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História Closer - Capítulo V


Escrita por: evilynebrochu

Capítulo 6 - Capítulo V


Eu realmente não estava aguentando aquela presença perto de mim. Delphine Cormier era a tentação em forma humana, se eu estava assim em uma semana, quem dirá em um ano. Eu iria enlouquecer. Assim que eu saí da piscina tratei de voltar ao meu quarto para tirar o cloro do meu corpo e do meu cabelo, tomei um banho demorado e algumas lágrimas eventualmente rolaram no meu rosto. Era o clássico: lésbica se apaixona por uma mulher hétero. Se eu soubesse como aquela história se desenvolveria certamente teria ficado no Canadá, ou apenas no meu quarto na sexta-feira.

O relógio marcava 15h e eu finalmente pude conversar com Scott que estava cansado demais para entender meu drama, então ficamos conversando sobre alguns super heróis e séries que estavam atrasadas e que permaneceriam assim até o ano seguinte. Talvez para Scott por mais tempo, mas eu estava decidida, no final daquele contrato eu voltaria para o Canadá!

- Falaram que horas iríamos? - Scott perguntou sobre a festa mais tarde.

- Delphine falou por volta das 20h porque demora um tempo para chegarmos até Paris.

- Entendo…

- Evie vai? - perguntei fazendo-me de desentendida.

- Sim! - Scott respondeu empolgado com um sorriso no rosto. - Delphine chamou.

- Parece que você está gostando mesmo dela.

- Eu não diria gostar, Cosima, Evie é uma mulher muito inteligente e passar o tempo com ela é bastante divertido, mas ainda sim, gostar é uma palavra muito forte.

- Scott, para de tratar relacionamento desse jeito! Não complica as coisas, já tá na sua cara que daqui há uns dois meses irá pedir Evie em namoro, se eu fosse você nem me preocuparia, namoro entre funcionários é permitido.

- Sério? - Scott perguntou voltando com aquele sorriso no rosto.

- Sim! Só não complica as coisas, por favor…

- Espera… Como você sabe disso?

- Delphine comentou comigo. - respondi mexendo no cabelo para desviar o olhar para Scott, que certamente estava com as sobrancelhas arqueadas. Eu não queria conversar sobre aquilo.

- Do nada ela comentou isso com você? - as sobrancelhas permaneciam convexas. Scott esboçava um sorriso irônico no rosto.

- Tipo isso. - agora eu estava fitando o chão.

- Cos, ela não, por favor! Qualquer pessoa menos ela.
 

Duas considerações sobre melhores amigos: 1- eles sabem tudo sobre você. 2- eles irão ajudar nos piores momentos. Scott sabia ler meu olhar de garota apaixonada, também pudera, éramos amigos há anos.

- Eu não consigo controlar Scott! Você sabe que eu não consigo.

- Cos, ela é hétero, você só vai se machucar. Eu não quero que você fique triste novamente. Não por causa de uma mulher.

 

Naquele momento com Scott eu já não me importava mais com minha possível moral e permiti que as lágrimas rolassem pelo meu rosto. Scott sabia o quanto eu odiava aquela situação porque já havia acontecido um tempo atrás e não havia sido com Shay. Shay comparada a essa história foi uma eterna lua de mel.
 

- Você quer realmente ir hoje? Podemos ficar aqui assistindo algum filme…

- Eu quero, Scott! Vou ver se consigo arrumar alguém para passar a noite e esquecer Delphine, é melhor assim…

- Se você acha quem sou eu para discordar?
 

Preciso contar que desde do término com Shay e minha saída do Canadá eu não havia derramado uma lágrima. Eu não queria ser vista como fraca, mesmo achando que choro não nos torna fracos. Tudo que havia acontecido nos últimos três meses até a descarga de paixão por Delphine se misturaram e foi demais para segurar.
 

Deitei no colo de Scott enquanto ele brincava com meus dreads, esperando eu parar de chorar, o que não aconteceu tão cedo. Eu chorei até soluçar no colo do meu melhor amigo que ficava em silêncio, sabendo o quanto eu precisava absorver todas as emoções que estavam tomando conta do meu corpo e da minha mente. A melhor parte de sermos melhores amigos era a troca de colos para choro e abraços em momentos felizes, Scott e eu formávamos uma dupla perfeita.
 

[...]
 

