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História Closer - 1; O que nunca vai mudar e o que mudou demais.


Escrita por: FurElise

Notas do Autor


oi, n revisei. pode ter erros grotescos.
to escrevendo desde a uma da manhã sem dormir.
me dá um desconto.
to com bastante sono.

Capítulo 1 - 1; O que nunca vai mudar e o que mudou demais.


Era a coisa mais clichê e ridícula do mundo aquilo que estava vivenciando. O que poderia ser mais novelesco que, depois de quatro anos fora da cidade, voltar e encontrar um velho conhecido do qual perdera o contato? E não um qualquer, como um colega de faculdade, um antigo vizinho ou tio, mas sim seu ex — nem tão ex — namorado.

Não fazia mais que três dias que estava ali, hospedado num hotel três estrelas, nas proximidades da sua cidade natal, com o carro novo estacionado do lado de fora, que nem se comparava com o antigo, o velho palio caindo aos pedaços que o acompanhou na sua fuga. Tudo o que tinha a dizer era que aquele lugar não tinha mudado em nada dali para fora. A povoação continuava a mesma que era quando saiu, naquele automóvel ridículo, que mais se assemelhava a uma ferrugem com rodas que meio de transporte, numa manhã escura, sem nem mesmo pinceladas de céu azul entre as nuvens.

No entanto, diferentemente da cidade, que ainda tinha aquele ar de pequeno vilarejo, onde todo mundo comenta de todo mundo, com casas coloridas e ruas apertadas, de pedra e não asfalto, com uma constrangedora estátua de um prefeito barrigudo na praça, ele tinha mudado bastante; mas não só ele.

A quatro anos, Min Yoongi era só um cara ferrado, que tinha terminado o ensino médio e foi engolido pela sociedade capitalista em que vivia. Desperdiçou chances, perdeu-se em más escolhas, e assim acabou trabalhando em uma sorveteria para pagar o miojo que comia para não morrer de fome e a gasolina do carro herdado do pai. Ele tinha um cabelo descolorido, com fios secos e duros como as cerdas de uma vassoura, assim como usava roupas de feirão ou doadas, pois não tinha conhecimento sobre tratamento capilar nem grana. Ficou sozinho mal feitos os dezoito, pois a mãe tinha arranjado outros afazeres que não envolviam aquele lar e o pai decidiu que poderia ir viver àquela altura, pois já tinha terminado de criar o filho; mal tinha deixado a adolescência e descobria que louça não se lavava sozinha e boletos não paravam de chegar.

Ele não tinha mais motivação alguma, conformado com o próprio fracasso profissional e monetário, condenado a essa vida de escravo, até fugir de repente com um resto de grana e o carro para o outro lado do país, em busca de um sonho com resolução repentina, de trabalhar e estudar música afiliado a uma gravadora disposta a aceitar novos talentos. Yoongi não tinha noção do que estava fazendo, ele não pensou em nada, nem mesmo nas coisas que poderiam dar errado — coisa comum sua —, só foi. Ele por sorte conseguiu se afiliar, iniciar seus estudos e estágio, mas foi sofrido. Começou com aulas na faculdade por cinco horas, daí oito horas de esfregadas de chão e banheiro, então mais horas estudando e poucas dormindo; ele quase surtou nessa rotina, que se estendeu por muito tempo, então progrediu.

Min Yoongi passou por muitos perrengues. Sofreu perseguição dos seus superiores na gravadora, teve o pé puxado pelos professores que alertavam sobre a facilidade de ele perder sua bolsa, aguentou dias no hospital por adoecimentos repentinos e de natureza aleatória, a indiferença de toda e qualquer alma viva por si, mais outras mil problemáticas, mesmo assim persistiu. Quando menos esperava, estava acima daqueles que o insultaram na empresa, empinando para eles o nariz, com notas inabaláveis na faculdade e um plano de saúde reforçado, mais uma vitalidade invejável. Ele endureceu, aprendeu a lidar com a vida e a fazer da dificuldade um degrau para o sucesso. Em quatro anos, saiu dos albergues baratinhos que mal conseguia quitar conta para um apartamento chique, de uma lata velha para um veículo de nome tão complicado como renomado, da indiferença para a inveja.

Seu rosto não tinha mais as olheiras permanentes, o cabelo colorido não era mais comparado a Bombril e suas roupas eram totalmente o seu estilo e bem caras, com direito até a relógio de renome. Mesmo assim, não se sentia portador nem de metade da graça do outro; como antigamente, onde se perguntava todos os dias, enquanto o olhava, o porquê dele continuar consigo.

Jeon Jeongguk tinha ficado muito mais alto que si, o que não era exatamente difícil. Continuava com um porte de modelo invejável, as costas retas e o quadril encaixado no tronco, nem nariz empinado nem cabeça baixa, mas olho-no-olho. Seus cabelos pretos, picados na ponta com navalha, simulavam um corte moderno e seus olhos pretos continuavam sendo buracos negros, incógnitas para mil segredos. Sua boca emoldurava um pirulito, que jogava dentro da cavidade de lá, para cá. No uniforme de atendente, preto como seu cabelo, contrastando com a claríssima pele, o corpo se destacava parecendo estar sob peças de medida exata. Ele era tão bonito, não podia evitar olhá-lo, perseguir seus passos com atenção redobrada, esperando-o rir.

