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História Coexist - Capitulo 1


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Naruto pertence a Masashi Kishimoto. Essa história não tem fins lucrativos.

A imagem de capa dessa fanfics também não me pertece. Se alguém souber quem é o artista, me informe por gentileza para eu poder creditar.

Essa história se passa depois da Quarta Guerra Ninja e do fim do mangá, seguindo mais ou menos como continuação do mesmo. Porem, desconcidera as novels.

A narração é feita em primeira pessoa pelo Shikamaru.

Capítulo 1 - Capitulo 1


Temari estava no quarto, arrumando suas coisas para partir para Suna na manhã seguinte. Eu permaneci na janela da sala de meu apartamento, fumando um cigarro já pela metade. Respondi algumas coisas que ela me perguntou, mas logo percebeu que eu estava incomodado com algo e parou de tentar chamar minha atenção para uma conversa.

As coisas começaram a acontecer de verdade no último Exame Chuunin, ano passado. Antes de tudo, nós tínhamos dado um único beijo, quando nos vimos pela primeira vez após a guerra. Estávamos vivos, estávamos inteiros e deixamos o sentimento falar por nós. Foi algo surreal pra mim, principalmente porque eu já sabia a algum tempo o que sentia por ela. Nos vimos mais três vezes após o beijo, sem, no entanto, tocar no assunto. Não que tivéssemos tido oportunidade para tal, mas acho que mesmo se tivéssemos tido, a conversa não teria acontecido.

Depois de uma longa discussão com a minha mãe sobre a importância de morar mais perto do centro de Konoha e do prédio do Hokage, visto que depois da guerra e da morte do meu pai eu tinha ficado em seu lugar como um dos homens de confiança do Hokage, eu alugara um apartamento pequeno a alguns minutos de caminhada do meu local de trabalho. Não foi fácil pra mim deixar minha mãe sozinha, e nem pra ela, mas depois de muito discutir, ela finalmente começou a dizer como seria bom pra mim catar minha própria bagunça e cozinha minha própria comida.

Quando Temari chegou em Konoha para o primeiro Exame Chuunin depois da guerra, ou seja, ano passado, eu já esperava que ela fosse fingir que nada aconteceu. Levei-a da entrada da vila ao hotel e logo depois ao escritório de Kakashi e, depois de falar com o Hokage, trabalhamos em uma das salas de reuniões do prédio até quase a madrugada, pois por causa de alguns assuntos diplomáticos ela tinha chegado muito depois do previsto, sem conversar nada além de assuntos relacionados ao trabalho. Quando saímos de lá as ruas já estavam praticamente desertas e eu tomei o mesmo rumo que o dela, o contrário de onde ficava minha antiga casa.

-Você não precisa me levar até o hotel. –ela disse quando notou que eu não me despedi e seguia o mesmo caminho que o seu –Estamos cansados e eu conheço o caminho.

-Não seja problemática –eu disse, bocejando –Além do mais, o hotel fica a duas quadras do meu apartamento.

-Você não mora mais com a sua mãe? –ela perguntou voltando a caminhar comigo e com a sobrancelha arqueada.

-É. –eu respondi –Não queria deixar ela sozinha, mas é mais prático morar perto do trabalho.

Temari não disse mais nada e caminhamos em silencio até a porta do hotel. A rua deserta, a lua alta no céu.

-Então é isso. –eu disse, as mãos atrás da cabeça olhando o caminho que eu ainda tinha que fazer –Boa noite.

Temari não respondeu de imediato, o que me fez olha-la. Ela tinha os olhos focados em mim e uma expressão determinada, mas corada. Eu ia perguntar se havia algo de errado quando ela se aproximou mais e acho que corei também quando entendi o que ela pretendia. Meus braços a envolveram em um abraço antes de ver os olhos dela fecharem e eu fechar meus próprios, nossos lábios se encontraram e novamente foi surreal. Ela tinha um cheiro quente, os lábios dela eram macios e língua dela encontrando com a minha, juntamente das mãos dela no meu pescoço, me causaram arrepios. Cedo demais, pelo menos pra mim, ela se afastou, mas não tirou meus braços da cintura dela, descendo as mãos até apoiar ambas nos meus ombros.

Encarei os olhos verdes o que pareceu uma eternidade. Ela continuava corada, o que me fez classifica-la como adorável.

-Boa noite. –ela respondeu antes de me dar um selinho rápido e sair dos meus braços.

Eu suspirei, vendo-a desaparecer na curva do corredor.

Nos dias que se seguiram aquilo se tornou um ritual. Era tão bom beija-la, abraça-la e ver ela corar. Era engraçado, visto que Temari era amedrontadora em muito aspetos, mas ela sempre corava antes de me beijar e eu sabia que ela ia fazê-lo exatamente por isso. Mesmo assim, me surpreendi quando ela me beijou na sala de reuniões quando estávamos apenas nós dois.

As primeiras fases do Exame Chuunin passaram e ela decidiu ficar em Konoha o mês entre a segunda e terceira fase. Nos víamos com frequência, ela ia comigo quando Chouji e Ino convidavam para comer fora, o que fazia Ino fazer piadinhas idiotas sobre nós estarmos juntos. Como eu estava de folga e geralmente esse era o tempo que eu passava com a minha mãe, ela foi lá comigo algumas vezes. Minha mãe não perguntou nada e elas se deram bem, o que era meu medo. Temari foi comigo ver a pequena Mirai, também, mais de uma vez, onde ela brincou com a menina enquanto eu conversava com Kurenai. Mirai encantava facilmente qualquer um e com Temari não foi diferente.

-Ela é uma mulher bonita. –Kurenai comentou comigo enquanto observamos Temari e Mirai interagindo numa dessas visitas. –Parece ser uma boa pessoa, também.

