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História Coexist - Capitulo 18


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Olá pessoa!
Aqui estou eu com o ultimo capitulo do ano no ultimo dia do ano ahuaauhua'
Espero que gostem!!!

Capítulo 18 - Capitulo 18


Acordei cedo no dia seguinte. Temari ainda dormia e eu fiquei algum tempo admirando seu rosto tranquilo. Levantei sem fazer barulho para não acordá-la e fui para a cozinha.

Coloquei água para ferver e peguei os saquinhos de chá no armário, vendo na geladeira se tinha algo para comer ou se eu precisaria preparar. Desde que Temari se hospedou em casa, eu tinha perdido totalmente o hábito de comer fora em praticamente todas as refeições. Não que eu não soubesse cozinhar, eu sabia, mas a preguiça de fazer só para mim era bem maior do que a vontade. Agora, com nós dois em casa, ela e eu às vezes nos revezávamos para fazer a comida e comíamos muito menos fora.

-Ai, merda! -escutei a voz de Temari exclamar e franzi o cenho.

Vire-me a tempo de vê-la entrar no banheiro e fechar a porta. Encarei a madeira branca, tentando entender o que podia estar acontecendo. Me aproximei e chamei:

-Temari? Está tudo bem?

-Sim. - a voz dela respondeu de lá de dentro.

Dei de ombro, voltando para a cozinha. A chaleira apitou e escutei a porta do banheiro abrir. Me virei para falar com Temari, mas ela já tinha entrado no quarto. Voltei a me virar para o fogão, pegando a chaleira para terminar de preparar o chá e a porta do banheiro fechou de novo. Franzi o cenho mais uma vez, encarando mais uma vez a porta fechada.

Ela saiu de novo logo depois e desviou os olhos quando a olhei com uma expressão interrogativa, pegando as coisas para tomarmos café e levando para a sala. Sentamos no chão e começamos a comer. Temari estava inquieta, se remexendo. Trocou de posição mais de uma vez em poucos minutos e aquilo começou a me incomodar.

-O que você tem? -perguntei de repente, intrigado.

Ela olhou para mim.

-O que? -perguntou.

-Você está estranha. -respondi.

Ela franziu o cenho.

-Não estou. -respondeu

Dei de ombro e murmurei:

-Que problemático.

Ela estreitou os olhos para mim, bateu a xícara na mesa e levantou. Entrou no quarto e bateu a porta. Olhei do lugar onde ela estava até poucos segundos para a porta fechada do quarto, tentando entender o que tinha acontecido. Esperei algum tempo, me perguntando se ela não iria voltar. Terminei meu chá e nada dela sair do quarto. Arrumei a mesa, deixei a louça na pia e deixei algo separado para ela comer, visto que ela mal tinha bebericado o chá e olhei no relógio. Estava preocupado com ela, mas se eu me atrasasse minha mãe iria me matar.

Fui até a porta e tentei abrir. Estava trancada. Franzi o cenho. Bati na porta e chamei:

-Temari?

-Que? -ela respondeu grosseiramente e eu levantei as duas sobrancelhas, surpreso.

-O que... -suspirei. Foi exatamente por causa daquela pergunta que ela tinha ficado brava. Não tinha entendido ainda o porquê, mas achei melhor não repeti-la. -Eu estou saindo, ok? Minha mãe está me esperando e ela vai ficar uma fera se eu me atrasar.

-Tá. -ela respondeu secamente.

Saí de casa ainda sem entender o que estava acontecendo. De noite ela estava de um jeito e agora de manhã seu comportamento era totalmente oposto. Minha mente começou a trabalhar em várias hipóteses, mas eu não conseguia chegar a uma conclusão para isso. Quando cheguei na orla da floresta, minha mãe e Shinji já me esperavam.

Segui os dois sem prestar muita atenção no que estava acontecendo enquanto ainda pensava em Temari. Um arrepio frio cortou minha espinha e meu estômago se afundou quando comecei a pensar que talvez Temari estivesse arrependida do que fizemos e não soubesse como me dizer isso. Esse pensamento começou a martelar em minha cabeça, deixando qualquer outro de fora, e eu quase perdi o cervo quando finalmente o achamos quando já era quase tarde. Demorei um pouco para conseguir minha concentração de novo e desperdicei quase uma hora e algum chakra pra conseguir finalmente pegá-lo com o Kagemane no jutsu.

