História CMI - Crônicas de um Mundo Irreal - Extra: Desabafo de um Narrador Qualquer

Depois de conhecer pessoas e seres incomuns nos últimos capítulos, esse narrador que vos fala decidiu contar um episódio sórdido que lhe aconteceu recentemente.

Sabe, como todo amante de panquecas, eu fui a uma lanchonete que abriu há não muito tempo, talvez uns dois anos. A Mama Choco. É uma lanchonete bem extravagante e tudo mais. Enfim, eu fui com a intenção de comer a panqueca intergaláctica com caldo de morango élfico banhado em creme, dizem que é muito boa. Cheguei ao lugar, me sentei e esperei. Cinco minutos. Dez minutos. Trinta minutos. AH, PELO AMOR. Cansei de esperar e fui até o caixa reclamar, até porque aquilo era uma tremenda de uma falta de respeito. 

Lá, quem me atendeu foi uma garota morena de cabelos coloridos, a plaquinha no uniforme dizia Lay. Era bastante gentil. Até me esqueci de minha indignação. Ela falou sobre várias coisas. Inclusive de uma vaga para trabalhar na Mama Choco. E, sabe, eu não sei como, AQUELA GAROTA ME FEZ ASSINAR UMA FICHA DE INTERESSE. Eu não queria trabalhar. Tenho uma boa quantia monetária guardada no meu hipopótamo gigante de pelúcia, o Astolfo. E para piorar minha situação, a Mama me aceitou na hora. Quer dizer, ela nem me conhecia. NINGUÉM me conhecia. Não tive nem a oportunidade de recusar. E agora, cá estou eu, lavando a louça gigantesca e sem fim. É uma droga, mas estou começando a gostar disso. Quem sabe...