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História Cloister Black - A Era do Caos


Escrita por: Dhytto

Capítulo 1 - A Era do Caos



O que aconteceria quando o mundo fosse coberto pela escuridão, onde nem o último respingo de luz seria capaz de brilhar? Poderia ser considerado definitivamente o fim do mundo, onde o mal obteve sua tão sonhada vitória, sem nenhum vestígio de bondade... Onde iriamos parar? Bom, ao menos ainda havia pessoas que ainda acreditavam no extermínio do mal, sonhavam em um dia se tornarem o que desejam e ajudar uns aos outros.
Entre estas pessoas que, mesmo no pedaço mais profundo de seus corações, acreditam que o mal será derrotado, estava Cross, um jovem cavaleiro de quinze (15) anos do Reino de Antares, um dos locais mais prósperos, senão o mais depois daquela catástrofe realizada pelos demônios vindos diretamente do submundo. Este acredita que um dia os "filhos de Deus" sairão vitoriosos e trarão paz e harmonia a este mundo que agora se encontra apodrecido. O fato é que o mundo já está apodrecido há muito tempo. Os humanos que não notaram o mal que causavam à natureza, eliminando animais por pura diversão, causando uma extinção em massa, além do desmatamento; tudo isso por uma ganância incessável, cada vez querendo mais e mais. Todavia, de certo modo, este ataque de demônios que causou o extermínio de milhares de pessoas, serviu como um alerta para boa parte dos humanos pudessem notar o que estavam fazendo com suas terras, com mais clareza. 
Reino de Antares, Centro de Treinamento, Sudoeste da Região, Manhã.
O astro rei havia acabado de iluminar nosso planeta esférico. Pássaros sobrevoavam as terras, produzindo seu belo canto que chegava a relaxar o espírito dos seres ao redor. Poucos instantes após a chegada do Sol à Terra, um homem de cabelos castanhos escuros, estatura entre média e alta, trajando vestimentas de cor clara em conjunto com luvras negras para evitar machucados durante os treinos com armas brancas e o símbolo de um dragão azul ao centro da camisa, além de uma espada embainhada presa à cintura, surge ao centro de treinamento coçando seu olho direito com o polegar da destra. Era de já estar com olhos cansados de tanto dormir, mas que ainda assim insistia em treinar para proteger os queridos.
— Yare, yare... Como eu pude dormir tanto em situações críticas como essa?! — era Cross, o filho do rei de Antares resmugando para si mesmo por ter relaxado em momentos de caos, onde pessoas inocentes poderiam ser mortas a qualquer instante.
— Oh, vejam só quem chegou! — era um dos soldados recém-chegados falando para seus companheiros. Porém, a fama de Cross sobre o reino não podia passar despercebida. Era difícil alguém não conhecer este nome por aquelas regiões.
— Ah, você é novo aqui? Não me lembro de tê-lo visto nos treinos anteriores. — o jovem prodígio indagou serenamente, elevando uma de suas mãos até a cabeça conforme ditava, esboçando aos poucos um leve sorriso gentil.
— S-sim, Cross-sama! — este ditara admirando o cavaleiro.
— Hunfh... Até quando poderemos visar o nascer do Sol nesse mundo em estado crítico...? Será que um dia ainda conseguiremos apagar a escuridão de uma vez por todas? — O cavaleiro talentoso ditou perdido em seus devaneios, carregando a culpa de não ter conseguido proteger alguns soldados numa missão anterior. — Bem, que tal você vir primeiro para eu poder testar suas habilidades?
— Claro! — cada frase citada, para ele, era uma honra poder falar diretamente com o filho do rei, notável em seu sorriso esboçado.
Enquanto dialogavam, todos os outros soldados ao redor visavam ambos ansiosamente para testemunharem as técnicas de Cross.
— Tudo bem. Pode começar se quiser, mas vou logo adiantar que não pegarei leve. Vocês precisam evoluir o quanto antes! — profetizou, pousando a canhota sobre o cabo de sua espada presa à cintura, analisando cada movimento, cada ação por mínima que fosse do adversário. Em um embate, não se deve deixar a guarda exposta, ou poderá perder a vida num único movimento.
— Hai... Aqui vou eu! — aquele jovem soldado se demonstrava um pouco determinado, visível em seu modo de falar, mas que ao mesmo tempo se impressionava tanto que acabava deixando a determinação de lado. Segundos se passaram após sua fala, sacando seu machado amarrado às costas e avançado contra o outro, numa tentativa de derrubá-lo.
