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História Closer - Capítulo Um : As vezes só um olhar basta.


Escrita por: malecsterek

Notas do Autor


Obrigado pelos favoritos..
Boa leitura!!

Capítulo 2 - Capítulo Um : As vezes só um olhar basta.


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Os Princípios do Amor -  por Peter Hale. 

Princípio 1: As vezes só um olhar basta...

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Stiles Stilinski era um jovem inteligente e ocupado em manter sua mente longe dos pesadelos que ele tinha deixado para trás. Quando fugiu de casa, teve grande sorte de encontrar apoio na família da sua grande amiga Lydia Martin que ajudou ele em tudo que era necessário. Agora sua vida dependia do seu emprego. Ele amava a Empresa Pack e se dedicava de corpo e alma por esse pequeno grupo, essa pequena família que era seu  bem mais precioso.

Stiles se sentia o coração do Pack. É realmente ele era.

Andando pelas ruas para chegar no local do seu trabalho, seu telefone tocou:

- Pode falar.

- Stiles?

- Olá, Alisson, perdida de novo?

- Poxa, eu odeio incomoda-lo, querido.

- É para isso que recebo um dinheiro - disse Stiles com carinho.

- Não tem nada a ver com dinheiro e nós sabemos bem disso. Você gosta de tomar conta de nós todos, não é mesmo, querido?

- Devo admitir que seja mais que um trabalho, mais eu não ligo para isso, você sabe que eu adoro ajudar, vocês são minha família. - respondeu Stiles sorrindo - Agora, por favor, descreve onde você está.

Alisson disse as coordenadas para ele. Stiles mandou um táxi buscá-la e deixou pago. Assim que desligou o seu celular, já havia outra chamada.

- Fale Isaac, o que foi?

- Scott tem uma emergência.

- Scott sempre tem uma emergência. Acidentes são emergências, isto tenho certeza que não é. Carros não fazem assunto de nossas reuniões semanais. Pode falar para ele-  Stiles falava com seu assistente - Isso não é uma prioridade.

- Se eu falar isso para ele, ele não vai à reunião.

- Ok.  Isaac. Eu ligo para ele depois agora preciso muito passar no escritório. 

Desligou seu celular. E entrou no pequeno edifício no meio da cidade de Beacon Hills.

Apertou o elevador e olhou novamente o livro que sua irmã, Lydia, havia lhe dado na hora do almoço. A sua casa e da Lydia ficavam a cinco minutos do escritório.

Stiles tinha mania de falar sozinho estava tão indignado que sua irmã estava se envolvendo com alguém muito mais velho e tinha receio que ela se magoasse. Ele protegia a todos. Sua pequena família dependia dele. Ou talvez essa dependência seja dele, para deixar seus fantasmas para trás.

- Eu nunca vi nada tão ruim - tagarelava entrando no elevador enquanto lia a capa do livro - Como alguém pode comprar esta porcaria?

Ao entrar no elevador não desgrudou o olhar do livro e continuou.

- No que Lydia estava pensando ao me dar isto? Olha  isso, olha essa frase. "O amor pode vencer até mesmo nas horas menos propícias. Quando ele chega, não há nada que se possa fazer, a não ser render-se a sua força absoluta"  Mas que merda de clichê é esse.. -  Stiles lia em voz alta - Conversa Mole. Que Baboseira.

Stiles não acreditava no amor. 

De jeito nenhum. 

Acredita que tinha pessoas que ficavam com outras por atração ou mera conveniência. Achava essa coisa toda muito sentimentalista.

Ele era prático.

Sua vida sempre foi assim. Não tinha uma família estruturada. E quando seu pai descobriu que ele não gostava de garotas a coisa tinha ficando pior. O elevador subiu rapidamente e Stiles notou que ia em direção contrária. Houve um engano. Assim que ia apertar o botão para ir ao rumo de seu escritório, o elevador para bruscamente e as luzes se apagam.

- Mas que droga.. - Stiles sussurra - Hoje não é meu dia...

- Nem o meu - disse uma voz forte, masculina, vinda do fundo do elevador.

Stiles se assusta. Ao entrar no elevador nem tinha reparado que já tinha alguém dentro dele. 

- O que aconteceu? - Stiles estava claramente nervoso, não gostava de ficar presos em lugares fechados.

- Acho que deu problema, o elevador. Talvez seja porque o elevador seja novo. O pessoal ainda não deve ter feito todos os ajustes necessários.

