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História Closer - Capítulo XXII


Escrita por: evilynebrochu

Capítulo 23 - Capítulo XXII


Era uma maravilha estar apaixonada, óbvio, eu sentia falta de acordar ao lado de Delphine, mas tudo que vivíamos era tão intenso e real que anulava tudo que precisávamos esconder. Ainda é estranho pensar que no século XXI eu poderia ser demitida por causa da minha sexualidade, desde que me mudei para o Canadá, sempre trabalhei em empresas “gay friendly” e as pessoas sempre se mostram respeitosas e repletas de empatia, e mesmo na França onde há um movimento revolucionário tão grande, mas eu conheço muito bem as implicações da extrema direita crescente ao redor do mundo, parece que as pessoas se recusam a ler um livro de história. Essa indagação juntamente com a aproximação de Rachel me faziam pensar, me faziam questionar o real sentido de tudo. Rachel sabia da minha sexualidade, eu nunca esconderia algo que eu tenho orgulho, eu aprendi depois de muitos esporros que a vida me deu que eu não devia me esconder, devia ter orgulho de mim mesma e problema das outras pessoas se não estavam felizes comigo. Que saudades do meu pai e dos melhores conselhos que ele poderia me dar.

 

A minha manhã foi muito rápida, eu corrigi algumas atividades e ajudei algumas alunas numa pesquisa que Scott havia pedido, eu havia falado com ele para não pegar tão pesado, mas ele, assim como eu, seguia ordens e os formatos das atividades que nos enviavam. Aquele instituto exigia demais das pessoas. Eu não via Delphine desde a noite anterior, era estranho, parecia que ela estava se escondendo de mim, nem uma mensagem ela havia me enviado… Muito estranho.


 

— Fee, você viu a Delphine? — eu disse assim que me sentei na mesma mesa em que ele estava, eu realmente estava preocupada com ela.

 

— Ela não disse? Ela precisou fazer alguma coisa em Paris, disse que voltava ainda hoje, mas ela parecia meio atordoada, acho que teve a ver com a família dela, Cos. — respondeu com uma voz meio embargada. — Ela disse que voltava amanhã.

 

— Por que ela não falou comigo? — fiz essa pergunta mais para mim do que para Felix que me olhava.

 

— Eu não sei…


 

Minha fome havia sumido naquele momento, eu entendo que quando vemos nossa família precisando da nossa ajuda, queremos correr até eles sem informar, mas custava ela mandar uma mensagem? Eu estava com tanto medo de estar soando egoísta, ela precisava de espaço e cuidar da sua família, então eu apenas coloquei minha bandeja no lugar da coleta e subi para meu quarto. Eu queria ficar isolada e que ninguém me incomodasse, mas era impossível porque a cada dia que passava, mais a semana dos projetos biológicos estava próxima. Scott havia me contado que estava duas noites sem dormir direito, apenas revisando as pesquisas teóricas, dormiu no máximo duas horas, era pior do que quando ele estava fazendo a pesquisa do pós doutorado. Peguei meu celular e mandei algumas mensagens para Delphine, eu precisava de respostas, eu estava ansiosa para saber o que havia acontecido, queria saber se ela estava bem.

“Delph, Felix me contou que você está em Paris. Aconteceu algo? Eu posso ajudar em alguma coisa?”

 

“Baby, eu realmente estou preocupada com você, me manda alguma notícia, por favor…”

 

“Ei… Estou aqui pro que você precisar, certo? Você foi a melhor coisa que me aconteceu desde o nascimento dos meus irmãos.”


 

Conforme eu não ganhava respostas, mais apreensiva eu ficava, não podia acreditar que ela não estava me falando nada, eu estava tão preocupada… Eu a sentia distante, parecia que ela estava presa em alguma dimensão e eu não podia alcançá-la. Observei no relógio e eu podia me dar o prazer de alguns minutos de sono antes de voltar a dar atenção nos projetos práticos das meninas.

 

[...]


 

— É um belo trabalho que você está fazendo aqui, senhorita Niehaus. — a voz rouca atrás de mim fez com que meus pelos se arrepiarem um pouco, parecia que havia algo gelado em contato com a minha espinha, era Rachel.

 

— Por favor, me chame só de Cosima. — eu disse me levantando depois de ter abaixado para conectar um tubo em outro para um aquário de kefir, algumas meninas tiveram a brilhante ideia de misturar ciência com comida para aumentar a interatividade e a dinâmica dentro da feira dos projetos.

