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História Coffee - Destiel - Capítulo Único


Escrita por: lunefairy

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Mesmo tendo que acordar às cinco da manhã em uma sexta-feira, Dean estava animado. Há poucos dias havia conseguido um emprego em uma cafeteria e, como um bom amante de café, não via a hora de chegar lá e inspirar o maravilhoso cheiro de todos os tipos de sua bebida favorita.

Com um sorriso de rasgar a face, arrumou-se e foi até o trabalho com um humor extremamente incomum. Fazia frio lá fora, a neve começava a cair aos poucos. O inverno finalmente chegara. Logo quando abriu a porta do estabelecimento, pôde sentir o perfume do líquido preto chegar até as suas narinas. Sentiu-se nas nuvens.

Foi até atrás do balcão e tirou o sobretudo pesado, para então observar a porta atentamente, esperando pelo primeiro cliente do dia. Ele roía as unhas de uma mão, e batia os dedos da outra freneticamente em cima do balcão. Estava realmente ansioso.

Até que, após uns bons dez minutos, um homem entrou na cafeteria desastradamente, esbarrando em quase tudo e xingando para si mesmo antes de sentar em uma das cadeiras próximas ao balcão. Dean prendia o riso o máximo que podia, ficando com o rosto completamente vermelho.

O homem pediu café puro, tentando parecer o mais normal e sério possível. Observando mais que o necessário as feições dele, Dean percebeu o quanto era bonito. Distraidamente, aproveitando a ausência de outras pessoas ali, ele se inclinou no balcão e começou a flertar, não se preocupando se o rapaz era gay ou não.

Seu nome era Castiel. Ele tinha lindos olhos azuis, barba levemente mal-feita e uma expressão extremamente sexy. Detestava macchiato de caramelo, e quase nunca bebia outro café que não fosse o puro. Dean ficou surpreso por ter descoberto tantas coisas em uma conversa de poucos minutos e, principalmente, por ter dado bola para ele.

Os próximos clientes foram um casal jovem acompanhados de uma criança de aproximadamente seis anos. Ela mexia em tudo, e ele sentia vontade de jogá-la para bem longe. Não que ele não gostasse de crianças, ele só não tinha paciência. Estava começando a se arrepender de ter ficado tão animado para trabalhar ali.

O dia passou rápido, e no outro dia ele não estava mais tão animado. Arrumou-se rastejando pelos cantos, se lamentando por ter dormido tarde na noite anterior, jogando vídeogames. Chegou no trabalho bocejando de cinco em cinco minutos, com uma expressão cansada.

Todavia, quando o primeiro cliente chegou, sua expressão mudou. Ele preparou uma xícara de café preto e colocou sobre o balcão com um sorriso no rosto assim que Castiel sentou-se. Estava tudo silencioso, até o sobretudo dele enganchar numa cadeira e a derrubá-la no chão, causando um barulho que fez Dean não se controlar e começar a rir de seu pequeno desastre.

Eles conversaram mais uma vez, e dessa vez Dean descobriu que ele tinha um lindo meio-sorriso, e também que aquele rapaz ficava ainda mais atraente quando seus cabelos estavam bagunçados.

A conversa foi rápida, mas o dia, por outro lado, passou se arrastando. Os dias seguintes foram basicamente resumidos em um Dean cansado e coberto de olheiras, flertando com o primeiro cliente de todos os dias: Castiel.

Castiel se perguntava o porquê de ir todos os dias para aquela cafeteria, sendo que ele nem sentia tanta necessidade assim de tomar café. Talvez porque queria ver de novo aquele homem que, ele querendo ou não, sempre dava um jeito de flertar; ou porque, de algum modo, ele realmente amava o café dali. Queria convencer a si mesmo da segunda opção.

Era uma quinta-feira quando Dean o obrigou a provar macchiato de caramelo, seu café favorito. O outro considerava ser uma bebida amarga e fria, mas quando finalmente perto de seus elábios, um cheiro doce o invadiu. Ele fez a melhor expressão que pôde. Apesar do cheiro, aquilo era horrível.

Nos dias que se seguiram, Castiel passou a gostar daquele café, de tanto que ele bebia contra sua vontade. Ele passou uma noite inteira juntando coragem para ligar para o número de Dean, para só então discar e perceber que ele dera o número errado. Aquilo era algo que deveria se esperar de alguém como Dean Winchester.

Na sexta, Castiel fora o último cliente ao invés do primeiro. Ele se voluntariou para fechar a cafeteria junto com o outro, mas no final acabou desistindo após ter quase destruído o estabelecimento com seus desastres. Esperou lá fora, observando atentamente a neve cair sobre sua mão.

Quando tudo estava organizado, Dean saiu para fora e a primeira coisa que fez foi beijar a bochecha dele despreocupadamente. Ele começou a andar como se nada tivesse acontecido e deixou Castiel com o rosto completamente vermelho, o observando, chocado.

Na mesma noite, Castiel percebeu que estava muito, muito ferrado: estava gostando dele. Não que ele fosse admitir aquilo em voz alta. Dean, por outro lado, estava tão feliz que poderia espalhar para todos ao seu redor o que tinha acontecido. Um cara lindo havia flertado de volta consigo sem nem mesmo conhecê-lo. E não lhe dera um fora quando depositou aquele beijo em sua bochecha.

Observando seu calendário, Dean finalmente se deu conta que conhecia Castiel há várias semanas. O tempo realmente havia passado rápido. Ele olhou para o relógio e foi para o trabalho, curioso sobre como o outro se comportaria em relação ao dia anterior. Com um sorriso no rosto, acenou para ele assim que entrou. Dessa vez, ele não esbarrou nem quebrou nada.

Nesse dia, Dean descobriu que ele tinha um lindo sorriso. Ele sempre dava sorrisos pela metade, mas nunca um inteiro. E dessa vez Dean realmente se interessou. Aproveitando que seu chefe havia deixado a cafeteria em suas mãos para levar a esposa em algum lugar, ele se inclinou sobre o balcão. Chegou perto e mais perto. Perto o suficiente para seus lábios se tocarem e eles iniciarem um beijo.

Tinha gosto de macchiato de caramelo, e pela primeira vez, Castiel achou que aquele era o melhor café do universo. Suas mãos foram parar nos cabelos de Dean, puxando-o para mais perto. Quando se separaram, o sorriso de sempre de Dean apareceu. Castiel não sabia o que dizer ou fazer.

"O que vai querer?" ele perguntou normalmente, como se não houvesse feito nada.

Castiel jamais pensara que algum dia, por livre e espontânea vontade, pediria o que pediu naquele momento.

"Macchiato de caramelo."


Notas Finais


Obrigada por ler.


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