Só conseguia pensar em quando namoravam e como, tecnicamente, nunca tinham terminado, então não eram nem ex, nem amantes. Não podia evitar imaginar-se novamente em um relacionamento como o que tinham anteriormente. Não, ele não podia evitar; não quando ele ainda o afetava tanto, sendo ainda mais bonito, agora um homem formado.

Min Yoongi tinha uns quatro anos a mais que ele, um pirralho de ensino médio, que visitava a sorveteria onde trabalhava todas as quintas e sextas. Ele começou vindo só as sextas, com os amigos, pois não se tinha lá muitas diversões naquela cidade pequena como um botão, mas passou a vir em quintas sozinho. O garoto era atrevido, vinha sentar numa banqueta próxima ao balcão e ficava lambendo seu sorvete de creme, conversando consigo, cheio das intenções mal escondidas. Se fosse qualquer outro, o de cabelos platinados acharia ridículo, mas ele era exceção. Tanto que mesmo o Min, que odiava se meter em encrenca e fugia de problemáticas, não se viu só tentado a um caminho torto junto a ele como, em uma quinta-feira aleatória, virou a placa de fechado dez minutos mais cedo para se agarrar com o moleque no banheiro, que era tão apertado que o moreno teve o quadril quase fundido a pia encardida.

E a partir dali que, droga, todas as sextas-feiras eram o seu inferno particular, onde aquele moleque sentava ali, entre os seus amigos, que sempre incluíam o Min no assunto do nada. Ele o ficava olhando, lançando indiretas, lambendo os lábios de forma obscena só para provocar, pois só a isso podiam chegar com eles ali, como testemunhas. Eles eram legais, pessoas divertidas para se conhecer, mas deus sabe que Yoongi não os queria ver novamente na próxima semana. Era terrível conviver com Jeongguk, de uma forma que o deixava com um infame e permanente hábito de estalar a língua para suas travessuras e infantilidades de praxe. Descobriu que era mais fácil puni-lo antecipadamente com um par de mordidas no dia anterior a esperar uma semana para. Yoongi costumava ser apontado pelo outro como injusto, mas ele na verdade adorava ser punido, ele era um atorzinho bem ruim.

O primeiro passeio dos dois foi para um campo de centeio, onde ficaram a conversar, finalmente. Na sorveteria, seus papos eram mais provocação e corporais, não do tipo libras, se é que entende. Jeongguk pareceu inspirado em lhe mostrar que realmente era mais do que um pirralho teimoso, arteiro e apaixonado por sorvete, que gostava de ser beijado contra o espelho e o ajudava a limpar o estabelecimento. Era um guri estudioso, que amava ler e cantar, apaixonado por música e tinha uma afinidade louca com Blink-182. Ele cantou All the Small Things com um sorrisinho, sabendo o quanto era bom nisso, deixando até as minhas pernas moles. Yoongi era um fã assumido dessa banda e eles não só discutiram sobre seus livros preferidos, como divagaram sobre coisas mais sérias ao entardecer, olhando o céu e tudo. Ele mal lhe conhecia, mas quando o mais velho falou de seu sonho, que era ser compositor e músico, Jeongguk olhou-o tão fundo dentro dos olhos quando disse que acreditava nele, que sentiu-o afundando dentro de si até alcançar sua alma. Riram até cansar fazendo sons estranhos com a boca e batendo os dentes, enquanto se beijavam com carinho, rolando por entre a plantação. Tiveram que sair correndo mais tarde, pois o fazendeiro os pegou no flagra naquele buraco de plantas quebradas. Ele estava com uma espingarda.

Jeongguk tinha uma facilidade muito grande de aceitar as coisas, como seu carro, que era a coisa mais feia desse mundo e de dar vergonha de viajar, fazendo-as alvo de piadinhas e humor. Contudo, ele nunca era de fato maldoso. Ele tinha apelidado o carro de Bujão, de Satanás, de Trator, inúmeras coisas, pela quantidade de fumaça que ele lançava, pelo quanto ele roncava e morria. Quando era para qualquer um estar com raiva, os dois apenas riam. No meio da sua primeira viagem para a praia e ele quebrou no caminho, apenas fizeram piada e desceram para pedir carona, com o violão e mochilas nas costas. Aquele dia foi muito bom, pois nada poderia afetar o humor dos dois quando juntos, nem a comida ruim que Yoongi preparara, que ficara duvidosa depois de tanto calor.

Tinham um jeito para sempre se provocarem, seja de uma forma safada ou não. Jeongguk, que era um daqueles adolescentes com sonhos diversos, adorava contar como queria fazer uma tatuagem e colocar um piercing, daí alimentar fetiches no então namorado. E o carro dos seus sonhos, o Land Rover, que tinha um enorme banco de trás? Ele era bom em provocar, mas maravilhoso em fazer algo sobre sua excitação. Aquela boca treinada, com base no seu vício por pirulitos e sorvetes na casquinha, era um paraíso. Mas não só para isso servia, pois era do tipo de amante que deixa uma surpresinha, de vez em quando, para o outro só para animá-lo depois de um dia cansativo, como uma rosa, chocolates, coisa e tal.

