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História Coexist - Capitulo 12


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Um pouco tarde hoje, mas a faculdade não me deixou postar mais cedo ahuahu'

Bom capitulo, espero que vocês gostem *w*

Capítulo 12 - Capitulo 12


Mais cedo do que eu gostaria, acordei com a voz da minha mãe chamando do outro lado da porta fechada do quarto.

-Acorda, Shikamaru! -ela mandou batendo na porta e eu gemi frustrado.

Temari se remexeu nos meus braços e, sem eu saber exatamente como ou porque, me chutou para fora da cama, se sentando assustada. Cai em cima da perna numa pancada dolorosa, errando por poucos centímetros o saco de dormir, que teria amortecido o impacto.

-Ai! –exclamei.

-Acordou? -minha mãe perguntou ainda sem abrir a porta.

-Sim. -resmunguei alto, lançando um olhar indignado para Temari que me olhou com os olhos arregalados. Franzi o cenho, sem entender, mas sua expressão não mudou. A voz da minha mãe fez-se ouvir novamente do lado de fora, um tanto risonha:

-Estão vestidos?

-Mãe! -exclamei enquanto desviava os olhos de Temari, que, como eu, corou intensamente.

-Isso é um sim? -Yoshino riu e eu não respondi.

Ela abriu a porta, nos olhando com uma expressão curiosa, provavelmente por eu estar estatelado no chão, e divertida.

-Venham tomar café. -ela mandou -Vamos resolver logo o problema com o pobre cervo. Hoje é a festa de aniversário da Ino, não?

-É. -respondi ainda constrangido, coçando a nuca.

Minha mãe assentiu.

-Estou esperando vocês lá em baixo.

Ela saiu do quarto, fechando a porta. Senti a lateral da minha perna, onde eu cai em cima quando Temari me derrubou da cama, latejar. Gemi de dor, levando a mão até o local e massageando, fazendo uma careta.

 -Por que você fez isso? -perguntei irritado, finalmente olhando para ela. Temari pareceu que tinha visto um fantasma, assustada e corada. Eu teria rido da cara de pavor dela se não estivesse com dor.

-Eu-eu -ela gaguejou -Eu não queria que sua mãe pensasse besteira!

Revirei os olhos, ainda corado pela indiscrição da minha velha.

-Ela já pensa, Temari. -resmunguei me levantando.

-É, eu percebi -ela murmurou constrangida -Não sei se vou conseguir descer e encará-la, Shikamaru! Isso é muito constrangedor!

-Mas nós não fizemos nada! –exclamei ainda irritado com a dor.

-Mas ela acha que sim! –Temari disse –E vai ficar olhando a gente com aquela cara que a Ino faz. Porém, ela é sua mãe!

Bufei. Ela tinha razão, mas eu estava irritado e sai do quarto sem respondê-la, mancando. Fui ao banheiro e quando voltei Temari passou por mim sem dizer nada, sumindo pela curva do corredor.

Desci as escadas e encontrei minha mãe na cozinha. Ela estava sentada à mesa e me olhava com uma sobrancelha arqueada e eu corei.

-Você pode parar com isso? –perguntei irritado.

-Você apronta o que quer e depois não aguenta as consequências? –ela perguntou.

-Eu não aprontei nada, mãe! –continuei no mesmo tom –Eu estava dormindo na mesma cama que ela como tenho feito a dias! Dormindo! A noite toda! Não fazendo qualquer outra coisa!

Minha mãe continuou me encarando.

-Vocês não...? –ela me perguntou.

-Não! –eu respondi exasperado.

Minha mãe levantou as duas sobrancelhas para mim, surpresa. Ela ia perguntar mais alguma coisa, mas escutei os passos de Temari descendo a escada.

-Podemos não falar disso agora? –perguntei mais baixo –Ela está envergonhada.

Ela assentiu, sem dizer mais nada. Suspirei. Ela serviu uma xicara de chá pra mim, pra ela e pra Temari, que chegou na cozinha logo depois, um tanto desconcertada.

OoOoOoOoOoOoOo

Minha mãe me lançou alguns olhares curiosos durante toda a caminhada até o local onde tinha visto o cervo pela última vez. Temari vinha com a gente, minha mãe a tinha convidado, mas andava em silêncio.

Quando chegamos na orla da floresta, minha mãe tomou a frente, indicando o caminho. Chegamos em uma clareira pequena depois de passar por um caminho de árvores fechadas e minha mãe franziu o cenho para o mato a sua volta.

