História Clubinho Azul - Capítulo Único- Missão: pegue o gato n 1.

Clubinho Azul.

25 de maio, 2002 —14:30:02pm —Missão: pegue o gato nº 1.

— Eu juro realizar todas as missões dadas, ajudar o meu parceiro no que for preciso, e, claro, não trazer meninas ao clubinho, caso não siga esse juramento, eu vou ter que pagar sorvete para meus parceiros por um mês. — Chanyeol, com uma mão no peito, terminou o juramento e franziu o cenho. — Está feliz agora? — perguntou fazendo bico, e cruzando os braços olhando para Baekhyun que sorria banguelo e satisfeito em ter feito o maior jurar, e ainda selar com dedo mindinho no final.

— Estou. E nem tente quebrar o juramento, o Kyung tá de prova. — apontou para Kyungsoo que estava deitado de bruços no tapetinho do clubinho, desenhando no papel sobre chão, distraído.

— Ele nem está prestando atenção, Baek, só você se incomodou com a minha prima aqui. E eu já falei que ela me seguiu, eu nem trouxe ela! 

— Ainda deixou ela sentar na minha almofada do homem aranha, sabe que eu gosto dela, ainda é meu lugar! — foi para frente de Chanyeol e fez ar de choro, que sempre fazia para o amiguinho se sentir culpado. E sempre funcionava.

— Mas, Baek, foi bem rapidinho, depois eu levei ela para casa. Agora vê se me perdoa logo, Baek, por favorzinho! 

— Ela não podia ir sozinha? Você faz tudo que uma menina boba quer. Na escola, eu vi você fazendo o dever da chata da Irene. — Chanyeol suspirou fundo, não entendendo o porquê de o amigo agir assim.

— Eu tenho oito anos, Baek, eu sou mais velho que ela. Não podia deixar ela ir sozinha, mamãe ia brigar comigo. E a Irene não estava entendo atividade e eu só ajudei. Eu... Eu faço um monte de coisa legal pra você, Baek, quem comprou sorvetinho de morango no passeio do zoológico? 

— Foi você. — respondeu olhando para Chanyeol, que sorriu de volta.

— Então você me perdoa?—perguntou só para ter certeza que o amigo já estava bem de verdade consigo.

—Tá, eu perdoou. — abraçou Chanyeol, que, sendo um pouquinho maior, acolheu o amiguinho nos braços. Sentia falta do menor, que ficara de mal consigo uma semana. E só deixou entrar no clubinho por causa do juramento que o menor o fez repetir.

Toc Toc

A portinha de madeira do clube foi tocada. Kyungsoo, que agora já tinha terminado o seu desenho,se levantou e foi até a portinha improvisada de madeira e abriu,vendo um garoto de cabelo espetado, e olhos puxados como de um gato, e de bochechas cheias lhe fitar.

— Palavra chave? — perguntou ao menino.

— Eu tenho uma missão para vocês. — o menino respondeu.

Kyungsoo olhou para trás e viu os amigos desfazendo o abraço e olhando sérios de volta para ele. Pois eles tinham um lema, missão dada é missão cumprida. Baek foi para trás do caixote de madeira que tinha ali, que era usado como mesa, e sentou na sua almofada do homem aranha, quanto Kyungsoo e Chanyeol se sentaram no seu lado. Baekhyun apontou a almofada da frente para o menino sentar. O mesmo veio e se sentou

— Kyungsoo, pegue o bloquinho de missões. —Baek pediu e Kyungsoo se levantou, indo até a caixinha de sapatos que eles usavam como armário de arquivo, a pegou e a entregou para o Baek, se sentando ao lado do mesmo, sorrindo, mostrando seu dente de leite,estava ansioso, fazia tempo que eles não tinham uma missão, então seu coraçãozinho estava eufórico.

— Qual é o seu nome? — perguntou Baekhyun passando o bloquinho para Chanyeol, como era mais velho, ele conhecia mais palavras, então seria melhor ele escrever.

