Fazia 1 mês que havia me mudado para aquela região, e descobri que havia um café na esquina de meu prédio. O lugar era aconchegante e calmo. Comecei a frequenta-lo todos os dias.
Vou para ter um momento calmo e tomar uma boa xícara de café, mas também ia por causa de um dos funcionários. Seu cabelo era negro e a pele pálida. Havia alguma coisa nele que me fazia querer senti-lo.
Eu tentava ao máximo não o observar, mas sua beleza me surpreendia e me fazia querer observá-lo o dia todo. Seus traços eram orientais. O que chamava atenção em um país onde a maioria tem olhos redondos.
Suspiro e olho para meu livro. Já lia aquele parágrafo fazia 10 minutos. Mas sempre que ele passava eu era obrigada a olhá-lo.
Ele vem em minha direção e deixa um pedaço de bolo que havia pedido a minutos atrás. Agradeço e pego o garfo. Começo a comer o bolo. Pego o guardanapo e vejo algo escrito.
"Jungkook
xxxx-xxxx"
Era seu número. Meu coração da um solavanco. Sinto meu rosto queimar e fico olhando para baixo. Não tinha mais coragem de olhar em seu rosto.
Como rapidamente o bolo. Tomo o café e me levanto. Vou ao caixa e pago, sinto minhas mãos tremerem. Porque eu estava tão nervosa? Ele só me passou seu número.
Quando estou saindo do café alguém segura meu braço levemente. Me viro e meus olhos se arregalam. Ele olha para meu braço e solta-o.
-Me desculpe, eu não queria te assustar. - ele diz
-Não tudo bem. - digo tentando sorrir. O que não dá certo porque estava nervosa.
-Qual o seu nome? - ele pergunta.
-___________, e o seu? - que pergunta idiota ele tinha escrito.
-Jungkook. - ele diz. Franzo a testa por a pronúncia ser diferente do que tinha lido.
-Diferente.
-Vim da Coreia do Sul.
-Oh.
-Eu preciso ir trabalhar ou meu chefe me mata. Posso te ligar? - ele pergunta.
-Pode, mas você não tem meu número.
-É.
Então me toco. Mexo em minha bolsa em busca de algum papel e não o acho.
-Eu te ligo. - digo.
-Sério?
-Uhum. - digo sorrindo
-Ok, vou voltar ao trabalho.
-Ok, tchau. - digo acenando.
-Ele acena e volta ao trabalho.
Saio do café e respiro fundo. Meu coração estava batendo tão forte que achei que iria morrer.
1 semana depois
Não sabia se ligava ou não, ele poderia desistir ou sei lá, já tinha se passado uma semana, será que ele me atenderia?
Pego meu celular e digito seu número. Apago. Digito de novo. Meu dedo vai em direção ao botão de chamada. Respiro fundo e clico no botão. Ele atende e eu começo a suar.
-Alô? - ele diz e meu coração começa a bater rápido.
-Oi. - estava com medo de gaguejar.
-Quem tá falando?
-É... a garota do café.
-Oh! _________ certo?
-Sim!
-Está bem?
-Sim e você?
-Também.
Respiro fundo e penso "eu deveria chamar ele para sair?" .
-Você quer sair algum dia desses?
-Claro! Onde?
-Qualquer lugar.
-Você mora perto do café?
-Na mesma rua.
-Ótimo! Tem uma sorveteria aí perto.
-Ah sim já fui algumas vezes.
-Então... Quando poderia sair?
-Nesse final de semana, sábado pode ser?
-Acho que só vou poder sair de noite. Pode ser?
-Sim, que horas você poderá ir?
-As 18:00?
-Uhum, bom. Até lá.
Desligo o celular e me jogo no sofá. Minhas mãos estavam soando. Vou ao banheiro. E lavo minhas mãos. Seria amanhã. E eu estava muito ansiosa.
-Calma, respira fundo, ele é apenas um garoto. Que você conheceu. Que é bonito. E lindo. - digo para mim mesma
-Estou delirando, cala boca. - digo
Entro no box e tomo uma ducha. Conforme a água cai sobre meus ombros, meus músculos vão relaxando.
Saio do banheiro e vou para a sala. Nada que um bom filme ajude. Ou não. Ligo a televisão e passava um filme que eu amava.
Olho o horário e percebo que já estava tarde. Vou para meu quarto e tento dormir. O que não dá muito certo porque estava ansiosa demais.
~*~
Faltava meia hora para as 18:00 e eu ainda não estava pronta. Decido por fim colocar um jeans uma blusa leve e meu scarpin. Pego olho o relógio. Faltava 10 minuto. Pego minha bolsa e decido ir logo.