-Ele costumava estar aqui a essa hora. -ela explicou quando lhe questionei com o olhar.

Pedi pra Temari se manter um pouco afastada e ela se encostou em uma árvore no limite da clareira. Observei com atenção o chão e notei claros sinais de cascos de cervo. Eles seguiam um padrão e pude notar que ele estava com problemas para andar. Provavelmente a pata esquerda dianteira estava machucada.

Agachei e analisei as pegadas que pareciam mais frescas.

-Não faz muito tempo que ele esteve aqui. -murmurei pra ninguém em especifico -Mas não são de hoje.

Minha mãe me encarou por um momento antes de bufar.

-Faz uma semana que eu estou atrás dele e ele tem seguido um padrão de comportamento. -ela disse.

-Parece que ele mudou o padrão, mãe -dei de ombro -Podemos tentar rastreá-lo pela floresta, mas isso leva tempo e você sabe que eu não sou bom nisso. Seria melhor voltar com alguém mais experiente com rastreamento.

Minha mãe assentiu.

-Vamos voltar então. -ela decidiu -Você ainda tem uns dias de folga, não? -eu assenti -Vou ver o que podemos fazer e te aviso.

Dei de ombro novamente, pegando o caminho de volta pra casa da minha mãe junto dela e Temari. Minha mãe disse para ficarmos para o almoço e Temari concordou.

-Você não abriu seus presentes. -ela observou quando subimos para o quarto depois que sugeri de jogarmos shogi.

Os embrulhos estavam em cima do criado mudo do lado da cama, onde eu tinha deixado na noite anterior. Os encarei por um momento.

-Isso é problemático. -suspirei.

-Ganhar presentes é problemático? -Temari perguntou sentando na cama.

-É. -respondi -Nem sempre a pessoa sabe o que você gosta, ou ela acha que sabe, mas não tem ideia do quanto não sabe. Daí você ganha coisas inúteis ou que você detesta e ainda tem que fingir que gostou.

Temari levantou a sobrancelha pra mim.

-Você é muito chato, Shikamaru. -ela disse -Se eu soubesse dessa sua visão sobre presentes, nem tinha comprado nada pra você.

-Você comprou? -perguntei confuso. Ela não tinha me entregado nada ontem.

-O embrulho verde é meu. -ela respondeu.

Olhei de novo para a pequena pilha de presentes e realmente: Eu havia recebido algo de Kurenai, Ino e Chouji, mas haviam quatro embrulhos. Olhei de volta para Temari e ela parecia um pouco encabulada. Levantei as duas sobrancelhas e voltei os olhos para o embrulho verde, o pegando. Era um pequeno saquinho e eu o examinei por alguns segundos, me perguntando o que podia ser que tinha ali dentro. Não chegando a nenhuma conclusão, abri e joguei o conteúdo na mão.

Era um colar com um pingente em forma circular prateado. Parecia um anel, mas era grande demais mesmo para meus dedos. Fitei aquilo por alguns segundos, sem realmente entender o que significava.

-Em Suna -Temari começou, meus olhos voltaram-se pra ela, mas ela não me olhava enquanto falava: -Vemos o círculo como um símbolo de aperfeiçoamento e evolução constante, algo muito importante para nós como shinobis. Ele também representa o sol e o universo como um todo... E o infinito. Coisas que nunca acabam.

Ela me lançou um olhar profundo e cheio de significado quando terminou de dizer as últimas palavras e eu senti borboletas no meu estômago. Eu não respondi nada, encarando o metal circular em minha mão e absorvendo todo o significado que ele vinha a ter. Raciocinando o que ela queria dizer me dando aquilo.

-Obrigado. -agradeci por fim, olhando para seu rosto um pouco corado -Esse não é um dos presentes que vou ter que fingir que gostei.

Ela riu, mas desviou os olhos.

-Não acha bobo? -ela perguntou.

-Não. -respondi, passando o cordão pela cabeça e o acomodando no pescoço, deixando o pingente bater no meu peito. Ela sorriu, seus olhos na peça.

Sentei do seu lado a beira da cama e a abracei. Ela se encostou no meu peito, correspondendo o abraço.

-Não vai abrir os outros? –ela perguntou, ainda em meus braços.

-Você parece mais curiosa que eu em relação a eles. –resmunguei, a soltando e pegando outro embrulho.

Era reto e relativamente pequeno o do Chouji. Abri já prevendo o que era. Um vale-jantar no Restaurante Q.