Droga, ele era tão perfeito. Min Yoongi só sentia as lembranças vindo, como socos, até sua memória. As viagens, as tardes livres, as brigas, o sexo. Lembrou de quando escrevia músicas para ele cantar e levava-o para outra cidade, onde iria se apresentar num bar qualquer, e de quando amou tirar algumas fotos com a Polaroid dele largado na cama, com o peito a mostra, numa posição obscena e o quadril porcamente tampado pelo edredom. Ele era sua lembrança mais feliz, não só daquela cidade como da outra. Nunca conseguiu ter com alguém o que teve com ele, tipo aquela vontade de acordar todo dia junto e fazer café para ele tomar na cama, daí fazerem qualquer porcaria de casal, tipo se jogarem no sofá e assistirem uns filmes ruins na TV só para ter uma desculpa para ficar se pegando. Ele era tão bom, compreendia-o e conhecia toda parte sua. A força e a fraqueza, a timidez e a impetuosidade, a preguiça e a vontade, seu mal e seu bem.

Por que tinha fugido dali? Por que nem tinha ligado para ele, atendido suas ligações? Estava louco? Louco como agora, onde cogitava como deveria falar com ele e se ele o aceitaria de volta, mesmo que talvez nem se conhecessem mais? Sentia-se como o hyung ferrado e idiota que era quando estavam juntos, não um homem rico, formado e bem-sucedido.

“Você me deve desculpas.” Ele o poupou de qualquer uma das horríveis opções que tinha para começar aquela conversa, quando encontrou com ele próximo ao balcão do bar. “Eu sei que nem deve ter cogitado isso, Yoongi. Então peça, porque você sumiu; por quatro anos.”

“Desculpa.” A palavra que para ninguém falaria tão facilmente, saiu escorregando pela abertura dos lábios, cheia de sinceridade. Na cabeça de Yoongi, enquanto olhava tão de perto o garoto, havia um branco enorme, cortado apenas pela clara lembrança dos dois encaixados no sofá, ele jogando qualquer um dos jogos online que adorava enquanto assistia, beijando-lhe a nuca e acariciando a cintura.

“Eu sofri bastante por sua causa. Você pelo menos poderia ter me avisado.” Respondeu, contrariado, cruzando um dos braços no peito enquanto tirava o palitinho do pirulito da boca. “Mas tudo bem, porque você conseguiu o que queria. Estou orgulhoso.” Disse, apontando para si com o pirulito, uma bolinha minúscula, quase no fim, primeiro em um porto acusatório, mas então desfez esse em um sorriso. “Está feliz?”

“Não.” A palavra saiu tão rápido, mal tinha pensado. Viu-o franzir as sobrancelhas, confuso, mas era verdade.

Fazia tempos que verdadeiramente não escrevia algo bom como antigamente, sentia isso. Os outros achavam suas letras geniais, ele mesmo via de outra forma. Escrever sobre amor era difícil sem ele, sobre felicidade também. Estava vivendo de forma vazia, agora que não era mais um dependente, um ferrado, pois notou que o tempo todo, quando se sentia sozinho no trabalho ou no apartamento novo, era não por estar sem alguém, era por estar sem ele. Quem mais, naquele mar de interesseiros, amaria alguém pobre, sem onde cair morto, com uma péssima aparência e a cara do fracasso? Ele era tão único, que sentia vontade de ainda ter o carro velho, para colocá-lo dentro e lembrar do porquê que achava isso.

“Eu tenho bebido para viver quase como tenho respirado. Odeio escrever sobre a vida rica, ostentação, mostrar o quanto eu cresci, como se odiasse minhas raízes. As coisas têm sido vazias; literalmente, figurativamente, em todo sentido. Eu tenho sentido falta de coisas reais. Tipo você. Tipo principalmente você.” Ele responde seus questionamentos antes sequer de ele perguntar, gaguejando, apressado, sem nem pensar direito.

Por que é que tinha voltado para casa depois de quatro anos? Sua família não estava mais ali, o que queria encontrar? Memórias, relembrar sua infância, correndo pelas ruas descalço atrás de uma bola e se perguntando o que tem depois das montanhas, rindo da estátua ridículo da praça e brincando com seu cachorro? Da adolescência isolada, deprimida, onde ficava ouvindo Evanescence e Radiohead, trancado no quarto? Ou dele? Ou ele? A resposta parecia óbvia agora, mesmo que enegrecida, enevoada, quando pensou em vir e veio.

“A gente ainda pode ser, ao menos, amigos?” Questionou, urgente, observando ainda a surpresa dele e a indecisão de sua expressão, nem favorecendo o bem, nem o mal.

Jeongguk sorriu àquela hora, debochado, pondo de volta na boca o pirulito, mordendo o doce e se livrando do cabo.

“Nós não podemos ser amigos, Yoongi.” Informou.

O ar foi cortado dos seus pulmões de tal forma. Tinha engasgado com o próprio, meio morto, arregalando os olhos para ele. O que poderia lhe dizer agora que tinha desabafado, mostrando-se vulnerável, para ser rejeitado daquela forma? Era, de fato, lógico esperar aquilo. Tinha o machucado. Merecia tal punição. Não tinha direito nem a um adendo para se justificar, nem pedir qualquer coisa.

“Eu saio daqui a meia hora. Não vou liberar bebidas para você, então se quer ficar bêbado, vai esperar para quando sairmos e bebermos juntos.” Informou, sorrindo, cutucando seu ombro, de forma brincalhona. “Espera lá fora, vamos no meu carro. Ele está na curva, debaixo do poste. É o preto.”