 

— É um belo trabalho que você está fazendo aqui, Cosima. — deu ênfase no meu nome, me fazendo sorrir e abaixar o olhar para o chão. Eu estava ruborizando?

 

— As meninas que deram as sugestões, eu só estou ajudando na parte prática e Scott também tem mostrado um trabalho excelente. — eu gesticulava um pouco nervosa com aquela situação, Rachel estava perto demais, eu podia sentir seu hálito forte de menta invadindo minhas narinas. O que estava acontecendo?

 

— Eu falei com ele um pouco antes, ele mandou eu vir ver os projetos práticos. Acabei ficando encarregada disso já que Delphine foi até Paris resolver alguns problemas pessoais. — ela continuava falando com a voz rouca, parecia que era de propósito. — Bem, o que é isso que você tá mexendo?

 

— É um aquário de kefir, são microrganismos simbióticos que sintetizam o ácido lático e a lactase, eles fazem bem pra saúde e…

 

— Isso pode comer? — ela perguntou com uma cara meio enjoada, me fazendo sorrir. Rachel tinha um jeito… peculiar.

 

— Claro que pode, olha. — peguei um copinho com algumas frutas que as meninas haviam levado para testarmos, coloquei um pouco do kefir, que se parecia com um iogurte e a entreguei. Rachel olhava cismada para o copinho, como se tivesse veneno lá dentro. — Se eu comer na sua frente, você come? — perguntei e ela confirmou com a cabeça, peguei a colher e coloquei uma quantidade generosa na minha boca mastigando logo em seguida. — Tá vendo? Eu não morri.


 

Rachel pegou o copo da minha mão e com a ponta da colher pegou uma rodela de morango e um pouco do kefir colocando em sua boca logo em seguida, ela não conseguia disfarçar a cara de reprovação provando o alimento, eu não conseguia parar de sorrir diante daquela cena, Rachel era muito divertida com o jeito todo rigoroso de ser.


 

— Tenta não pensar no que isso é, pensa que é um iogurte normal. — eu disse ainda sorrindo para o rosto dela. — Eu sei, é um pouquinho mais ácido, mas ainda sim. Ajuda a você a engolir.

 

— É o que você diz pra si mesma quando está comendo? — me fez rir ainda mais com aquela acusação.

 

— Quase isso. — ela sorriu de volta. Rachel era bem humorada, a postura rígida e firme talvez fosse somente para intimidar as pessoas e observar Rachel de perto me fazia acreditar que ela não era tão detestável assim e acredito o tempo que ela passou na clínica de reabilitação a fez mudar um pouco.


 

Eu estava mostrando para Rachel todos os projetos dentro do laboratório, eu separei um horário para cada dupla me contar o andamento e não superlotar o ambiente, já que alguns trabalhos eram minuciosos. Enquanto eu conversava com Rachel pude sentir meu celular vibrando algumas vezes, provavelmente seria Scott perguntando se eu estava com tudo pronto e se eu poderia ajudá-lo a corrigir alguns detalhes dos trabalhos, por isso não prestei atenção, acabei conversando com Rachel sobre várias coisas, inclusive ela falou algumas coisas sobre Aldous que aumentavam ainda mais minha dúvida sobre ele ser pai dela ou não.

 

— Verdade que Aldous é irmão do presidente da DYAD? — perguntei me sentando em um dos bancos de pernas altas que ficavam perto do balcão.

 

— Sim, Arthur é o irmão postiço do Aldous e hoje em dia dirige a DYAD, por isso que os jurados são de lá, é meio que uma troca de conhecimentos e exportação de inteligência. — explicou. — Aldous era muito próximo da minha mãe, Susan, acho que você já ouviu falar sobre ela. — confirmei com a cabeça. — Foi horrível crescer com meu pai desconfiando se eu era realmente sua filha. Muita gente diz que eu sou a cara da Alison, mas sinceramente, eu não acho que somos iguais.

 

— Entendi. Deve ter sido horrível crescer ouvindo que seu pai não acreditava que ele fosse o tal, mas agora tá tudo bem, certo? — perguntei olhando nos olhos marejados.

 

— Sim, agora está, eu acho que vou viajar para Nova York para passar o natal com ele.


