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História Coffee. — JIKOOK - A carta. Part 1


Escrita por: 95tears

Notas do Autor


Bom, como o capítulo de ontem ficou pequeno demais, resolvi fazer a continuação dele, que o cansaço de ontem não deixou eh terminar.

Boa leitura! ^^

Capítulo 6 - A carta. Part 1


Fanfic / Fanfiction Coffee. — JIKOOK - A carta. Part 1

JungKook:

Destranco a porta da frente, passando pela mesma e a fechando logo atrás de mim. Olho em direção a sala, ficando um tanto surpreso ao não ver o appa por lá, já que o mesmo vive naquele sofá praticamente. Bom, provavelmente, deve ter saído com seus amigos. Suspirei aliviado por não ter que dar de cara com ele, enquanto subia ás escadas, em direção ao meu quarto. Ao chegar no mesmo, me surpreendo ao ver a seguinte cena: O appa, sentado sobre minha cama enquanto segurava um espécie de carta, e observava a foto da omma, que estava sobre minha escrivaninha. Adentro meio receoso no cômodo, estava muito surpreso com essa cena; ele nunca tinha entrado aqui, ao menos que eu saiba. Provavelmente, não havia notado minha presença, pois nem se quer se moveu ou me olhou, apenas mantinha o olhar fixo na fotografia, que ontem, eu tivera um sonho tão confuso com a mesma. 


— Appa? O que faz aqui?


Pergunto antes que perdesse a coragem para isso, pois provavelmente eu seria xingado até dizer chega, por não ter passado a noite em casa, se bem que, ele não se importa muito com isso, ou pelo menos eu penso assim. Desvia a atenção para mim, um tanto perdido, como se estivesse se despertando de mil e um devaneios. Ficara um tempo me observando, com olhar vago, nunca o vi assim, era completamente estranho para mim, ver essa expressão em sua face. 


— Onde passou á noite garoto? Fiquei morto de preocupação! 


Seu tom era severo, mas sua feição era de alívio. Ainda não estava entendo isso, como assim ele "ficou morto de preocupação"? Aigoo, nem mesmo quando chego acima do horário normal do trabalho, ele diz algo assim, na verdade, o mesmo nunca disse isso á mim, estava tão surpreso que nem se quer, conseguia dizer algo. 


— Desde de quando se preocupa,onde estou?


Franzo o cenho confuso e surpreso ao mesmo tempo. Ele me olha da mesma forma, porém meio indignado eu diria, com minhas seguintes palavras. Sinceramente, acho que os remédios me deixou meio maluco ou sonolento, pois ou eu estava sonhando, ou estava ouvindo coisa com coisa. 


— Aish garoto, me preocupo contigo desde de sempre. Já ia prestar queixa por desaparecimento. 


Passou a mão sobre o cabelo grisalho, agora que pude perceber, como havia olheiras em baixo de seus olhos e sua aparência estava cansada, como se tivesse passado á noite em claro. Até se parecia comigo quando saia do trabalho, enquanto eu, não me sentia cansado como sempre ou apresentava alguma olheira muito forte, pois a noite anterior foi bem dormida. 


— Sempre se preocupou comigo? Está bem appa? E quando eu chego horas depois, da hora de sair do trabalho? Você nunca sequer, perguntou se eu estava bem, muito pelo contrário, nem olha direito para a minha cara, porque está ocupado demais focado na televisão vendo jogos de futebol inúteis! 


Isso estava há muito tempo, entalado em minha garganta. Me senti até aliviado, ao jogar para fora ao menos metade da frustração que sentia diariamente, mas me mantinha calado para evitar um conflito, porém, perante essa mentira, não tinha como me manter calado. 


— Ha garoto.. 


Diz dentre um grande suspiro, pensativo, presumo que estava pensando se dizia ou não algo.


— Eu sempre me importei com a hora que chegava do trabalho, mas não demonstro isso, o que é bem diferente. Quando vejo que a hora que você larga o serviço passa, ligo para seu chefe e pergunto quando você vai sai de lá e se está tudo bem. 


Eram informações demais para uma simples conversa, não estava crendo em tudo que saia da boca dele. Queria estar feliz e dizer "Sério? Você se importa mesmo comigo?" com um sorriso radiante esboçado entre os lábios, mas não conseguia acreditar nisso. Foram anos com essa mesma rotina, esse mesmo sentimento de mágoa e inferioridade, vendo como era um grande peso para ele. 


— Espera.. Como tem o número do meu chefe? 


Indago o fitando meio sem entender, o mesmo solta uma risada baixa, olhando para o nada, provavelmente se recordando de algo. 


— Assim que me deu a notícia, de que havia conseguido esse emprego, procurei saber mais sobre ele e pedi o número do seu chefe, caso houvesse alguma emergência ou, para saber o horário da sua saída. 


