1. Spirit Fanfics >
  2. Closer >
  3. Capítulo XVIII

História Closer - Capítulo XVIII


Escrita por: evilynebrochu

Notas do Autor


VOLTEI

Capítulo 19 - Capítulo XVIII


Eu estava namorando com Delphine Cormier. Namorando. Com todas as letras. Durante aquela noite do pedido eu fiquei me perguntando se eu estava vivendo um sonho e fiquei constantemente me beliscando para saber se aquilo era real. Delphine era uma mulher incrível e eu já não conseguia mais imaginar minha vida longe dela, e parecia loucura porque não fazia tanto tempo que nós nos conhecíamos, mas esse sentimento por Delphine era arrebatador e eu só saberia disso meses depois.

Confesso que não queria me apaixonar, meu principal propósito em me mudar para França era apenas conseguir mais referências para meu currículo e voltar para o Canadá assim que eu sentisse que o momento havia chegado, mas o próprio Felix me alertou sobre franceses e amantes serem praticamente sinônimos. Eu havia travado uma luta interna para saber se eu realmente gostava de Delphine ou se eu queria apagar Shay da minha memória, a primeira alternativa estava tão correta que chegou a me assustar. Era isso, eu realmente gostava de Delphine Cormier.

E eu queria poder gritar que eu estava namorando aquela mulher, apenas ela, mas eu não podia contar para ninguém, nem para Scott que era meu melhor amigo, mas estava tão envolvido com Evie que poderia deixar escapar qualquer coisa. Quem só sabia do nosso relacionamento era Felix e mesmo assim eu tinha um pé atrás com ele, mas nada comentei com Delphine porque ele era o melhor amigo dela.

Aquela semana fora uma das mais agradáveis, nada me tirou do sério, nem as perguntas absurdas que me faziam sobre estar apaixonada porque, aparentemente, estava estampado na minha cara.

 

[...]

 

Delphine’s POV:

 

Confesso que tive medo de ouvir um não de Cosima, mesmo com suas declarações de amor por mim, ela poderia negar prontamente meu pedido, e ainda teve Felix estragando minha surpresa, aquilo só poderia ser um teste divino de paciência, mas tudo acabou bem. Ela aceitou meu pedido e éramos oficialmente namoradas. Foi engraçado ouvir quase que por uma semana brincadeiras sobre Cosima estar apaixonada, geralmente, vindas de Paul. Eu nada comentava, apenas abaixava minha cabeça e sorria discretamente.

 

Mas algo ainda me incomodava muito dentro do instituto, e era o fato da aproximação estranha entre Brooke e o professor de história. Era recorrente encontrá-la conversando com ele, ela ainda parecia estar nervosa e com medo. Era o primeiro problema que eu estava enfrentando como coordenadora, e eu precisava solucioná-lo o quanto antes. Paul me contou em uma conversa informal que Brooke havia se retirado de sua aula com a desculpa de estar passando mal novamente. Minha intuição estava falando algo que eu não queria acreditar. Não era possível.

 

- Ei loirinha, com a cabeça na lua? Está parecendo a Cos… - Paul me acordou da minha linha de pensamento, entrando na minha sala.

- Quem dera estar apaixonada como Cosima. - respondi encarando o bloquinho de papel que pousava na mesa do meu escritório. - Eu queria conversar com você, é algo que realmente está me incomodando, mas eu não queria falar com o Fee porque ele não consegue calar a boca por um segundo.

- Tudo bem, loirinha. O que está fazendo você suspirar tanto? Tem algo a ver com a instituição? - perguntou com uma expressão séria. Ele sabia que havia algo errado.

- O que você tem achado da Brooke esses dias? Eu a vi com John recentemente mas acho que pode ser só coincidência. - Paul deu um sorriso fraco, droga, ele sabia de algo.

- Loirinha, você sabe que John e eu somos muito amigos apesar das nossas divergências ideológicas, certo? Ele estava conversando comigo se já havia me apaixonado por alguma aluna. No começo eu havia achado estranho, tentei me aprofundar no assunto, mas ele nada disse. Eu o vi conversando com Brooke esses dias, ela parecia estar tão triste.

- Eu sei, tenho visto eles dois juntos sempre, ela nem parece aquela Brooke que alegrava todas as aulas. O histórico médico dela também não está tão bom…

 

Quando eu tentei concluir a frase, Rachel invadiu a sala. Os saltos finos faziam um barulho estridente no chão de madeira, ela pisava forte. Tratei logo de calar-me por um tempo e prestar atenção no que ela falaria, mas claro que ela não deixaria o fato da minha reunião privada com Paul passar despercebido.

