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História Closer - Four years, no calls - unique


Escrita por: bellsmm

Notas do Autor


Olá~

Olha quem voltou com oneshots ♥

Senti falta de fazer oneshots - que são a minha parte favorita de escrever :3

E eu escolhi esse plot que apareceu do nada, principalmente por que músicas me dão ideia pra plots do nada, pois é...

Essa oneshot é baseada na música:
"The Chainsmokers - Closer (Lyric) ft. Halsey"

E um pouquinho em:
"Far East Movement - Rocketeer (feat. Ryan Tedder)".

Espero que gostem.
Obrigada :3

Boa leitura.

Capítulo 1 - Four years, no calls - unique


Fanfic / Fanfiction Closer - Four years, no calls - unique

Ele sabia que aquilo deixara Youngjae bem irritado.

Quebrado era a palavra mais certa a se usar naquela conjuntura.

Mas tudo o que estava na cabeça de Jung Daehyun era o quão bonito Yoo Youngjae estava, sentado no bar de um hotel de Seul. Os cabelos alaranjados, a maquiagem bonita que realçava ainda mais a beleza do mais novo. As roupas não eram caras, porém tinham uma aparência bem organizada e até sofisticada. Os dedos delicados em volta de uma taça de vinho tinto, os grossos lábios manchados pela cor escura da bebida alcoólica.

Youngjae sabia o quão aventureiro Jung Daehyun era, e ele praticamente não havia mudado nada desde que haviam se visto pela última vez, há quatro anos. Ele lembrava-se da picape velha e vermelha que era de posse do mais velho, que a exibia com orgulho, seu sorriso exemplar, uma mala azul meio encardida em uma das mãos e o volume alto de Rocketeer tocando no rádio do automóvel. Tudo parecia tão nostálgico assim que Youngjae pôde focar seus olhos castanhos no outro, que andava pelo lugar como se fosse um frequentador assíduo dali.

Quatro anos sem ligações. Sem nem mesmo um oi, ou até mensagens de texto. Daehyun era a pessoa em quem mais pensava, independentemente se eles houvessem terminado de forma impulsiva ou até infantil. O mais velho estava lindo com suas roupas sempre muito desleixadas, porém aquele estilo combinava perfeitamente com Jung, do mesmo jeito de quando haviam se conhecido. Youngjae jurava que talvez estivesse maluco quando terminou tudo com Daehyun há quatro anos. Tudo o que ele queria desde então era que tivesse tido mais ímpeto de pedir que o outro ficasse, que eles dois sorrissem e escutassem Rocketeer à luz do luar, dentro da picape velha.

Picape essa que já havia virado uma Land Rover cinza, que Daehyun não ligava se podia pagar ou não, era sua de qualquer forma. A picape era seu amor, porém agora ele tinha outro carro que havia lhe conquistado. Mas uma pessoa havia aparecido, ou reaparecido, em sua vida. E o que ninguém sabia era que desde que terminara com Yoo, ele vinha bebendo bastante, tentando esquecer o término de quatro anos atrás, e também que havia deixado à velha cidade pequena em que ambos moravam. Havia praticamente deixado sua vida inteira para trás, buscando aventuras, viagens, lugares novos. Ele viajava por todo o país – e às vezes até internacionalmente –, sempre se aventurando e procurando destinos novos.

Youngjae lembrava-se bem de todas as vezes em que Jung lhe dissera que iria ganhar o mundo, ou ao menos o país. Ele nunca pensara que o outro realmente iria sair dali e deixá-lo, mas a sede aventureira de Daehyun parecia maior e maior à cada vez.

O mais velho caminhou até onde Youngjae estava. Um belo sorriso estampado em seu rosto e seu jeito fofo de sempre. Ele quase não havia mudado. Youngjae arqueou uma sobrancelha assim que o viu se aproximar. Os amigos de Yoo – Himchan e Jongup –, que estavam ali pareciam quase invisíveis para Daehyun, que apenas olhava para o rapaz de cabelos laranja e de gargantilha de seda preta em torno do pescoço alvo e totalmente imaculado.

Olá, Jae – ele murmurou de forma um pouco acanhada. De todas as formas que poderia chamar o mais novo, ele havia logo escolhido o apelido carinhoso que havia criado para o outro assim que se conheceram no colégio. Youngjae arregalou os olhos, abaixou a taça de vinho e a depositou sobre o balcão do bar.

– Olá, Daehyun. Como está? – ele odiava o fato de ter uma atitude tão indiferente assim, porém não conseguiria agir de forma totalmente agradável. Ele havia sido largado pelo outro e de jeito nenhum iria ser fofo ou gentil com o mesmo.