— Eu me chamo Kim Minseok, mas me chamam de Xiumin. Pode me chamar de Xiumin mesmo. — sorriu.

—Então, Xiumin, qual é a missão. — Chanyeol perguntou depois anotar o nome do garotinho. Olhando sério para mesmo, subindo os seus óculos redondo que insistia em escorregar do seu nariz.

— Eu quero um gatinho. Mamãe não tem dinheiro para me comprar um, por isso eu vim aqui.

— Vamos trazer o gatinho para você, pode confiar! — Baekhyun disse estendendo a mão para Xiumin, que, empolgado, apertou, selando o trato.

Saiu confiante do clubinho. Havia ouvido falar dele pelo colega Jongdae que tinha conseguido seu ioiô de volta, este que estava perdido em sua casa e os meninos conseguiram achar. E o outro colega de turma disse que eles tinham conseguido tirar uma lagartixa do quarto dele. Se eles conseguiram isso tudo, eles poderiam lhe conseguir um gatinho que tanto queria. Foi saltitando para sua casa pronto para preparar o lugar para o seu animalzinho ficar.

Os três garotos andavam um lado do outro pela calçada do pacato bairro do interior de Busan. Ambos estavam olhando para todos os lados, eles queriam achar algum gatinho dando bobeira na rua, mas não estavam tendo sorte. Baekhyun deu um longo suspiro.

— Gente, não tem nada aqui.

— Está difícil achar um gatinho dando rolê por aí. — Chanyeol coçou a cabeça preocupado.

— Velha dos gatos. —Kyungsoo falou baixinho, como um sussurrado. O que era comum, já que ele quase nunca falava, e quando falava, era baixo e o necessário. Seus amigos, com o tempo , haviam se acostumado e passado a entender o que menino queria dizer com suas poucas palavras e gestos.

E como sempre,Baekhyun, foi primeiro a entender. Ficou um tempo olhando para Kyungsoo e depois pro nada, mas rapidamente voltou o foco para os amigos, pulando batendo palmas sorrindo. Assuntando Chanyeol pela mudança repentina de humor.

— Como pudemos esquecer a velha dos gatos? Aquela da rua de baixo. Deve ter filhotinho novo lá. Valeu, Kyung! — agarrou o menino do mesmo tamanho que si, apertando em um abraço forte.

— Está machucando ele, Baek. —Chanyeol disse, puxando o Baekhyun para perto de si.

—Tá nada. — disse um pouco afastado de Kyungsoo, o mesmo passou a mão no pescoço.

— Pescoço doeu. —Kyungsoo disse baixinho para o amigo.

— Viu!

— Mas quando eu te abraço você não reclama. — Baekhyun rebateu Chanyeol estreitando os olhos para mesmo, que abaixou a cabeça e ficou fazendo circulo no chão.

— É que eu gosto do seu abraço, Baek, mesmo sendo forte. Mas vamos logo para a casa dela, senão fica tarde e minha mamãe vai na sua casa me pegar e eu ainda estou aqui na rua, aí briga comigo. — disse Chanyeol antes que menor lhe falar algo. Puxou os dois amigos pela mão para irem logo à casa da velha.

Saíram correndo de mãos dadas, rindo quando um deles tropeçava em alguma pedra.

Estavam no outro lado da calçada encarnando a casa da “velha do gatos”, como era conhecida a mulher que vivia com uma quantidade enorme de gatos em sua casa. Nunca souberam o nome da velha, só sabiam que ela era meio pancada da cabeça, e que ela já jogou um gato no carteiro. E dizem que ele até hoje tem a marca de arranhado na testa estilo Harry Potter por conta do gatinho que fora arremessado.

Então estavam com bastante medo, mas não queriam desistir da missão que fora dada.

— Que tal o Kyung pedir um gatinho para ela. Eu sei que um dia ela achou que você parecia com um gato dela, lembra!? Naquele dia no mercado. — Baekhyun disse se virando para Kyungsoo, que mantinha sua face serena de sempre, mas negou a ideia com cabeça.

