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História Coexist - Capitulo 3


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Olá! Aqui vem mais um capitulo! Espero que vocês gostem! =D

Capítulo 3 - Capitulo 3


Fechei a porta com um suspiro, Temari saia do banheiro.

-O que foi? –perguntou.

-Os vizinhos estão reclamando da forma carinhosa que você trata as portas –eu resmunguei e ela franziu o cenho.

-A culpa é toda sua! –ela afirmou, cruzando os braços.

-Minha? –eu perguntei –Como diabos a culpa pode ser minha se quem bate as portas toda vez que está irritada é você?

-Ora! –ela exclamou irritada –Você faz idiotices, eu bato as portas para não bater em você!

Eu suspirei pesadamente, sem vontade de continuar aquela discussão.

-Que seja –resmunguei –Mas bata em mim a partir de agora ou vou levar uma multa.

Ela bufou e foi para o quarto, batendo a porta.

-Temari, acabei de pedir pra você não bater as portas! –eu exclamei zangado.

-Eu pago a porra da multa –ouvi a voz dela gritar de dentro do quarto.

Neguei com a cabeça, desistindo de vez de discutir e deitei na minha cama-sofá. Suspirei novamente, eu continuava sem a resposta da minha pergunta.

Na manhã seguinte acordei com o barulho de Temari na cozinha. Levantei e vi de relance uma sacola em cima da pia antes de entrar no banheiro. Ela tinha saído para comprar alguma coisa e eu nem tinha acordado.

Ela não falou comigo até o momento que saímos de casa, estava brava pela discussão de ontem ainda, apesar de ter preparado café da manhã para nós. A manhã foi arrastada e sem graça, Temari estava seria e falava apenas de trabalho. Eu realmente não estava acreditando que ela ficaria emburrada pelo resto do dia por causa daquela discussão.

Já era meio da tarde. Ela estava escrevendo em um pergaminho. Eu estava sentado ao seu lado, observando o que ela escrevia a alguns minutos. Ela parou por um momento, parecia buscar uma palavra que se encaixava na frase, mordeu o lábio inferior, sua expressão clareou e ela passou a língua pelos lábios, os humedecendo, escrevendo a palavra que pensara.

-Temari? –eu chamei, perdido nos movimentos de sua boca.

-Hum? –ela perguntou, sem me olhar, mordendo o lábio outra vez

-Temari? –chamei de novo e ela levantou a cabeça, me lançando um olhar duro.

-O que você quer Shika...

Eu a beijei antes que ela pudesse terminar de dizer meu nome e a reação dela foi automática: Solto a caneta e agarrou-me pela nuca, enquanto minhas mãos enlaçavam sua cintura, correspondeu meu beijo.

-Você é muito problemática –disse pra ela quando o beijo terminou e eu encostei a testa na dela.

-Se você não quer recomeçar a discutir, eu sugiro que cale a boca –ela me respondeu.

Eu engoli a resposta atravessada que iria dar pra ela, eu realmente não queria recomeçar a discussão de ontem. Ela me encarou por alguns segundos, esperando eu dizer algo, mas como eu não disse, ela sorriu de canto e voltou a me beijar.

Os dois dias que se seguiram foram tranquilos, sem bater de portas. Minhas costas começavam a reclamar de dormir no sofá, mas eu não deixei que Temari soubesse disso. No fim do segundo dia, levei ela pra jantar na casa da minha mãe, onde também estava Kurenai e Mirai.

Temari e a minha pequena protegida se davam muito bem e eu me alegrava com isso, pensando em como a loira seria uma boa mãe e isso me rendeu um sorriso bobo.  Kurenai e Temari conversavam na sala enquanto Temari distraia Mirai com alguns movimento de chackra que formavam rodamoinho em suas mãos, a loira sentada no chão com a pequena e Kurenai ao meu lado no sofá enquanto minha mãe terminava de arrumar o jantar.

-Shikamaru –chamou minha mãe da cozinha –Vem colocar a mesa!

Eu bufei, mais fui. Peguei os pratos dentro do armário e quando parei perto do fogão, onde minha mãe mexia com uma colher de pau a sopa dentro da panela, para pegar os talheres, ela segurou minha mão, fazendo me olha-la.

-Você e Temari estão namorando? –ela pergunto assim que meus olhos encontraram com os dela, arregalei-os com o susto.