Stiles ficou quieto. Como essa pessoa sabia que o elevador era novo. Se for novo não deveria parar de funcionar. Isso estava estranho. Ainda quieto tempo demais até para ele. Ele ouviu a voz do homem,

- Espero que você não seja do tipo que grita.

- Não... - respondeu Stiles mantendo a calma - Eu sou a pessoa mais prática da família.

- Dependendo da família, isto não quer dizer muito.

Ele estava entrando em pânico. Talvez se ele ouvisse cada palavra que o homem dizia, o nervosismo passasse. O que era mesmo que ele tinha falado? Algo sobre sua família, não a verdadeira, que Stiles realmente não queria se comparar, porém a de seu coração.

- Você tem razão – disse Stiles – Isso não quer dizer muita coisa. Para ser sincero, minha família – a do coração sempre a do coração – Ninguém é muito prático.

- Então você é como eles? – o homem disse.

- Não totalmente – Stiles falou tentando respirar calmamente para não entrar num ataque de pânico, evitando lembrar que estava preso.

- Excelente. Agora já sei que você não vai gritar e nem desmaiar..

- Opa, eu não falei nada sobre desmaiar – Stiles corrigiu o homem. – Eu só disse que não sou do tipo de homem que grita.

- Mas você tem propensão a desmaios? – o homem perguntou preocupado.

- Não... – Stiles mentiu.

- Excelente. Agora que já sei que você não vai gritar e nem desmaiar, talvez possamos achar um telefone para pedir ajuda.

- Vai ser difícil já que eu não consigo ver nada – Stiles tentava calcular o tempo que estava ali. Talvez dois ou três minutos, tempo demais. Respire – Por acaso você tem celular? O meu parou de funcionar..

Stiles podia ouvi-lo procurando nos bolsos para achar o celular.

- Devo ter deixado esquecido no hotel. E mesmo que ele estivesse aqui comigo, duvido que pegasse. – respondeu o homem.

- Do jeito que estamos com falta de sorte, eu acho que não funcionaria. E uma lanterna? Um isqueiro? – o desespero já estava dominando Stiles – Sei lá qualquer coisa para sairmos daqui.

- Desculpe, deixei isso tudo em minha capa do Superman.

Stiles riu disso. E se não tivesse bem desesperado para sair dali, tinha mandado outra frase cômica. Pelo menos o comentário amenizou um pouco a situação tensa presente ali.

- Pelo menos você tem uma capa – disse Stiles depois de um tempo em uma tentativa de manter o bom humor antes de o pânico o dominar por completo – Isso é raro hoje em dia..

- Sim digamos que eu não tenha tido escolha – o homem fez um breve silêncio – Deve haver um telefone por aqui. Se eu achar.... – e foi em direção ao painel do elevador – Achei.

Stiles deu a ele uns dois segundos para tentar falar com alguém. Tempo demais para sua opinião.

- E ai? O que disseram?

- Ainda não disseram nada.

O silêncio retornou por mais alguns minutos. Senão tivesse paralisado no mesmo lugar desde que o elevador parou, Stiles iria até o painel arrancaria o telefone das mãos dele e tentaria resolver o problema.

- Quando eles virão nós tirar daqui?

- Não virão. O telefone está mudo – disse o homem com calma, sem deixar a impaciência de Stiles o interferir.

- Mas como? – Stiles estava ficando muito nervoso, ele demorou tanto para perceber que o telefone estava mudo. – Mas que merda!!!

- Eu acho que seja lá o que tenha provocado isto no elevador, nas luzes, no sistema de emergência, também afetou o telefone.

- Então estamos presos aqui? – A pergunta e sua resposta causava em Stiles um peso enorme – Tem que haver um modo de sair daqui...

- Eu pensei que você tinha dito que não era do tipo que entra em pânico – disse o homem virando-se na direção de Stiles.

- EU NÃO ESTOU EM PÂNICO! É CLARO QUE NÃO ESTOU, ESTOU REALMENTE BEM... COMO PODE ACHAR QUE EU ESTOU EM PÂNICO? QUANDO EU REALMENTE NÃO ESTOU NEM UM POUCO. EU PAREÇO ESTAR EM PÂNICO?

- Engano meu. Eu acho que foi esse tom de histeria em sua voz que me confundiu..

- Não seja ridículo.. Eu não sou histérico...- Stiles começou a achar o ar pesado. Estava muito quente também ali.. Ele estava entrando em pânico, podia sentir – EU PRECISO SAIR DAQUI...

