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História Clichês 2 - Amores Não Correspondidos - Separados


Escrita por: KamiKaseBear

Notas do Autor


O onii-sama egoísta quis criar um personagem baseado nele, apesar dos meus protestos dizendo que iria estragar a história não pude evitar.
Apenas aceite nee-san, este e mais alguns capítulos são dedicados à Aninha que nos motivou a contar mais desta história, agradecemos a todos que estão acompanhando.
Hu, formal demais seu tosco.

Capítulo 8 - Separados


Samantha

  Tudo escuro... A porta do quarto foi aberta e uma figura silenciosa entrou, pouco depois a luz cegante do sol entrou pela janela.
  - Quem está aí?
  Quando meus olhos se acostumaram com a claridade pude ver um rapaz alto com músculos esguios por baixo de um terno andando calmamente até a beirada da minha cama.
  - Me responda, quem é você?
  Ele sorriu como se achasse engraçado a minha impaciência.
  -  Seu pai voltou saiu à negócios e irá passar alguns dias fora, fui contratado para acompanhá-la, senhorita.
  Era um sorriso afetuoso, em algum lugar daquela simpatia havia um sarcasmo que me fazia lembrar do Felipe, aquele idiota...
  - Não preciso de ninguém, saia daqui.
  Logo depois do incidente na porta do meu antigo prédio fui arrastada até a mansão dos Darsis, ele tomou meu celular então não consegui falar com o Fe até agora...
  - Parece perdida em pensamentos senhorita. - Ele ainda estava parado me olhando, deve ser um pouco mais velho do que eu - Não são muitos os mordomos que falam português, apesar de parecer muito jovem não fui escolhido por acaso senhorita.
  - Como soube o que eu estava pensando?
  - Aprendi com meu bom mestre a entender os outros. - Ele continuava sorrindo de modo tranquilizador, calmamente sentou-se na beirada da cama - Principalmente pessoas com o coração angustiado.
  Pela voz ele parecia sincero, olhei para mim mesma e percebi que acabei dormindo sem trocar de roupa na noite anterior, lembrar do Felipe sendo espancado não era fácil, principalmente agora que, eu acho, sei como me sinto por ele.
  - Se me permite dizer, sugiro que tome um banho, senhorita, uma visita a aguarda na entrada.
...
  Como pensei, meu guarda-roupa foi refeito segundo alguma metida consultora de moda, as formas de demonstrar carinho do meu pai conseguem ser mais irritantes a cada tentativa, vasculhei atrás de algo menos escandaloso.
  - A blusa vermelho claro com a saia branca cairia bem juntamente das sandálias de couro, não gosta de saltos, certo senhorita?
  Por impulso cobri meu corpo com as mãos, aquele mordomo tarado está me espiando de roupas íntimas? Um som leve de batida na porta do quarto fechado denunciou que ele estava do outro lado da porta.
  - Não me assuste desse jeito! E como sabe que não gosto de salto?
  Ele não respondeu, mas tenho que concordar com a escolha dele, o resto das roupas eram cheias de detalhes impressionantemente inúteis.
...
  Movida pela curiosidade fui ver quem estava me esperando na porta, mesmo com as coisas dando tão errado ontem, me resta ainda alguma esperança em convencer meu pai a me ouvir quando eu tiver essa chance novamente.
  Do topo da escadaria que leva aos quartos no segundo andar pude ver, na entrada, um garoto loiro talvez da minha idade, tinha uma beleza superficial que todo rico metido carrega, a expressão de desagrado por ter de esperar logo virou um sorriso quando ele percebeu que eu estava olhando.
  - Senhorita Darsis, me agrada poder enfim conhecê-la! - Seu sorriso falhou brevemente quando viu meu olhar indiferente, o mais divertido nos esnobes é vê-los tentando manter um ar nobre - Sou Louis Ganes, filho de uma família recém endinheirada porém desde sempre nobre!
  - Perdão, Lou Esganes você disse?
  Um leve desagrado torceu o sorriso dele, não o culpo, derrubar a postura dos outros é talvez a única habilidade útil que herdei do meu pai, ele conseguiu se controlar e soletrou calmamente.
  - Lul-is Guei-nes.
  - Lu is gay né? - O rosto dele começou a ficar vermelho, estava sendo divertido mas seria um problema se ele se descontrola-se e me atacasse - Não importa, diga o motivo da visita.
  Ele ajeitou-se na camisa social tentando recuperar a compostura, a coluna estava rígida e os braços nada naturais, parecia um chihuahua fazendo pose. Perto da escada, logo ao meu lado, o mordomo tentava segurar a risada, a forma sincera com que agia me fez gostar dele, talvez contratá-lo tenha sido enfim uma boa escolha do meu pai.
  - Vim conhecê-la a pedido de meu pai, disseram que era a mais bela dama entre todas, e vejo agora que é verdade.
  - Veio até aqui só porquê duvidou da palavra do seu próprio pai?
  - Jamais! Apenas fiz questão de confirmar com meus próprios olhos quão bela a filha dos Darsis é.
  - Agora que já confirmou pode ir embora creio, guie-o até a porta.
  - Como queira senhorita. - Louis ficou chocado demais para reagir, depois de levá-lo para fora e fechar a porta o mordomo andou até a minha frente sorrindo - Perdoe-me a impertinência senhorita, mas devo dizer-lhe que foi brilhante.
  O cabelo escuro dele me lembrava o Felipe, mas os olhos eram de um verde intenso como esmeralda, os olhos verde claro dos Darsis são uma marca de nossa família, mas os dele eram mais brilhantes.
  - Me fale seu nome, e pare de me chamar de senhorita, está bem?
  - Como queira lady Samantha - O lado sarcástico do sorriso dele voltou, ele ajoelhou-se e baixou a cabeça - Raphael, a seu dispor.
  - Pois diga-me Raphael, como conseguiu este emprego mesmo sendo tão ousado?
  Ele pareceu divertir-se com a pergunta, como se já estivesse esperando por ela.
  - Meu mestre negociou com seu pai, e ele sempre me disse que, para ser sincero é necessário ironia.

Felipe

...
  Meu corpo todo estava doendo, um saco de soro estava pendurado ao meu lado, uma luz forte vinha de uma janela lateral, me mover doía, uma enfermeira entrou no quarto e ao ver para onde eu olhava foi rapidamente puxar as cortinas.
  - Não tente se mexer tanto garoto, teve sorte de alguém ter te trazido até aqui, vimos seus documentos na carteira e logo iremos telefonar para os seus pais, então descanse.
  Era a voz de uma mulher jovem, talvez recém-formada, minha visão estava meio turva então não dava para definir muito bem o rosto dela, acenei que sim com a cabeça e creio ter visto ela sorrir.
  - Não precisa responder, mas enquanto estava desacordado ficou repetindo o nome Samantha, é alguém importante para você?
  A cama estava confortável, o sono já anestesiava a dor, mas mesmo assim quis responder.
  - Sim, muito importante, bem mais do que eu pensava...


Notas Finais


Sempre que possível comentem, vamos explorar ao máximo o mundinho desse casal :3


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