-Entende o que eu quero dizer? –perguntei pra ela –Esse é o tipo de presente que o Chouji gostaria de ganhar, então ele me deu por achar que eu também gostaria.

-Mas você gosta do restaurante. –ela rebateu.

Revirei os olhos pegando o outro embrulho, o de Kurenai. Abri e encontrei uma moldura com uma foto onde eu, Temari e Mirai brincávamos na sala de Kurenai. Eu não sei quando ela tirou aquela foto, mas Temari sorria para a pequena, e eu sorria olhando as duas. Corei.

-Oh... –Temari exclamou –Não acredito que Kurenai-san tirou uma foto nossa sem a gente perceber! –ela riu e eu acompanhei seu riso, um tanto encantado pela foto –Esse é um dos presentes da categoria que você não precisa fingir que gostou? –ela perguntou irônica.

-Tsc. –resmunguei e admiti um tanto contrariado–Sim.

Encarei o ultimo embrulho, azul, em cima do criado mudo. Estava com receio de abrir aquele, o de Ino.

-O que foi? –Temari perguntou.

-Ino disse pra abrir o presente só quando eu estivesse em casa. –contei pra ela, ainda encarando o embrulho –Estou com medo do que ela possa ter aprontado.

Temari tornou a rir.

-Não pode ser algo tão terrível assim. –ela deu de ombros.

Eu olhei pra ela com uma sobrancelha arqueada.

-É da Ino que estamos falando, Temari. –rebati.

-Bem, uma hora você vai ter que abrir, não?

Bufei, pegando o embrulho. Rasguei o papel e descobri uma caixinha de papelão. Franzi o cenho para aquilo, sem entender. Abri a caixa de papelão e haviam varias tirinhas finas enfileiradas que eu não tinha a mínima ideia do que eram. Puxei uma.

-Oh! –Temari exclamou novamente quando viu o que estava na minha mão.

Meu rosto esquentou quando finalmente entendi o que estava segurando. Não olhei para Temari, não iria conseguir fazer isso nesse momento, mas disse:

-Acho que Ino resolveu nosso problema pra gente.

-Eu... não... acredito que ela fez isso! –Temari exclamou –Céus! Onde ela... Eu..

-Você disse que não podia ser tão terrível, e não é... –eu ri, mesmo me sentindo extremamente envergonhado.

Finalmente tomei coragem para olhar Temari e ela estava tão vermelha quanto uma pessoa poderia ficar. Ela desviou os olhos dos meus rapidamente, sem graça. Mas um sorrisinho nasceu em seus lábios. Ela bufou.

-Juro que ainda cometo um assassinato... – ela resmungou –Ino é uma pessoa muito inconveniente!

–Pelo menos não vou passar pela situação de ter que comprar isso por enquanto. –dei de ombros. Já tinha pensado na possibilidade de pedir pra Ino de qualquer forma, ela só tinha facilitado a minha vida, apesar de me colocar nessa situação constrangedora.

-Covarde. –Temari tornou a resmungar.

Coloquei de volta na caixa o que estava na minha mão e me aproximei de Temari. Ela arregalou os olhos quando viu eu me aproximar.

-Hey! –exclamou se afastando.

-O que? –perguntei confuso.

-Nada. –ela respondeu rapidamente, desviando os olhos novamente.

Cocei a cabeça.

-Que problemático! –exclamei. –Você não precisa se comportar como se... Eu fosse pular em cima de você.

Ela revirou os olhos.

-Eu só... estou nervosa com isso. –ela confessou –E você é um idiota. –completou.

Bufei. Ficamos sentados na cama por um tempo sem encarar um ao outro. Olhei para Temari pelo canto do olho e ela me encarava também de soslaio, mas desviou o olhar rapidamente quando percebeu que eu a olhava.

-Vamos... jogar shogi? –propus para acabar com aquele constrangimento idiota.

-Sim, vamos. –ela respondeu rapidamente.

Arrumamos o tabuleiro entre a gente como na noite anterior e começamos a jogar. Nenhum dos dois estava prestando muita atenção no jogo, de qualquer forma, mas, ainda assim, ganhei as duas partidas.

Minha mãe chamou para almoçarmos quando tínhamos acabado de começar a terceira. Temari estava um tanto irritada com as derrotas e desceu as escadas me olhando torto. Minha mãe já tinha posto a mesa e nos sentamos para comer. Ela fitou com o cenho franzido por um momento o colar em meu pescoço.