O relógio agora marcava 19h e eu decidi que seria ideal eu começar a me arrumar para sair com a turma. Engraçado chamar turma depois de todo esse tempo fora da escola, mas era isso, agora eu estava dentro de uma turma. Vesti uma calça estampada com um cropped branco liso e por cima um kimono. Não era nem de longe minha tentativa de impressionar alguém com uma roupa.
 

Passei o meu delineador e um batom rosado, e logo após uma fragrância doce. Apesar de estar triste, eu queria aproveitar aquele momento e conhecer melhor meus colegas de trabalho, mesmo que não fossem todos. A ocasião seria perfeita para fazer mais amigos e me afastar de Delphine.
 

Scott me mandou uma mensagem avisando que já estava me esperando no salão principal juntamente com Evie e Paul. Eu estava aliviada que eu não teria que dividir o carro com Delphine e Felix, com certeza Scott havia mexido os pauzinhos para que aquilo não acontecesse.
 

Encontrei com eles no salão e todos estavam tão bem vestidos, eu realmente precisava elevar o padrão das minhas roupas, mas naquele momento nada pareceu me afetar muito.

- Boa noite, Cosima! - Paul falou em tom amigável, certamente era um dos professores mais simpáticos apesar da cara de durão.

- Boa noite, Paul. - respondi tentando mostrar um pouco de animação.

- É seu primeiro karaokê? - acenei afirmando com a cabeça. - Você vai amar! Minha noiva também vai, mas vai nos encontrar lá.

- Eu não acredito que você a chamou, Paul. - Evie o repreendeu com um tom de voz extremamente tenso.

- Sarah não tem nada a ver com meu passado, Evie, não se meta, por favor. - Paul respondeu com um tom de voz grave que fez Evie ficar calada.
 

Eu não queria entender aquele pequeno conflito que havia se formado na minha frente, queria apenas chegar a Paris em paz. Não demorou muito até o carro que nos levaria chegasse. Era um sedan preto, parecia demasiadamente com um carro de mafioso. Paul foi na frente conversando com o motorista, enquanto eu me encontrava em um extremo do carro com Scott do outro, e Evie no nosso meio. Observei aquela estrada agora iluminada pelas luzes. A França é o país luz, não só sua capital.

Era quase 21h quando chegamos a Paris. Deus, como a cidade era mais bonita a noite. O carro nos deixou na frente do bar que tinha o karaokê e voltou para escola. Paul disse que não voltaríamos tão cedo.

Entramos naquele ambiente repleto por letreiros em neon e luzes artificiais. O ambiente era enorme e dividido em três partes. O primeiro era um bar mais reservado, não havia nem sinal de karaokê e foi lá que Paul encontrou com sua noiva Sarah. Ela tinha uma maquiagem pesada e um cabelo com algumas mechas loiras possuía tranças como um cabelo meio preso. Seu visual poderia ser descrito como punk rock, mas apesar da aparência ela era muito simpática.

O segundo ambiente era onde ficava o karaokê, com ainda mais letras em neon com alguns trechos de música dos anos 80 e da atualidade. Existiam algumas mesas, mas o espaço possuía mais sofás que formavam uma espécie de “U” e lá estava o restante dos professores e consequentemente ela, que esboçou um sorriso enorme em me ver entrando naquela porta. Eu só conseguia pensar no que ela queria de mim.

Me acomodei ao lado de Felix e ao meu lado estava Evie e Scott. Eu estava de frente para Delphine.
 

- Evie! - Felix chamou atenção da menina de cabelos curtos e traços orientais. - Você tá vendo essa cena?

- Claro! Eu ainda falei pra ele que não seria uma boa ideia, mas ele disse que ela não tinha nada a ver com o passado dele. - eles estavam sussurrando como se quisesse guardar segredo, eu só queria entender o que estava acontecendo.

- Passado que ainda afeta o presente dele. Paul precisa de um chá de simancol.
 

Eu me senti um pouco desconfortável por estar naquela situação: no meio de duas pessoas comentando sobre a vida alheia. Para minha sorte o garçom chegou perguntando o que queríamos para beber e se queríamos algum petisco. O cardápio de bebidas era imenso, finalmente um lugar que eu poderia afogar minhas tristezas, já que eu estava sem maconha desde que saí do canadá.
 

- Eu quero um sea breeze. - falei com o garçom. - E petiscos… Scott, o de sempre?

- Sim! Por favor!

