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História Coexist - Capitulo 2


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Eu esqueci de avisar no capitulo anterior que eu não tenho uma beta, logo, erros de portugues vão existir mesmo até porque quando você le uma coisa muitas e muitas vezes seguidas, para de reparar no que ta escrito errado xD Eu tentei dar uma revisada nesse capitulo pra ter o menor numero de erros possivel, mas eles ainda vão existir.

No mais, eu agradeço pelos comentários do capitulo anterior e venho agradecer com um o capitulo dois que tem "só" o dobro do um hauhauhauhuahu' ♥

Capítulo 2 - Capitulo 2


Sonhar com Temari era algo que me acontecia de vez em quando. Inclusive, foi em um desses sonhos, quando já estávamos em guerra e eu sonhei que ela era ferida gravemente em uma batalha, que assumi para mim mesmo o que sentia por ela. Porém, depois que ela partiu pra Suna após nosso... amasso no meu apartamento, sonhar com ela se tornou incomodamente frequente. Acordava várias vezes durante a semana, no meio da noite, com imagens vividas de sonhos com ela. As vezes era necessário um banho gelado para voltar a dormir.  Era cada vez mais problemático. Meu estomago se agitava de ansiedade quando Kakashi me chamava para atribuir-me alguma missão, eu pedia interiormente que fosse para Suna. Eu queria vê-la, queria toca-la. Mas os meses se passaram e não tive essa oportunidade. A data do próximo Exame Chuunin começou a se aproximar e como a organização dele começava geralmente duas semanas antes, comecei a me focar na expectativa de vê-la novamente nessa data.

Faltava quase dois meses ainda quando Kakashi me chamou em seu escritório.

-Eu sei que você já tem trabalho demais como Exame Chuunin –ele começou e eu suspirei pesadamente. Problemático, mais trabalho –Mas eu estive pensando e acho que agora que já vão fazer dois anos que a Guerra terminou, podíamos sediar um festival na vila... Algo para comemorar a vitória, a Aliança Shinobi e honrar nossos mortos...

Kakashi continuou falando pelas próximas horas sobre o festival e como queria que eu estivesse na organização, ajudando com minhas capacidades analíticas a resolver os problemas mais facilmente. Nos próximos dias, me juntei com os outros membros do comitê de organização do festival para começar os preparativos. Aquilo conseguiu finalmente me distrair um pouco e não deixar que Temari dominasse totalmente meus pensamentos.

-Temari, de Suna, chega na semana que vem –Kakashi declarou em uma das muitas reuniões sobre o festival, antes de qualquer outra coisa –Shikamaru, tudo que estiver em seu encardo deve ser resolvido até a véspera da chegada dela. A partir de então, você volta a suas obrigações com o Exame Chuunin.

Passei a semana acertando os últimos detalhes com toda a equipe, preocupado com a possibilidade de algo dar errado e também com meu reencontro com Temari. Os dias pareciam passar devagar e rápido ao mesmo tempo e, quando dei por mim, estava parado nos portões de Konoha a esperando, o dia nascia aos poucos.

Quando a vi surgir no horizonte pela estrada principal, eu sorri. Era engraçado como ainda não tinha me acostumado com o modo novo que ela prendia o cabelo e aquilo ainda me surpreendia.

-Tão cedo e acordado, preguiçoso? –ela provocou assim que parou a minha frente.

-Não é minha culpa se você gosta de madrugar –eu resmunguei, o sorriso ainda brincando com o canto da minha boca.

Ela deu uma curta risada.

-Eu madruguei, mas estou acabada –ela disse quando começamos a caminhar, estralando o pescoço. A viagem de três dias de Suna até Konoha era realmente bastante cansativa –Gaara me contou que terá um festival na semana que vem aqui em Konoha.

Começamos a caminhar e eu assenti.

-Sim – respondi –Os representantes das outras vilas estão sendo convidados a comparecer e Kakashi pediu para você estar em seu discurso como representante de Suna;

Temari concordou.

-Gaara disse que Kakashi-san está promovendo esse festival pela paz. Achei interessante. Ele queria vir, porem os assuntos diplomáticos e políticos de Suna o impedem.

-Imagino –disse –Kakashi tem estado abarrotado de trabalho. Quando os assuntos dos campos de batalha são resolvidos, sobra-se muita burocracia...

-Uhum –ela assentiu –É por isso que se fazem guerras, nenhum ninja aguenta isso por muito tempo.

Apesar de um pouco mórbida, não pude deixar de rir da piada junto com ela.

-Kakashi disse que podíamos começar a trabalhar depois do almoço–comentei após o fim das risadas.