E quando o viu sair, para se ocupar com seu trabalho, só pode bambamente se dirigir até o lado de fora, não sem antes pedir uma água. Parado na calçada, puxou um cigarro, para fumar olhando o céu noturno, com a garrafa aberta na outra mão, para bebericar. Nem quando levava preguiçosamente o filtro a boca, sugando para os pulmões a fumaça que normalmente o acalmaria, sentiu o coração parar de bater rápido. O tempo passou voando, mesmo que Yoongi não estivesse fazendo nada para fazê-lo passar assim, apenas divagando, e logo Jeongguk estava ao seu lado.

“Vem.” Chamou, puxando-o pelo pulso para atravessar a rua.

Não foi na mão, mas fez o coração do menor falhar as batidas.

Quando chegaram a esquina, debaixo do poste, na frente do carro preto, Yoongi mal acreditou no que viu. Era um Land Rover enorme, não um carrinho chinfrim, típico para um garçom. E, droga, mal acreditava que ele tinha mais de dezoito agora e podia dirigir, quem diria ter um carro assim? E pior que ele tinha a chave para destravar. Quando entrou, esperou o outro dar a volta e sentar no banco da condução para falar.

“Pegou o carro do chefe ou o que?”

“É meu.” Disse, mexendo no rádio, ouvindo um abafado som de riso anasalado, contido por um morder de lábios. Olhou-o, acusatório. “Não está acreditando? Mostro os documentos.”

“E como você deu a entrada?” Perguntou, incrédulo. Era o sonho dele, mas para um garçom, era impossível ter um daqueles.

“Vendi minha casa.” Comentou, como quem fala sobre o tempo, procurando um CD. “Tenho dormido um dia no carro, noutra na cama de algum cliente.”

“É sério?” Yoongi arregalou os olhos, vendo-o tão natural, ao falar algo assim. Nunca duvidou que Jeongguk faria tudo para realizar seus sonhos, mas não pensava que esse tudo envolvia coisas estúpidas.

O mais novo olhou-o de canto, então não aguentou e riu alto.

“É claro que não!” Disse, com a voz pausada pelo riso, divertida. “Ganhei uma bolada em uma rifa da igreja. Bem que eu falava que persistindo, um dia a gente ganha.”

 Yoongi avaliou o garoto da cabeça aos pés, desconfiado. Ele tinha realmente mudado. Talvez não tenha trocado de sonho, nem largado o hábito de chupar pirulitos, mas tinha virado um bom ator. Ele realmente acreditou por um minuto no que ele tinha dito, mesmo que fosse algo fora de lógica. Não sabia se considerava agora, pois ainda soava insano. Jeongguk pôs um CD e ligou o carro, abrindo as janelas, prevendo que Yoongi fosse querer puxar um cigarro.

I Miss You, de repente, invadiu o carro todo. Yoongi quase choramingou ouvindo aquilo com Jeongguk do lado. Olhou para o lado apenas para ter certeza que era verdade. Era. O moreno estava ali, cantarolando baixinho, mudando as marchas do carro e o fitando de canto de olho.

“Senti uma indireta forte correndo no ar.” Yoongi comentou, olhando para frente.

“Seus sentidos não estão errados.” Jeongguk respondeu, sorrindo. “Mas eu estou realmente feliz, não precisa se preocupar. Você vai dar seu jeito de me compensar. Primeiro, contando sobre tudo que aconteceu por lá.”

 

Min Yoongi pensou que iriam para qualquer lugar daquela cidade, até cogitou endereços fora dali, mas se viu parando na frente do seu antigo prédio, dentro do carro do... ex?

“Eu mudei para o seu apartamento assim que pude.” Jeongguk explicou, vendo-o confuso. “Você não pode me culpar. Estava vago, eu tinha lembranças fortes suas aqui e tudo ainda tinha seu cheiro. E eu estava com saudade.”

 O mais velho encarou-o sem graça, notando que realmente tinha muito o que compensar. Foi assim, nesse clima, que desceram carregando duas sacolas de soju, para o apartamento onde Yoongi nunca pensou que entraria novamente.

Os móveis velhos do lugar continuavam no mesmo lugar e Jeongguk tinha colocado poucas coisas novas, como se para preservar a lembrança de como era quando o visitava. Ainda haviam muitas coisas suas por ali, que não dera tempo nem tivera espaço de levar. Ele o levou para a cozinha, onde jantaram omelete com miojo, como faziam a quatro anos, quando Yoongi tinha sempre só isso em casa. Ele nunca mais tinha comido isso, descobriu que ainda gostava, nem se comparava a comida cara, sendo prático, barato e gostoso. Ainda mais feito por Jeongguk.

Acabaram sentados no chão da sala, conversando até altas horas, bebendo uma garrafa atrás da outra. Yoongi descobriu que ele tinha guardado até o isqueiro e cinzeiro. Ele fumou ali mesmo, com Jeongguk observando, meio encostado e meio deitado no estofado do sofá, com um olhar ébrio e apaixonado.

“Como eu senti saudade desse cheiro horroroso.” Disse, armando um sorriso.

“E você reclamava o tempo todo.” Apontou, batendo as cinzas.