-O que você quer dizer com isso? –perguntei sem graça.

Mirai correu e agarrou minhas pernas bem quando Kurenai abriu a boca para responder, com Temari logo atrás, o que obviamente me deixou sem resposta.

No dia anterior a última fase do Exame Chuunin, Temari decidiu que queria conhecer meu apartamento.

-Que problemático, Temari! –eu exclamei quando ela já me arrastava pra lá depois de sairmos da churrascaria com Ino e Chouji, indo pra o lado oposto a eles e já termos passado o seu hotel –O que tanto você quer ver no meu apartamento?

-Quero saber se você é tão desleixado quanto é preguiçoso –ela disse e eu me dei por vencido. Se ela esperava encontrar uma zona e com isso poder tirar com a minha cara, seria bom ver o desapontamento em seus olhos.

Meu apartamento era no último andar de um pequeno prédio de três andares, com quatro apartamentos por andar. Tinha um único quarto com uma cama de casal, onde eu geralmente dormia esparramado, um guarda roupa e uma escrivaninha com alguns pergaminhos em cima. Na sala, havia um sofá virado na direção da porta, duas poltronas e uma mesa de centro. A cozinha e o banheiro eram tão simples e impessoais como todo o resto. A única coisa que denunciava que alguém de fato morava ali, era a cama que eu nunca me dava ao trabalho de arrumar e as fotos penduradas na parede oposta a porta de entrada, atrás do sofá, na sala: O time 10 recém-formado, o time 10 depois de todos terem se tornado chuunin, outra mostrando eu, minha mãe e meu pai pouco tempo antes de Naruto voltar para vila e a última era minha com Mirai recém-nascida no colo.

Temari bufou com a falta de bagunça para me criticar, mas ficou admirando por um momento as fotos na sala.

-Já viu o que queria ver? –perguntei quando ela se sentou no sofá.

-Já e estou desapontada! –ela disse, cruzando as pernas –Esperava que você fosse um daqueles caras que tem a casa de ponta cabeça, com roupa jogada por tudo e comida estragada na geladeira.

Eu não pude deixar de rir.

-Não, esse é o Naruto. –eu disse, me sentando ao lado dela –Eu nem fico muito aqui, na verdade. Quando estou de folga vou pra casa da minha mãe, ou na da Kurenai, e quando não eu fico o dia inteiro fora.

Ela assentiu.

-Mirai-chan é uma gracinha –ela disse –Ela é filha do seu falecido sensei, não é, o da foto?

-Uhum –eu respondi. –Já te contei essa história, não é?

Ela assentiu e ficamos alguns minutos em silencio, ela ainda examina a sala. Eu confesso que estava nervoso. Era a primeira vez que ficávamos em um lugar sozinhos e sem o mínimo perigo de alguém entrar de surpresa. Me distrai por um momento olhando a nuvens pela janela, na tentativa de acalmar meu coração que pulava no peito. Quando olhei de volta pra Temari, ela estava corada.

-É tão problemático o jeito que você cora quando vai me beijar... –eu sussurrei, enlaçando sua cintura. Era mesmo problemático, porque ela fazia eu corar também.

Nossos lábios se encontraram sem pressa no princípio, eu aprofundei o beijo enquanto as mãos dela enlaçavam meu pescoço, me trazendo pra mais perto. Nos beijamos por um longo tempo daquele jeito, lento e delicioso. Até que eu a apertei mais forte conta mim e ela soltou um gemido baixo contra meus lábios. Eu suspirei pesadamente, trazendo-a pro meu colo, sentei-a sobre uma de minhas coxas e voltei a beija-la com mais intensidade. Temari correspondeu meu avanço, subiu as mãos até meu cabelo e o soltou, senti os fios caindo e batendo nos meus ombros em meio ao beijo, as mãos dela passando por eles, apertando e puxando um pouco em meio ao beijo. Uma de minhas mãos passeava por sua cintura enquanto a outra subiu pelo seu pescoço. Quando nos separamos, foi por pura falta de ar. Estávamos ofegantes, ela estava extremamente corada e eu provavelmente estava também.

Eu encostei minha testa na dela, totalmente rendido a aquele momento. Ela fechou os olhos e eu admirei aquela beleza única dela. Nossas respirações foram se acalmando aos poucos.

Ela se afastou um pouco e me encarou.

-Hum? –perguntei.

-Você fica... –ela hesitou, o corado voltando ao seu rosto –Muito sexy de cabelo solto.

Eu arregalei os olhos, mas ri logo em seguida.

-O que você está rindo? –ela perguntou, o cenho fanzido.

-É que eu acho você sexy de qualquer jeito. –murmurei no ouvido dela. Ela me deu um tapa no ombro e me beijou logo depois, lentamente dessa vez.

Naquele dia nós ficamos boa parte da madrugada trocando beijos e carinhos e adormecemos ali no sofá mesmo, Temari meio deitada no meu colo e eu encostado no encosto. Acordamos com os raios de sol que entravam pela janela aberta e rimos da cara amassada um do outro.

Dois dias depois ela foi embora junto com a delegação de Suna, sem despedidas e sem mais um único momento sozinhos.


Notas Finais


Eu estava com vontade de escrever um ShikaTema e nasceu a ideia dessa fanfics. No inicio ela seria pequena, menos de cinco capitulos, porem, depois de algumas semanas dedicadas a ela, vi que não é tão pequena assim.

Não sei qual vai ser a frequencia de postagem, isso depende de quanto eu escrever e de quantos comentarios eu receber.

Espero que tenham gostado do primeiro capitulo. Essa é a primeira long fics do Naruto que eu posto.

É mais ou menos como eu imagino o apartamento do Shikamaru:
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