Ela sorriu.

-Então vou para hotel me lavar antes de qualquer coisa que você possa ter planejado para fazermos.

Eu sorri com a insinuação. Mas então algo estralou na minha cabeça e eu estaquei, parando de andar. Temari deu mais alguns passos antes de notar que eu não a acompanhava e meu rosto estava provavelmente contorcido em uma expressão assustada quando ela me olhou.

-O que foi? –perguntou com o cenho franzido.

Ela ia me matar. Com certeza Temari ia me matar.

-Eu... –comecei, minha mente repetindo que Temari me mataria como um mantra –Esqueci algo.

-E o que você pode ter esquecido de tão importante pra te deixar branco desse jeito, Shikamaru? –ela perguntou a expressão se endurecendo mais.

-Eu esqueci de fazer a sua reserva no hotel –eu respondi –Com o festival e as pessoas chegando os hotéis lotariam rapidamente e eu devia ter feito sua reserva a pelo menos um mês, mas Kakashi me envolveu na organização do festival e eu... esqueci – expliquei, fechando os olhos e esperando a morte.

Alguns segundos de silencio. Ela riu e eu abri os olhos surpreso.

-Como você é idiota! –ela exclamou e recomeçou a andar.

-É sério, Temari! –eu disse, voltando a andar também para não ficar para trás –Eu não estou brincando.

-Eu sei –ela respondeu despreocupadamente.

-E pra onde você está indo? –perguntei já perdido com a situação.

-Pro seu apartamento –ela respondeu como se fosse obvio e eu estaquei de novo. –Shikamaru, você vai ficar parado aí até quando? –perguntou impaciente.

Eu recomecei a andar e ela se deu por satisfeita, me acompanhando. O estupor da informação passou aos poucos e minha mente começou a trabalhar. Ela obviamente não podia ficar no meu apartamento, mas eu não iria discutir aquilo no meio da rua.

OoOoOoOoOoOoOoOo

Eu abri a porta e Temari entrou como se fosse dona do lugar. Deixou sua bagagem no chão e encostou o leque na parede perto da porta, de modo que não atrapalhasse a passagem. Ela se virou para mim e eu a cortei antes que ela começasse a falar qualquer coisa:

-Você não pode ficar aqui!

-Ora, porque não? –ela retrucou cruzando os braços.

-Só tem um quarto e uma cama aqui, Temari –eu argumentei.

-Pois você que durma no sofá–ela respondeu duramente e então eu percebi que ela realmente tinha ficado brava e só estava disfarçando até ali.

Mas tentei argumentar novamente:

–E o que os outros vão dizer? Eu moro sozinho, não pega bem para você como mulher ficar hospedada na casa de um cara solteiro e que mora sozinho!

-Vá pra casa da sua mãe então, Nara! –ela rebateu–Não tenho nada a ver com o fato de você ter esquecido de reservar um quarto no hotel. Não vou sair por aí procurando algum outro lugar pra ficar por causa da sua incompetência. E é só explicar a sua falha –ela carregou a palavra de ironia –para quem pergunta e não terão maus entendidos.

Eu bufei.

-Que problemático!

-Seria menos problemático se você não estivesse se esquecido de mim –ela respondeu e eu notei uma ponta de magoa na voz dela. Ela pegou as coisas dela e se dirigiu para o banheiro.

Eu pisquei enquanto a porta do meu banheiro batia com força, fazendo os quadros da parede da sala tremerem. Se ela continuasse batendo portas desse jeito, logo meus vizinhos começariam a reclamar. Bufei. Resolvi sair do apartamento e dar um pouco de privacidade a ela.

Andei um pouco pelo centro comercial de Konoha, pensando na atitude de Temari. Ela tinha ficado brava como achei que ficaria no momento que lembrei de sua reserva, mas a fala dela antes de entrar no banheiro me deixou confuso. Andei de meu apartamento até a casa da minha mãe, pensando realmente em ir passar alguns dias por lá, mas seria tão problemático ter que andar todo o caminho até o centro para me encontrar com Temari...

Quando cheguei na porta de casa, minha mãe estava abrindo a janela da sala.

-O que faz acordado essa hora? –ela perguntou surpresa e eu revirei os olhos.

-Fui buscar Temari na entrada da vila –respondi e minha mãe continuou me olhando como se ainda esperasse uma explicação para eu estar ali –Kakashi me deu a manhã de folga e eu vim ver a senhora.

Ela assentiu.

-Entra –ela mandou –Acabei de fazer chá.

Eu entrei e segui minha velha até a cozinha.