 

- Estou atrapalhando o casal? - sua voz rouca ecoou na sala. Paul revirou os olhos e eu não expressei nenhuma reação ao comentário.

- O que você quer, Rachel? - minha voz não saiu ríspida apesar da frase. Era veneno contra veneno.

- Preciso de umas assinaturas suas já que Aldous não está.

- Para qual finalidade? Posso saber?

- São só uns requerimentos de suprimentos para a papelaria da escola, Delphine. - sua voz rouca chamando meu nome ainda me causava arrepios.

- Pode deixar os papéis aí que eu assino. - minha voz ainda estava tênue. Eu não queria correr nenhum risco sendo grossa.

- Como desejar, Delphine… - colocou os papéis sobre a mesa e se retirou da sala desejando boa tarde.

- Que clima é esse? - Paul perguntou olhando para mim, bestificado. - Como Aldous fez isso com você?

- Você sabe que ele sempre a tratou como filha, Paul. Não posso fazer nada, só pedir ao universo me ajudar nesse momento. Voltando ao assunto… Um mês atrás, Brooke precisou ir ao hospital e você disse que ela saiu da sua aula passando mal novamente…

- Você está pensando o mesmo que eu, loirinha? - Paul me encarou, óbvio que ele sabia o que estava se passando por ali.

- Não sei, Paul… - joguei meu corpo para trás da cadeira branca e fiquei cerca de 30 segundos massageando minhas têmporas. Eu não podia me estressar. Qualquer coisa menos problemas com a volta de Rachel. - Porra, eu estou tão preocupada, não queria problemas e logo agora que o Leekie está longe…

- Ei, calma! Você não acha que isso é o universo conspirando pra mostrar o quão responsável pode ser diante de um problema? Você acha que Leekie vai dar ouvidos a quem? Você ou Rachel?

- O que quer dizer com isso?

- Vamos ser sinceros, Delph… Leekie está com problemas de saúde e todos sabemos disso. Também sabemos que Alison só quer ser herdeira, nunca colocar a mão na massa… Acho que Leekie criou uma competição entre você e Rachel para colocar no testamento quem deve assumir a direção da escola.
 

 

Quando Paul terminou de falar foi como se fosse uma grande surpresa para mim. Minha cabeça doía com aquela informação. Seria tudo um jogo e competição para Aldous? Eu já havia corrido risco de vida por causa de Rachel e ele resolve fazer essa espécie de concurso? O que eu poderia esperar? O pior era que Paul tinha razão, a saúde de Aldous não era a mesma desde que eu havia começado a trabalhar no instituto, desde a morte da sua esposa, Aldous estava mais recluso, fechado em sua sala. Siobhan pensava que ele não aguentaria um ano longe da mulher, mas isso não aconteceu. Leekie era um senhor com seus 63 anos, queria apenas se dedicar aos netos e com razão.

 

Eu precisava solucionar o problema de Brooke antes que a bomba explodisse nos corredores do colégio. Eu não queria que ela virasse alvo de comentários maldosos, eu sabia o quanto adolescentes podem ser malvados. Acredito que boa parcela do mundo é malvada, mas ainda existem pessoas que valem a pena, mas eu precisava de ajuda para solucionar o problema. Não podia recorrer a Aldous, e Paul combinou de sondar John para saber de mais detalhes. Assim como Felix, Paul era meu melhor amigo. O irmão que eu nunca tive. Prontamente pensei em pedir um conselho a Cosima, ela era muito inteligente, saberia o que fazer sem nenhuma dúvida. Mandei uma mensagem marcando de encontrar com ela depois da janta no seu quarto, mesmo sendo um movimento arriscado, eu precisava falar com Cosima a sós sem nenhuma interferência.

 

[...]

- Já resolveu o que vai fazer no natal, Fee? - Siobhan chamou atenção de Felix que estava conversando individualmente com Evie.

- Vou passar um tempo em Paris, S. Por quê?

- Eu queria que você passasse lá em casa. Seria legal, você também pode, Delphine. - me chamou com um sorriso no rosto. - Todos estão convidados! - sem dúvida, Siobhan era a mãe de todos

- Até nós dois? - Scott apontou para ele e Evie, eu pensava que ela queria mostrar a cidade para ele…

- Todos vocês! Eu odeio ver minha casa vazia no natal, seria tão bom ver vocês por lá… - sua voz estava um pouco triste, alguma coisa havia acontecido.

- Eu posso levar Kira? - Paul perguntou enquanto dava uma garfada na salada

- Eu estou chamando todos, sem exceção! - ela falou um pouco mais alto, alcançando a outra mesa em que Rachel estava, jantando sozinha.
 