— Desculpa, kyung. Esqueci que isso é perigoso, vai que ela captura você e te prende naquela casa assustadora. — se tremeu todo só de imaginar a cena do seu amigo sendo pego pela velha louca. Até se agarrou ao braço dele. Chanyeol, que estava alheio à conversa, soltou um grito, assuntando os dois amigos.

— Eu vi! 

— O que você viu? — perguntou Baekhyun.

— Tem um gatinho no quintal dela, ele é pequeno do jeito que o Xiumin quer. — apontou para quintal da velha, onde os dois amigos puderam ver um gatinho preto e branco andando calmamente pelo quintal.

— Vamos ter que sequestrá-lo. — Baekhyun usou o tom mais sério que podia.

— Será a maior missão que já tivemos. — Chanyeol acrescentou, usando um tom sério, até subiu mais os seus óculos para dar ênfase ao que dizia. Se sentindo um adulto falando.

Kyungsoo, que estava ao lado, cruzou os braços e fez uma feição mais fechada, mostrando que também estava levando a sério a missão.

Atravessaram a rua de mãos dadas, como haviam aprendido na escola. E chegaram bem na frente da casa da velha. Pelo barulho de rádio ligado, a senhora estava em casa, então teriam que ser cuidadosos. Ficaram no lado da cerca que tinha mais arbustos, mas que, ainda assim, dava para ver o gato, que agora estava deitado no degrau da porta da casa.

— Ei, ei gatinho, aqui! — Chanyeol chamou repetidas vezes, até que o gato olhou para ele depois desviou o olhar para uma borboleta. — Quê? Ele me ignorou. — Chanyeol disse, fazendo bico com os lábios.

— Ele te trocou por uma borboleta. — riu Baekhyun, mas parando assim que Chanyeol beliscou o seu braço.

— Aí! Doeu. — disse passando a mão onde Chanyeol havia beliscado.

— Não ria de mim. Quero ver você agora, se acha que é tão bom! — desafiou Chanyeol. Baekhyun estalou a língua e empinou o nariz, aceitando o desafio.

— Eu sei uma técnica ninja para chamar gatos, ela foi passada de geração em geração. Meu vovô ensinou a mim, e vocês agora vão presenciar essa técnica avançada. — falou sério. Chanyeol ficou surpreendido e curioso com a tal técnica ninja para chamar gatos. Kyungsoo abriu a boca em um perfeito “o”, admirado com o amigo.

— Eita! Quero ver! — Chanyeol se animou, vendo o amigo se agachar perto da cerca onde ele estava dez minutos atrás.

— Você verá, pequeno gafanhoto! — enfatizou Baekhyun ao olhar para o amigo. Depois tossiu e começou a emitir o som repetitivo. — Pchiii.. Xiuxiuxiuxiu Pchiiii...

— Sério! Essa é a técnica ninja?!  — Chanyeol perguntou com desdém com uma vontade enorme de rir do amigo, já achando que o mesmo estava maluquinho.

— Fica quieto, Chan. — reprendeu o amigo, o vendo com sorriso já preso pelos lábios. Olhou para Kyungsoo e, mesmo não sendo de demonstrar muitas emoções, reparou que ele estava com o canto dos lábios levantado, sinal de que queria rir.

Mas ignorou a descrença dos amigos. E continuou com o som repetitivo que havia aprendido com seu vovô. E, como previsto, o gatinho prestou atenção e veio andando em sua direção, já sorria e olhava para trás, vendo os amigos espantados, pois o gato tinha atendido pelo som estranho. Mas antes que ele ficasse próximo o suficiente da cerca, e que pudesse ser pego por Baekhyun, ele parou no meio do caminho e se deitou.

— Oh! Ele deitou! — Baekhyun se levantou se esticando, e muito bravo. Estava quase conseguindo o gato e do nada ele deita. Olhou para o lado e viu que Chanyeol estava vermelho e com bochecha vermelha e os olhos lacrimejando, ele sabia o amigo estava perto da sua explosão de risada e não demorou muito para que abrisse a boca e começasse a rir escandalosamente, batendo na própria perna em alegria.