“As coisas mudam.” Informou, batucando os dedos no estofado. “Eu até pensei em começar a fumar para deixar a casa com o cheiro dos Marlboro que você fumava quando ela passou a ficar cheirosa demais.”

“Você não fez isso, né?” Resmungou, preocupado.

“Claro que não.” Riu-se, a barriga tremelicando de forma fofa, enquanto ele ondulava conforme o riso. “Eu não sirvo para isso. No primeiro que dividi, quase morri afogado.”

“Muito bom.” Concordou, satisfeito, sorrindo. Estava verdadeiramente contente.

O silêncio predominou um pouco, enquanto os dois se olharam e, de repente, Yoongi notou um brilho entre os cabelos levemente longos do outro. Aproximou-se com cuidado, com medo dele estranhar e se afastar, mas ele não fez isso. Fechou os olhos, enquanto o mais velho vasculhava seu cabelo, achando uma orelha cheinha de piercings. Desde as argolinhas às bolinhas, com direito a um grande transversal industrial e alargador.

“Meu deus, você pôs mesmo os piercings.” Pensou alto, estagnado, acariciando a extensão do lóbulo de sua orelha com a mão, sentindo-o áspero pela quantidade de acessórios.

“Pus. Nas duas orelhas, mais dois. E fiz uma tatuagem.” Revelou, abrindo os olhos para vê-lo.

O Min se assustou quando ele o fez, notando finalmente a proximidade que estavam. Tão perto que poderiam se beijar, só um movimento curto os separava. Afastou-se, num pulo, com o coração na mão. Era tão confortável estar com ele que esquecia que não podia chegar tão perto, ele estava bravo. Seu coração batia forte no peito, de alegria, de euforia, de adrenalina. Ele só desejava estar mais perto dele e, seu pensamento, nada sóbrio, não estava capaz de processar bons motivos para não se aproximar, cedendo ao corpo.

“Hm... Eu posso ver a tatuagem?” Pediu, para disfarçar o momento constrangedor, vendo-o acenar que sim.

Jeongguk se levantou, ficando ereto, sentado de pernas cruzadas. Então ele abriu a camisa de botões xadrez e puxou a camisa preta justa, colada ao corpo, pela barra. Primeiro o Min viu um abdômen marcado, mas não exagerado, diferente do que conhecia, algo tão reto quanto uma régua, mas longo como uma tela, pronto a marcar. Em seguida, ofegou. Não sabe se viu depois os piercings de argola, pendurados nos mamilos delicados e rosinhas, ou o emaranhado de retas no seu ombro, que formavam um galho com flores, flores de cerejeira. Era extremamente gracioso, não daquelas típicas tatuagens masculinas, muito duras. A pintura aquarela contrastava com a pele de uma forma bonita.

Min Yoongi se encontrava em transe, olhando-o como uma obra de arte e, não pode se conter: antes que notasse, suas mãos estavam nele, percorrendo a pele, dedilhando. Começou na cintura, subiu até ficarem nas axilas, os dedos longos pesquisando atrás a área, como se procurando um toque áspero da tatuagem. Olhou-o diretamente nas orbes negras, sem culpa, então fechou os olhos e estremeceu.

“Eu quero morder...” A bebida fez ser possível falar, mas não a informação não ser constrangedora. Acabou sentindo as bochechas ainda mais quentes, não só pela bebida, que já o deixava naturalmente quente e meio tonto, descabido também. Quando abriu os olhos, viu os dele já o fitando, atentamente.

“Se quiser, você pode.” Ele disse, então de repente Yoongi sentiu a mão dele sobre a sua, quente. E, brevemente os seus dedos estavam entrelaçados de forma não muito certa, já que apoiavam as palmas no chão ao mesmo tempo.

O mais velho percorreu a mão do rosto para lá, daí de volta para o rosto. Foi recebido pelos lábios do outro vindo repentinos em encontro dos seus, sua mão livre correndo para sua nuca. Os dois caíram deitados no tapete da sala, mas nenhum deles deu atenção. Beijavam-se como se tivessem sede e o ósculo fosse sua água, com paixão. E os corpos se encaixavam, as mãos se encontravam, os suspiros se entrelaçavam, numa sintonia pura, que com ninguém mais viriam a conhecer.

Rolaram no chão, acabando parcialmente debaixo da mesa bamba de centro, com Yoongi por cima. Sem se levantar, para não bater a cabeça, apreciou com as mãos o abdômen e desceu com a boca, beijando seu queixo, mandíbula e pescoço, para prosseguir até os mamilos, deslizando o corpo para baixo, então puxando entre os dentes de leve um daqueles piercings brilhantes naqueles botõezinhos rosa.

Ouviu em resposta um gostoso gemido, enquanto dava um beijinho sobre a região sensível e corria a boca para repetir na outra o processo. O fim de tudo foi um Jeongguk fora de si, de olhos fechados, levantando o tronco e batendo a cabeça no tampo da mesa com força.

“Que merda! Ai!” Gritou Jeongguk, deixando-se cair novamente e cobrir a testa com a palma, enquanto Yoongi não resistia à vontade e dava suas risadinhas.

“Será que devemos correr para o pronto-socorro?” Perguntou, divertido, cutucando o outro, não realmente preocupado. Ele tinha esse costume de ser destrambelhado desde sempre.

