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História Close (Camren) - Awake


Escrita por: mycamrenreal

Capítulo 4 - Awake


Fanfic / Fanfiction Close (Camren) - Awake

Lauren P.O.V

Ela me olhava confusa e com um olhar um tanto quanto aflito, quase em pânico. A menina dos olhos castanhos mais lindos que eu já havia visto estava amedrontada. Ela soltou minha mão e tentou se levantar com uma expressão mais assustada que já vi.

-Ei calma mocinha! Você tem que ficar deitada, você está muito machucada e fraca .- Eu falei a segurando na cama mas ela se debatia tentando se levantar mesmo com as dores que sentia.

-Po-por fav-vor me deixe ir. Não me machuque.- Ela falava com um fio de voz prestes a chorar de desespero

-Eu não vou te machucar pequena. Eu sou sua medica e estou aqui para cuidar de você tudo bem? Olha..-Mostrei a ela meu crachá e ela olhou para o mesmo e para mim e então ao seu redor pela primeira vez vendo onde ela estava.

- Onde e-eu estou? - Perguntou e então arregalou os olhos me fitando - Ele sabe que estou a-aqui?

- Calma. Primeiro tente ficar calma esta tudo bem você esta segura.-Afirmei séria . - Sou a Dra. Lauren Jauregui e você está no hospital de Quebec tudo bem? E não tem ninguém atrás de você aqui fique tranquila.

-Quebec? Onde fica isso e como vim parar aqui?

- Você não é de Quebec Canadá?- Pergunto franzindo a sobrancelha em confusão e ela nega com a cabeça. - Bom...não sei como você veio parar em Quebec então....mas eu te encontrei extremamente machucada e desacordada na beira da estrada em meio a um temporal e então te trouxe para cá e cuidei dos seus ferimentos . Você se lembra do que aconteceu com você?

A menina abaixa a cabeça e fita suas mãos entrelaçadas mas não responde.

-Você pode confiar em mim querida. Eu prometo que não vai acontecer nada de mal com você.

Ela ficou um tempo em silêncio e então me olhou com os olhos um pouco lacrimejados. E quando ia falar algo a porta abre Ally entra por a mesma e olha para a menina a encarando assustada e sorri doce .

-Olha quem acordou. Como se sente querida?

A menina me olha em busca de ajuda.

-Esta é a enfermeira Alyson ou Ally se preferir. Ela me ajudou a cuidar de você desde que chegou.

Ally sorri meiga para ela que esboça um fraco e tímido em direção a minha amiga.

-Ela acordou agora Ally ainda está confusa.

-Ah...claro. Dra. Eu posso conversar com você um minuto?

-Claro, Ally. - Me viro para a menina.- Eu já volto tudo bem. - Tento me afastar de sua cama mas a mesma segura minha mão forte e desesperada .- Eu vou estar aqui do outro lado da porta está bem? Qualquer coisa pode me chamar ok?

Ela me olha por um momento e então para Ally e volta a mim . Nos encaramos intensamente em silêncio e me sinto pequena diante de tudo o que ela transmite naquele olhar medroso . Ela me olha como se buscasse a verdade no que lhe prometi. Como se quisesse me desvendar encontrar alguma mentira ou algum mal em mim. Me sinto indefesa e nua diante daqueles castanhos em meus verdes. Tento transmitir segurança e confiança para ela .

Depois de algum tempo me olhando ela solta aos poucos minha mão e assente com a cabeça voltando a se deitar devagar na cama.

Sigo até a porta onde Ally me esperava com uma expressão curiosa sobre nossa troca de olhar e sinto a menina acompanhando cada movimento meu e antes de sair pela porta lhe olho mais uma vez e afirmo em um gesto que estarei logo aqui para ela e então fecho a porta atrás de mim .

-Laur como ela está? Descobriu o que aconteceu com ela? E como ela se chama? E por....