- Calma

- Eu preciso sair daqui agora – Stiles exclamou já com lágrimas nos olhos. Será que aquele homem não podia entender isso? Tinha sorte de estar bem, seguro, mas ao mesmo tempo tinha azar de estar em um ambiente totalmente fechado e pior com um completo desconhecido.

- Pois isto não vai acontecer. Por que nós não sentamos e conversamos? Podemos conversar um pouco enquanto esperamos por socorro.

- Conversar? – Stiles franziu as sobrancelhas – Isto não gasta o oxigênio mais rápido?

- Não iremos ficar sem oxigênio. Eu prometo.

Havia uma falta de convicção na voz dele que irritava Stiles.

- E se você estiver errado?

- Então você pode me culpar...

Stiles percebeu que esse homem estava tentando irrita-lo. O dia já tinha começado ruim, não iria melhorar com certeza. Stiles também percebeu que poderia continuar sendo alvo de chacotas por ele com seus medos. Pensou em gritar por ajuda, mas não ia conseguir, não tinha forças suficientes.

Resolveu que seria melhor sentar e conversar calmo e racionalmente.

Ele se moveu e sentou-se encostado na parede. O homem também se locomoveu e sentou-se bem distante dele.

- Como é o seu nome? – o homem perguntou depois de uns momentos em silêncio.

- Stiles.. E o seu?

- Derek... 

- Sobre o que você gostaria de conversar Derek? – perguntou Stiles, já aparentemente mais calmo.

- Ao entrar no elevador. Você estava lendo, eu o ouvi dizendo que não gostava do livro.

- Sim.

- Qual é o livro? – Derek se esforçava para manter um diálogo com ele apesar da resposta monossilábica.

- Os Princípios do Amor – Stiles não se conformava que sua irmã, Lydia, ter comprado tal livro – É péssimo, totalmente..

-. Conversa Mole, uma baboseira!

- Você estava me escutando falar essas coisas?

- Era difícil não ouvir, você estava falando alto – Derek tirou o paletó e logo depois a gravata – Se acha o livro tão ruim assim, por que comprou?

- Eu o ganhei. E eu estou lendo por curiosidade. Eu quero saber por que minha irmã deu esse livro para mim. Eu já falei que em minha família não há uma única pessoa que seja prática?

- Sim, você falou alguma coisa sobre isso. Em que parte do livro, você está?

- Eu já li as três primeiras páginas.

- Pelo jeito como fala, deve estar bem impressionante – disse Derek rindo – Mas acho que três páginas não são o suficiente para se formar uma opinião sobre o livro?

- Uma página já é o suficiente.

- O que há de tão errado com o livro?

Falar estava fazendo bem a Stiles. Ele já estava praticamente em seu estado normal, o pânico tinha ido embora. Ou talvez não fosse a conversa que estava lhe fazendo bem e sim o próprio Derek. Ele era um homem totalmente seguro. Stiles pensou um pouco sobre o que leu até agora no livro e respondeu.

- Por onde devo começar? Já sei. Ouça isso: “A primeira vez que você coloca os olhos no parceiro ideal, deve haver uma reação química instantânea, sem química, sem parceiro ideal” Agora me fala Derek, como é possível saber que esse tal de Peter Hale se refere? Ao ver um homem interessante. Opa eu sou gay, por isso é ao ver um homem interessante mesmo. Então continuando... Ao ver um homem interessante devo checar meus pulsos, pressão sanguínea e temperatura para saber se houve alguma mudança biológica ou resposta química?

Derek estava surpreendido com a maneira de Stiles falar, sem respirar. Ele já sabia sobre Stiles ser gay. Isso não foi uma surpresa.

- Mas isto é tudo clínico – Derek respondeu

- Eu sei. Não é nada prático..

Se fosse esse critério, Derek poderia classificar provocação como sendo uma reação química. Ele podia ser um homem comum, mas tinha conseguido acalmar e distrair Stiles. Ele não contaria isso ainda.

- E ser prático é importante para você?

- é vital – respondeu Stiles.

- Isso quer dizer que você acha que o amor não é uma emoção prática? Quais emoções podem ser consideradas práticas para você?

- Apenas as emoções incontroláveis não são práticas – corrigiu Stiles – Quanto ao amor.. Eu não acredito nesse tipo de amor e amores á primeira vista.

- E como você acha que o amor deve acontecer? – perguntou Derek após alguns minutos em silêncio.

Enquanto Stiles pensava em uma resposta, o clima entre os dois estava ficando estranho. Era estranho ter uma conversa tão intima com um completo desconhecido. Talvez fosse aquela escuridão que os encorajava a trocaram confidências. Ou talvez fosse a segurança de Derek.

