1. Spirit Fanfics >
  2. CMI - Crônicas de um Mundo Irreal >
  3. Mototo e Yui

História CMI - Crônicas de um Mundo Irreal - Mototo e Yui


Escrita por: GirafaEsquilo

Notas do Autor


Oi.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Tudo bem?

Capítulo 33 - Mototo e Yui


-Sejam bem-vindas a Maromba Land. – Disse o guia turístico, exibindo um sorriso impecavelmente branco e simpático. O homem devia ter uns dois metros de altura e vestia uma bermuda cáqui, camisa polo verde claro e um tênis esportivo. Seria normal se ele não fosse EXTREMAMENTE MUSCULOSO. Era impossível não olhá-lo e tentar imaginar de que forma inexplicável ele havia entrado naquelas roupas, sem falar que elas pareciam estar a ponto de se rasgarem.

-Hm… Olá, senhor… - Lay estreitou os olhos procurando por algum crachá que identificasse o sujeito. Pronto. – Senhor Mototo.

-Ah, que isso, não precisam me chamar de senhor, não sou tão velho. – Por um segundo Mototo olhou para o vazio e foi possível enxergar seus olhos se enchendo de lágrimas. – Eu não… - Ele pareceu perceber que as garotas o olhavam, pois esfregou a mão no rosto e exibindo o sorriso comercial no instante seguinte. – Chamem-me apenas de Mototo. Enfim, não querendo ser chato, mas eu preciso das identidades das senhoritas… - O homem se aproximou de Lay estendendo a mão. – É um prazer conhecê-la, senhorita Bonnie, parabéns por ter ganho o prêmio desta vez, apesar de eu ter quase certeza de ter ouvido que você era uma leporídea.

-Er… Eu me chamo Lay. – Disfarçou a garçonete. – Ela é a Bonnie. – Apontou para a amiga, que estava com o olhar mais vago que o comum.

-Oh, céus. Me perdoem por esse terrível erro. – Mototo se direcionou para a leporídea, que parecia estar em qualquer outro lugar, menos ali, nos portões de desembarque do aeroporto de Maromba Land. – Olá, cara senhorita Bonnie. – Disse, estendendo a mão direita. O homem ficou daquele jeito até a garota finalmente notar sua silhueta gigantesca a sua frente.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAA. – Gritou a Bonnie, assustada e ao mesmo tempo fascinada.

-Oh, será que eu a assustei? – Exclamou Mototo olhando para as garotas ao seu redor. Mama e Damashi o encaravam como se dissessem: “o que você fez com ela!?”. Ele começava a sentir medo.

-U-um co-coala! – Gritou a leporídea, apontando para o animal pequeno e de pelagem cinzenta grudado no ombro direito do guia. – QUE FOFO!

-Koya. – Resmungou o animal. Sua voz era como a de uma criança.

-Oh, Yui, você surgiu aí do nada. – Riu Mototo. – Senhoritas, esta é Yui, minha amiga coala. – Disse, afagando a cabeça do animal. A coala fechou os olhinhos como se o gesto do humano fosse algo divino.

-Kooooya. – Resmungou proloongadamente.

-ELA É MUITO FOFA! – Gritou Bonnie, com uma voz grossa.

-Hahaha, definitivamente. – Concordou Lay. A garçonete olhou para Mama esperando ver os olhos brilhando de admiração. Dito e feito. – Ei Mama, você também não concorda?

-Ah com cer… O quê? Argh, é um simples animal. Não tem nada demais. – Resmungou Mama, evitando contato visual com o animal.

-Koya koya. – Resmungou Yui, como se cochichasse no ouvido de Mototo.

-Ah sim, claro. – Disse ele, assentindo. – Desculpem-me a minha falta de cortesia. As senhoritas devem estar cansadas, então vamos andando logo para o hotel? Creio que Guildo Fireli já esteja lá.

-Nós ficaríamos muito gratas. – Assentiu Lay.

***

Hunter dormia de forma espalhafatosa em sua cama, na cela de nível básico do presídio Elepha. O garoto vez ou outra se perguntava como aquele lugar podia ser tão confortável e acolhedor. Quer dizer, AQUILO ERA UMA PRISÃO, CARAMBA. Não bastava isso, os presos eram extremamente bem tratados, haviam inúmeras apresentações de bandas renomadas internacionalmente – como Os Garis -, tinham um sistema de pontuação o qual permitia a compra de diversos objetos, sem contar que funcionários e presos interagiam entre si como se fossem grandes amigos. Sinceramente, Hunter não entendia nada daquele mundo humano. Se fosse no Reino Pombal as coisas seriam completamente diferentes.

De todo modo, o garoto estava dormindo tranquilamente, até ouvir aquele som.

A maioria das pessoas, ao ouvir um barulho durante a noite enquanto dormem, ou se assustam ou mandam o que quer que esteja atrapalhando-as em seu sono caçar o que fazer. Sejamos sinceros, as pessoas na verdade nem ouvem nada quando estão realmente dormindo.

Mas aí entra um caso específico.

Sem querer alongar demais, mas todos temos medo de algo, certo? Até aí sem problema algum. Contudo um grupo menor de pessoas tem fobia, o que significa que elas acabam conhecendo todas as formas e características de seu medo.

E aí está, pois quando Hunter ouviu aquele som baixo de patas sobre uma superfície macia, soube na hora que a própria encarnação do mal estava se aproximando. Um suor frio começou a escorrer pelo seu rosto. A vibração do som era cada vez mais perto. DROGA, estava ali na sua cama. “O que eu faço agora?”, pensou consigo mesmo. “Não, espera. Pode ser só coisa da minha cabeça…”, tentou se tranquilizar. Sendo o mais cauteloso possível, Hunter voltou-se para a direção de onde vinha o som. E era justamente o que ele temia, uma aranha.

-NÃÃÃÃÃÃO! - Gritou o garoto, levantando da cama num pulo imediato ao mesmo tempo em que olhava ao redor em busca de algo para atirar no animal do tamanho de sua mão, andando aleatoriamente pela cama. – SAAAAAI SEU MONSTRO! – Urrou, agarrando um sapato padrão dos presos e arremessando na aranha. Por mais impossível que pareça, a pequena criatura pulou por sobre o objeto e pousou por sobre o rosto do garoto. O desespero subiu de forma indescritível. Tomado pelo medo, Hunter agiu por instinto. – AAAAAAAAARGH – Gritou, avançando contra a parede oposta e metendo a cabeça com toda a força no concreto. Com um baque surdo, o garoto caiu desacordado no chão, com um galo crescendo velozmente entre o cabelo.

-Tsc tsc. – Resmungou uma voz vinda da parte sem iluminação do quarto. Soava como a de uma adolescente. – Não foi ao menos necessário invocar as outras aranhas. – O vulto de estatura média se aproximou de Hunter, erguendo sua cabeça segurando pelos cabelos. – O que eles poderiam querer com alguém como você? Bah, Dane-se o motivo. – Disse, soltando a cabeça do garoto.

O vulto se levantou e socou a parede na qual a cama estava encostada. Parte dela explodiu em inúmeros fragmentos de bloco de concreto, revelando uma noite quieta lá fora. O vento soprava forte, algo comum para uma altitude de vinte e cinco metros. O vulto agarrou o pé de Hunter e o arrastou para a abertura.

-Agora, onde será que encontro aquela criatura da noite idiota? – Pensou alto, antes de se jogar em direção a movimentação da cidade abaixo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...