Amando conversar melhor com Cherlie, Canchas queria só retrucar tudo isso e aquilo, mas não havia jeito: risadas e caras meio sérias. Era isso o que ele queria, mas o ser humano chamado Cherlie era mais simples do que ele podia imaginar: só o olhava intensamente. Amava risos da sua namorada, mas ela estava séria, e bem séria. Ele tinha esperança, ainda no fundo, de que, mesmo que estivesse sendo séria, riria no fundo. Mas, mesmo que tivesse essa esperança, era excruciante para ele ter que aguentar seus olhos em um tom tão sério.
Então, ela riu.
Com força.
Mas logo depois voltou a seriedade.
Para dizer, com os olhos, que aqueles pedidos eram sérios.
Não podia negar, ela estava ansiosa, principalmente ansiosa, mas um pouco sem paciência e nervosa também. Portanto, para situações romanticamente importantes num relacionamento como esse, era importante manter a calma, mas mostrar compreensão e amor. Além disso, não é como se ela estivesse pirada. Só estava um pouco, bastante estressada. Preferiu perguntar e conversar primeiro sobre a matemática, a matéria que responde todos os problemas.
Não obteve muito sucesso de primeira, o que era o esperado. A conversa foi o seguinte:
-"Foi então massa fazer 10 questões a mais? Mal posso esperar para fazer 30 logo!", sorriu Canchas. "Mas, quanto ao violão, sabe calcular a probabilidade, de verdade, do quanto pode isso dar errado, quando eu estou vindo para cá, sabe, de bike?".
-"Você dá o seu jeito, assim como vou dar o meu.", disse e logo sorriu Cherlie. "Não é como se eu quisesse passar por tardes assim, tipo, me contorcendo de tédio e pensando em você e nas minhas amigas. Sinto falta até das matérias, lindo. Sinto falta de você. Mas, sabe, eu vou cobrar por isso, mas você não tem muita culpa, não muita. Não quero te prejudicar. Vou te deixar com teus afazeres, e arrumar umas coisas para fazer também."
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