-O que é isso? –ela perguntou, pegando o círculo entre os dedos quando sentei do seu lado.

-Presente da Temari –respondi.

Temari corou quando minha mãe olhou pra ela, mas não disse nada. Minha mãe a encarou por alguns segundos, talvez esperando uma explicação, mas Temari pareceu não entender e só desviou o olhar. Yoshino deu de ombros e começou a nos servir.

-Que horas é a festa da Ino? –ela perguntou enquanto começávamos a comer.

Eu olhei para Temari, também não sabia.

-Às nove –ela respondeu –Ela me disse enquanto você fumava. Vai ser na casa dela mesmo e ela estava um tanto empolgada com as garrafas de saquê que ela conseguiu em promoção.

-Vê se não bebe igual àquela vez que chegou aqui carregado pelo Chouji e pelo Kiba, hein, Shikamaru! –minha mãe ralhou e eu me perguntei se hoje era o dia oficial de constranger o Shikamaru.

Temari me fitou com uma sobrancelha arqueada

-Que problemático! –exclamei –Eu tinha quinze anos!

-O primeiro porre nenhuma mãe esquece, moleque –minha mãe disse e Temari riu.

Revirei os olhos. Eu estava perdido com aquelas duas.

-Não vou cuidar de bêbedo nenhum, hein, Nara? –Temari provocou.

Terminamos de comer com as duas conversando e eu tentando participar o menos possível da conversa. Minha mãe realmente tinha tirado o dia para contar histórias constrangedoras sobre mim. Quando terminamos, Yoshino me fez tirar a mesa e lavar a louça.

Ela parou do meu lado enquanto eu ensaboava os pratos. Temari não estava por perto e ela tinha aquele olhar curioso.

-Se você está pensando em perguntar algo constrangedor, pergunte de uma vez! –resmunguei –Que saco!

-Você está falando com a sua mãe, moleque! –ela me repreendeu –Respeito é bom e conserva os dentes.

Bufei.

-Pelo que eu entendi, você é virgem. –ela disse e eu desviei o olhar corado. Não respondi, não precisava –E pela sua situação não ter mudado vocês estando todos esses dias dormindo juntos, ela também. –ela revirou os olhos para minha cara de pânico com o assunto –Relaxe Shikamaru, eu não vou perguntar nada. Já te avisei o que acontece com você se me aparecer dizendo que vai ser pai antes de casar. Fora isso, a vida é sua, não é da minha conta. Mas se você quiser conversar, sei que tem vergonha e provavelmente preferiria falar disso com seu pai, mas pode falar comigo.

Eu ri pelo nariz.

-Obrigada, mãe. –respondi, realmente grato, apesar de muito constrangido com o assunto -Mas não vai rolar.

Ela negou com a cabeça e deu uma risada e disse:

-Só... Seu pai era mais esperto que isso, garoto. Com dezenove anos, você nem sonha o que fazíamos por aí.

Arregalei os olhos e corei.

-Mãe! –exclamei, pensando em como esse tipo de informação era desnecessária.

Minha mãe saiu rindo da minha cara e segundos depois Temari estava do meu lado.

-Do que sua mãe está rindo? –ela perguntou curiosa –E porque você está vermelho?

Eu bufei e neguei com a cabeça. Temari arqueou uma sobrancelha e se encostou na bancada, me olhando terminar de lavar o ultimo prato. Sequei a louça e guardei sob seu olhar e, depois de terminar, meus olhos encontraram os seus.

Nos encaramos por um momento sem dizer nada, ela suspirou e disse, corando:

-Vamos pro seu apartamento?

Meu coração disparou.

 


Notas Finais


Primeiro: O colar que Temari deu pro Shika, é o mesmo que ele aparece usando no ultimo capitulo do mangá do Naruto. Não é tradicional aos japonêses usarem aliança, então eu creio que aquilo não seja uma, mas quis dar um significado bonitinho pra ele mesmo assim. Espero que tenham gostado.

No mais, bastante Yoshino constrangendo o filho, Ino resolvendo o problema do casal (e constrangendo eles também hauhauhaa') e... O que será que vai acontecer agora? Só saberemos no próximo capitulo! huahuauahua'

Espero comentarios <3

P.S.: A quem interessar, postei a primeira fics de uma coleção que pretendo fazer com o casa. O nome da coleção é "Troublesome Love Stories" e pode ser encontrada no meu perfil <3


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