– Eu estou bem, e você? – indagou Jung. Youngjae mordeu o lábio inferior rosado e suspirou.

Ótimo.

– É muito bom poder vê-lo novamente! – exclamou Daehyun, obviamente querendo puxar assunto.

– Idem – um cutucão no braço de Youngjae o fez olhar para seus amigos que estavam obviamente curiosos sobre o outro rapaz. Ele revirou os olhos e suspirou – Esses são os meus amigos, Kim Himchan e Moon Jongup. Gente, esse é Jung Daehyun, um... Colega da minha cidade natal.

Himchan sorriu.

– Prazer em conhecê-lo – Jongup e Kim disseram em uníssono.

Daehyun sorriu e assentiu.

– O prazer é meu. Vocês se importariam se eu roubasse o Jae por uns minutinhos? Vai ser rápido. É que faz muito tempo que não nos vemos e temos muitos assuntos para conversar – Daehyun disse de forma gentil. Youngjae franziu a testa e terminou de beber seu vinho de uma vez. O que diabos Daehyun queria com ele depois de tanto tempo?

– Muito tempo mesmo. Quatro anos – debochou o rapaz de cabelos laranja. Daehyun revirou os olhos e viu ambos Himchan e Jongup assentirem.

– Obrigado. Venha comigo, por favor, Jae – ele sorriu de canto enquanto fitava o mais novo de forma terna.

Youngjae suspirou e levantou-se de seu banquinho, retirou a carteira e jogou um bolo de notas de won sobre o balcão, pagando por sua bebida. A calça jeans preta ficava perfeita no corpo do outro, assim como a blusa branca e com o casaco varsity por cima. Ele pôde notar em um momento, quando ambos o casaco e a blusa de Youngjae caíram de seu ombro direito, expondo um desenho na pele – uma tatuagem – um pouco incomum, mas que Daehyun pôde reconhecer no final.

A constelação de Órion.

A constelação que Daehyun um dia havia mostrado e contado o mito da mesma para Youngjae. Ele sorriu de canto e lembrou-se da noite estrelada em que estavam os dois deitados no gramado do quintal da casa do mais velho, fitando o céu noturno.

– Órion era um guerreiro ótimo e bem jeitoso, porém um dia ele se gabou de que, se quisesse ou não, seria capaz de acabar com todos os animais da Terra, o que deixou Gaia, a mãe-terra, bastante irritada. Ela enviou um escorpião gigante a Terra. Segundo outra lenda, Ártemis, deusa da Lua e da caça apaixonou-se pelo caçador, deixando de cumprir o seu trabalho, que era iluminar o céu noturno. Apolo, irmão gêmeo de Ártemis, vendo que Órion nadava para o mar, desafiou a sua irmã a disparar contra aquilo, dando a desculpa de que não era mais do que um ponto entre as ondas. Sem saber que se tratava de Órion, Ártemis disparou a flecha e acabou por matá-lo. Depois, quando o corpo de Órion chegou perto da orla, viu o que tinha feito... Que ela havia matado seu amor. Desconsolada, pediu que seu amado fosse posto no céu, como uma constelação... Uma prova de amor.

Assim que terminara de contar, Youngjae sorriu de canto e plantou um selar calmo nos lábios do mais velho.

– É uma bela prova de amor. Entregar o seu amor e o amado para o céu.

Daehyun sentira seu peito se aquecer ao notar que aquilo tinha uma importância grande na vida de Youngjae a ponto do mais novo marcar aquilo em sua pele para sempre. Que aquilo o lembrava de alguma coisa que se passara entre os dois.

O rapaz de cabelos laranja o seguiu até o lado de fora do hotel, onde seu carro estava estacionado. Andaram pelo estacionamento todo até chegarem ao Land Rover cinza mais ao fundo.

– Belo carro. Vendeu a picape, não é? – Yoo indagou. Daehyun assentiu.

– Tive que vender antes que ela ficasse ruim de vez e não custasse nenhum centavo.

Youngjae assentiu e logo respirou fundo.

– O que tinha para conversar comigo, hein Jung? Pensei que iria passar reto quando me viu, contando com o fato de que nem fez questão de mandar mensagens durante esses quatro anos – o rapaz falou com a voz rouca, e logo depois cruzou os braços em frente ao peito.