-Por que Temari não veio com você? –ela perguntou, ela e Temari tinha criado algum tipo de amizade.

-Estava cansada da viagem –resmunguei, sem querer entrar em detalhes do meu problema no momento.

Passei a manhã com a minha mãe. Um pouco mais tarde, Kurenai passou por ali com Mirai no carrinho e parou para conversar conosco. Mirai prestava atenção em tudo e fazia sua presença ser notada sempre que a conversa de adulto parecia exclui-la. Já estava quase na hora do almoço quando pensei que talvez a problemática pudesse estar mais calma e nós poderíamos sair para almoçar. Minha mãe falou para eu traze-la lá, mas eu disse que já tinha combinado de comer com Chouji e Ino. Se uma problemática brava já era ruim, eu sinceramente não queria ver se Temari resolvesse virar minha mãe contra mim.

Enquanto fazia o caminho inverso que eu fizera de manhã, as palavras de Temari antes de se trancar no banheiro começaram a rodar na minha cabeça. Demorou quase o caminho todo, mas eu finalmente entendi o que estava acontecendo. Temari era mesmo uma problemática. Andei um pouco mais depressa e a primeira coisa que vi quando abri a porta, que estava encostada como eu havia deixado antes de sair, foi Temari dormindo no meu sofá.

Ela usava seu kimono preto, os joelhos estavam levemente flexionados para seu corpo caber no tamanho do sofá, deitada de lado. Uma das mãos estava atrás de sua cabeça e um braço em cima da barriga. Os olhos fechados e o rosto sereno deixavam-na com um ar angelical, juntamente com o cabelo cor de areia solto e a falta do hitaiate na testa. Um sorriso surgiu sem minha permissão e eu encostei a porta devagar para não a acordar, perdido na beleza e serenidade daquele momento. Caminhei calmamente até uma das poltronas e sentei, sem deixar de olha-la.

Demorou mais alguns minutos até ela abrir os olhos lentamente, piscando para se acostumar com a luminosidade.

-E ainda tem a audácia de me chamar de preguiçoso, tsc –eu resmunguei e ela levantou-se rapidamente, sentando no sofá e assumindo uma postura reta.

Quando notou que era eu, ela relaxou.

-Vai assustar sua mãe, Nara! –ela ralhou, cruzando os braços e as pernas, a expressão um tanto assustadora –Que horas são?

-Quase hora do almoço –eu respondi e tentei apaziguar um pouco o clima –Dormiu por muito tempo?

Ela bufou.

-Umas três horas –ela respondeu –Onde você se meteu a manhã toda?

-Fui ver minha mãe –respondi –Ela mandou lembranças e pediu pra você não deixar de ir visita-la antes de ir embora. –dei uma pausa, esperando que ela dissesse algo, ela ficou calada, na mesma posição –Quer ir almoçar em algum lugar?

-Tanto faz –ela respondeu.

Eu bufei, já irritado com a atitude dela. Era comum Temari me irritar, ela gostava de me provocar desde a primeira vez que salvara minha vida, mas eu sabia que dessa vez ela estava fazendo aquilo não por gosto, mas porque estava chateada.

Levantei e venci o pouco espaço que existia entre a poltrona e o sofá em um passo apenas. Me sentei novamente, dessa vez do lado dela. Ela descruzou os braços e se afastou um pouco, surpresa.

-O que..? –ela tentou perguntar, mas eu não a deixei terminar: A beijei.

Temari não correspondeu de imediato, ficando um pouco tensa quando meus braços a rodearam, mas se entregou ao beijo. Eu explorei sua boca com calma, pensando em como era bom beija-la novamente. Uma de minhas mãos subiram até sua nuca e acariciaram seu cabelo, coisa que nunca tinha feito até agora pois ela sempre estava com ele amarrado. Temari se aproximou mais de mim e pude sentir todo o seu calor, a saudade se dissipou de dentro do meu peito. Quando a necessidade de respirar foi mais forte, nossos lábios se separaram. Abri os olhos, encostando minha testa na dela, ela me encarou de volta. Estava corada.

-Eu senti sua falta problemática –eu murmurei, sentindo o rosto esquentar –E eu ter esquecido de fazer sua reserva não quer dizer que eu não pensei todos os dias em você desde que você foi embora.

Se possível, Temari corou mais. Me puxou pelo tecido da camisa e afundou o rosto no meu ombro, me abraçando.

-Também senti sua falta –escutei-a dizer num fio de voz.

Eu sorri, a abraçando de volta.