Jeongguk bufou, contrariado, saindo debaixo da mesa de forma cuidadosa, para não acabar batendo de novo. Uma vez sentado, aproveitou-se que o outro estava sentado nas suas coxas para puxar suas pernas, entrelaçando na cintura. Levantou-se com a maior facilidade, como se não carregasse nada.

“Você vai ver para onde devemos correr, hyung.” Disse, imperativo demais para quem usava o honorífico.

Logo estavam os dois no quarto, Yoongi empoleirado de pé na cama que usara por anos a fio, mas não com o mesmo colchão. Olhou-o e riu.

“Você ainda ‘tá com a merda do colchão que você roubou do seu amigo.” Riu-se, lembrando de quando ele chegou na sua casa, avisando que agora podia dormir na dele, pois tinha roubado um colchão dos pais de um colega e podia fazer fita para os próprios. Nem imagina como que ele saiu com um colchão, lençóis e tudo de dentro da casa sem ninguém desconfiar.

“’Tô mesmo.” Respondeu, convicto. “Foi um difícil roubo, preciso utilizar meu prêmio o quanto puder.”

“Você é impagável.” Lembrou, rindo. Enquanto rememorava que esse colchão, ele já vira muitas vezes os dois rolarem sobre si, depois de horas de videogame e pizza, não era nem de perto a primeira vez e, dependendo de si, não seria a última.

Apertou os ombros do outro e usou-o de apoio para descer da cama em um pulo, empurrando-o em seguida para deitar, pulando sobre ele como um felino na presa. Voltou as mãos aos ombros, um deles bastante decorado e o beijou com euforia. Debaixo de si, o mais novo ondulava a pélvis contra a sua, despertando ambos os membros, gerando alguns pares de suspiros. Uma vez que separaram os lábios com mordidas de puxar o lábio e selares, Jeongguk ergueu o tronco para atacar o pescoço a mostra do mais velho, usando as mãos para libertar o outro da camisa social branca.

Mal ele tinha aberto e deslizado as mãos pelo seu peito, Yoongi se ergueu, engatinhando na cama até deixar sua pélvis na sua cara, procurando o lubrificante e camisinhas na cabeceira. Jeongguk riu safado, óbvio, aproveitando para livrá-lo da calça preta de tecido caro, puxando-a para  fora. Beijou a extensão dele por cima da boxer, segurando sua cintura, sentindo-o estremecer todo, o que lhe pareceu divertido demais. Foi pior quando decidiu lamber, começando onde sentia o períneo, então pelas bolas até a ponta da glande. Yoongi quase estatelou na sua cara, o que impediu foi mesmo os seus braços o segurando, pois seu tronco mais a cima desabou na cama.

“Você vai acabar comigo.” Informou Yoongi, largado, meio sem fôlego. Com a risadinha do outro como plano de fundo, engatinhou de volta. “Você não mudou nada.”

“Obrigada?” Riu-se o outro, divertindo-se com a cara de repreensão e surpresa do outro. “Mas você tem que admitir: estou bem mais gostoso.”

Yoongi o olhou no fundo dos olhos, vendo-o com a maior cara de convencido, então avaliou-o. Cabelos espalhados pelo colchão, lábios avermelhados, tatuagem e piercings, vários piercings, gominhos levemente marcados... é, o tempo tinha sido muito generoso com ele. O que já era perfeito, tornou-se melhor ainda — e sem estragar.

“Dá pro gasto.” Comentou, deixando o outro com uma cara de chocado abaixo de si. “Está se achando demais, guri.”

“Assim eu vou ter que repensar a minha vontade de te chupar, hyung.” Disse, o porte marrento, um bico. “Ou não, porque eu quero muito.”

Min Yoongi não teve muitas escolhas com as quais trabalhar naquele momento. Ele riu-se, mas sentia-se desesperando, com a cueca a apertar mais a sua ereção, que dera uma bela de uma fisgada. Suspirou, depois mordeu o lábio, sentindo-o com as mãos guiar seu corpo até ele girar, ficando com a pélvis do mais velho na sua cara e a própria na dele. O garoto então se apressou a abrir o cinto, sentindo o outro lhe provocar, brincando com o cós da boxer.

“Você enrola demais para quem estava com tanta vontade.” Informou, abaixando a calça do outro junto com a cueca até abaixo dos joelhos. Para tirar o resto, dobrou suas pernas e já aproveitou para abri-las bastante.

Mal conseguiu banhar os dedos em lubrificante para tratar logo aquele pênis gotejante com uma boa chupada, pois a resposta do outro a sua fala foi uma puxada repentina da boxer, acompanhada de uma série de bombeadas com a mão no comprimento, então uma boca avaliativa degustando da glande, encaixando-se e chupando.

“Caralho.” Yoongi gemeu, deixando lubrificante cair. Xingou mais ainda, mordendo os lábios e tentando acalmar as mãos. Prontificou-se a conseguir derramar o conteúdo nos dedos sem derrabar metade, feito isso, acariciou a entrada, molhando-a delicadamente enquanto a sentir piscar com o contato.

