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História Coffee - Capítulo Único


Escrita por: Pan_Alban e Mirys

Notas do Autor


Hello!!!!

Passando na correria para postar o presente (atrasado, claro) da nossa mais loira, mais linda, mais sasusakete e melhor amiga, Milla Senpai *-* Ontem foi o aniversário dela e só hoje conseguimos terminar o presente!! É bem simples e curtinha, mas têm três coisas que ela ama muito no meio da fic, queremos ver se ela descobre hehehehehe
FELIZ ANIVERSÁRIO, MILLA! O FANDOM TE AMA!

Capítulo 1 - Capítulo Único


— Ele tem cara de estudante de Direito.

— Já viu algum estudante de direito sem aquela “bíblia” embaixo do braço?

— Talvez Engenharia?

— Nunca vi nenhuma calculadora do lado dele.

— E se ele for um gênio?

— …

— OK. Arquiteto? Não, não. Talvez um estudante de Letras?

— Letras? Ele mais parece estar desenhando do que escrevendo. Olha lá.

Achando estarem discretas, Ino e Sakura abaixaram um pouco a aba do boné que fazia parte do uniforme de trabalho e olharam, com meio corpo escondido atrás da máquina de café, para o oriental que sempre sorria estranho para Ino.

— Realmente. — Ino concordou lentamente olhando para o rapaz sentado sozinho na mesma mesa e horário de todo sábado. — Estudante de arte?

— Estudante de arte.

Satisfeitas, as duas voltaram para frente do balcão e voltaram a olhar para o fluxo de pessoas da universidade. Os sábados eram sempre muito mais tranquilos que os dias de semana, e era no fim de semana que elas tinham tempo para teorizar sobre a vida das pessoas que passavam por ali.

Alguns já eram rostos conhecidos, como o suposto estudante de arte chamado Sai. Ou o gordinho gente boa que pedia sempre dez rosquinhas e um frapuccino grande e deixava uma gorjeta para as duas, o já confirmado estudante de Ciências Contábeis chamado Chouji. Também havia uma mocinha que vivia com roupa de ginástica e pedia tudo sem açúcar, a Tenten, estudante de Educação Física.

Elas sabiam o nome de todos que passavam ali, escreviam eles em seus copos para depois poder chamá-los. Bom, na verdade nem sempre davam seus nomes reais…

— Oscar Alho — berrou Konohamaru, o empolgado funcionário novo recebendo seu primeiro grupo de idiotas.

— Coitado. — Ino balançou a cabeça para um Konohamaru confuso que coçava a nuca olhando para elas com um pedido de socorro enquanto muitos riam e alguns até gritavam.

— Um dia ele aprende a ler o nome antes. — Sakura ergueu os ombros para o garoto mostrando que aquilo seria mais comum que o normal. — Opa, está chegando meu cliente.

Sakura se afastou do balcão e tirou Konohamaru da frente. Todo sábado havia um outro estudante que ia ali pegar o mesmo expresso sem açúcar e uma fatia de Red Velvet. Moreno, olhar sério, perfume gostoso, suéter por cima da camisa social…

— Esse cliente é da Sakura — Ino sussurrou para o novato que assentiu exageradamente indo atender outro cliente que aparecia.

Sakura sorriu com ainda mais vontade do que seu profissionalismo exigia. Ele parou na sua frente olhando desnecessariamente para o cardápio colado e ela esperou ele erguer os olhos daquele jeito dele de toda vez, sem erguer toda a cabeça, apenas os olhos. E dizer com a voz mais máscula que ela já ouviu na vida:

— Um expresso e um Velvet.

E voltar a olhar para o cardápio.

— Algo mais?

Então ele levantaria o rosto e deixaria um sorriso de canto negando apenas uma vez com a cabeça.

A primeira vez que ele fez isso, Sakura tropeçou nos próprios pés e quase causou um acidente com Ino, mas ela havia se aprimorado na arte de disfarçar a cara de boba e esperar que as pernas bambas voltassem ao normal.

— Só um segundinho.

E então ela ia preparar o café enquanto Ino separava a fatia de bolo.

