Mais um dia cheio havia chegado ao fim, e agora tudo que Lay queria era um banho para poder relaxar e quem sabe poder assistir um episódio de O Zumbi que Fazia Cooper. Ela já tinha entrado no banheiro, se enrolado na toalha, aberto a porta de vidro do box quando viu a face do terror, a encarnação do demônio, UM CHUVEIRO. Na mesma hora ela soltou um grito tão alto e esguio que ficou gravado na história do bairro como O Grito da Alma Penada.
-Mãe! Rápido, mãe! Socorro! - Sua mãe foi tranquilamente, sem nem se preocupar, estava acostumada com aquilo, acontecia umas três ou quatro vezes por semana. Quando entrou no banheiro encontrou Lay grudada na parede oposta a do chuveiro, como se estivesse vendo uma assombração.
-O que foi filha? – Perguntou.
-COMO, O QUE FOI? OLHA AQUILO! OLHA OS OLHOS SANGUINÁRIOS ME ENCARANDO! – Gritou Lay.
A mãe olhou para o “monstro”.
-Deixa de ser boba garota. É só um chuveiro, não tem olho, muito menos vida própria.
-MAS MÃE....!
A mulher saiu do banheiro se perguntando o que tinha feito para merecer aquilo. Voltou segundos depois com um balde de água e uma vasilha menor.
-Aqui, tome logo banho e pare de fazer escândalo.
As lágrimas não pararam de jorrar e o soluço de medo fazia um dueto com o fungar do nariz.
-O-obrigado, mãe.
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