 

Por pouco eu não a chamei para passar o natal na casa da Siobhan, mas era óbvio que ela não seria bem-vinda e ela parecia ser tão frágil que eu preferi ficar calada, seria melhor para ela ficar em Nova York com seu pai, ela precisava de um pouco de afago, afinal, tinha terminado recentemente um namoro de longa data e parecia ser um relacionamento um pouco abusivo. Meu celular não parava de vibrar, parecia que alguém realmente queria conversar comigo, acabei pedindo licença para Rachel para atender fora do laboratório. Assim que peguei no meu celular era Delphine e junto com a chamada perdida pude ver a notificação de algumas mensagens, esperei mais um minuto para sentir meu celular anunciando outra chamada. Finalmente.

 

“Cosima?” — a voz dela estava um pouco embargada, aquilo fez meu coração apertar bastante.

 

“Baby? O que aconteceu? Você está bem? Felix me contou que você precisou ir até Paris para resolver algumas coisas… Estou preocupada.” — minha voz saiu rápida, eu realmente estava nervosa e precisando de uma notícia.

 

“Está tudo bem, ma chère, agora está. Meus pais precisavam de mim aqui, minha família toda, pra ser sincera.” — deu um sorriso fraco contra o telefone, eu podia sentir o peso nas suas palavras. — “Tivemos uma reunião de família, eles voltaram hoje de viagem e a minha irmã também está aqui, é uma longa história, posso te contar amanhã quando eu voltar. Agora eu preciso ir, je t’aime, mon bébé.”

 

“Tudo bem, eu espero você. Se cuida.”

 

“Você também.”


 

Após desligar o telefone uma sensação de alívio percorreu meu corpo, ela estava bem, apesar da voz cansada, eu deduzi que fora por causa da viagem que tivera feito, mas ela não teria pra que mentir, muito menos para mim. Menos uma coisa para me preocupar, o que me fez ficar menos tensa porque eu já estava estressada e sob pressão com a semana dos projetos biológicos. Parecia bizarro ter que apresentar tudo aquilo, mas com os pais distantes, era uma das minhas lembranças favoritas ver meus pais me olhando apresentar do mais simples projeto até minhas defesas teóricas, eles eram ótimos.


 

— Está tudo bem? — ela perguntou assim que eu voltei para o laboratório, seus olhos estavam com um semblante de preocupação, mas ela estava com um potinho de kefir e frutas no balcão, automaticamente eu abri um sorriso.

— Está sim, mas está tudo bem com você? Está comendo kefir sem fazer cara de nojo. — falei fazendo-a sorrir largamente, era engraçado vê-la sorrindo daquele jeito, sempre com aquela postura de chefe e com a cara fechada, eu começava a desconfiar que ela não conseguiria sorrir.

 

— Eu gostei um pouco. Espero que isso não me mate.

 

— Se não me matou, não irá te matar. — fui sincera fazendo-a sorrir de novo.

 

— O que você vai fazer nesse fim de semana? — perguntou depois de um breve momento de silêncio.

 

— Ficar aqui e finalizar os projetos junto com as alunas, vai ser como um mutirão, sabe?! Eu acabei marcando isso com elas para que eu pudesse completar a carga-horária delas e ninguém precisar entregar atividade extra no feriado. Eu quero aproveitar Paris!

 

— Você deve ser a professora favorita delas. — respondeu olhando para o chão, aquela Rachel vulnerável e provavelmente jogando flertes, eu nunca havia visto, também pudera, não fazia tanto tempo que eu a conhecia, mas pelas lendas urbanas dos meus colegas ela não parecia fazer aquele tipo. Antes que pudesse falar mais alguma coisa, foi interrompida por algumas batidas tímidas na porta.

 

— Senhorita Niehaus? A senhorita poderia me ajudar com o meu projeto? Eu pensei que a senhorita estava ausente por isso não bati antes, mas me falaram que a senhorita estava no corredor e vim correndo para cá, eu realmente preciso de ajuda. — a aluna do segundo ano falava rapidamente, fazendo-me perder um pouco a linha de raciocínio.

 

— Claro. — respondi sorrindo e pedindo para ela entrar e se acomodar em uma bancada junto com seu projeto.

 

— Bem, Cosima, eu estou indo, acho que você tem muita coisa para fazer aqui. — Rachel disse dando uma piscadela para a menina, fazendo-a sorrir timidamente olhando para o chão.