— Quando você ataca, abre sua defesa... Jamais ataque assim sem pensar, soldado. — ditou seriamente, sacando também sua arma primária quando o oponente estava mais próximo de si, interceptando aquele ataque apenas colocando a lâmina da espada a sua frente. Então, com atos velozes, girou precisamente, lançando a arma do opositor para o lado e desferindo uma cotovelada ao centro da barriga, arremessando-o por dois (2) metros de distância.
Os outros guerreiros analisaram aquilo completamente impressionados por conta de tamanha velocidade daquele jovem.
— Ele é mesmo filho do rei! Não era pra menos! — exclamou um dos espectadores.
— GUAGH! — O combatente deu um breve grito de dor por conta daquela forte cotovelada na barriga que o fez cair sobre o chão e perder a luta por falta de atenção.
— Precisa se esforçar mais se quiser ser forte... Ou acabará morrendo nessa guerra insana. — estendeu a mão para levantar o outro.
— ... — Visou o chão, esboçando um olhar tristonho aos poucos, porque sobreviver àquela guerra era o que mais desejava, e também, o único motivo de ter se tornado um soldado, fora para proteger sua mãe e orgulhar a mesma. Ignorou a ação de Cross por alguns segundos enquanto estava pensativo, e quando finalmente decidiu esforçar-se mais, segurou a mão do filho do rei para se levantar. — Ah... — cambaleou ao se erguer novamente, mas não chegou a cair.
— Hmm? Está bem? — o mortal interrogou o soldado, preocupado com o mesmo.
— S-sim, foi só uma dor na barriga... Não se preocupe, vou ficar bem!
— Então, até mais tarde. Continuem a treinar!
O renomado cavaleiro agora se demonstrara um pouco mais rígido, já que, num estado crítico desse, o que queria era proteger os inocentes da ameaça dos demônios, assim como seu pai. Obviamente isso é uma tarefa extremamente difícil, mas ainda existem esperanças aos olhos dos humanos.
Cross retirou-se do campo de treinamento enquanto os outros soldados se organizavam para treinar. Entretanto, quando estava prestes a sair pelo portão principal daquele campo de treinamento circular, um mensageiro do rei vem correndo naquela direção, aparentemente para dar um aviso.
— Ah, que bom que o encontrei, Senhor Cross! — ajoelhou-se para o outro.
— Ei, eu já disse para não se ajoelharem diante de mim. Eu sou como qualquer outra pessoa!
— B-bem... Desculpe a arrogância, mas isso não importa agora. Seu pai se encontra ocupado resolvendo outros assuntos do reino e pediu para que o senhor reunisse alguns bons soldados para coletarem mais materiais para forjarmos novas armas. Sabe... Ultimamente muitos demônios têm atacado e cada vez mais precisamos de mais armas. — este era de estar indagando em um tom sério, mantendo-se ainda ajoelhado perante o outro.
— Certo. Verei o que posso fazer.
— Ok! Voltarei para o lado do rei.
Tal mensageiro de confiança da majestade se mandou na direção contrária, retornando ao lado do rei após alguns minutos de correria. Por outro lado, Cross deu alguns poucos passos de volta para o centro de treinamento, visando alguns bons soldados para serem escolhidos na missão de coletar novos materiais para novas armas. Eles escutaram o que o mensageiro disse e então entederam tudo na hora; começaram a discutir sobre quem seria os mais aptos a irem.
— Tsc... Acho que não seria uma má ideia se eu fosse. — Kabuto, um dos melhores magos do reino, visava tudo aquilo de cima de uma árvore, comendo maçã verde, ditou para si próprio.
— Eu me disponho! — um homem careca de estatura alta, pele negra e trajando apenas uma calça preta para exibir seus músculos altamente definidos além de uma clava espinhosa empunhada, ditou para Cross, conforme aproximava-se do mesmo.
— Exibido! — Como sempre, não é uma má ideia ter um bom atirador no time. Um arqueiro arremessou uma pedra à frente do cavaleiro negro. — Eu também vou! — ele dizia calmamente, estando com uma outra pedra em mãos, jogando-a para cima e pegando-a, repetindo esse movimentos várias vezes.
— Então, será apenas vocês dois? —Agora era o filho do rei quem ditava depois de analisar guerreiros ao seu redor para coletarem materiais.
— Ei... Eu também vou. — Mais uma vez, Kabuto saiu de cima da árvore mastigando uma maçã, aproximando-se dos outros guerreiros.
— Olha só se não é o cabeça de neve! — o cavaleiro negro, literalmente, ditou provocando o mago Kabuto e ignorando a ação daquele arqueiro.
— QUÊE?! —Estes dois pareciam serem rivais. Kabuto bateu testa com testa com o opositor, carregado de olhares famintos para atacá-lo. Eram meras provocações, mas eles sempre brigavam.