- De petiscos vamos querer anéis de cebola.
 

Todos pediram suas bebidas e seus petiscos respectivamente. Delphine pediu uma bebida com licor de maçã verde. Esperamos o garçom trazer as bebidas para quebrarmos a bolha de grupinhos que havia na mesa.
 

- Então, vocês novatos… - Siobhan começou a falar - O que vocês vieram fazer aqui na França?

- Estávamos um pouco cansados de laboratórios, sabe? - Scott começou a falar. - Cosima também precisava de um tempo longe… Problemas amorosos.

- Péssima ideia. - Felix começou a falar. - Franceses são bons amantes e amam amantes, estou certo, Delphine?

- Oui. - ela respondeu com um sorriso nos lábios abaixando o olhar.

- Eu tenho que concordar com o Felix, Cosima. - Paul falou

- Por que concordar comigo se você é noivo de uma inglesa agora?

- Felix! - Amanda o repreendeu. Que porra estava acontecendo ali? - Vamos mudar de assunto, huh? - ela continuou falando. - Quem vai começar no karaokê? Lembrando que quem começa tem uma rodada de graça.
 

Prontamente Siobhan se levantou e a mesa foi ao delírio. Alguns bartenders pararam de fazer drinks para observá-la. Certamente era a estrela. Ela subiu no palco e procurou por algumas músicas na pasta de rock, escolheu Cherry Bomb e assim que começou a cantar os meus pelos se arrepiaram. Siobhan tinha nascido pro rock e aquela energia contaminou o ambiente inteiro. Todos estavam prestando atenção em sua voz e sua performance também. Ela sabia como deixar um cantor de punk no chinelo. Quando ela terminou de cantar todos pediram para ela cantar outra música e como uma boa artista ela fez o que o público pediu, dessa vez optando por uma música do David Bowie. Deus, ela parecia estar com o Bowie correndo por suas veias, seus olhos claros possuíam uma carga capaz de fornecer energia para toda França.

- Eu não vou depois dela nem amarrada. - Amanda quebrou o silêncio da mesa enquanto soava a melodia de Moonage Daydream.

- Ela deveria ser a última a se apresentar, sempre! - Felix comentou.
 

As guitarras elétricas daquela música juntamente com as luzes do ambiente e a voz de Siobhan criaram uma atmosfera completamente diferente no ambiente, a tensão sexual do rock n’ roll estava instaurada e só alguém muito sereno para conseguir quebrar aquele clima.

- Cala a boca, Felix. - Delphine falou. - Você é a reencarnação do Freddie Mercury, me poupe.

Felix, Paul e Amanda riram e quando Siobhan finalizou a música todos aplaudiram de pé e os bartenders voltaram aos seus ofícios.

 - Aceito minha rodada mais tarde. - Siobhan disse sentando no sofá.

- Você foi incrível! - comecei falando com ela. - Nossa, todos pararam pra assistir você e não é pra menos, como você não virou cantora de rock? - Siobhan riu.

- É um mercado difícil para mulheres, Cosima. Sem falar que eu adoro ensinar.

- Você vai se acostumar com ela cantando. - Evie disse soltando-se um pouco do abraço de Scott. - Mas sempre é algo incrível.

- Vocês sabem que com o microfone vazio quem for agora ganha duas rodadas de graça. - Amanda continuou ditando as regras do possível jogo.

- Vamos? - Felix estendeu para a mão para Delphine.

- Oui! - ela deu o último gole na sua bebida e segurou a mão de Felix.
 

Eles pegaram dois microfones e escolheram um dueto. Pra minha surpresa era um dueto em espanhol cantado por Shakira e Carlos Vives. Felix começou a música de maneira extremamente despreocupado. Delphine olhava para ele sorrindo e mordendo os lábios, que carisma! Quando chegou na versão apenas de Shakira, Delphine tirou de letra. Seu corpo se movia relaxado e justamente quando chegou num momento crucial da música ela olhou para mim, sensualizando o máximo que podia.
 

“Yo te quiero así. Y me gustas porque eres diferente.”
 

Eu mal sabia francês, mas meus anos de espanhol na escola não foram desperdiçados naquele momento. Meu coração disparou. Ela e Felix tinham um entrosamento enorme durante a música. Eles pareciam estar montados numa bicicleta dupla pedalando livres por Paris no verão. Delphine sabia rebolar como a própria Shakira, aquela cena me fez imaginar automaticamente situações em que o rebolado era um dos elementos principais. Mordi meus lábios tentando repreender o pensamento. Em vão.
 

