfic / Fanfiction Cliche - Valeu, bro

Era um sábado quando eu perdi a minha blusa favorita. 

Era nesse mesmo sábado quando joguei a minha bebida em Harry. 

É bem provável que você não esteja entendendo direito o que eu estou falando, muito menos o que está acontecendo, então deixa eu voltar para algumas horas atrás. 

Sexta-feira, onze e cinquenta da noite; festa da Rosemary. 

Havia passado quase duas horas desde a última vez que eu vi Harry. Tá legal, eu tinha visto ele algumas vezes no sofá bebendo cerveja com uns caras; não que eu estivesse o procurando e vendo se ele pegava alguém. 

Puff, claro que não. 

Depois que eu dei aquele berro para o nada, uns três rapazes reclamaram e eu os mandei ir tomar naquele lugar. Tinha decidido voltar para festa e não demorou muito para eu ter achado Jenna e Bret, ou apenas Jenna, uma vez que Bret estava engolindo a cabeça de uma caloura. 

Fiquei gastando meu tempo jogando beer pong com uns caras que nunca vi na vida, e provavelmente nunca verei de novo, mas estava sendo divertido. 

O ar dentro da casa estava quente e úmido, os caras que eu estava jogando eram péssimos e minha garganta estava ficando seca, francamente, não é tão difícil assim acertar a bola num copo. Se eles erram com isso imagina para fazer xixi pela manhã? Sorte minha que não sou eu que limpo o banheiro desses daí. 

Uma meia hora após o que Bret chama de 'sessão de amassos' acabou, eu fiz ele entrar no meu lugar para eu ir pegar água. Claro que antes eu fiquei uns minutos na pista de dança porque começou a tocar Sorry, da Beyoncé e não dançar numa música como essa é praticamente crime. 

Indo até a cozinha, abri a geladeira e peguei mais uma garrafa de água fechada. Girei a tampa e tomei três goles seguidos, minha garganta agradecendo por ter algum líquido, já meu sistema nervoso não ficou tão feliz com a minha escolha de bebida. 

Caminhando de volta para a mesa de beer pong, vi Bret ganhar e comemorar como se tivesse acabado de ganhar um bilhete na loteria e não um jogo de colegial bobo. 

Fiquei conversando com Jenna por um tempo até que ela me mandou de volta para a cozinha, na missão de trazer mais bebida para ela e eu. Não sei exatamente como ela me convenceu, eu lembro de recusar umas quatro vezes, mas no fim eu estava pela segunda vez em menos de meia hora naquela cozinha, dessa vez a cerveja tinha acabado, então peguei um garrafa de alguma coisa em cima da pia e me certifiquei que estava fechada, afinal, não queria ter nenhuma surpresa. 

Com um pouco de dificuldade -ou talvez muita- eu abri a garrafa sozinha e peguei dois copos vermelhos que estava dentro do plástico, colocando embaixo do meu braço. Aproveitei que Jenna não estava perto e dei um gole na garrafa e percebi que era tequila. 

Quase morri engasgada, mas como a guerreira que eu sou, tossi igual uma louca até me acalmar. 

O povo parecia ter se aglomerado na sala de estar e decidido dançar, porque para passar por ali foi um sufoco. Eu já estava vendo a mesa de beer pong quando senti um líquido descer o meu torso e molhar o meu body preto. 

Levantei meu olhar e vi um par de olhos castanhos. Nunca tinha visto aquele garoto na minha vida -e não fiquei surpresa com isso também- então, enquanto enchia o copo de tequila e tentava não respirar fundo para não sentir o cheiro de álcool impregnar no meu corpo e roupa, tive que ouvir ele tagarelar.

-Nossa, meu gata, desculpa aí -ele disse rindo- foi sem querer, tipo eu não te vi, tá ligada? Me empurraram também e aqui tá foda de andar. Mas me diz aí, qual o seu nome? Eu me chamo...

Bloqueei ele da minha mente e quando vi que o copo estava cheio pela metade, levantei-o e eu não fui tão discreta porque o garoto que ainda não tinha parado de falar percebeu que eu ia jogar a bebida nele, porque o imbecil se abaixou e a bebida foi parar nas costas de outra pessoa. 

A regata que uma vez era branca, agora nas costa, estava molhada e provavelmente começando a feder. Eu quis me dar um tapa na cabeça quando vi quem eu tinha acabado de molhar. 

-Mas que merd... 

m- Não fui eu, Harry! -eu disse rapidamente tentando sair da sua mira de raiva.

O rapaz que tinha se abaixado, levantou e olhou entre Harry e eu. Acho que ele sentiu a raiva expelir do corpo do outro e deu no pé, saindo dali mais rápido que bandido em fuga de banco. 

-Por que sempre que eu te vejo, você faz alguma coisa contra mim? 

-Não sei do que você está falando -revirei os olhos, fazendo pouco caso- quer tequila? 

-Não.

-Okay, então... Você tem toalha? 

-Eu pareço que tenho toalha? 

Os garotos que Harry estava bebendo antes apareceram atrás dele, eram dois, e eles notaram a camisa molhada dele, fazendo graça

-Ow, Styles, tudo bem aí, mano? -um deles falou, batendo no ombro dele.

-Mais perfeito impossível -Harry respondeu irônico.

-Acho melhor você dar uma molhada no banheiro, isso daí vai secar e o cheiro não é muito bom já molhado, imagina...

-Eu sei, eu já volto.