Minha mãe ralhou comigo, baixo para não assustar ainda mais o animal, mas cortante. Ela foi até ele enquanto eu o mantinha preso pela sombra e examinou sua pata, que como Shinji tinha chegado a conclusão, tinha cicatrizado de maneira errada. Foi um tanto agonizante ter que ajudá-la a quebrar a pata do animal de novo para colocar no lugar, os balidos assustados e doloridos afastaram um pouco os pensamentos perturbadores da minha mente e, depois de quase duas horas, minha mãe finalmente terminou de fazer a tala e todos os procedimentos necessários e pude soltar o cervo. Meu chakra estava praticamente na reserva.

Tive que voltar para a casa da minha mãe apoiado em seu ombro. Ela me deixou descansando no sofá da sala enquanto fazia o almoço e meus pensamentos voltaram para Temari. Decidi em meio aos meus pensamentos que voltaria para casa e veria como as coisas estavam antes de chegar a qualquer conclusão. Almocei com a minha mãe. Fiquei tentado a pedir algum conselho para ela, mas eu ainda me sentia pouco a vontade de falar essas coisas com ela.

Já era meio da tarde quando finalmente senti a maior parte da fadiga ir embora. Minha mãe me deu uma embalagem para levar um doce para Temari e eu parti pra casa, ainda tentando evitar os pensamentos negativos com as atitudes dela.

Cheguei em casa e estava tudo silencioso. Temari não estava na sala, nem na cozinha e a porta do banheiro estava aberta. Suspirei, pensando que ela provavelmente tinha saído e deixei o doce na geladeira. Entrei no quarto, pensando em terminar a papelada pro Kakashi enquanto ela não voltava, e franzi o cenho ao olhar para cama.

Temari estava deitada, o cabelo solto, a expressão serena, dormindo, encolhida e coberta. Sorri. Fiquei algum tempo admirando ela dormir até que ela se remexeu e abriu os olhos e eles arregalaram. Ela sentou na cama.

-Shikamaru! –ela gritou –Que inferno, porque você está igual um babaca parado aí?

Eu levantei as duas sobrancelhas, surpreso, quase dei um pulo pra trás. Ela pareceu perceber que tinha gritado somente agora e corou, desviando o olhar.

-Desculpe. –pedi e sai do quarto.

Fui para a sala e sentei no sofá, um tanto desnorteado. Eu não estava entendendo mais nada. Fui até a janela e abri, me apoiando no parapeito. Acendi um cigarro e encarei o nada de cenho franzido. Tinha alguma coisa errada e não entender estava me deixando louco.

Já estava além da metade do cigarro quando escutei os passos leves dela no chão e senti a presença dela parar no meio da sala. Não me virei, sentindo um frio na boca do estômago. Ao mesmo tempo que eu queria entender toda essa situação, eu tinha receio que fosse exatamente o que meu cérebro insistia em pensar.

-Shikamaru... –ela chamou, a voz baixa e um tanto acanhada.

Eu suspirei, bati a cinza e me virei. Ela estava lá, parada perto do sofá, e as bochechas coraram quando eu a olhei.

-O que foi? –perguntei, tentando parecer despreocupado.

-Eu... –ela começou –Desculpe por ter gritado.

-Tá. –respondi, voltando a olhar para fora da janela e tragando o cigarro.

Ela continuou exatamente onde estava, o clima ficou um pouco pesado. Eu queria falar, mas um nó na garganta impedia. Vi pelo canto do olho o movimento dela se virando para voltar para o quarto e suspirei de novo. Traguei o cigarro enquanto ela sumia do meu campo de visão e fiquei olhando as nuvens no céu, sem saber o que fazer com a situação que se apresentava pra mim naquele momento.

Terminei meu cigarro, mas continuei olhando as nuvens, disperso. Ouvi Temari se movimentando na cozinha, mas ela não falou comigo. Quando fui no quarto, ela estava deitada, virada para a parede, parecia dormir. Não queria irritá-la novamente ou que ela gritasse comigo de novo, peguei a última pilha de papéis que eu precisava analisar para o Kakashi e sai do quarto rapidamente. Distrai minha mente pelo resto da tarde com aqueles documentos e quando acabei, já estava escuro. Deitei no sofá, os pensamentos voltando para a loira no quarto.

Só me dei conta que tinha dormido quando acordei, um tanto perdido. A casa estava totalmente escura. Levantei do sofá e acendi a luz da sala, constatando no relógio que já era praticamente madrugada. Procurei Temari no quarto e ela parecia não ter se mexido desde a última vez que a vi, mas ela em algum momento tinha apagado a luz da sala que estava acesa antes de eu apagar. Suspirei, meu estômago roncou.

Abri a geladeira, pensando o que eu ia fazer para comer, mas encontrei um bento preparado que não estava ali quando cheguei. Levantei uma sobrancelha, me perguntando se Temari tinha se dado ao trabalho de fazer aquilo pra mim. Achei mais estranho ainda. Eu não estava entendendo definitivamente nada.

