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História Closer - Capítulo XXVI


Escrita por: evilynebrochu

Capítulo 27 - Capítulo XXVI


Fanfic / Fanfiction Closer - Capítulo XXVI

A semana passou mais rápido que esperávamos. Tudo havia corrido perfeitamente bem com as apresentações, todas as meninas estavam bastante dedicadas a tudo e atentas aos mínimos detalhes. Na sexta feira, houve uma enorme comoção nos portões da escola, a maioria das meninas estavam se despedindo por conta do feriado e outras estavam aproveitando o tempo que teriam para aproveitar as dependências da escola. Delphine estava colocando uma mochila em seu carro, enquanto eu tive dificuldade de esconder todos os presentes na mala carrinho. Antes de todo drama com Rachel, Felix havia me ajudado a escolher os presentes e eu já estava aliviada com tudo.

 

Mesmo com os pedidos de Delphine, eu não me afastei de Rachel, ainda trocava cumprimentos pelos corredores. Nenhum namoro iria mudar minha personalidade, ninguém tinha esse poder sobre mim. Rachel pareceu entender o que estava acontecendo e evitava falar comigo na presença de Delphine e nos despedimos cedo devido ao voo para Nova York que ela tomaria. Com Delphine e Rachel fora da instituição, a responsabilidade caía em três, já aposentadas, assistentes de Leekie. Recordo-me de Delphine me contando sobre como Leekie queria passar seus últimos momentos no instituto, e como confiava em seus antigos funcionários.


 

— Quem irá no meu carro? — Delphine perguntou fechando o porta-malas encarando todos.

 

— Cosima, Paul e eu. — Felix respondeu com uma voz quase estridente, tentando irritar Delphine.

 

— Tem certeza que não quer vir conosco Scott? — perguntei ao meu melhor amigo que estava colocando sua mochila na mala do carro de Siobhan.

 

— Sim, não teria espaço para Evie já que não vamos usar o carro da escola, tudo bem, Cos! Eu vou bem atrás de vocês. — olhou para mim com um sorriso nos lábios, Scott realmente gostava de Evie e era bom poder sentir que era um sentimento recíproco.

 

— Tudo bem, o importante é passarmos o feriado juntos! — eu respondi abraçando-o com ânimo. Ele estava bastante feliz com o resultado da feira e aquilo renderia a ele outro contrato com a instituição e seria observado de perto pela DYAD. — Como nós vamos despistar eles? — perguntei, em um sussurro, ao me aproximar de Delphine.

 

— Aguarde. — ela retrucou com o mesmo tom de voz que tinha utilizado para me enlouquecer quando havia voltado. — Onde está Paul? — perguntou impaciente olhando para o relógio.

 

— Calma, loirinha. — ele respondeu bem atrás dela com sua enorme mochila nas costas. — Eu não acredito que cheguei depois do Felix. — brincou fazendo Felix mostrar o dedo do meio para ele expressando uma enorme cara de enjoado.

 

— Podemos ir agora? Paul, coloca essa mochila no porta mala para poupar espaço. — Delphine pediu abrindo o porta-malas com o comando perto do volante.


 

Depois de uma pequena guerra entre Felix e eu para descobrirmos quem iria no banco de passageiro, Fee acabou cedendo, me deixando sentar ao lado de Delphine. Ela tratou logo de ligar o som colocando a playlist “músicas para o feriado” criada por Felix.

 

[...]

 

— Meninos, eu vou ter que deixar vocês aqui com na Siobhan porque eu preciso passar na casa dos meus pais. Chegamos antes da ceia! — Delphine disse parando na frente da casa de Siobhan. Era enorme e tinha um jardim muito bonito. — Cosima vai comigo. — concluiu fazendo com que Paul ficasse com uma interrogação em seu rosto.

 

— Tudo bem, loirinha. — Ele falou abrindo a porta para descer do carro e pegar as mochilas. — Não se atrasa, tá bem? — perguntou fazendo Delphine concordar com a cabeça.

 

— Se vocês se atrasarem, eu mato vocês. — Felix pontuou fechando a porta do seu lado e em seguida batendo o porta-malas, fechando-o.