Mas só tinha um problema…

— Aqui está. Volte sempre.

Ela não sabia o nome dele.

Sakura suspirou quando ele deu as costas com as suas coisas, e toda vez ela dizia a mesma coisa para Ino que a ajudava na apreciação do moço:

— Por que ele não pede para viagem?

Na xícara não dava para escrever o nome e ele em nenhum momento deu brecha para que ela perguntasse. O pior de tudo era que Sakura não se decidia se a fantasia criada por ela em cima daquele homem bonito adotado como seu crush era melhor do que saber quem ele realmente era, sua verdadeira história.

As duas escoraram os cotovelos no balcão e continuaram observando as pessoas, quero dizer, Ino continuou observando as pessoas, pois nos sábados, quando o seu cliente chegava, pegava seu café, tirava um livro da bolsa transversal e começava a lê-lo por exatamente meia hora, era somente nele que sua atenção ficava.

Naquele breve momento de contemplação ela pensava sobre qual seria o nome dele, sua idade, o que estudava, se tinha namorada… A história que ela criava mudava todo sábado, como se o rapaz desse pistas sobre si mesmo através dos livros que lia, das roupas que usava e as pessoas com quem ele falava.

— Takaro Apiroka.

E naquele sábado ela descobriu que a risada dele também era linda.

 

◐ ◒ ◑ ◓

 

— Gostei da cor — Ino apontou na manhã do próximo sábado assim que Sakura chegou à cafeteria da faculdade.

Ela balançou os cabelos cor de rosa com um sorriso antes de prendê-los dentro do boné.

— Próximo passo vai ser fazer uma tatuagem. Ainda não sei onde e nem o quê.

— Nossa, teve algum tipo de experiência extraplanar? — Ino brincou se lembrando da vez que Sakura começou a ler sobre o universo e teorizar vida fora da Terra.

Sakura riu com sarcasmo apenas para disfarçar a vergonha da real resposta: ela havia lido um livro de autoajuda que dizia que as mudanças que faz em você traz mudanças para a sua vida. Bom, ficar estagnada não era um bom plano, e querer sair daquele emprego e finalmente estar do outro lado do balcão como uma estudante universitária fazia parte dos seus planos de mudança de vida.

— Entenda, Ino — disse amarrando o avental verde na cintura e ligando as últimas máquinas de café enquanto o novato organizava os copos e canudos — A mudança tem que partir de nós primeiro. Quero ter uma nova vida e estou disposta a ser uma nova Sakura para isso.

Ino ergueu apenas uma sobrancelha e olhou Sakura com preguiça. Entretanto, não iria questionar mais nada, seria interessante algo diferente naquele sábado parado.

Sakura estava se sentindo agitada. Havia feito muitos planos para a semana e estava animada para colocá-los em prática. Dinamismo, confiança, estilo! As três palavrinhas iniciais que dariam início ao novo caminho dela.

Ela ia fazer tudo diferente. Tudo!

— Esse com certeza é Direito — Sakura apontou para o rapaz com rabo de cavalo chamado Nara que havia acabado de fazer seu pedido.

— E ela? Administração? — Ino questionou ao lado dela, as duas com os cotovelos no balcão e o rosto apoiado na mão.

— Economia.

— Namorados?

— Ainda não, mas têm química.

— É mesmo…

— PAULA AMBIDO! — Konohamaru fez as duas saltarem com o berro que deu segurando um capuccino grande.

— Valha-me Deus! — Sakura suspirou por baixo dos risos dos estudantes. — Garoto, aprenda a ler antes de chamar a pessoa. Ou chama só pelo primeiro nome, pelo amor!

— Eu esqueço— ele coçou a nuca.

Sakura despertou para seu plano de mudança e decidiu que naquele momento ia colocar em ação. Bateu a mão no balcão quando os engraçadinhos foram buscar a bebida e olhou feio para eles.

— A reitoria vai ficar sabendo dos estudantes que estão humilhando funcionários.