Nós alongamos um pouco o que seria o horário de almoço naquele dia. Depois de almoçarmos no Ichiraku Lamén, Temari se apresentou no escritório de Kakashi, que nada disse sobre o atraso, e alinhamos algumas informações pertinentes com ele antes de nos apossarmos de uma das salas de reuniões. Diferente da outra vez que tivemos que organizar praticamente todo o Exame em cinco dias, tínhamos tempo o suficiente para fazermos as coisas sem pressa e sem ter que trabalhar até tarde da noite. Pararmos pouco mais de uma hora depois que o sol se pôs e voltamos para o apartamento ainda conversando sobre trabalho.

Eu abri a porta e esperei ela entrar, trancando-a e segui para o banheiro.

-Vou tomar banho –avisei ela.

Tranquei a porta do banheiro e encostei nela, meu coração disparou. Eu estava com Temari sozinho novamente. Os sonhos que tive com ela depois de nosso amasso no sofá voltaram a minha mente e eu me xinguei, tirando a roupa e entrando na agua fria.

Demorei um pouco mais do que o de costume e quando sai, Temari estava sentada no sofá da sala, com uma postura estranha e encarando o nada.

-Temari –chamei e ela deu um pulo. Eu ri de sua cara.

-Seu idiota! –ela ralhou –Já é a segunda vez que você me assusta hoje!

-Não é minha culpa se você está toda distraída. –eu ri mais um pouco. –O banheiro está livre se quiser usar.

Eu entrei no meu quarto antes que ela pudesse responder ou jogar a almofada que já estava em suas mãos, fechando a porta atrás de mim. Bufei, encarando minha cama. Ela foi a única coisa que eu tinha escolhido para mobiliar o apartamento. Era grande e eu dormia totalmente esparramado nela, mas hoje eu dormiria no sofá. O pensamento de dividir a cama com Temari passou por minha cabeça e eu corei, espantando-o antes que eu tivesse que tomar outro banho gelado.

Peguei um dos travesseiros da minha cama, deixando outro para Tamari, e um lençou no guarda-roupa. Quando a porta do banheiro abriu, minutos depois, eu já estava deitado no sofá.

-Você vai mesmo dormir aí? –ela perguntou, parando em minha frente, vestida em um pijama verde escuro de manga curta e de bermuda até o joelho.

-Não tenho muita opção, tenho? –perguntei pra ela e por um momento pensei que Temari ia me chamar pra dormir com ela, o que com certeza me deixou vermelho.

-É, não –ela respondeu, parecendo não notar meus pensamentos, e eu agradeci por isso, virando as costas e entrando no meu quarto.

Eu suspirei pesadamente e fechei os olhos. Eu, logo eu, Shikamaru, custei a dormir aquela noite.

Acordei com uma almofadada na cara.

-Hey, Shikamaru –escutei a voz de Temari me chamar logo depois do impacto –Você não tem nem chá nessa sua casa, seu preguiçoso?

Levantei resmungando e encontrei Temari já pronta na minha cozinha.

-Eu disse pra você que não passo quase tempo algum aqui –murmurei seguindo para o banheiro –E você podia deixar de ser problemática logo cedo.

Ela bufou na cozinha. Escutei a porta da sala abrir e fechar com força e suspirei, já esperando a carta de reclamação dos vizinhos.

Quando sai do banho, Temari havia acabado de voltar com uma sacola. Ela pegou a chaleira que eu nunca tinha usado desde que me mudei e lavou, pondo a água para ferver.

Ela ia passando por mim para voltar para meu quarto, mas eu segurei seu braço e a puxei, a abraçando.

-Você poderia arrumar melhores maneiras de me acordar, sabe? –disse e ela me encarou surpresa –Como com um beijo de bom dia.

Ela corou e eu a beijei lentamente. Ela correspondeu, enlaçando os braços no meu pescoço. Empurrei seu corpo delicadamente até a parede ao lado da porta da cozinha, onde ela se encostou e eu a abracei mais forte, pressionando meu corpo contra o dela, ainda em meio ao beijo.

O som da chaleira apitando fez nós nos separarmos abruptamente.

Temari quase não me olhou enquanto tomávamos o chá ou no caminho até o prédio do Hokage. Demorou algumas horas de trabalho, mas peto da hora do almoço ela pareceu esquecer o constrangimento e estávamos conversando normalmente. Sai para comprar comida e comemos no escritório. Estávamos a algum tempo em silencio quando eu olhei para fora e vi que já escurecera.

-Acho que por hoje chega –declarei me espreguiçando –Eu marquei com Chouji e Ino de jantar com eles naquele restaurante de carne... Quer ir?