 

— Finalmente sozinhas! — Delphine disse olhando para mim e depositando um beijo calmo em meus lábios. — Eu estou tão nervosa de te apresentar para minha família, Cos! Você não tem ideia. — segurou no volante seguindo o caminho até a casa da família Cormier.

 

— Você não acha que devíamos ter trazido algo? Eu digo, aparecer de mãos vazias é péssimo! Eu não comprei presente para ninguém. — eu falei nervosamente, gesticulando de maneira incontrolável, fazendo-a sorrir.

 

— Calma! Meus pais sabem que nosso trabalho não dá folga, eu também disse que tivemos a semana da feira biológica. Não se preocupe, capaz de você sair com mais presentes que eu. — disse puxando o freio de mão e destrancando as portas.


 

Eu não sei onde tirei coragem para caminhar até a porta da casa dos Cormier. Meus pés estavam cambaleando um pouco e eu tentava manter um semblante calmo, mas era possível observar meu olhar de desespero. Eu sempre ficava desesperada quando era apresentada aos familiares das minhas namoradas, por mais que eu tentasse parecer calma, eu nunca conseguia. E Delphine nunca havia aparecido com uma mulher ao seu lado, o que fazia meu coração palpitar ainda mais porque eu esperava ser a única mulher em sua vida para todo sempre.


 

— Famille! — ela gritou na porta sendo recebida por uma garotinha de cabelos loiros e olhos esverdeados, que eu logo deduzi ser Cécile.

— Tante! Você demorou. — ela disse sendo pega no braço por Delphine.

 

— Eu sei, meu bem. Eu tive que deixar Felix e Paul na casa da minha amiga. — ela respondeu tendo seu pescoço ainda mais apertado pela garotinha. Eu tenho certeza que Delphine seria uma ótima mãe. — Essa é a namorada da titia, Cosima. — ela disse de repente fazendo a menina me olhar com extrema curiosidade. — Você achou ela bonita? — perguntou no ouvido da garotinha, mas ainda sim num tom audível por mim.

 

— Uhum. — ela respondeu um pouco acanhada, me olhando com os seus grandes olhos esverdeados,  me deixando totalmente sem jeito. — Seu cabelo é bonito. — ela disse com um sotaque extremamente carregado, tentando encostar as mãozinhas nos meus cabelos.

 

— Delphine? Filha? — um senhor de olhos azuis se aproximou da porta. Seus olhos estavam curiosos e trataram de tentar encontrar alguma coisa que denunciasse meu nervosismo. Naquele momento, eu descobri que Tywin Cormier era um homem extremamente calculista. — Então você é a famosa Cosima. — disse me abraçando amigavelmente. — Eu ouvi muito sobre você, Delphine não parava um minuto. — riu soltando do abraço e chamando sua esposa.

 

[...]


 

— Essa aqui é ela no baile de formatura. Uma graça, não? — Joanna mostrava o álbum de fotos com maestria, enquanto as bochechas de Delphine tomavam um rubor bastante encantador. — Oh, essa foto aqui foi antes do primeiro desfile de Angelique, estávamos todos nervosos, mas bastante felizes com tudo.

 

— O que essa foto tá fazendo aí? — Delphine perguntou após ver uma foto bastante engraçada no meio das demais.

 

— Oh meu Deus! — Joanna olhou surpresa para a foto. — Lembra, Tywin? Duas semanas antes da Angelique nascer. Delphine sempre foi muito musical, não? — olhou para o marido sendo correspondida com um balançar de cabeça.

 

— Então, Cosima… Quais são suas pretensões com minha irmã? — Angelique perguntou sentando-se confortavelmente numa cadeira de frente para o sofá onde estávamos.


 

As palavras faltavam em minha garganta, de novo a sensação de parecer uma adolescente de 16 anos sendo apresentada para a família pela primeira vez. Um alívio correu pela minha espinha quando todos gargalharam devido a minha reação. A pequena Cécile parou de brincar no tapete para nos observar. Ela era uma das coisas mais lindas que eu já tinha visto, tinha algumas pintinhas como Delphine, mas seu maxilar era definido como o de sua mãe.

 

— Você vai perceber que minha família poderia ter fundado um circo. — ela respondeu olhando para mim, segurando minhas mãos.