A ameaça foi breve, mas foi eficiente. Os alunos saíram rapidamente e Konohamaru quase chorou agradecendo. Ino enrolou a ponta do cabelo no dedo olhando com tédio para uma Sakura que colocava a mão na cintura e olhava séria para os colegas de trabalho.

 —Não podemos mais aceitar isso. Temos que erguer a cabeça e fazer diferença! Vamos ser o melhor café desse lugar e, ainda, fazer o reitor implorar para que aceitemos uma bolsa de estudos pelo ótimo trabalho.

— Claro.. — Ino revirou os olhos e tirou um chiclete para mascar. Konohamaru apoiou com entusiasmo. Sakura suspirou olhando ao redor para as mudanças que poderia fazer ali quando Ino se pronunciou — Então você vai fazer as coisas diferentes, agora? E sobre o moço do expresso?

Sakura engoliu olhando pensativa para a amiga. Estava decidida, não? Deveria fazer algo!

— Vou pedir o nome dele! Não, melhor… vou pedir um beijo pelo pagamento do café. Isso. — balançou a cabeça confiante.

— Ok, então é sua. — Ino sorriu maldosa e apontou com o queixo para o moço de cabelo preto que olhava o cardápio esperando ser atendido.

Sakura esperava a morte.

— Bom dia. O de sempre? — o sorriso de sempre vacilou, mas pelo jeito ele não havia ouvido Ino e isso foi um alívio.

— Bom dia. — ele ergueu a cabeça e olhou-a com um sorriso um pouco maior. — Sempre quis pedir “o de sempre”. Por favor.

Sakura riu sem graça torcendo para que ele não tivesse ouvido.

De jeito nenhum que ela falaria uma coisa daquelas, mas a conversa diferente já contava como mudança, não?

Preparou o expresso dele e teve que preparar também o prato com a fatia de Red Velvet que normalmente Ino fazia, mas estava ocupada olhando as unhas e mascando chiclete.

Sakura deixou tudo em cima do balcão em frente a ele, a timidez lhe corroendo enquanto imprimia a nota fiscal.

Virou-se para pegar o dinheiro e o viu olhando para ela, para o cabelo mal escondido embaixo do boné e novamente para o seu rosto. A cada segundo parecia mais que ele havia ouvido e o rosto já começava a pegar fogo.

Ele pegou então a notinha, virou ao contrário e pegou uma caneta do bolso. Uma fila já começava a se fazer atrás dele, mas ele não parecia ter pressa e Sakura não conseguia se mexer com o inusitado comportamento.

Pensou em limpar a garganta e em como pediria para que ele pagasse, mas as palavras não formavam uma frase na cabeça dela com ele tão perto e por mais tempo do que já havia ficado. Então, ele levantou a cabeça mais uma vez e pediu que ela se aproximasse com o dedo indicador.

Sakura olhou para os lados e foi. Ele continuou pedindo que ela chegasse perto, ela foi indo, então ele se inclinou e ela percebeu o quão próximo estavam. Sem esperar, os lábios dele tocaram os delas num selinho calmo e rápido. Ele se afastou antes que ela conseguisse arregalar os olhos completamente.

— Isso foi pelo café. Isso — estendeu a notinha com um número de telefone e o nome “Sasuke” escritos — é pelo beijo. E isso — tirou dinheiro que pagaria tanto o bolo quanto o café e deixou no balcão à frente dela com um sorriso — é pelo bolo. Podem ficar com o troco.

E saiu para se sentar na mesa que sempre utilizava para ler o seu livro.

Sakura ficou travada, com o rosto queimando e as mãos trêmulas. Nem percebeu a comoção quando ele a beijou e nem no olhar furtivo que ele a deu por cima de seu livro.

Seria a sorte? Seus pensamentos positivos? O cabelo novo? Não sabia, mas não ia deixar a chance passar e, quando estivesse mais calma, o convidaria para conversar e tomar um café com Red Velvet.

 


Notas Finais


E foi isso!!!
Conseguiu achar todas as referências, Milla? hehehehehe

Esperamos que tenham gostado!! E para quem espera att minha, acho que só amanhã viu ashuahsuahsuha

Um grande beijo!


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