— Está rindo de quê, Chan!? — perguntou Baekhyun nervoso, dando um tapa no braço do amigo. Que fez careta de dor, alisando o local, mas não demorou a sorrir novamente.

— Esse gato se parece com você, um pouquinho que ele andou cansou.— riu mais ainda ao olhar novamente para o gatinho, e reparar que até na aparecia ele lembrava o amigo, seus olhos pareciam caídos como do menor.

— Isso é mentira, não é, Kyung?! — virou para o outro lado e viu o amigo virar o rosto para o outro lado e colocar a mão na boca, mas, ainda assim,Baekhyun pode ouvir uma risadinha baixa. — Kyung, até você!— lamentou cruzando os braços, fazendo um grande bico, não se achava tão preguiçoso, só se cansava um pouco mais rápido que os seus amigos.

A risada só cessou quando Chanyeol viu que Baekhyun iria abrir um berreiro, pois toda vez que baixinho se sentia chateado ele chorava. Então parou de rir, mesmo que tivesse vontade, e passou a mão na cabeça do amigo como desculpa.

— Eu tentar. — Kyungsoo se agachou e ficou próxima a cerca. Chanyeol colocou o braço no ombro de Baekhyun, que respirou fundo e agarrou na barra da sua blusa dos ursinhos carinhosos, nervoso. Eles sabiam que Kyungsoo era a última esperança para que a missão desse certo. Então estavam torcendo muito para que o amigo conseguisse.

E, sem dizer nada, Kyungsoo ficou encarando o gatinho, que agora estava sentado lhe encarava de volta. Um clima estranho havia se estalado no ar, Chanyeol e Baekhyun sentiram um calafrio ao acompanhar aquela troca de olhar. Até que o gatinho, do nada, veio até Kyungsoo, que levantou a cerca e pegou o gato, ficando de frente aos amigos que estavam surpresos.

— Quê! Só isso? — Baekhyun indagou vendo o gatinho todo entregue nos braços de seu amigo. Que estava com sua feição serena olhando os amigos.

— Consegui. — disse.

—Acho que o Kyung tem poderes! — disse Chanyeol ao lado do amigo, alisando a cabeçinha do gatinho que parecia bem dócil. Baekhyun se aproximou, pegando a patinha do gatinho e admirando a mesma, achando-a tão fofa.

Pararam com a admiração que tinham pelo filhotinho quando ouviram um barulho de ranger, olharam juntos para trás e viram o portão de ferro sendo aberto pela “velha dos gatos”. A mulher estava com uma colher de pau na mão, que apontou para as crianças.

— Hei! Seus pirralhos, vocês, me devolvam o meu gato! — gritou a mulher que já se aproximava dos meninos que começaram a correr, mas a velha não desistiu, correu atrás dos meninos.

Na frente estava Chanyeol segurando com um dedo óculos para não descer do rosto na corrida, mas atrás estava Kyungsoo com o gatinho nos braços, e bem mais trás, quase sendo pego pela velha, estava Baekhyun que gritava. Chanyeol olhou para trás e voltou para buscar o seu amigo, sabia que Baekhyun e corrida não combinavam, então segurou em sua mão para dar apoio. No desespero da corrida, Baekhyun deixou um chinelo escapar do seu pé.

— Meu chinelo do homem aranha! — gritou Baekhyun ainda correndo com os amigos.

— Deixa ele para lá, se aquela velha nos alcançar, sabe-se lá o que ela vai fazer com a gente! — em meio à respiração descompensada da corrida, Chanyeol disse a Baekhyun, apertando mais sua pequena mão para não desistisse de correr.

— Beco! — falou alto Kyungsoo apontando com uma mão o lugar. E com a outra segurava firme o gatinho que parecia alheio a situação.

Conseguiram desviar a velha entrando no beco entre a padaria e o mercadinho. A velha sumiu entrando em outra rua.

— Escapamos por pouco. — respirou fundo novamente Chanyeol, que espiava escondido atrás da parede para ter certeza que não via mais a mulher. — Para uma velha, ela corre bem! — riu, se sentindo aliviado em não vê-la mais.