 

— E que a Delphine poderia ser a maior palhaça de todas. — a irmã dela respondeu. — É bom saber que ela está feliz agora. — continuou falando, porém em um tom mais baixo. — Ela estava um pouco distante de tudo, sabe? O trabalho acaba sugando ela demais. — quando Angelique disparou a frase, Delphine abaixou a cabeça, segurando minha mão com mais força. — É bom saber que ela tem alguém para contar além do Fee.


 

Meus olhos formaram algumas lágrimas em seus cantos. Eu estava bastante emocionada por estar tendo um papel tão importante na vida de Delphine, e aquilo era falado pela família Cormier, que conviveu com ela desde que que ela nasceu, literalmente. Tywin e Joanna concordavam com a filha mais nova. Tornando todo aquele cenário mais acolhedor possível. Eu estava encantada com a família Cormier e quanto eles estavam abrindo suas portas para mim. Tywin abriu um vinho enchendo todas as taças na mesa de centro, Cécile estava segurando um pãozinho, enquanto observava os adultos conversando.


 

— Acho que já vou colocar a mesa do jantar, vocês ainda precisam se encontrar com os colegas de trabalho, certo? — Joanna disse se levantando e sendo acompanhada por Tywin.

 

— Eu posso ajudar. — me propus a ajudar, mas logo fui interrompida pela matriarca que insistiu para que eu ficasse por ser visita e talvez a mais importante de todo o ano.


 

[...]


 

— Confesso que fiquei surpreso quando Delphine me disse que estava namorando, após o término com Paul, pensava que ela evitaria as pessoas do colégio. — Tywin foi sincero enquanto cortava o peru colocando nos pratos dispostos na mesa. — Quer dizer, eu nunca desconfiaria que ela apareceria namorando uma mulher, mas eu fico feliz que ela esteja feliz.

 

— Eu fico grata ao ouvir isso, senhor Cormier.

 

— Ah, por favor, Cosima, estamos em família. Pode me chamar de Tywin, sem formalidades. — foi simpático enquanto colocava o pedaço da carne em meu prato. — Agora só falta a Angelique arrumar outro candidato para termos outra festa assim.

 

— Pai, do jeito que as coisas estão, eu não ficaria surpresa se ela aparecesse com uma namorada também. — Delphine disse fazendo a mesa toda rir. — Eu agradeço por acolherem a Cosima. Está sendo um dos melhores natais da minha vida! — finalizou olhando em meus olhos. Acho que era possível sentir nosso carinho mútuo de longe.

Delphine’s POV:

 

Eu estava imensamente feliz pelo acolhimento da minha família para com Cosima. Eles estavam sendo incríveis e carinhosos com ela. Eu sabia que tinha sido um pequeno choque para minha família aquela demonstração da minha sexualidade, mas eles sempre foram bastante compreensíveis em relação a tudo. Na verdade, as únicas coisas que importavam para os meus pais eram nossa felicidade e nosso bem estar, independentemente de como alcançamos essas felicidades. Cosima estava brincando com Cécile quando Angelique me chamou na cozinha afirmando que sabia o motivo da minha felicidade. Cosima Niehaus era extremamente encantadora e sensível.


 

Meus pais também perceberam minha alegria e como meu sorriso irradiava pela casa. Eles fizeram questão de comprar uma singela lembrança para Cosima, mas ela havia adorado! Cada segundo daquela noite estava saindo melhor que a encomenda, eu nem podia acreditar. Confesso, era estranho perceber que eu estava apaixonada por uma mulher, mas eu nunca fora tão feliz na minha vida e quando todo mundo percebe isso, quer dizer que está realmente surtindo efeito, mas eu precisava me despedir da minha família para ir até a casa de Siobhan. Felix já mandava mensagens perguntando onde eu estava e porque estava demorando tanto. Por volta das 22h, dei os presentes, que estavam no meu carro, aos meus familiares e deixei o presente de Cécile com Angelique. Eu não queria acordar a pequena, que estava toda esparramada e tão confortável no sofá.