 Qualquer que fosse a causa, Stiles, não se lembrava de ter tido uma conversa tão franca com um homem. E isso o assustava.

- Para começar. Não dá para listar dez regras fundamentais do amor, como fez esse autor para apenas ganhar dinheiro. Isso é horrível. Seus leitores são pessoas tolas, mulheres e homens solitários e desesperados para amar alguém, atraídas por uma ideia falsa, um ideal, aquela velha história de príncipe encantado.

Novamente Stiles não conseguiu colocar filtro em sua conversa, ele não conseguia.

Derek ficou pensativo e pensou que agora mesmo não podia contar que o suposto autor do livro era seu parente. Não ainda.

- Mas você não respondeu a minha pergunta. Se o livro está errado. Como acha que o amor funciona? – Derek precisa entender, precisava dessa resposta.

Stiles se pegou querendo ver o rosto de Derek. Era tão estranho conversar com alguém no escuro sem ver suas reações.

- O amor é conquistado com o tempo. – ele disse por fim – Deve haver uma base sólida entre duas pessoas, feira de confiança mútua, admiração e compatibilidade.

- Parece que você acabou de inventar seus próprios princípios do amor.

- Eu deveria ter elaborado melhor minha resposta – disse Stiles.

Talvez não só elaborado melhor, pensou Stiles, mas deveria ter repensado tudo, afinal de contas, ele também acabara de inventar o parceiro ideal.

- Como eu dizia – ele tentava explicar novamente – o amor é feito de confiança mútua, admiração e compatibilidade. Esta compatibilidade deve incluir afetividade, ideias também compatíveis, respeito.. E mais admiração do que amor, porque...

- Você nunca se apaixonou, não é? – Derek o interrompeu.

Stiles ficou vermelho e quase engasgou.

- E- eu nunca conheci esse tipo de amor do qual o livro fala. Mas eu também não acho que ele exista. Eu acho que esse Senhor Hale está descrevendo uma relação cheia de desejos, idealizada e irreal – Stiles ironizou no final.

- Se você nunca sentiu amor á primeira vista, como sabe que não existe?

- Observação pessoal.

- E sem duvidas combinado com sua natureza prático.

- Você já se apaixonou? – Stiles deixou sair sem pensar – você acredita nesse tipo de amor que este Senhor descreve?

- Confesso que sou quase tão prático quanto você.

- Verdade? – Por algum motivo Stiles ficou feliz com essa resposta Então ele também era do tipo racional, apesar de sua voz envolvente. Perfeito. – Então você acredita nas mesmas coisas que eu. Esse amor espiritual, eterno, é apenas um mito perpetuado por sonhadores e românticos, tolos.

- Eu não acho..

- Mas.. – Stiles já achava que este homem ao seu lado era bem confuso. Como alguém se dizia prático podia discordar dele? – Espere um minuto, como você pode...

- Eu não julgo – Derek interrompeu novamente e Stiles já estava ficando bravo – Eu nunca tive esse tipo de amor, mas eu acredito nele. E eu ainda estou procurando.

- Besteira..

- Como? – Derek arqueou as sobrancelhas.

- é besteira.. é o que tenho a dizer sobre essa discussão..

- Sobre o amor, você quer dizer – Derek falou amavelmente.

Não que Stiles queria ficar mais tempo preso no elevador, mas estava gostando de ficar lá com Derek, mesmo ele o irritando. Ele era um homem inteligente e irritante, mas ele estava gostando. E nunca admitiria isso em voz alta.

- Normalmente eu gosto de pessoas como você, que vão direto ao ponto- Stiles concluiu depois de alguns segundos em silêncio.

- Mas que não o irritem tanto.

Ao escutar a resposta de Derek, Stiles pensou em como esse homem podia ler ele de forma tão clara mesmo no escuro.

- Ir direto ao ponto faz parte da minha profissão – completou Derek – E ser irritante faz parte da minha natureza.

- Sério? – Stiles estava curioso – o que você faz quando não está preso em elevadores?

- Prepare-se – Derek quis intimida-lo

Stiles sentou-se de maneira mais confortável.

- Pode dizer.

- Eu passo meus dias fazendo análises estatísticas de estruturas econômicas.

- Impressionante.. E o que isso quer dizer?

- Que sou um economista. Quer dizer parte economista, parte contador, parte analista. Eu relaciono dados complicados e os interpreto. Depois eu explico os fatos de forma mais simples e exata possível.

- E para quem você analisa esses dados? – perguntou Stiles achando que essa profissão era realmente a cara do Derek, sem realmente ver a cara dele.