— Conseguimos cumprir a missão. — Baekhyun falou baixinho olhando para o gatinho ainda nos braços do Kyungsoo. Que olhou para ele, depois para o gato, e deu um sorriso sutil. Chanyeol comemorou animado, e pegou o gatinho do colo do Kyungsoo, mas ele miou alto, então fez um bico com os lábios e devolveu para o Kyungsoo, se contentou em mexer com ele nos braços do amigo.

— Ele triste. — Kyungsoo olhou para frente, vendo Baekhyun em pé encostado na parede, de cabeça baixa. Chanyeol olhou para Baekhyun e depois desceu os seus olhos para baixo, notando os pezinhos do amigo juntos e só um pé estava calçado o chinelo, pois o outro tinha perdido na corrida. Sentiu um aperto no seu coração, foi até o amigo e abaixou, vendo o rostinho do Baekhyun vermelho, principalmente seu nariz, e seus olhinhos cheios d’água, ele estava segurando para não chorar.

Chanyeol se levantou e respirou fundo colocando a mão no ombro do menor, que levantou seu rostinho triste para ver o outro.

— Eu vou resgatar o seu chinelo. — disse arrumando seus óculos redondos. E saindo do beco, mas antes que pudesse ir muito longe, sentiu sua blusa ser puxada, olhou para trás e viu Baekhyun já chorando.

— É muito perigoso, Chan, e ... — soluçou. — E se a velha te pegar? Eu não quero que ela te machuque. — disse escondendo o rostinho molhado pelas lágrimas nas costas do amigo.

— Eu sei que pode ser perigoso, mas eu consigo, Baek. — Chanyeol disse se virando e abraçando seu amigo chorão. Ele não conseguiria se sentir feliz com a missão, se Baekhyun estivesse triste. Depois de desfazer o abraço, olhou para Kyung e falou com uma voz determinante, como os heróis faziam:

— Cuide dele, Kyung, que eu voltarei em breve. — Chanyeol fez uma pose de super herói com uma mão levantada e a outra na cintura e depois saiu correndo. Baekhyun ainda chorava, agora sendo aparado por Kyungsoo, que segurava em sua cintura com uma mão e com a outra aparava o gato em seu braço. Baekhyun ficou agarrado no amigo, segurando em sua roupa, estava com medo de Chanyeol ser ferido pela mulher louca, e se ela lhe jogasse a colher de pau dela na cabeça dele?

— Confia nele. —Kyungsoo disse depois, dando um beijinho na testa do amigo, para ver se o acalmava. Baekhyun fungou e tentando parar de chorar, ele cofiaria em Chanyeol, ele tinha que ser forte.

Já fazia alguns minutos que estavam sentados na calçada em frente ao Beco, Kyungsoo estava brincando com o rabinho do gatinho e Baekhyun com a patinha, apertando, achando elas tão perfeitas e fofas. Permitiu-se sorrir mesmo que seu coraçãozinho estivesse apertado pela demora de Chanyeol.

Mal pensou no mesmo e já ouviu o grito de Chanyeol ao longe. Rapidamente se levantou, olhando para o fim da rua, viu um garoto com um grande topete pedalando a bicicleta, e bem atrás sentado no carona estava Chanyeol com seu sorriso largo. Em sua mão levantada o mais alto que podia, estava o preciso chinelo de Baekhyun. Que sorriu abertamente, pouco se importando de exibir suas janelinhas. 

Quando a bicicleta parou ao seu lado, Baekhyun mal esperou Chanyeol sair e já foi lhe abraçando tão forte que, no desespero de querer abraçar, quase jogou os óculos do amigo longe. A sorte que ficou somente torto no rosto.

— Eu falei que ia conseguir. — Chanyeol disse abafado ainda abraçado ao amigo. Kyungsoo sorria com seu sorriso coração, feliz que Chanyeol tinha conseguido e agora seus amigos estavam felizes. Mas sua atenção se desviou para o garoto desconhecido que parecia feliz com a cena dos garotos.

