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História CMI - Crônicas de um Mundo Irreal - Onix


Escrita por: GirafaEsquilo

Notas do Autor


E depois de alguns dias, BIRL, voltei o/

Capítulo 17 - Onix


A cidade abaixo estava um caos. Havia destruição e titica de pombo para todo lado. Ótimo. Era exatamente isso que ele queria. Era para isso que havia vindo. Lá de cima, equilibrado sobre o maior pombo de todos, o sujeito ria incontrolavelmente como um verdadeiro louco.

Finalmente, depois de anos, teria sua vingança contra aquele que um dia ousou chamá-lo de amigo.

 

***

 

-EDON! EI CARA, APAREÇA DE UMA VEZ! – Gritou Jason. O portão  metálico bege ressoava a cada batida forte.

-Talvez ele não esteja em casa... – Resmungou Moon.

-Não. Ele definitivamente está aí dentro. Edon não sai de casa por qualquer motivo que seja. – Respondeu Jason. Moon suspirou e voltou a sentar na calçada. Os dois haviam sido perseguidos pela nuvem de pombos até perceberem que as aves estavam sendo atraídas pelo cheiro de doce da mão esquerda de Moon. Quando Jason a questionou, ela disse que estava preparando uns churros na hora em que ele apareceu. Lavar as mãos num lugar qualquer pelo caminho tirou a nuvem de seu rastro. Os bombardeios haviam parado um pouco antes disso. Não tinham chegado àquela parte da cidade ainda.

-EDON, SEU IDIOTA! VOU FALAR PARA A KIMO QUE VOCÊ TEM STALKEADO ELA! – Ameaçou Jason, olhando para a câmera presa acima do portão.

Um minuto depois o portão gemeu e se abriu. Um garoto que aparentava ter uns dezoito anos, baixinho e gordinho surgiu. Seus óculos fundo de garrafa deixavam os seus olhos como os de um porco. Moon soube de cara que era um nerd, afinal ele se vestia como um. Até usava um camiseta de Guerras Astrológicas.

-S-seria m-muita m-mancada s-sua, J-Jason. – Disse ele, meio gemendo meio choroso. Ela era realmente estranho.

-Então deixe-nos entrar logo. Não está vendo o caos que está aqui fora? – Respondeu Jason, apontando para os pombos gigantes no céu.

-T-tá bem.

O interior de sua casa não era nada parecida com o exterior. Primeiro, lá fora parecia um bunker velho da Quarta Guerra Mundial. Segundo, lá dentro era repleto de figuras de ação de animes, jogos, séries. Tudo. Uma variedade de dar inveja em qualquer nerd com mais de quarenta anos. A única semelhança entre elas era que, com exceção do Mago Cinzento, todas as figuras se tratavam de mulheres/garotas usando peças de roupas levemente sugestivas. Moon ficou com um pouco de medo do tal Edon. Ah, também ficou com dó e pensou em sugerir que saísse de vez em quando e socializasse um pouco. Ficou nisso até se lembrar de que ela mesma era a pessoa menos indicada para falar algo do tipo.

-O-o q-quê q-quer d-de m-mim? – Perguntou Edon para Jason.

-Vou precisar da sua catapulta HueBR. – Respondeu seco.

-N-NÃO! – Gritou Edon, avançando rapidamente para os fundos da casa. Jason correu atrás.

Moon o seguiu, não queria ficar naquela sala cercada por aquelas bonecas. Era de certa forma desconfortável.

-Edon, olha para toda aquela droga lá fora! Precisamos fazer algo! Você pode fazer algo! Ficar aqui achando que está invulnerável é burrice! – Insistiu.

-N-não, e-eu m-me a-arrependo a-amargamente d-do d-dia e-em q-que c-crie a-aquilo!

-Eu sei que você a fez por um motivo idiota e até foi preso por isso, mas AGORA precisamos usá-la! Deixe-me pegá-la e venha conosco. Aqui não é seguro. Logo mais eles bombardearão essa parte da cidade. Não há bunker que resista!

-N-não, e-eu n-não v-vou e t-também n-ão t-te e-entregarei a c-catapulta. – Edon respirou fundo. Às vezes, quando se concentrava, ele conseguia falar uma frase ou duas sem gaguejar. – Você só está fazendo isso por causa do que ocorreu com a Onix.

-NÃO OUSE FALAR O NOME DELA! – Gritou Jason, avançando em Edon. Ele se afastou assim que percebeu que estava erguendo o amigo pela gola. O garoto estava assustado. – Vou levar a HueBR de qualquer jeito. Não posso ficar de braços cruzados. Você vem com a gente?

-N-não. F-ficarei c-com m-minhas a-amadas a-até o f-fim.

-Se você está firme sobre isso, não há nada que eu possa fazer.

Jason saiu da biblioteca, onde estavam e foi para o corredor que levava até a garagem. Uma placa na porta dizia “NÃO ENCHA A PACIÊNCIA”.

-Seu amigo vai ficar bem? – Perguntou Moon, um pouco mais atrás. Ver Jason bravo a fez largar um pouco de sua atitude condescendente.

-Eu não sei. – Respondeu, antes de abrir a porta. As paredes estavam repletas de pôsteres e ferramentas penduradas. Algumas mesas ficavam mais ao canto e no centro uma grande forma estava encoberta por um lençol velho e sujo. Era ela. Jason sentiu sua raiva pulsar. – Vamos acabar com aqueles pombos.



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