- Eu sou um consultor independente. Tenho minha própria empresa.

- Certo. Então você explica seus modelos econômicos para quem quer ouvir e pague bem por isso.

- Quer que eu seja mais especifico?

- Sim, por favor.. – Stiles estava achando a conversa agradável algo nele queria saber mais sobre como era o Derek.

- Meus clientes são grandes empresas interessadas em saber sobre crescimento econômico e tendências de mercado.

- Você diz as pessoas como e onde gastar dinheiro – concluiu Stiles.

- Sim

- E você é bom no que faz?

- Sou

- Aposto como você não é apenas bom, mas excelente..

- É o que me dizem.

- Meu trabalho é parecido com o seu.

- é? – perguntou Derek já sabendo a resposta.

- Bem.. – Stiles tentava ser o mais claro possível – Minha consultoria é de uma escala bem menor que a sua, e faço mais do que dar conselhos econômicos.  Se bem que esta parte de dar conselhos me toma quase todo o tempo.

- E você é bom no que faz – Derek repetiu a pergunta de Stiles.

- Sim – respondeu Stiles sem modéstia como Derek fez.

- Aposto como você não é apenas bom, mas excelente.. – Derek riu imitando-o novamente.

- E de minha natureza – respondeu Stiles – Pelo menos foi o que me disseram, e claro, ajuda o fato de eu ser prático. Eu não deixo meu lado emocional interferir muito.

- E para quem você trabalha? – indagou Derek, mas já sabendo da resposta.

- Eu também sou um consultor independente. Mas ao invés de meus clientes serem grandes empresas é apenas uma. A empresa Pack.

- Quem? – Derek fingiu estar surpreso.

- Empresa Pack.. É uma empresa familiar do lado de minha família adotiva.  Meu sobrenome é Stilinski. E você nem queira saber qual é o meu nome verdadeiro. – Stiles riu dessa parte e Derek sorriu também, mas já sabendo do que ele se referia – Foi de onde eu herdei meu lado prático da minha família verdadeira. Deste lado são todos banqueiros, contadores e advogados – Ele não deu muita explicação, evitando detalhes dolorosos, em que Derek se sentiu na necessidade de entender a dor em sua voz – O pack sempre foram minha preocupação principal.

- É o que essa Empresa faz?

- Eles são... é difícil explicar. Eles são o que querem ser. Posso dizer que nenhuma carreira tenha atraído os membros do Pack.

- Entendo..

- Mas não entenda mal – Stiles acrescentou prontamente – Eles são maravilhosos, amados e generosos, engraçados e divertido.

- Mas não são práticos.

- Nem um pouco – Stiles sorriu e disse com afeto – é a principal falha neles.

- Uma falha que você corrige?

- Eu compenso eu acho..

- Compensa demais?

- Não, acho que não..

- Hum, não sei como chegamos nesse assunto de família- exclamou Derek tentando mudar de assunto porque sentiu a tristeza na voz de Stiles.

Stiles pensou um pouco e se deu conta do que pouco importava o que Derek pensava. Ele tinha um trabalho muito importante para a família que tanto adorava e achava que a mudança de assunto foi que não o interessou o que ele fazia.

- Nós podemos falar de outra coisa..- propôs Derek

- Eu nem lembro do que falávamos antes..

- Falávamos de Amor..

- Eu acho que já falamos demais sobre isso..

- Ainda não..

A voz de Derek estava baixa e rouca.  E fez com que Stiles se arrepiasse. Era a primeira vez que isso acontecia no meio da conversa dos dois. Mas não era nada prático. Stiles não sabia quem ele realmente era, podia ser um ladrão ou ate um assassino, não era certo sentir essas coisas.

A falta de ar que Stiles sentiu antes havia retornado, podia ouvir a respiração de Derek forte e máscula e parecia que ele estava respirando com mais dificuldade do que ele. Isso não era possível.

Estaria ele tentando seduzi-lo com sua respiração? Era possível. Talvez nem ele mesmo soubesse. Stiles cobriu o rosto com as mãos, podia sentir o desejo no ar e ele estava respirando esse ar.

- Você está com medo novamente? – Derek sussurrou

- Sim.. – Stiles respondeu com a voz fraca

- E o que eu posso fazer para ajudar?

- FIQUE AI ONDE ESTA. –gritou Stiles levantando a cabeça;

As palavras foram pronunciadas alta e bem clara.

 Era um sinal para acabar com aquele clima de sedução.

E ambos sabiam disso.

 



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