— Quem ele? — indagou apontando para o garoto que parecia ser mais velho. Ainda montado na bicicleta.

Chanyeol desfez o abraço, colocando o chinelo no chão para que Baekhyun colocasse. Feliz encaixou seu pezinho no chinelo do homem aranha. Segurou na mão de Chanyeol como se quisesse confirmar para sua cabecinha que era o amigo ali. Quando este se afastou da bicicleta, ouviu a pergunta de Kyungsoo, olhou para o menino e riu sem graça.

— Eu não sei... — respondeu Chanyeol, que ficou com ar interrogativo.

— Como assim você não sabe ? — indagou Baekhyun. E o menino acompanhava o conversa calado. Ainda sentado em sua bicicleta.

— Então.. eu estava procurando o seu chinelo, aí quando achei, eu vi a velha do gatos. Ela me viu e correu em minha direção, então ouvi ele — apontou para o menino que parecia entretido em acompanhar a conversa— “Sobe aê, que te salvo”. Aí eu subi e ele me ajudou a escapar dela. Obrigado! — Chanyeol disse, agora se curvando para o menino da bicicleta.

— De nada, garoto. Meu nome é Kris, e fico feliz em ter te ajudado. — o garoto que era maior que todos ali disse, ganhando o olhar brilhante de admiração de todos.

— Uau! Você falou igual um super herói! —Baekhyun disse para Kris que sorria de forma simpática para o menor. Chanyeol franziu o cenho.

— Eu também sou super herói, Baek, eu resgatei seu chinelo! — Chanyeol largou a mãozinha do amigo, cruzou os braços e fez um bico grande com os lábios. Baekhyun riu da atitude do maior.

— Obrigado, Chanyeol. Você também é um herói. — disse ao maior, que se virou mais feliz.

Kris, vendo que os amigos tinham se resolvido, decidiu ir embora.

— Garotos, eu já vou. — acenou para os meninos que acenaram de volta. Ele se foi como nos filmes de super heróis, subindo com sua bicicletinha amarela a rua, ao fundo havia um pôr do sol dando enfase a sua ida. Os meninos ficaram ao longe, admirados, achando um máximo o outro.

Estavam deitados na grama da casa do Baekhyun, vendo o céu alaranjado do fim da tarde dar lugar a escuridão da noite. Suspiraram felizes pela missão que tinha dado certo. Assim que chegaram à casa do Baekhyun, o mesmo contou a sua mamãe o porquê do gatinho, a mesma achou bonito que eles fizeram tanta coisa para ajudar um coleguinha, claro, que omitiram "sequestro" do gatinho. Dona Byun como recompensa pela missão realizada, deu um beijinho na testa de cada um e depois arrumou um cantinho para o gatinho, lhe dando leite e uma sardinha, pois, pela manhã ele seria entregue para o Xiumin. Que ficaria muito feliz em ter o filhote.

— Eu quero mais missões. Hoje foi legal! — Chanyeol disse, ainda fitando o céu.

— Foi, sim. — sorriu Baekhyun. — Meninos? —chamou atenção dos amigos.

— O quê? — respondeu Chanyeol.

— Humm... — murmurou  Kyungsoo, que olhava o céu.

— Vamos ser amigos para sempre, certo? — Baekhyun, que estava no meio, perguntou.

— Sim, vamos, Baek. — Chanyeol sorriu, em seguida, pegou na mãozinha do menor. Que virou o rosto para o maior, sorrindo e apertando a mão do Park de volta.

— Sim, sempre. — Kyungsoo pegou a outra mão de Baekhyun, que virou o rosto para si, também sorrindo, sendo retribuído com o sorriso coração do outro. Depois voltou a fitar o céu, se sentindo a pessoa mais feliz do mundo em ter amigos como eles.

Terminaram aquela tarde ao som de risos, até que se levantaram correndo quando mamãe de Baekhyun chamou para o jantar. Encerrando um dia de missão cumprida com um bom prato de macarronada.

Fim