— Ei, ei, pessoal! Não é hora de brigas! Agora irei arrumar os preparativos para vocês irem coletar os materiais. E lembrem-se... Tomem cuidado. — o filho do rei apartara a pequena briga conforme profetizava.
— Argh! Será que vocês poderiam me informar o nome daquele suporte de flechas para arqueiros... Alaja, alasca, alojo... Eu num me lembre. — era o arqueiro, cujo o próprio afirma que nunca erra. No entanto, julgando pela sua personalidade, diz isso apenas para ter fama com as garotas.
— "Num me lembre"?! Se você que é arqueiro não sabe, imagina nós!
— Que seja. —o atirador permaneceu a visar o céu tentando lembrar o nome do suporte para flechas.
Eles continuaram a discutir por mais alguns minutos, até que finalmente, depois de muito diálogo, conseguiram se organizar e iniciarem a missão da coleta de materiais. Os designados para a missão foram: Haberk, o Cavaleiro Negro, Tsuna, o Atirador Infalível e Kabuto, o Mago Implacável, como eram conhecidos. Organizaram-se cada qual com seus respectivos equipamentos de acordo com as classes. Eram da confiança de Cross, que não pôde ir porque precisa cuidar de parte do reino na ausência do pai.
 Momentos mais tarde nos portões do reino
Os três soldados designados à missão estavam agora fora do castelo, cada qual carregando mochilas com suprimentos... Exceto o arqueiro, que precisava substituir a mochila por uma alvaja. O som do vento deserto dava a sensação de que não haveria nenhum ser fora do castelo a não ser demônios poucos quilômetros dali se organizando para ataques surpresas.
— Aah, que sono. — bocejava o indivíduo utilizador de arco-e-flecha, finalmente com uma alvaja às costas, suporte de flechas que tanto tentara lembrar o nome.
— ... — Kabuto, o mago, permanecia caminhando vagarosamente. Um jovem de cabelos sem pigmentação, ou seja, enbraquecidos, olhos pretos, tamanho médio... Todos seus outros detalhes estavam ocultados, já que trajava um capuz de cor vermelho escuro. Era um homem que preferia manter a verdadeira identidade ocultada diante de opositores, e como poderia dar de cara com um demônio a qualquer momento...
— Conta outra, você está sempre com sono! — Haberk indagou conforme carregava a mesma clava espinhosa usada em treinamentos, como visto a princípio no campo de treinamento.
— Oras, foi justamente por isso que eu escolhi ser arqueiro. Não preciso ir para a linha de frente combater inimigos, já que sou preguiçoso demais para isso.
— Entendo... Mas pessoas assim geralmente acabam atrapalhando nas batalhas e consequentemente morrendo.
— Nem pensar! Eu sou um estrategista nato. — ergueu seus olhares para o claro céu.
Kabuto permaneceu excluído entre aqueles jovens, apenas os acompanhando e ouvindo atentamente o diálogo dos outros indivíduos. Era um homem de poucas palavras, mas que não suportava quaisquer insultos por mínimo que fossem, tendo assim como lema "Duvide da palavra de um homem, mas nunca de um homem de palavra", frase que carregara desde os dez anos. De certa forma, a morte de seus pais nessa guerra mudou sua personalidade. Mas, lá no fundo, é uma pessoa de bom coração.
Aqueles rapazes prosseguiram em sua aventura, quando, de repente, Harbek fora atacado de surpresa pelas costas por um demônio classe A, quando o trio parou para descansar em uma floresta.
— SOLDADOS... Então vocês são soldados, não é? — aquele demônio de aparência humana porém com olhos pretos em contorno avermelhados, com o corpo melado de sangue e vestes de um soldado aparentemente do exército de Antares, feriu o soldado Harberk com grandes garras criadas a partir de suas pequenas unhas.
— O-o quê...?! —Harbek olhou de banda lentamente para o demônio, mostrando olhos espantados e amendrontados.
— ! — Kabuto, a partir do momento em que percebeu a presença do demônio — após atacar seu parceiro —, entrou em estado de alerta, dando dois passos para trás e se preparando para um embate.
— Miserável... Como se atreve... COMO SE ATREVE A FERIR UM DE NÓS?!
Aquele talentoso atirador, que sempre tomava para si a certeza mais absoluta de que nunca errará nenhum tiro, alterou-se na hora quando viu um de seus companheiros ser abatido. Apesar de suas atitudes até o momento trazerem um pouco de sentimento egoísta, egoísta ele não é.
PRÓXIMO CAPÍTULO, NÃO PERCA. O QUE ACONTECERÁ COM KABUTO E SEUS COMPANHEIROS?!



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