- Calma Ally. - Sorriu para ela diante de sua curiosidade e ansiedade. - Como eu disse antes ela acabou de acordar e não tive tempo de examiná-la e muito menos descobrir algo sobre ela.

- Tudo bem. - Fala um pouco triste. Eu vou ter que comunicar o delegado que ela acordou, você sabe, são as normas .

- Ok. Enquanto você o chama eu vou fazendo alguns exames para ver como ela está .

Ally assenti indo em direção a recepção e eu entro novamente no quarto. E logo seus olhos se cravam em mim com um certo alívio em me ver, o que me fez sorrir para ela .

Algo nessa frágil menina desperta um extinto de proteção extrema e totalmente desconhecida por mim. Nunca me senti assim em relação a ninguém que não fosse minha família e mesmo assim não se compara ao que sinto em relação a essa desconhecida.

Talvez seja por seu estado quando a encontrei ou as circunstâncias da situação de nosso " encontro" mas eu queria cuidar, proteger, tê-la por perto o tempo todo para que nada de mal lhe aconteça. Para que nada do que ela passou seja lá o que tenha sido não volte a se repetir.

Que a dor não se faça mais presente em sua vida apenas carinho e proteção.

Ela parece tão nova e com certeza é e mesmo assim já tão castigada e maltratada. Pelo o que eu pude ver em exames feitos quando ela chegou ela sofreu coisas inaceitáveis e inimagináveis em qualquer pessoa muito menos em alguém tão nova e pequena quanto ela. E o pior é que algo me diz que é muito mais do que eu posso imaginar.

Talvez por isso. Por ela já ter sofrido tanto que eu queria cuidar para que nada de mal lhe aconteça daqui para frente. E não sei como mais eu irei fazer isso. Irei protege-la de tudo o que eu puder. Sempre.

-Oi. Eu disse que não ia demorar- Ela da um pequeno sorriso se ajeitando lentamente na cama com cara de dor.- Eu vou fazer alguns exames em você e ver como você está ok .

Ela assente e eu começo os exames básicos nela e não consigo não me impressionar com os seus ferimentos e noto seu desconforto e certa vergonha o que me deixa mais ansiosa para saber o que aconteceu.

Depois dos exames feitos a ajudo a se levantar para que vá ao banheiro e depois ajudo a voltar a cama lentamente. Quanto ela se acomoda da melhor forma possível na cama hospitalar duas batidas leves na porta é ouvida e em seguida a mesma abre e Ally adentra o quarto seguida do delegado e mais uma policial e a menina logo fica tensa e em alerta com a presença dos homem e a mulher no quarto.

Me aproximo dela e seguro novamente sua mão em uma tentativa de tranquilizá-la e mostrar que esta tudo bem, e que estou ali para ela.

-Olá. Eu sou o delegado David Hansfourd e esta é a policial Dinah Jane. Nós gostaria-mos de conversar um pouco com você tudo bem? - Ele fala tranquilo e ela me olha em duvida e eu apenas confirmo com a cabeça e ela assente para ele.

- Bom...primeiro eu gostaria que nos deixassem a sós por favor. Isto será um assunto policial confidencial .

A menina imediatamente agarra meu braço negando freneticamente para que eu não saia.

-Me desculpe senhor mas como médica responsável por ela eu tenho o direito de acompanhar a conversa e saber o que causou tudo isto. Ally por favor nos deixe sozinhos. - Ally se retira do quarto lançando um olhar confortante e um sorriso para a menina.

Ele apenas afirma com a cabeça então se volta para a garota que continua apertando forte minha mão.

Me sento na poltrona a deixando bem próxima a cama e sussurro para ela.- Esta tudo bem eles só querem saber o que aconteceu com você e pegar o responsável por seus ferimento ok?- Ela me olha apavorada e confusa e eu faço carinho em sua bochecha e falo...