Harry acenou com a cabeça para os amigos e se enfiou entre os adolescentes; eu, do outro lado, segui ele. De primeira ele não notou a minha presença, mas quando chegamos na porta do banheiro ele se virou para mim e perguntou: 

-O que você quer, Abby? 

-Não sei se você percebeu, mas eu também estou molhada.

-E o que eu tenho haver com isso? 

Gentileza em pessoa, hein. 

-Você quer secar o molhado, eu também, faz as contas que você descobre, Styles -ressaltei seu sobrenome, mesmo que eu já soubesse, para irritar ele mais.

O canto dos lábios de Harry se ergueram e eu percebi o que eu tinha insinuado. 

-Nem começa -eu já parei ele.

Harry me ignorou e abriu a porta, sem bater antes ou ao menos ver se estava ocupada, e sim, estava. Não que isso foi algum empecilho para o moreno, já que quando ele viu o casal se pegando contra a pia, ele olhou sério e disse:

-Fora. Agora. 

O casal olhou para Harry e notou a cara de poucos amigos dele e saíram. 

Decisão sábia. 

-Acho que você não sabe, mas tem uma palavra chamada 'por favor' e 'obrigada -eu avisei, abrindo o gabinete e peguei duas toalhas, deixando uma em cima da pia para Harry. 

-Isso são três palavras.

-Você entendeu -revirei os olhos e fui até a banheira, molhando a toalha e passando pelo meu pescoço e torso, onde tinha caído a bebida- Você é tipo 'Mim ser Harry' -engrossei a voz e voltei até onde ele estava, olhando para ele através do espelho, com a minha cabeça meio abaixada para copiar a forma como ele olha para as pessoas- 'Mim gostar de assustar', 'Mim ser bravo'.

Eu genuinamente pensei que Harry iria me dar mais uma de suas patadas, porém o pequeno sorriso que apareceu no seu rosto deu uma apertada no coração e a time emocional gritar 'Você fez ele sorrir, vai que é a tua, Abby!".

Como tudo dura pouco, Harry e eu fomos interrompidos por um bêbado quase morrendo ali: ele abriu a porta, quase acertando minha cabeça e se debruçou na privada, vomitando tudo e mais alguns órgãos. 

Harry olhou para mim é quase em sintonia saímos do banheiro, não querendo ficar mais nenhum minuto ali. Tinha um garoto bêbado encostado na soleira da porta, me olhando estranho e como eu não sou de levar desaforo, logo perguntei o que ele queria.

-Jeremy acabou de entrar no banheiro, estou esperando ele -o rapaz respondeu. 

Ele era bonito, bem bonito, tinha sobrancelhas grossas e cabelo num topete, a pele morena combinava com ele, o sorriso era aquele de lado, os dentes a mostra junto com as garras para te puxar se perder na beleza dele. Eu teria feito isso, se Harry não estivesse do meu lado e eu não tivesse percebido a forma enrolada que ele tinha falado. 

-E por que você está me encarando? -eu perguntei, ainda não entendendo o que o amigo que estava vomitando tinha haver com o meu rosto. 

-Você é gata, 'tô só admirando.

-Então admire mais secretamente, obrigada -falei sarcástica, me virando para ir embora.

Uma mão segurou meu pulso e meu rosto abaixou, encontrando a mão e subindo até o rosto do seu dono. 

-Me solta...? 

-Fica aqui, gata -o rapaz pediu, me puxando para ele.

Meu olhar voltou para Harry, meus olhos arregalados pelo puxão que eu não estava esperando e num pedido silencioso de ajuda. O acéfalo, a.k.a. Harry, estava quase indo embora, mas não sei porque ele tinha olhado para trás quando o rapaz tinha pedido para eu ficar e ele tinha pegado o meu olhar. 

Notei as suas costas se enrijecerem enquanto ele se aproximava.

-Solta ela -meu salvador mandou. 

-E você seria quem? -o rapaz perguntou, colocando o braço sobre meu ombro.

Eu enruguei o nariz e empurrei seu braço para baixo. Meu plano seria dar um chute nas partes íntimas dele, uma vez que isso funcionou mais cedo, porém Harry tinha outros planos.

-Se você quiser sair daqui com todos os seus dentes eu recomendaria que você a soltasse. 

Uh, eu estou gostando desse Harry, principalmente quando eu não estou a sua mira de raiva. 

O rapaz riu sem graça atrás de mim e seu aperto no meu pulso enfraqueceu. 

É mané, me solta antes que eu te arrebente -ou Harry, mais viável. 

-Não sabia que ela era sua mina, bro -o rapaz disse, dando pequenos passos para longe. 

Devagar, porém certamente, ele se afastou e Harry ficou o olhando até ele se afastar.

-Valeu, bro. 

Eu tirei Harry do seu foco com o apelido que eu havia o chamado, seu rosto se contorcido numa careta de dor.

-Bro? 

-Bro -confirmei- ou prefere amor? Minha vida? Mozão?

Pisquei charmosa para ele, segurando a risada, mas Harry não pareceu encontrar a graça porque ele apenas me deu uma olhada e disse seco, antes de se virar e se infiltrar no meio das pessoas: 

-De você, nada.

Doeu? Claro que doeu, mas ninguém precisava saber, então eu levantei a mão e mostrei o dedo do meio para ele.


Notas Finais


•típica cena que o bêbado tenta ficar com a pp nossa senhora isso parece que é uma obrigação em td ff alguém em ajuda

boa noite pessoaaaaaaal

queria agradecer pelos comentários no capítulo anterior, vcs me ajudaram<3

enfimmm, essa foi a parte 3 e última da festa AMEM hahahaha

espero que tenham gostado❤️


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