 

— Até mais, senhorita Duncan. — respondi vendo sua silhueta sair pela porta.

 

[...]

 

Delphine’s POV

 

Eu acordei assustada naquela manhã, meu celular não parava de tocar e já havia uma quantidade considerável de mensagens na minha caixa postal, as notificações não mentiam sobre isso. Observei Cosima dormindo ao meu lado, ela vestia apenas uma calcinha de renda e ficava extremamente linda sob a luz do amanhecer, o amarelo do sol contrastava com sua pele e seus dreads esparramados pelo colchão me faziam lembrar de como era complicado dormir ao seu lado porque sempre eu sentia eles me espetando durante a noite.

Quando finalmente peguei meu celular e percebi que todas as ligações e mensagens eram dos meus pais, corri imediatamente para meu quarto apenas para trocar de roupa e escovar meus dentes. Quando eu atendi o telefone a voz da minha mãe parecia ter se esvaído porque eu mal conseguia escutá-la, ela parecia desesperada e foi um alívio saber que eu havia atendido o telefone.


 

A voz dela estava completamente desesperada, algumas palavras desconexas do outro lado da linha e eu só conseguia ouvir “Cécile e René” alguma coisa muito grave havia acontecido com a família de Angelique e sem nem pensar duas vezes eu corri por todo instituto, ligando para Evie e para Felix para pedir que eles dessem conta da escola sem mim, Evie transferiu meus compromissos para o próximo dia e Felix ficou encarregado de contar para Cosima que eu havia partido para Paris, mas sem muitos detalhes. Eu não queria preocupá-la, a semana dela estava sendo bastante exaustiva e eu não queria causar nenhum estresse a mais. Peguei meu carro e dirigi o mais rápido que as rodovias francesas permitiam, eu precisava chegar o quanto antes. Eu não estava preocupado com René, estava preocupada com a Cécile, a minha sobrinha estava em alguma situação de risco e eu pude deduzir isso pelo tom de voz da minha mãe.


 

Meus pais não moravam no centro de Paris, moravam em uma região mais afastada e quando eu desci do carro pude ver uma viatura da polícia na porta deles. Meu coração disparou nesse exato momento, meu pai, assim que me viu, correu para me dar um abraço apertado. Como a casa dos meus pais possuía duas janelas de vidro imensas, eu pude ver minha mãe chorando na poltrona e Angelique tentando conversar com o policial, mas ela parecia totalmente atordoada, meu coração apertava ainda mais só de pensar naquela situação, nem René, nem Cécile estavam na sala. Eu temia o pior.


 

Meu pai me guiou para dentro da casa, para conversarmos na cozinha, e eu pude ouvir algumas palavras da minha mãe chamando o René de doente e Angelique tentava amenizar a situação toda, mas minha mãe sempre teve uma personalidade muito intensa e ela não conseguia se manter calma em determinadas situações.


 

— O que aconteceu, papai? — perguntei enquanto ele servia um copo de água gelada para mim, ele sabia o quanto eu havia corrido para chegar lá naquele horário e a sensação de não saber de nada só apertava meu coração.

 

— Eu não sei como começar, little bird. — me chamou pelo apelido de infância, acho que não poderia ficar mais desesperador. — Eu sei que você e Angelique conversam, certo? Eu acredito que ela já conversou com você sobre se divorciar do René, o relacionamento deles estava quase afundando. — continuou medindo as palavras com o máximo de cautela possível. — Angelique nos telefonou semana passada pedindo para ficar aqui um tempo com a Cécile para saber se tudo conseguiria ser resolvido, estava tudo certo para ela chegar no natal, mas ele acabou agredindo ela antes de ontem e pegou a Cécile enquanto ela estava dormindo no quartinho dela. — finalmente ele desabou em lágrimas, me fazendo ficar paralisada. — Eles foram vistos aqui na França já que ele não pode voar com ela sem autorização da Angelique, tudo de trem fica mais fácil, mas ele tem contatos poderosos aqui, filha. Ele pode sumir com a Cécile para sempre.


 

Meu coração afundou em um mar de tristeza depois de ouvir tudo. Eu conversava com minha irmã sobre o término do casamento dela, sabia que René havia mudado muito desde que Cécile nasceu, ele não nasceu para ser pai, mas mesmo assim, Angelique ainda tinha esperanças de vê-lo melhorar, de vê-lo se tornar um pai melhor, ele sabia que Cécile é a pessoa mais importante para minha irmã e acabou sequestrando a pequena.