Suas roupas permitiam aqueles movimentos tão sexys no ambiente. Vestia uma regata branca que tinha recorte nadador, e um sutiã preto de tiras completando a parte de cima. Uma calça preta colada e nos pés uma bota marrom. Ela poderia estar de burca e ainda sim seria a mulher mais sexy do mundo.

Paul olhava para Delphine com olhos de desejo. Eu reconhecia aquele olhar porque era o mesmo que estava no meu rosto. Tentei manter meus olhos ainda naquela performance e quando acabou eu simplesmente aplaudi com toda minha força e Scott me repreendeu com o olhar. Aparentemente eu estava salivando nos anéis de cebola, ou quase isso.
 

- Ah, mas você vai cantar comigo depois. - Paul disse assim que Delphine voltou para a mesa.

- Pode deixar! - respondeu sorrindo enquanto Felix revirava os olhos. Definitivamente estava acontecendo alguma coisa.

Enquanto as pessoas das outras mesas cantavam no karaokê ficávamos conversando. Os assuntos se multiplicavam: cinema, vida pessoal, arte… Apenas Amanda e Delphine eram francesas naquela mesa, mas parecia que todos tinham nascido em Paris ou nos arredores. Os casais estavam demorando para socializar, Scott e Evie trocavam beijos eventualmente enquanto Paul e Sarah tentavam entrar na conversa, porém Felix não permitia e aquilo estava me deixando cada vez mais curiosa.
 

- Senhorita Cormier, o que acha de irmos agora? - Paul estendeu sua mão para Delphine que repetiu o mesmo movimento que havia feito com Felix.
 

A canção que eles cantavam parecia uma música de adolescente, o que foi confirmado por Felix, que agora estava mais amigável comigo. Ele sorria para Delphine e encorajava ela a cantar, eles só podiam ser melhores amigos. Paul e Delphine tinham uma sincronia invejada e se olhavam como se fossem um casal.
 

- Eles eram noivos. - Felix me despertou do meu sonho acordado com Delphine. - Paul terminou com ela ano passado por causa de Sarah.

- Por isso vocês não queriam que ela viesse.

- Tipo isso. Mesmo com Delphine falando que já superou ainda custamos a acreditar, quer dizer, olha eles.
 

De fato, pela música que cantavam e pela troca de olhares eles pareciam um casal, um casal daqueles de cinema. Umedeci meus lábios e em dado momento da música seus olhos se encontraram com os meus. Delphine sorriu tímida.
 

“Can you hold me? Can you make me leave my demons and broken pieces behind?”

 

Meu coração gelou, meus pelos se arrepiaram, eu não poderia mais voltar atrás e naquele momento eu percebi que estava completamente apaixonada por Delphine Cormier e todas as lágrimas derramadas iriam valer a pena.

Quando eles acabaram todos aplaudiram igualmente. Delphine era uma ótima cantora e Paul não era tão desafinado quanto parecia. Ele se abraçou com Sarah enquanto Delphine voltava para seu lugar ao lado de Felix.

 

- Não vai cantar? - Delphine me perguntou com um sorriso escondido em seus lábios.

- Hoje eu passo. - respondi tentando ser o mais simpática possível. - Eu definitivamente não sei cantar.

- Cos, - porra, ela havia usado meu apelido - existem pessoas que cantam bem e outras que cantam mal, mas saber cantar todo mundo sabe.

- Eu posso tentar mais tarde quando todos estiverem mais bêbados. - respondi erguendo o copo com minha bebida

- Irei aguardar.
 

A mesa ficava mais animada a cada bebida que o garçom entregava, apesar do sabor forte de álcool eu não me sentia bêbada e nem o restante da mesa. Felix estava na sua quarta bebida e ainda estava sóbrio. Scott estava mais preocupado em beijar Evie do que participar dos diálogos que cercavam a mesa, eu entendia porque no fundo eu queria estar do mesmo jeito com Delphine.

- Posso te dar uma dica? - Delphine disse se aproximando. - Cante uma música simples, sem muitos efeitos.

- Como assim? - perguntei curiosa

- Agora eu acho que é a vez da Cosima. - Delphine falou relativamente alto despertando a mesa. - É a primeira noite dela e ela precisa começar logo a tradição.