Pretendia se vingar pelo que Jeongguk fazia lá embaixo, coisas que o deixavam bambo, sentindo a sua pura falta de piedade. Ele não se poupava de afundar o membro na boca até chegar a garganta, em um vai e vem que terminava numa caprichada chupada na glande, acompanhada de uma língua atrevida logo depois brincando na pontinha, enquanto as mãos acariciavam as bolas, apertando um pouquinho as vezes. Jeongguk já tinha soltado um suspiro com a provocação, mas quando sentiu o primeiro dedo entrando, teve de parar tudo para suspirar, de forma bastante gemida. Yoongi, sem piedade, caiu de boca para completar, fazendo um trabalho bem parecido no membro alheio, só talvez não tão meticuloso.

Jeongguk demorou um bom tempo para reerguer suas estruturas e recomeçar, mas perdeu um pouco da concentração quando sentiu outro vindo, recebendo certa resistência e, sim, trazendo uma dor prazerosa. Para descontar, agarrou a bunda do outro, passando os braços pelas suas coxas, prendendo-o. Afastou as nádegas, ouvindo-o ofegar, e passeou a língua pelo períneo, de lá para cá, preciso, sendo aprovado pela voz do outro, que se livrara de uma das suas torturas e tinha a boca bem livre. Foi aí que afundou com as carícias na entrada, enfiando um pouco a língua, em um projeto de penetração, acompanhado de carinhos por fora também, umidificando a área, selando de leve, levando-o a estremecer em cima de si, apressando-se a também lhe dar prazer, penetrando-o mais forte e fundo, com mais velocidade, enquanto dava mordidinhas em suas coxas.

O moreno afastou o rosto da pele do outro, respirando fundo para tentar falar algo decente, sem pausar para gemer ou ofegar, o que é uma coisa muito comum.

“Yoongi, já está bom. Vem cá.” Segredou, não conseguindo manter a voz realmente num tom sério, saindo soprado pelo ar solto. Ele sentia-se realmente pronto, mas mais que isso, gostaria que ele viesse logo, não só sentir seus dedos, mas sim ele por completo.

O mais velho, claro, não titubeou em acatar a sugestão, afastando-se da pélvis do outro, sentando-se sobre sua barriga, de costas, sobre a sua barriga, apoiado nas próprias pernas depositadas ao lado do corpo do outro. Ele já catava a camisinha quando sentiu as mãos do mais novo em sua cintura, gentilmente conduzindo a girar. Obedeceu outra vez, virando-se enquanto abria o pacote, concentrado. Jeongguk, deitado na cama, sentia-se vazio demais agora que não tinha sequer os dedos, mas estava disposto a esperar, como esperara ele, sempre com alguma esperança de retorno. Observou-o abrir o pacotinho e desenrolar a camisinha no membro com expectativa.

Yoongi moveu-se, saindo do colo do outro, dirigindo-se para mais abaixo, encaixando-se entre as pernas abertas e arqueadas de Jeongguk. Passou os braços por debaixo dos joelhos, guiando as coxas a dobrarem, encostadas ao peito, abrindo uma bela visão para si, que o fez lamber os lábios ansioso. Com uma das mãos auxiliando, pode enfim investir, penetrando o maior sem pausa, nem pedir permissão. Inclinou-se sobre o corpo do mais novo, colando os peitos nus enquanto sentia as pernas do outro rodearem a sua cintura, auxiliando na penetração, entrando até o fim para então parar.

O de cabelos coloridos ficou um tempo com a testa apoiada no peito do outro, respirando pausadamente, aproveitando a delícia que era o interior de Jeon, então ergueu o rosto. A visão compensava qualquer coisa ruim que já tenha visto. Jeongguk jogado na cama, com as faces vermelhinhas, os olhos diretamente em si, os lábios inchados envolvendo o dedo que mordia para não pronunciar algo muito alto, os cabelos negros ainda mais desarrumados espalhados pelo colchão... ele era um modelo, uma arte a lá Michelangelo.

Sorriu para ele, sentindo o suor descer lentamente pela testa, vindo debaixo do cabelo.  Jeon não se aguentou e, das pontas dos seus lábios, formaram-se ângulos. Os olhinhos diminuíram um bocadinho, formando pequenas gotas d’água na pontinha. Ele estava subitamente tão fofo que Yoongi teve, foi obrigado, a atacar ele com um abraço apertado e beijinhos sobre as pálpebras.

“Ahh, hyung, para. ‘Tô com vergonha.” Reclamou, fazendo um biquinho que prontamente foi mordido.

“Meu dongsaeng está desconfortável, é?” Questionou, recebendo dele um menear positivo. “Já resolvo o problema.” Respondeu, sorrindo malandro.

Apertou uma das coxas dele com uma mão, enquanto a outra se apoiava no colchão, para dar-lhe algum suporte. E moveu-se, vendo-o gemer abertamente, já que retirara o dedo e não cogitava colocá-lo de novo entre os dentes. Jeongguk sentia que, quanto mais intensidade recebesse, mais apertaria os dentes e, sinceramente, não queria quebrar os ossinhos dos dedos.

A boca de Yoongi ocupou a de Jeongukk, num beijo urgente, ao mesmo passo que a penetração se tornava mais impiedosa, adquirindo mais força e rapidez. Logo as bocas nem mais se mordiam, pois o de cabelos coloridos tinha corrido a sua para o maxilar alheio, marcando-o com chupões dali para baixo, todo o peito, então percorreu o ombro com a tatuagem num roçar de lábios, investindo de tal forma que o corpo dele ia e vinha com o vai e vem, então selou de verdade cada pedacinho de pele com calma, diminuindo o ritmo. Beijou da sua tatuagem até o pescoço, o queixo e rosto todo, parando na boca. O moreno, que até então vinha arrancando os lençóis da cama, apertou seus braços, suspirando, então percorrendo até seus ombros, onde abraçou como um coala.