Comi e tomei banho. Quando sai do banheiro, já vestido, pensei se era melhor eu voltar para o sofá em vez de impor minha presença a Temari na cama. Bufei.

-Que problemático. –resmunguei.

Encostei na parede do lado de fora do quarto, a luz da sala iluminava parcialmente Temari deitada na cama. Ela havia se virado e, apesar de a luz não chegar diretamente nele, podia ver seu rosto. Fiquei admirando a expressão serena por um tempo, sem saber exatamente quanto, me perguntando o que diabos eu faria se aquela kunoichi resolvesse me dar mesmo um pé na bunda.

Bufei de novo. Eu sempre sabia o que fazer. Minha mente sempre chegava a conclusões rapidamente e me dava uma direção. Mas quando o assunto era Temari, não exatamente ela, mas nosso relacionamento, as coisas ficavam bem confusas e muitas vezes eu ficava perdido. Eu não sabia o porquê ela estava evasiva daquela forma comigo. Eu não sabia se a minha linha de pensamento estava correta e eu não sabia o que fazer se estivesse. Também não sabia o que fazer se não estivesse, pois eu não tinha mais nenhuma outra ideia em meus pensamentos.

Ainda um pouco hesitante, apaguei a luz da sala e fui para o quarto. Subi na cama pelos pés, deitando do lado da parede, ou o meu lado da cama. O lençol farfalhou assim que eu deitei a cabeça no travesseiro e a mão de Temari tocou meu braço. Pensei que ela ia dizer algo, mas ela só deitou a cabeça no meu peito e se encolheu, se aninhando a mim. Sorri involuntariamente. Eu ainda não estava entendendo nada, não sabia se ela estava dormindo ou acordada, se aquilo fora voluntario ou ela só estava acostumada a vir pra perto de mim quando deitávamos juntos. Decidi que não adiantava ficar especulando. Iria perguntar novamente o que estava acontecendo com ela pela manhã e mesmo que ela ficasse irritada e/ou gritasse comigo, faria ela me dar uma resposta.

OoOoOoOoOoOoOo

Acordei sozinho na cama na manhã seguinte. Levantei ainda meio sonolento, Temari estava na cozinha fazendo chá.

-Bom dia. –murmurei.

-Bom dia –ela respondeu, sem se virar.

Entrei no banheiro e lavei o rosto, me olhando no espelho. Suspirei. Nós tomaríamos café-da-manhã e eu iria confrontá-la. Precisava entender o que estava acontecendo. Saí do banheiro e quase dei de cara com ela. Dei um pequeno pulo para trás e ela também. Esperei que ela fosse esbravejar, mas ela só desviou o olhar.

-Dá licença? –ela pediu e eu dei passagem pra ela, que entrou no banheiro.

Céus, eu estava entendendo Temari cada segundo menos.

Voltei para o quarto e troquei de roupa, arrumando a papelada que eu levaria para Kakashi mais tarde. Escutei a porta do banheiro abrir e me virei a tempo de ver Temari entrar na cozinha de novo. Voltei para a cozinha e encostei no batente da porta enquanto observava ela terminar de arrumar o café pra gente. Ela estava ainda vestida em um pijama composto por uma blusinha de alça e um short curto e seu cabelo estava solto eu fiquei um tanto hipnotizado por como o corpo dela se movia. Esqueci por um momento de todas as estranhezas dos últimos dias, só pensando como ela era linda e como eu queria poder acordar todas as manhãs e ter ela ali.

-Por que você está me olhando desse jeito? –ela perguntou de repente, ainda sem se virar.

Me assustei com a fala repentina, mas tentei não demostrar. Pigarreei, não respondi de imediato. Temari continuou de costas e eu finalmente reuni coragem para perguntar:

-O que está acontecendo, Temari?

Ela suspirou.

-Não é nada que você precise se preocupar. –ela respondeu ainda de costas.

-Não venha com essa. –eu pedi –Você se arrependeu?

Ela se virou para mim apressadamente e me fitou com o cenho franzido.

-O... que? –perguntou perplexa.

—Você está arrependida de... de tudo? -dei uma pausa -Você quer terminar?

Ela me encarou surpresa. Pareceu passar uma eternidade naquela troca de olhar. Meu coração disparou.

 


Notas Finais


Eu acho que a maioria das leitoras já sacou o que ta acotecendo, mas o Shika ta bem perdido hauhauah'
Espero que vocês gostem desse capitulo <3
To travada de novo no 19 :v Me mandem energias positivas pra eu conseguir terminar ele até sabado!

Feliz ano novo pra todos =D


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