-O que? –perguntei com a voz um oitavo a cima do normal.

Yoshino bufou e soltou meu braço, me dando um tapa no braço com a mesma mão que antes me segurava.

-Não seja idiota, você me ouviu. –ela disse, colocando ambas as mãos na cintura e esperando minha resposta.

Eu continuei a encarando sem saber o que falar.

-Shikamaru! –ela exclamou –Um gato comeu sua língua?! Responda menino!

-Eu-Eu-eu –gaguejei –Eu não sei, ta bom?

-Não, não está –minha mãe endureceu mais ainda a expressão –Como você não sabe? Você e ela agem como se fossem namorados, mas você não sabe se estão namorando? Shikamaru, por acaso você está enrolando a garota?

-Não!–exclamei exasperado –Não, não é isso! Só é muito mais complicado, mãe!

Ela continuou me encarando. Odiava quando eu respondia uma pergunta com uma meia resposta e ela não se dava por vencida, exigindo o resto com o olhar daquela forma.

-Temari é de outra vila –eu disse suspirando, eu realmente não queria falar disso, mas minha mãe sempre conseguia arrancar tudo que queria dos homens dessa casa –Estamos separados a maior parte do tempo por três dias de viagem, ela é irmã do Kazekage e trabalhamos juntos. Percebe o quão isso é... problemático? Eu quero resolver isso, mas mesmo a minha mente não encontra soluções fáceis para esse impasse.

A expressão de minha mãe amoleceu e ela me fitou com um carinho que raramente aparecia em suas feições severas. Eu corei, mas sorri de volta quando ela sorriu. Ela se virou de volta para o fogão e apagou o fogo.

-Vá chamar Temari e Kurenai –ela disse –Eu termino de pôr a mesa.

Eu encarei ela, esperando que ela dissesse mais alguma coisa, mas não disse. Bufei, obvio que minha mãe não iria me dar conselhos amorosos. Já estava passando pelo batente da porta que levava até a sala quando ela me chamou:

-Shikamaru –eu me virei –Nem tudo tem uma solução fácil de se achar. Mas as vezes decisões difíceis são necessárias se quisermos sermos felizes.

Ela deu aquele sorriso que ela não dava desde que meu pai morrera e eu senti meu coração se aquecer. Eu era feliz por ter aquela mulher como minha mãe.

-Agora vá chamar Temari e Kurenai antes que esfrie! –ela falou duramente.

Eu virei as costas antes de revirar os olhos, pois ela brigaria comigo se visse.

OoOoOoOoOoOo

Eu sabia que era muito cedo, pois não escutava barulho algum na cozinha sinalizando que Temari já acordara, mas as irritantes batidas na minha porta continuaram.

Levantei do sofá resmungando e abri a porta e Ino entrou feliz e saltitante, me empurrando.

-Bom dia, Shika! –ela cantarolou.

-O que você está fazendo a essa hora da manhã na minha casa, Ino? –resmunguei após olhar o relógio e constatar que realmente era cedo demais.

Mas Ino não prestava atenção em mim, estava olhando o sofá onde eu dormia até agora pouco.

-Você realmente está dormindo no sofá, Shikamaru? –ela se virou para mim com a voz e a expressão entre incrédula e desapontada.

-Qual é o seu problema? –eu perguntei –Obvio que eu estou dormindo no sofá. Aliás, por que diabos eu mentiria pra você?

-Você é um molenga! –ela ralhou.

Mas antes que eu pudesse responder qualquer coisa, a porta do meu quarto se abriu e Temari colocou a cabeça pra fora, os cabelos loiros bagunçados e os olhos meio fechados.

-O que está acontecendo aí? –ela perguntou com a voz embargada de sono.

-Temari! –Ino exclamou feliz e eu me perguntei se minha amiga era bipolar ou algo do tipo –Como vai?

-Estava bem, dormindo, até você aparecer e começar a gritar –Temari respondeu ácida e fechou a porta e eu agradeci aos deuses por ela não ter batido.

Ino riu.

-Por que você está nesse bom humor todo? –eu perguntei.

-Eu vim te trazer isso aqui –ela respondeu e só então eu notei que ela trazia um envelope na mão.

-O que é? –perguntei pegando o envelope com uma mão e coçando o olho com a outra.