- Mas é a primeira noite de Scott. - tentei me defender, em vão porque Scott faria dupla com Evie.

- Sem desculpas, senhorita Niehaus. - Felix agora ajudava a melhor amiga, se eu soubesse que aquilo era um complô nunca teria aceitado o convite.
 

Depois de muito relutar, era minha vez de encarar o microfone. Eu estava nervosa por duas razões e a primeira era encarar Delphine, e a segunda é que eu cantava extremamente mal, sem falar que havia outras mesas com outras pessoas que ouviriam minha voz. Eu estava nervosa demais. Delphine empurrava meu corpo até o fim do sofá e conseguiu que eu subisse no palco. Droga!

Tentei seguir seu conselho sobre a escolha de música e acabei escolhendo um clássico para quem está apaixonado que, infelizmente, era meu caso.

“Won’t you come see about me? I’ll be alone, dancing, you know it baby.”

Eu havia escolhido um clássico, um clássico que embala corações adolescentes até hoje. Simple minds era o tiro certeiro que eu dei em Delphine porque assim que eu comecei a cantar, ela deu aquele sorriso maravilhoso que parecia uma obra de arte. Ela começou a se movimentar no ritmo da música, puta merda… Em dado momento da música era necessário sussurrar uma frase:
 

“Come on, call my name.”
 

Meus olhos estavam encarando aquela face angelical e assim que eu sussurrei a frase ela sussurrou junto: “Cosima.”

Aquilo só poderia ser um teste de provação. Eu já havia aceitado minha condição de garotinha apaixonada logo no início da noite então, para mim, aquilo só poderia ser um teste divino de resistência. Eu estava de mãos atadas.
 

Quando a música acabou todos na minha mesa aplaudiram, principalmente Delphine, o que me fez soltar um sorriso no rosto.

- Você foi muito bem, Cos. - Delphine começou falando assim que eu voltei para mesa. - E como cantou sozinha, irá ganhar uma rodada de graça.

- Hey! Eu quero uma rodada também! - Scott disse.

- Está nas regras: a primeira noite no karaokê garante uma rodada de graça paga pela mesa, desde que… Você não faça dupla com ninguém. - Felix ditou a regra do grupo fazendo Scott bufar e o restante da mesa rir.

- Mas essas rodadas são para o que? - perguntei.

- Para o jogo do eu nunca. - Paul começou a falar.

- Mas isso é jogo de quando se tem 16 anos de idade. - respondi achando muito infantil.

- Mas aqui é diferente. - Amanda começou a falar. - Quando você não fez algo tem que fazer.

- Sério? - perguntei rindo.

- Sim! - todos responderam em coro, exceto por Scott e Sarah que não sabiam como o jogo se sucedia.

- Gente! - Paul chamou a atenção da mesa. - Sarah e eu temos que ir agora porque vamos na Bélgica.

- Espera! Bélgica? - Evie questionou.

- Sim. - Paul respondeu rindo. - Realmente precisamos ir.

- Tudo bem, Paul. Pode ir! - Felix respondeu em um tom desgarrado.

- Foi um prazer conhecer vocês. - Sarah falou se levantando para cumprimentar todos, inclusive Felix. Apesar da aparência, ela era muito simpática.
 

Após Paul pagar sua parte da consumação e dar sua participação nas rodadas do jogo ele desapareceu com Sarah pela porta, deixando a mesa apenas comigo, Scott, Evie, Siobhan, Felix, Amanda e Delphine. Não foi questão de tempo para que Scott e Evie sumissem para o terceiro ambiente do local que consistia em uma balada e ficava localizada no primeiro andar. Incrivelmente as paredes conseguiam abafar o som.

- Siobhan não joga mais. - Delphine cochichou no meu ouvido causando-me arrepios.

- Por que? - questionei no mesmo tom de voz.

- Ela já fez de tudo nessa vida. - riu.

- E você?
 

Aparentemente aquela pergunta deixou Delphine sem reação porque ela só conseguia me encarar sem pronunciar uma palavra.

-  Sem enrolações, vamos começar. - Felix disse batendo palmas, chamando a atenção de todas.


Notas Finais


é isso espero que tenham gostado façam um feedback se vocês forem do bem eu posto um capítulo na sexta <3
online 24hrs no twitter @violetchochki <3


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