 

— Ele disse que voltaria com a Cécile se a Angelique voltasse com ele, se ela desistisse de terminar o casamento deles. Você sabe o quanto isso é doentio? Ele mandou mensagens para ela com foto da pequena, ela está bem, pelas fotos. Eu não acho que ele seja tão doente a ponto de machucar a própria filha. Chamamos a polícia e eles já rastrearam o telefone, ele está na França.


 

Meus olhos se encheram de lágrimas, minha pequena estava em situação de risco, ela era tão pequena, tão frágil, parecia uma boneca de porcelana e eu nunca imaginei que René chegaria aquele ponto para manter aquele casamento de merda que fazia mal, não só para minha irmã, mas para Cécile e até mesmo para ele. Eu tentava procurar algum consolo, meu pai, por fora estava bem, mas eu sei que era difícil para ele, mas ele precisava se manter forte para todas nós e Angelique estava sedada, eu pude perceber por sua voz embargada.

 

[...]

 

Ficamos um bom tempo esperando o retorno dos policiais, eles estavam traçando uma rota para conseguir achar René, estávamos todos cansados e sem fome nenhuma. Eu não havia comido nada desde que eu havia acordado, nada conseguia passar pela minha garganta. Angelique estava acuada no sofá, era possível ouvir ela se culpando por tudo, desde ter abandonado a carreira de modelo por René até por querer se separar dele. Preferimos deixá-la sozinha por um tempo, meu pai acabou pedindo almoço para todos nós, inclusive para os policiais que estavam de plantão na nossa casa para qualquer movimentação de René, mas estávamos completamente sem fome, os policiais comeram pouco enquanto minha família nem tocou nas saladas que ele havia pedido. Eu não conseguia pensar em outra coisa senão a Cécile, Felix havia me telefonado e eu havia deixado-o a par de toda a situação, mas ele já conhecia minha sobrinha e adorava ela, ela era realmente uma criança muito adorável, mas mesmo assim, eu pedi para ele não contar nada para Cosima, preocupa-la não era minha intenção.


 

Ficamos em estado de alerta quando detectaram ele próximo a Versalhes, ele parecia estar calculando direitinho a movimentação que devia fazer, tudo para mexer com minha irmã e com minha família. Não sabíamos o quanto ele era e podia ser abusivo e levar a própria filha só nos fez abrir nossos olhos e querer manter Cécile sã e salva.


 

Ele havia retornado a ligação para Angelique pedindo para que ela o encontrasse e desistisse dessa ideia maluca de separação, ele disse que jamais machucaria a filha, mas estávamos tratando de um homem totalmente desequilibrado, ele realmente podia colocar a pequena em uma situação de risco e eu só conseguia pensar como ela estava assustada, afinal, René nunca fora um bom pai para ela, quando ela era recém nascida ele a deixava chorando por minutos a fio até que Angelique pudesse pegá-la e suprir a necessidade. Os policiais pediram para que ela assumisse um papel de arrependida, querendo voltar com ele e ele queria encontrá-la em algum lugar público. Enquanto todos passavam as instruções para Angelique, eu resolvi ligar para Cosima e percebi que meu celular estava com tantas mensagens quanto pela manhã, meu coração estava aliviado em relação a ela porque eu não queria que ela se preocupasse mais do que o necessário, afinal, ela já estava preocupada demais com a semana dos projetos biológicos, então acabei retornando suas ligações para mantê-la calma. Talvez meu tom de voz denunciava o quanto eu estava abatida, mas eu precisa demonstrar que tudo estava bem.

 

E pela primeira vez, eu tive que mentir para manter Cosima bem.

 


Notas Finais


acho que eu tava louca quando disse que essa fanfic teria 40 capítulos, provavelmente ela terá bem mais... enfim, o que vocês acharam dessa história da família da Delphine? René preso amanhã

ps: acho que vou adicionar mais histórias paralelas pra dar uma enriquecida na história

quero dizer que continuarei postando tanto Closer quanto Touch mesmo com o fim dessa série que tanto amamos (se você não vê ob desconsidere a mensagem, mas vá assistir logo!!!!!!!!!!11!!111)

anyway, obrigada por tudo, vocês são incríveis e não se esqueçam daquele feedback lindo que vocês me dão <3

online 24hrs no twitter evilynebrochu


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