- Você confia em mim? -Ela confirma. - Então pode responder tudo que eles perguntarem. Eu não deixarei nada de mal lhe acontecer tá?

Ela respira fundo e então olha para os policiais em frente sua cama .

-Nós estamos aqui para te ajudar está bem? Vamos lá. Como o delegado disse eu sou Dinah Jane mais pode me chamar somente de Dinah.- Ela sorri e se senta na beirada da cama.

- Você pode dizer seu nome?

A menina olha para baixo e depois de alguns segundos em silêncio responde insegura.

-A-acho que é Karla.

-Você acha? Não se lembra do seu nome completo? - O delegado questiona.

-Não te-tenho certeza . Ele só me chamava de Karla mais acho q-que esse já era meu no-nome.

-Ok. Tudo bem. E você se lembra de mais alguma coisa do seu nome? -Dinah pergunta calma e Karla nega.

-Você disse que " ele "te chamava de Karla certo? - Ela assente.- E " ele" seria a pessoa que te machucou?

Karla suspira fundo e abaixa a cabeça novamente.

-Sim. Foi ele.- Ela murmura baixinho.

-Tá. E ele é o que seu?

-Nada eu acho. Eu n-não sei. E-eu...- sua voz morre e ela começa a soluçar.- Ele me disse uma vez que minha família não me amava como ele por isso ele me levou para ficar com ele.

-Entendo. E você sabe por que ele te machucou?

- Ele me machucava por que eu não queria....-Karla olha para o delegado envergonhada e então olha para mim e eu a incentivo a continuar.- Eu não queria fazer coisas com ele e então ele me batia e fazia a força.

-Você diz relação sexual? -Ela assente fracamente- Ele te forçava a fazer?

-Sim.

-E a quanto tempo ele faz isso com você?

-Desde que ele me levou para lá. Eu não sei quanto tempo mais eu era pequena na primeira vez que me lembro de ele fazer por que doeu mais do que das outras vezes. Sempre dói, mais a primeira vez doeu muito e eu gritei mais ele não parou . Eu chorei muitos dias . Eu sempre choro.

Todos nós ficamos em silêncio.

-E-eu não entendia o que ele fazia comigo e nem o porque. Mais ele sempre fazia e quando eu tentava impedir ele me batia muito mais e apertava mais as correntes.

-Você ficava o tempo todo amarrada?

-Sim. Ele nunca me soltava . E também não deixava a porta do quarto destrancada mesmo quando ele entrava ele trancava. E não me dava comida ou agua quanto eu era má com ele por não querer ele. Então me castigava e me deixava com fome. Mais eu não queria fazer aquilo. Eu não gostava nunca. E também sempre me machucava e deixava grávida mais ele sempre me dava algumas coisas para eu tomar e depois de um tempo eu sentia fortes dores na barriga e sangrava muito e ele dizia que era o bebê saindo porque eu não podia ter ele. E então ele fazia tudo de novo mesmo eu estando muito mal ainda. Mais da ultima vez que ele me deu o remédio eu não sangrei e então ele amarrou minhas pernas abertas e enfiou algumas coisas em mim. Eu gritei muito de dor mais ele só me mandava ficar quieta que já ia passar mais não passava até que eu desmaiei de tanta dor e quando acordei eu estava muito mal e não consegui comer por dias .

-Meu Deus.- Eu murmurei chocada...não podia acreditar no que estava ouvindo e isso era somente a ponta do iceberg. Essa garota passou por tudo isso sozinha nas mãos de um monstro. Eu estava sem reação, só conseguia apertar sua mão na esperança de fazê-la sentir que eu estava ali por ela.

Dinah e o delegado estavam tão chocados com o que Karla contava baixinho e enter soluços e lágrimas quanto eu, e depois de algum tempo calada ela pergunta...

- E qual o nome...desse m...dele? -Era perceptível a raiva em sua voz...

-Leon. Ele se chama Leon.



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