Quando estou chegando na sorveteria o avisto de longe. Ele está olhando para o chão e fica mexendo em seus dedos. Acho que eu não era a única ansiosa aqui. Paro em frente à sorveteria e espero ele chegar.
Ele para em minha frente e dá um pequeno sorriso.
-Vamos entrar? - ele diz
Aceno com a cabeça e ele abre a porta de vidro. Um alívio passa por meu corpo ao sentir o ar gelado de dentro da sorveteria.
Paramos em frente ao balcão e ele observa alguns sabores.
-Você irá querer de que? - ele pergunta.
-Seria muito infantil eu pedir de chiclete? - sempre tão criança, eu poderia abrir uma exceção hoje, mas estava com tanta vontade de comer de chiclete.
-Claro que não! Aliás, vou pedir desse também. Mas acho que com mais um de banana. - ele diz.
-Okay, você vai pedir?
-Sim, pode ir se sentar.
-Mas eu preciso pagar o meu sorvete.
-Não, é por minha conta. - ele diz e dá um sorriso.
-Quer mais outro? - ele pergunta.
-Acho que de frutas do bosque.
-Certo, agora vá se sentar.
-Okay... - digo e procuro uma mesa para se sentar.
Me sento na mesa e o observo pedindo os sorvetes. Ele aponta e diz ao mesmo tempo. Prestava atenção em cada movimento que ele fazia. Depois que o funcionário lhe entrega os sorvetes ele dá um sorriso e agradece.
Jungkook se senta à mesa e me entrega meu sorvete.
-Obrigada. - digo sorrindo
-Por nada.
Ele começa a comer e eu o observava discretamente. Ele levanta seu olhar e percebe que eu estou o olhando. Meu rosto queima por ser flagrada.
-Quer um pouco do meu sorvete? Esse de banana é ótimo.
-Pode ser. - digo um pouco constrangida.
Pego minha colher e passo no sorvete. Levo a boca e percebo que ele está observando.
-Nossa, muito bom. - realmente era bom.
-Eu disse. - ele diz sorrindo.
-Quer um pouco do meu? - pergunto.
-Uhum.
O observo pegar um pouco e colocar na boca. Logo seus olhos se arregalam.
-Nossa esse é muito bom.
-Sim! Eu sempre peço desse também.
-Vou pedir desse na próxima vez.
Sorrio para ele e continuo a comer meu sorvete. O tempo se passa rápido e olho para meu relógio. Me assusto com o horário. Mas logo me acalmo ao lembrar que amanhã era domingo.
-Você já quer ir embora? - Jungkook me pergunta.
-Pode ser.
-Então vamos. - ele diz e se levanta.
Saímos da sorveteria e ele começa a caminhar do meu lado. Quando chegamos em meu prédio ele se vira para mim e coloca as mãos no bolso.
-Está entregue. - ele diz.
-Obrigada pelo passeio. - digo sorrindo.
-Eu que agradeço, me diverti.
Nenhum dos dois sabia o que fazer depois dali, era constrangedor ficar sem falar nada, mas tinha uma coisa a se fazer. E foi o que Jungkook fez.
Ele se aproximou mais e olhou em meus olhos. Uma eletricidade se passou por meu corpo. Ele coloco os braços em volta minha cintura e chegou perto.
Ele foi se aproximando lentamente. Acho que ele tinha medo que eu fugiria. Fecho os olhos e sinto seus lábios tocarem os meus. Sinto uma sensação de borboletas em meu estômago.
Ele entreabre os lábios e pede passagem com a língua. Cedo e começamos um beijo calmo. Mas uma coisa chamada ar pede por socorro.
Nos separamos e ele deixa vários selares em meus lábios. Ele segura meu queixo e acaricia.
-Caramba desde a primeira vez que você entrou por aquela porta do café eu sinto vontade de fazer isso. - ele diz e sinto meu rosto queimar.
-Me desculpe, eu não consigo me controlar com as palavras. - ele diz
-Não tem problema.
-Acho que eu vou indo. - ele diz agora se separando um pouco.
-E eu vou entrar. - digo rindo.
-Até mais. - ele diz dando um sorriso.
-Até. - digo e entro para o prédio.
Subo o elevador e abro a porta de meu apartamento. Estava com um sorriso no rosto. Eu não conseguia acreditar ainda. Me jogo no sofá e minha gata pula em cima de mim.
-Caramba, ele é tão simpático. - digo e dou um suspiro.
Dou uma risada por ser tão infantil. Nem parecia que tinha saído da escola. Estava parecendo uma garotinha tento seu primeiro amor. Sorrio com o pensamento.
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