Me desculpe. Eu fui um imbecil por ter te ignorado por esses quatro anos, mas é que tudo tinha acabado entre nós dois. Você quis terminar, eu quis sair da cidade pra conhecer mais coisas, lugares, mais pessoas. Tudo foi uma avalanche de acontecimentos estressantes. E eu queria dizer que sinto muito por não ter ao menos lhe telefonado antes. Eu errei Youngjae.

O de cabelos laranja suspirou e mordeu o lábio inferior. Ele sentia que realmente, tudo havia sido uma avalanche naquela época. Ele estava doido ao terminar com Daehyun, porém depois ficou culpando o outro, como se ele mesmo não tivesse nenhuma culpa. Mas ele tinha. Havia sido Youngjae quem terminara o namoro, Daehyun tinha apenas uma parcela de culpa.

– Me desculpe também, Daehyun. Eu tenho minha parcela de culpa. Eu deveria ter lhe procurado se queria tanto falar contigo – retrucou, finalmente fitando o outro nos olhos castanhos – É só que eu nunca pensei que talvez tudo houvesse ocorrido de uma forma impulsiva no passado.

Daehyun riu.

– Já notou o quão engraçado é isso? – indagou enquanto olhava o semblante confuso de Yoo – Nós dois nos desculpando um pro outro, quando há quatro anos jogamos tantas farpas que parecia uma competição de quem berrava mais alto?

– A vida é um tanto irônica às vezes – o mais novo murmurou. Daehyun assentiu e deu alguns passos à frente, ficando mais e mais próximo do outro, que franziu o cenho com toda aquela aproximação – O que está fazendo?

Me aproximando de quem eu gosto – Daehyun simplesmente falou.

Youngjae arregalou os olhos, mas sua expressão se suavizou assim que sentiu o calor do corpo do mais velho próximo de si. Sentiu o cheiro familiar, o jeito familiar e até a aura familiar. Jung Daehyun era sua alma gêmea, a parte que faltava, a peça perdida de si que buscava há quatro anos. Seus braços imediatamente foram parar em volta dos ombros de Daehyun, que colocou suas mãos suaves sobre a cintura do mais novo, aninhando-se ao mesmo. O cheiro da pele do de cabelos laranja também não havia mudado em nada, apenas ficara melhor. Sentia o cheiro do pescoço de Youngjae e sorria como um bobo.

– Eu também gosto de você, Jung. Pra caramba – ditou com a voz abafada pelo abraço.

Eu te amo, Jae – sussurrou.

– Também te amo, Dae – a voz saiu quase que manhosa. Daehyun riu e apoiou suas costas à parte de trás de sua Land Rover, podendo abraçar o outro com toda vontade que tinha – Senti sua falta. Muito.

– Eu também senti, cenourinha – o mais velho brincou. Youngjae revirou os olhos com aquele apelido bobo de momento.

– Esse foi horrível, tem ideia disso, né? – questionou o mais novo segurando o riso.

Eu sei.

Youngjae riu alto e sentiu Daehyun afastar a blusa de seu ombro direito, expondo sua tatuagem da constelação de Órion. Ele suspirou e lembrou-se de quando havia mandado fazer aquela tatuagem em sua pele. Havia sido pouco tempo depois que Daehyun havia ido embora da cidade. Aquilo significava que Youngjae havia entregado o seu amor, e principalmente o seu amado, aos céus.

A ponta do nariz de Daehyun passou pela pele tatuada, a respiração mandando arrepios pelo corpo do mais novo, que sentia o acolhimento do corpo do outro. Jung sentiu o aroma que emanava da pele do outro, beijou a pele quente e macia, fazendo Youngjae se arrepiar.

– Órion? – ele sussurrou contra a pele tenra e suave.

– Sim, Órion – concordou Youngjae com a voz entrecortada e rouca.

Daehyun afastou seu rosto o suficiente para poder beijar a boca convidativa do mais novo, que também esperava por aquilo. O ósculo começara lento e depois se intensificara, mostrando a saudade que sentiam. Os dois tinham aquilo guardado dentro de si desde muito tempo, queria apenas externar seus sentimentos vorazes um pelo outro. As línguas se chocavam, o sentimento brutal de necessidade pairando sobre os corações que aos poucos iam se aliviando. O beijo só acabou quando o ar faltou. Daehyun tinha suas mãos no rosto do outro, segurando-o e acariciando as bochechas com os polegares. Os olhos castanhos de Daehyun fitavam os do mais novo com amor puro que emanava de seus poros. Era amor. Mais completo e puro amor, como o de Ártemis por Órion e vice versa.

Um amor tão profundo que até os céus se faziam testemunha. 



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