-Abra! –ela mandou batendo palminhas.

Eu abri e sorri de canto.

-Parabéns, Ino –eu disse e a abracei –Mas você precisava mesmo me acordar essa hora pra entregar seu convite de casamento?

Ela bufou.

-Volta a dormir então, seu preguiçoso idiota! –ela reclamou –Vou entregar o convite da Testuda. Tchau!

E ela saiu da mesma maneira abrupta que entrou. Eu suspirei, voltando para meu sofá. Estava quase dormindo novamente quando a porta do quarto se abriu. Bufei, vendo Temari já vestida para sair pelo canto do olho entrar na cozinha. Afundei a cabeça no meu travesseiro

-Levanta preguiçoso –ela mandou –Temos que adiantar várias coisas hoje se quisermos ir no festival amanhã.

-Mas eu não quero ir no festival –eu a respondi com a voz abafada pelo travesseiro.

-Mas eu quero –ela retorquiu e senti a mão dela encostar no meu ombro.

Eu podia ter reclamado mais um pouco quando ela me puxou, mas uma ideia me atravessou a mente e eu sorri de canto, sem ela ver. Num movimento rápido, eu sentei no sofá e a puxei pra mim. Temari caiu sentada em meu colo.

Ela corou quando percebeu.

-Shikamaru! –ela ralhou.

-Hum? –perguntei segurando o queixo dela com uma de minhas mãos.

-O que você...?

Ela não terminou de dizer seja lá o que fosse falar e me encarou com aqueles olhos verdes, que de repente se tornaram desafiadores, se estreitando, ainda que estivesse corada. Meu sorriso falhou quando ela tirou seu rosto de minha mão e se aproximou, os lábios a centímetro dos meus.

Ela me beijou.

O beijo não começou tranquilo. Ela me beijava com urgência e eu correspondi da mesma forma. Com Temari era assim: Eu nunca sabia se ela seria brisa ou furacão. E naquele momento ela era furacão. Suas mãos agarraram meus cabelos soltos e puxaram, seu corpo colou no meu, um braço meu enlaçou sua cintura, a outra mão estava em seu pescoço, não deixando seus lábios desgrudar dos meus. Eu subi minha mão de sua nuca para os cabelos loiros, os bagunçando do penteado, minha boca deixou a sua e deslizou por sua bochecha, queixo, pescoço. Ela suspirou quando beijei seu pescoço e gemeu baixo quando suguei sua pele. Minha mão subiu e desceu por sua cintura, subiu novamente e roçou em seu seio, ela gemeu de novo e eu já não fazia ideia de quem era eu quando ela se remexeu em meu colo, roçando a bunda em mim. Apertei seu seio por cima do kimono.

-Shikamaru! –ela suspirou meu nome e minha sanidade foi para o espaço.

Eu levantei com ela no colo e ela soltou uma exclamação assustada. Carreguei ela até meu quarto, chutei a porta entreaberta e ela bateu na parede com força. Temari riu.

-Seus vizinhos vão reclamar –ela sussurrou em meu ouvido, o mordiscando.

Eu sorri de canto e a coloquei na cama, subindo ao lado dela.

-Depois eu pago a multa –respondi e voltei a beija-la, inclinando-me por cima dela.

Meu corpo deitou-se em cima do seu em meio ao beijo e ela acariciou minhas costas por cima da blusa que eu usava para dormir. Os suspiros voltaram aos seus lábios quando voltei a explorar seu pescoço.

-Shika... –ela sussurrou quando minha mão encontrou de novo seu seio por cima da roupa, o massageando, enquanto ainda explorava o pescoço com beijos e chupões.

Minha mão avançou para dentro do kimono. Eu queria toca-la sem todo aquele pano.

-Shikamaru –ela chamou quando seu kimono já estava meio aberto e eu podia ver a renda do sutiã preto –Para.

Eu parei.

Nos encaramos por alguns segundos, ofegantes. Ela estava muito vermelha e eu também.

-O que foi? –perguntei meio confuso.

Ela se mexeu, eu sai de cima dela e ela sentou na cama.

-Temari? –chamei, sem resposta –O que foi?

Ela virou o rosto para o outro lado, sem me encarar.

-Eu... –começou, mas não concluiu –Eu...