 

As luzes de Paris pareciam mais encantadoras, também pudera, a árvore de natal perto da torre Eiffel e as luzes no arco do triunfo, colaboraram para aquele clima tão encantador. Cosima colocou alguma música para tocar, conectado ao seu celular e eu me senti como se estivesse com meus 17 anos, descobrindo o amor da mais pura maneira. Estacionamos na frente da casa de S. e ela selou nossos lábios rapidamente. Pegamos os presentes no porta-malas e entramos logo em seguida.


 

Quem nos recebeu foi o marido de S, John Sadler, um empresário no ramo de tecnologia. Ouvimos barulhos partindo da sala de jantar e seguimos para lá. Paul estava sentado com Sarah bebendo uma taça de vinho. Scott e Evie beliscavam algum salgado que estava  disposto na mesa, enquanto a filha de Sarah brincava com um dos sobrinhos de Siobhan. A casa estava bastante ocupada, o que era algo encantador e enchia meus olhos. Natais em grupo eram sempre os melhores!


 

— Loirinha! — Paul gritou ao me ver e correu para me abraçar. — Felix estava deixando todos bastante loucos com sua demora. Você quer algo para beber? Um vinho? — confirmei com a cabeça ainda procurando por Fee pela casa. — E você? — Paul perguntou para Cosima, obtendo um sim como resposta.

 

— Cadê o Fee? — perguntei para ele.
 

— Ele estava com um sobrinho da Siobhan. Acho que é Tony, o nome dele. — pressionou os olhos tentando lembrar o nome do sobrinho de S. — Faz tempo que eu não o vejo, é uma boa pergunta. Irei procurá-lo.

 

— Tudo bem, o quanto antes melhor. — respondi mais para mim do que para Paul.

 

— O que você está planejando? — Cosima me perguntou, não entendo muito a minha necessidade repentina de encontrar o Felix.

 

— Nada demais. — respondi indo falar com a pequena Kira. Eu realmente amava crianças.


 

[...]


 

— Mas os resultados da semana recompensaram toda a dor de cabeça. — Scott conversava com John na sala de estar. Eu precisava reunir todo mundo, antes que minha coragem se esvaísse pelos ventos.


 

A ceia já havia sido servida e todos estávamos de barriga cheia. Todos ajudaram na limpeza dos pratos e o cansaço pós jantar abalou todos nós, estávamos na sala jogando conversa fora enquanto comíamos um doce feito por Siobhan, que casava perfeitamente com o vinho rosé que estava na mesa de centro.


 

— Gente! — chamei atenção de todos, inclusive de Cosima, que parecia impaciente pelo horário de irmos para meu apartamento. — Eu queria falar uma coisa para vocês. Primeiramente, agradecer a Siobhan com esse natal incrível, tudo estava tão bom! Se eu não corresse o risco de te perder, com certeza, te inscreveria num reality show de gastronomia. — comecei fazendo todos rirem. — Bem, mas não é só isso. Eu não sei nem por onde começar, eu estou bastante nervosa. — e eu realmente estava, minhas mãos suavam e eu tentava manter minha respiração calma. — Mas eu preciso dizer a todos vocês, meus amigos, que eu estou perdidamente apaixonada. — finalmente disse vomitando as palavras que estavam em minha garganta. Cosima estava com os olhos arregalados.

 

— E quem é, loirinha, nós conhecemos? — Paul me perguntou fazendo sorrir e concordar com a cabeça.

 

— Vocês conhecem bastante até. Ela está bem aqui. — disse dando ênfase ao “ela” para que todos compreendessem que eu estava perdidamente apaixonada por uma mulher. Os olhos de Cosima permaneciam estáticos e arregalados. Ela me encarava ruborizada. — Cosima e eu estamos namorando. — finalizei dando um último suspiro aliviado.

 

A reação de Cosima estava totalmente indecifrável.

 


Notas Finais


eu sei que prometi postar esse capítulo semana passada, mas tudo deu errado pra mim ):
mas é pensando nisso que eu criei esse formulário pra vocês preencherem e eu conhecer melhor vocês pra otimizar a escrita e o ritmo de postagem :)

https://goo.gl/forms/vBNoBHOO479sONqq2

obrigada por todo o carinho e o apoio, vocês não tem ideia de como isso é importante pra mim!


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