 

Acredito que os filhos de Siobhan não conseguiriam chegar a tempo do natal. Harry trabalhava como engenheiro para o exército inglês, como ele havia nascido em Londres, tinha dupla nacionalidade e resolveu ingressar na carreira militar para a rainha. Alfred morava na Argentina com sua esposa e um bebê recém nascido. Talvez fosse isso, a casa da matriarca Sadler estava vazia e ela odiava festas vazias e principalmente o natal.

 

[...]

- Bonsoir, Cos. - adentrei no quarto de Cosima fechando a porta por trás de mim e dando um beijo rápido, mas ainda sim intenso nos seus lábios.

- Boa noite, Delph. - sua voz estava animada, ela estava feliz em me ver, infelizmente o problema estava na minha cabeça, deixando-me um tanto que apática. - O que aconteceu? Você está preocupada? - perguntou. Tínhamos um dia de namoro e ela já conhecia minhas expressões.

- Eu preciso de um conselho seu, mon amour.

- Aconteceu alguma coisa? Rachel aprontou alguma? - perguntou preocupada sentando-se na cama, olhando atentamente para ela.

- Aconteceu uma coisa sim, mas Rachel não tem nada a ver com isso.

- O que aconteceu, então? - sua feição ainda estava mais preocupada. Cos era uma menina de ouro.

- Eu conversei com Paul mais cedo sobre umas coisas que estavam acontecendo aqui na escola… Você se lembra da Brooke? Aquela garota que passou mal na sua aula? - confirmou com a cabeça. - Paul e eu achamos que ela está grávida.

- Wow! - empurrou os óculos no rosto, tentando mantê-los no topo do nariz. - Como vocês acham isso? Quem é o pai? - ela estava atenta para ouvir mais.

- Talvez o John, o professor de história.

- Delphine, isso é uma acusação muito séria. Vocês tem certeza disso?

- Não temos, Cos. Por isso mesmo, eu estava pensando em conversar com ela um tempo ou mandá-la para o acompanhamento psicológico. Eu realmente preciso de um conselho, mon amour. Estou desesperada. - segurei na minha cabeça puxando a raiz dos meus cabelos.

- OK, você precisa de ajuda para poder ajudar a Brooke. Ela deve estar ainda mais desesperada que você, Delph. Ela tem 16 anos e está grávida do professor! Espera… Como vocês tem certeza que é do John?

- Não temos, mas a Brooke passa o tempo todo aqui, nem a Paris ela vai. Fica trancafiada aqui o tempo todo, e eu tenho certeza que a segurança daqui veta qualquer engraçadinho do colégio de Marión.

- Entendi. Você pode falar com ela amanhã? - perguntou com olhos atentos, ela realmente queria ajudar.

- Vou tentar. Você pode vir comigo? - perguntei fixando meus olhos com os dela.

- Eu acho melhor você falar com ela sozinha. Pode assustá-la ainda mais se eu estiver do seu lado, mas se quiser falar sobre depois, estarei disponível.

- OK, Cos…

 

O silêncio, que era nosso cúmplice desde o primeiro momento, se instaurou no ambiente. Cosima olhava para mim fixamente, e passava ponta da língua nos lábios, umedecendo-os. Ela parecia um anjo de dreadlocks e óculos de armações grossas. Aproximou seu rosto do meu o máximo que podia, me deixando sem espaço pessoal. Senti sua respiração quente antes dos meus lábios serem acertados em cheio pelos dela. Meus pelos se arrepiaram, apesar de beijar Cosima sempre que possível, ainda era uma experiência incrível poder beijá-la de novo. Acho que a fórmula perfeita do romance é essa: beijar alguém pela milésima vez e essa ainda parecer a primeira. O hálito de Cosima dançava com o meu, deixando-me inconsciente. Era magnífico sentir aqueles lábios tão entregues aos meus. Depois de muito resistir, Cosima me fez ficar deitada ao seu lado, olhando fixamente em seus olhos e me perdendo cada vez mais na sua boca. Infelizmente, nada passou de uma grande troca de carícias, afinal, eu ainda não me sentia segura para transar com Cosima no instituto e tudo era culpa de Rachel. Eu precisava agradecer aos céus por encontrar alguém que compreendia meu estado de alerta.

 

 

 

 


Notas Finais


avisa lá pode falar que eu volteeeeeeeeei
sinto muito esse mês de intervalo, estive deprimida e com problemas de ansiedade onde nem coragem de escrever eu tinha (coisa que me ajuda muito) mas eu voltei assim como orphan black e eu vou atualizar closer mais vezes pra vocês durante a semana porque eu quero postar mais duas fanfics cophine <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...