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História CMI - Crônicas de um Mundo Irreal - Consegue ouvir um "pru"?


Escrita por: GirafaEsquilo

Notas do Autor


WOOOOOOOOOOOOW. Cara, uma pessoa favoritou CMI agora há pouco.
Sim, eu sei que isso é de certo modo infantil. Até porque, muitos tem suas histórias favoritadas, mas essa é a minha primeira vez.
WOOOOOOOOOOOOOOW.
Tá bom, vou parar. Vai que entender que estou falando coisas que não estou...
Obrigado pessoa que favoritou primeiro, mesmo que talvez você não leia isso

Capítulo 12 - Consegue ouvir um "pru"?


Moon cantarolava uma música de um grupo de Q-pop quando ouviu alguém bater na porta. Esperou até que alguém abrisse. Ninguém. Resmungou baixinho e desceu as escadas para atender quem quer estivesse atrapalhando-a de ouvir suas músicas. Depois de desfazer as vinte trancas diferentes e girar a maçaneta, a porta rangeu e abriu, mostrando a rua vazia como sempre E O HUMANO IDIOTA DO OUTRO DIA. Antes mesmo que ele pudesse começar abrir a boca, Moon fechou a porta com toda a força em seu rosto.

-O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – Gritou, deixando claro sua “alegria” de revê-lo.

-Hã... B-bem, eu queria agradecer pelo outro dia... – Disse o garoto.

-Tá, tá! De nada. Agora, tchau.

-Ei, espera aí... Eu queria devolver as muletas que me emprestou aquele dia.

-Ah... Deixe-as aí na porta, depois eu pego.

-Ah sim... Tudo bem. – Foi possível ouvi-lo apoiando-as na parede de fora. – Então eu vou indo, até logo.

Moon não respondeu. Esperou uns dez minutos para que pudesse abrir a porta novamente e recolher as muletas. Numa delas havia um bilhete, com o número e o nome do garoto. Jason. No exato momento ela amassou com toda sua força o papel. Normalmente, Moon teria jogado-o fora, mas por algum motivo ela enfiou no fundo do bolso da calça. De uma forma ou de outra, aquele humano a incomodava mais do que deveria.

 

***

 

-Oi, Bonnie! Tudo bem? – Falou animadamente Lay.

-Hã? Ah sim, tudo de boa... – Respondeu a leporídea, solene como sempre.

Sua voz seria inaudível em meio à bagunça quase insana de clientes da Mama Choco, mas por algum motivo, o movimento estava tranquilo naquele dia. Tranquilo até demais.

-Tem visto a Anna nos últimos dias? – Disse Lay, olhando ao seu redor. Todos os clientes já haviam sido atendidos. Puxou uma cadeira na mesa em que Bonnie estava e se sentou.

-Muito pouco. Depois que a nomearam guardiã oficial ela não parou mais na Ludowiski quase. Palestras, missões diplomáticas... Na última vez em que nos vimos, ela disse que estavam cogitando a criação de um programa para TV.

-Caramba. Que loucura. Ela deve estar nervosa com toda essa pressão.

-Na verdade, nem tanto. Ela parecia um bocado animada.

-Ah sim... – Lay olhou surpresa quando notou. Ela estava usando um uniforme, verde e preto. – Hã... Qual é a do uniforme, Bonnie?

-Ah, isso? É do meu trabalho.

-WOW. Você está trabalhando, que ótimo, mas se eu soubesse que queria trabalhar teria te arrumado um aqui na Mama Choco. Sempre tem espaço para mais um.

-Oh, não, não. – Disse Bonnie, acenando com a cabeça. – Não é bem um trabalho. É do Big Beautiful Oswaldo. Aquela rede de hiper-mercados que chegou há pouco tempo aqui em Nonsen City. – Ela desviou o olhar. – Ocorreu um probleminha quando fui comprar cenouras há alguns dias e, resumidamente, preciso trabalhar por um tempo.

-Hmm... Entendi. – Assentiu Lay. Imaginar Bonnie trabalhando dava-lhe vontade de rir.

-Ei,Lay.Eu tenho que ir.

-Oh sim. Tudo bem então.

-Mas... antes, poderia me dar aquele donnuts de sempre?

-Haha. – Riu Lay, espontaneamente acariciando a cabeça da leporídea. – Claro. Vou trazer já.

 

***

 

Jude estava lendo um mangá de Cinquenta e Três Pedaços quando alguém bateu na porta de seu escritório com força. Ela pulou de susto, escondendo instintivamente o mangá. Aquele era um hábito seu que ninguém além de How, o colecionador fissurado do quarto 689. Levantou da cadeira. Ajeitou o cabelo e a camiseta de seda antes de dizer “entre”. Antes mesmo que a palavra terminasse de sair de sua boca, Anna arreganhou a porta com uma expressão de medo tomando posse de seu rosto.

-Misericórdia, Anna! O que houve?

-Jude... Ligue para a prefeitura. – Disse a bruxa, arfando mais do que qualquer coisa. – Temos um bando de pombos gigantes vindo para cá e eles são hostis.

-NÃO!



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