“Jeon.” Chamou, ofegante, numa pausa entre os beijos. Entre eles, ouviu um hm, confirmação que ele ouvira então se afastou um pouco. “Eu te amo. Ainda te amo muito. Desculpa por não ter te avisado. Não ter te levado junto.”

“Eu também te amo. Pra caralho.” Disse, rindo-se ao fim da frase, pela ironia da situação. “Está perdoado. Só não me abandone de novo.” Avisou, vendo-o rir do seu tom de ameaça. Bravo, deu-lhe uma série de tapas. “É sério! Eu te juro que eu vou atrás para te matar ou trazer de novo! Você nem ouse!”

Yoongi apenas beijou sua testa, concordando. Voltou ao antigo ritmo, mordendo o ombro pintado finalmente, deixando o outro com um gemido solto no ar. Após morder mais vezes e dar uma pequena lambidinha para sarar, claro, o de cabelos coloridos partiu para brincar bastante com seus piercings, chupando a peça e a pele hiper sensível, repuxando com os dentes e tudo o mais. Enquanto isso, passou a bombear seu membro, na mesma velocidade que ia e vinha, fazendo-o gemer muito alto para um menino em geral tão tímido. Ou nem tanto, não mais.

 Logo, quando já decidira brincar de provoca-lo nas orelhas, ouviu-o gemer alto, claramente diferente, o seu nome e o apertar típico. Então, o beijo apaixonado. Retirou-se dele com calma enquanto e ele mesmo tirou sua camisinha. Sentou-se em seu colo e ele, ao passo que o beijava lenta e profundamente, bombeava até, pouco depois chegar ao orgasmo.

Yoongi deixou-se cair, cansado, meio zonzo pelo orgasmo e pela bebida, no peitoral do outro. Sentiu o outro bagunçar seu cabelo e beijar sua cabeça, antes de começar um carinho gostoso. Estava quase dormindo quando ouviu a voz do outro.

“Que tal ir tomar um não-banho para ter outra rodada?” Sugeriu Jeongguk, a voz animada. “Agora eu como você, hyung.”

“...eu sou mesmo velho.” Refletiu Yoongi, certo de que não estava nem perto de estar cheio de energia, diferente do mais novo. Um silêncio mortal reinou e, achando estranho, o mais velho virou o rosto para o outro. Ele o olhava com beicinho e expectativa. Derreteu seu coração na hora, uma coisa horrível, então ele se viu suspirando. “Ok, se você me carregar.”

Em um segundo estava como princesinha, sendo levado para o banheiro. Já planejando convencê-lo a tomar um banho mesmo e foder de novo na cama, de tanta preguiça.

 

 Como Yoongi estava de férias, o que explica primeiramente o motivo de estar ali, ele pode ficar morando com Jeongguk o mês. Ele quitou a conta no hotel, pegou suas coisas e voltou para a antiga moradia, que agora era do mais novo.

Ambos viveram em todo esse tempo uma verdadeira vida de casadinhos. Dormindo juntos, cozinhando um para o outro ou juntos, assistindo coisa melosa na TV ou reclamando disso e daquilo, pegando-se pelos cantos e, às vezes, saindo para fazer coisas divertidas. Claro que nem sempre, porque Jeongguk ainda tinha seu trabalho.

Em uma manhã, dias depois, onde ambos lanchavam na mesa da cozinha, ambos com vestígios da rapidinha no banho — com os cabelos molhados, Yoongi sem calças, Jeongguk sem a camisa —, o mais novo parecia pensativo demais.

“O que você tem?” Questionou o outro, passando manteiga no pão.

“Você não vai ficar aqui para sempre. Você tem trabalho, tem uma casa. E ambos são do outro lado do país.” Disse, cabisbaixo. “Yoongi, a gente vai se separar quando?”

O mais velho olhou rumo ao infinito, pensando em qualquer coisa enquanto fitava a parede. Ficou uns segundos assim, até que desviou o olhar dali e sorriu para Jeongguk.

“Nunca.” Respondeu, confiante ao ponto de o outro acreditar que era verdade.

“Eu não sou idiota.”

“Eu também não. Lembra que você ama cantar, que eu trabalho em uma gravadora? Então, eu mandei uma mixtape sua, que estava perdida no seu notebook. Eles estão avaliando. E já tive um ok da metade da equipe, então logo você irá virar trainee. Meu, espero.” Comentou, largando o pão no prato para olhá-lo com intensidade. “Não quero você vivendo de servir copos. Você sabe que nasceu para cantar, eu também. E ficarei feliz em escrever as suas músicas.” E apertou a mão do outro por cima do tampo da mesa. “A gente vai ficar junto sim.”


Notas Finais


nossa, escrever lemon é um saco.
mas ter ele ele escrito é tão recompensador.
aff vai entender minha relação com lemon.

baseado nessa musica aqui: https://goo.gl/2MzTFi
tattoo do jeon aqui: https://goo.gl/IeScvV


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