Eu suspirei.

-Você não quer? –perguntei carinhosamente, me sentando ao lado dela e virando seu rosto para olha-la. Ela não me olhou nos olhos.

-Eu não sei –ela respondeu sinceramente. –Não sei se estou... Confortável com isso... –ela deu uma pausa, eu suspirei. Talvez tivesse achado demais de suas atitudes -...ainda. –ela completou quando me olhou, pareceu perceber minha insegurança.

Eu a abracei.

-Tudo bem –sussurrei em seu ouvido. –Não precisamos ter pressa pra nada.

Ela me abraçou de volta.

-Não é que eu não queira faz isso com você...É que eu... –ela começou, saindo do meu abraço e me encarando, o rosto ainda corado –Sou virgem. –ela fez uma careta.

Eu a encarei, sem saber bem o que dizer. Não que eu achasse que Temari já tinha tido intimidade com outras pessoas, mas também não achava que não. Nunca realmente parei pra pensar sobre isso e de fato não me importava. Mas ela era mais velha e acho que no meu subconsciente eu achei que era mais experiente também. Minha mente trabalhou rápido e logo eu cheguei a conclusão do porque ela estava tão envergonhada em me dizer isso: Ela achava que eu, como homem já perto dos vinte, já tinha tido minha cota de experiências sexuais.

Então eu ri. Ela olhou para o lado, totalmente sem graça, e novamente eu achei ela a coisa mais adorável do mundo.

Eu a abracei e ela pareceu um pouco tensa nos meus braços.

-Eu também –revelei para ela.

-Hum? –ela perguntou, se livrando dos meus braços de novo, os olhos surpresos.

-Eu também, Temari –respondi –Nunca nem beijei outra garota que não fosse você. –admiti coçando a nuca.

-Você está mentindo! –ela afirmou, franzindo o cenho.

-Não seja problemática mulher! –eu resmunguei corando –Por que eu mentiria pra você?

-Oras, porque você obviamente quer me levar pra cama! –ela respondeu.

-Tecnicamente, já te levei, visto que eu te carreguei até aqui –respondi com uma sobrancelha arqueada.

-Shikamaru! –ela ralhou. –Como você é idiota!

Eu bufei.

-Você consegue ser problemática em cada hora, mulher... –resmunguei –É obvio que quero você e eu quero isso a bastante tempo, para dizer a verdade, mas eu não mentiria para conseguir isso. Eu... gosto de você.

Ela me encarou por alguns momentos e eu sei que que corei com a intensidade do olhar dela.

-Você é tão fofo! –ela disse por fim, se jogando em cima de mim e me abraçando.

-Tsc –reclamei, mas a abracei de volta.

Não sei quanto tempo ficamos abraçados ali, as roupas ainda meio desalinhadas, os cabelos bagunçados, mas apenas abraçado. Era bom sentir ela assim, comigo. Quando olhei no relógio, já passavam das oito horas.

-Nós temos que trabalhar –eu murmurei.

Ela se endireitou, saindo do meu abraço.

-Eu sei –respondeu suspirando. –Vamos ter que correr com as coisas. Como eu disse, eu quero ir no festival amanhã.

Eu bufei.

-Eu entendi da primeira vez –resmunguei, me levantando.

Ela levantou também e fomos nos arrumar para começar o dia de trabalho.

-Shikamaru –ela chamou quando eu estava fechando a porta do banheiro.

-Hum? –perguntei com apenas a cabeça de fora.

Ela estava de costas, na porta da cozinha.

-Também gosto de você.

 


Notas Finais


Eu sei que vocês provavelmente querem me bater nesse momento, mas eu não achei que esse era o ponto ainda pro relacionamento deles avançar hauhauhaua'

Temari ainda está um pouco insegura com o relacionamento. Como Shikamaru mesmo disse, eles não sabem o que são direito. E, apesar deles se conhecerem a anos como amigos e colegas de trabalho, essa parte do relacionamento deles, a parte romantica, é algo totalmente novo pra eles. A relação aqui vai evoluir no dia a dia que eles passam juntos e, conforme eu mesma observei apartir dos capitulos que eu já escrevi, vai ser aos poucos e constante.

Deixem comentarios para eusaber o que estão achando e eu gostaria de saber também o que vocês gostariam de ver na fics!


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