Ela assentiu e começamos a deixar tudo em ordem para voltarmos a trabalhar no dia seguinte.

A noite estava agitava quando deixamos o prédio do Hokage. Caminhamos sem conversar, em um silencio confortável, até o Restaurante Q onde Ino e Chouji já esperavam e Chouji obviamente já comia.

-Oi, Shikamaru! –Ino chamou com a mão levantada, parecendo feliz em me ver –Ah, Temari! –ela cumprimentou com um sorriso quando viu a kunoichi do meu lado. As duas não eram bem amigas, mas pareciam se dar bem da maneira que as personalidades distintas conseguiam se dar. Temari devolveu o cumprimento.

Sentamos junto dos dois e a disputa por carne com o Chouji foi acirrada. Temari já tinha se acostumado com o apetite monstruoso de meu amigo e muitas vezes ela conseguia ser mais rápida que ele ao pegar a carne na grelha. Era engraçado ver a cara desapontada de Chouji cada vez que ela conseguia. Temari encarava aquilo como um desafio, como quase tudo na vida dela.

-O hotel onde você está ficou muito lotado por causa do festival, Temari? –Ino perguntou depois que já tínhamos todos, menos Chouji, terminado de comer.

Eu quis sumir naquele momento, pois o olhar de Temari foi um tanto mortífero.

-Seu amigo idiota esqueceu de fazer minha reserva –ela disse e eu sabia que a próxima frase faria Ino me infernizar pelo resto da vida –Estou hospedada no apartamento dele.

Ino abriu um sorriso malicioso, mas antes que dissesse qualquer coisa, Chouji gritou pedindo a sobremesa e ela se esqueceu momentaneamente do assunto, brigando com Chouji por gritar na sua orelha.

Eu revirei os olhos para Temari, que sorriu maldosa para mim. Ela conhecia o suficiente Ino para saber que loira me atormentaria com insinuações sobre nós dois, o que ela parecia não se importar e me perguntei se ela estava fazendo isso por vingança.

Comemos a sobremesa que Chouji pediu e pagamos a conta. Saímos do restaurante os quatro, Ino se pendurou no meu braço.

-Shika-kun se deu beeem –ela riu.

-Para com isso Ino –eu resmunguei, Temari parecia entretida em uma conversa sobre tipos diferentes de carne com Chouji.

-Oras, Shikamaru, só tem uma cama na sua casa! –ela insinuou –Vocês dormindo assim, tão pertinho...

-Da onde você tirou essa ideia idiota que estamos dividindo a cama? –perguntei –Tem um sofá na minha casa também se não se lembra.

-Eu vou fingir que acredito Shika –ela riu me soltando. Chegamos no ponto onde ela e Chouji seguia um caminho diferente do meu e de Temari.

Temari me encarava com ar de riso. Eu não conversei com ela o caminho todo até o apartamento. Quando chegamos em minha sala, já tinha meu troco planejado.

Temari entrou no quarto enquanto eu trancava a porta e saiu de lá com uma muda de roupas. Porém, antes que pudesse entrar no banheiro eu segurei seu braço e a trouxe em minha direção, exatamente como de manhã.

-Você não se incomoda com Ino espalhando por aí que você está dormindo comigo –comecei dando ênfase na palavra dormindo –Mas passou a manhã inteira envergonhada porque te agarrei, hun?

Ela levantou uma sobrancelha, porém não tentou sair do meu abraço.

-Ino não vai sair espalhando por aí nada –ela disse –Você sabe que ela fala essas coisas pra te incomodar.

-Mas ela realmente acha o que diz –eu respondi.

-E por acaso você se importa com o que ela pensa? –ela perguntou.

-Eu não...–respondi –E parece que você também não.... Então, dormir comigo não é uma ideia que te desagradaria?

Temari corou quando entendeu o que eu quis dizer, desviando os olhos dos meus. Apesar de ter planejado deixa-la envergonhada, eu estava nervoso com sua resposta.

Que eu não tive, pois alguém batia na minha porta.

-Mas que merda! –resmunguei. Já não era a primeira vez que algo nos interrompia.

Ela riu e se soltou dos meus braços, ainda corada.

-Vá logo atender! –ela disse quando bateram novamente na porta e entrou no banheiro.

Abri a porta e dei de cara com o sindico do prédio que, como eu já previa, veio repassar as reclamações de meus vizinhos sobre os bater de portas de Temari.


Notas Finais


Espero que tenha gostado do capitulo e por favor, deixem comentários para eu saber o que vocês estão achando da história, o que querem ver do nosso casal problematico e etc.


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