Diz normalmente, como se ele fizesse isso á cada novo emprego que eu conseguia. Passo a mão sobre meu rosto, estava confuso e nervoso com tudo isso, porque todos esses dias eu me sentia mal por sentir que estava só nesse mundo, e agora ele vem dizer que sempre foi "O appa?", aish, isso era demais para mim. 


— Por favor, saia do meu quarto, esse quarto é meu pelo simples motivo que; nesse lugar eu tenho privacidade e não preciso olhar para essa sua cara cínica. 


Falo já exaltado. Pensei que ele fosse até mesmo me bater, sempre odiou quando eu passava do tom ao me referir á ele, mas ao invés disso, apenas se levantou e caminhou até mim. 


— Fico feliz que esteja vivo garoto. E bom, essa carta é de sua omma, desculpe por não ter lhe mostrado antes mas, pensei que não estivesse preparo para a ler. Porém, depois do susto de ontem, achei melhor lhe dar de uma vez. 


Diz pousando a mão sobre meu ombro direito, arregalo os olhos ao saber dá carta. Como ele pôde me esconder isso por tantos anos? Ia xingá-lo, até que perdesse a voz por dizer tantas palavras tão alto, mas não conseguia, ás palavras simplesmente não queriam sair. Ele pareceu perceber minha situação, pois apenas deu tapinhas fracos em meu ombro, me entregou a carta, e saiu do quarto. 


Olho a carta em minhas mãos, minha visão estava turva pois meus olhos, já estavam marejados. Não me lembrava da voz dela, do seu sorriso ao vivo e não em fotos, do seu cheiro e claro, nunca pude sentir seu abraço acolhedor. Como isso era doloroso, saber que em minhas mãos, estava a carta escrita, pela mulher que me abandonou quando pequeno, e fez uma imensa falta ao longo da minha vida. Estava tão desnorteado com ás notícias que acabara de receber, meu coração estava disparado, ás lágrimas já escorriam por minhas bochechas, somente ao pensar, em como minha vida seria diferente caso ela nunca, tivesse ido embora. Me pouparia tanto sofrimento, tanta frustração, tanto medo de nunca poder ser feliz, tanta tristeza que sofria na escola em todo dia das mães, simplesmente, porque ela não estava lá, para ver ás apresentações que minha turma, sempre fazia em comemoração á esse dia. Ela nunca esteve comigo, para dizer um simples "vai ficar tudo bem, estou aqui." Ou, para me contar histórias á noite, para que eu dormisse. Minha mente estava um perfeito caos, não conseguia raciocinar direito, minha cabeça estava doendo como nunca. 


Chorava feito uma criança assustada ou decepcionada, ao saber que o papai noel ou o coelho da páscoa, não se passavam de simples lendas. Não estava em condição de ler essa carta hoje, não podia, minha mente em total guerra, não ia deixar. Caminho lentamente, até a escrivaninha e deixo a carte ao lado do retrato que tinha da omma. Amanhã, se eu estiver melhor, talvez tome coragem para ler o conteúdo dessa carta. 


××× 


O som do despertador, acaba com o silêncio que até então tomava conta do quarto, me despertando. Estico o braço, desligando o mesmo. Me sento sobre a cama, passando a mão sobre meu rosto, me espreguiçando. Olho ao redor, vagamente, pela primeira vez, não estava preocupado se iria me atrasar seja para a faculdade ou o trabalho, ás notícias de ontem ainda haviam me abalado tanto, que chegava a estar desnorteado. Minha cabeça estava uma bagunça, eram tantas perguntas e mágoas ao mesmo tempo, aish!  Acara de decidir, que hoje não iria á faculdade, não estava com cabeça para isso, não iria prestar atenção em nada mesmo, não tinha porquê ir hoje. Volto a me deitar, colocando o cobertor sobre o rosto, e fechando os olhos  novamente. 


(...) 


Ouço batidas na porta, que me despertam de imediato. Tiro o cobertor do rosto, olhando para a porta com a visão um pouco turva, mas sabia que era o appa. 


—  O que quer?


Falo baixo, com a voz meio rouco, por ter acordado agora. Ele caminha até minha cama, puxa o cobertor com astúcia me dando uma leve susto. 


—  Já são 12:00 garoto, tudo bem não ter ido na faculdade, isso não é problema meu, você quem está arruinando seu futuro mesmo. Mas você ainda ajuda a manter essa casa, então se levante para se arrumar e ir ao trabalho. 


Aquela feição de appa bonzinho e preocupado, foi mais passageira do que minha recuperação após o leve atropelamento. Reviro os olhos com seu cinismo, praticamente jogou em minha cara que, eu sou o escravo dessa casa, e depois vem dizer que se preocupa, ha me poupe de tanta hipocrisia. Assim que ele se retira do quarto, me levanto andando apressadamente até o banheiro, para tomar logo meu banho. Fecho a porta ao adentrar, ando até o espelho observando meu reflexo, aigoo, estava em um estado deplorável. Olheiras profundas, feição de quem não dormiu bem, o que não deixa de ser verdade. Mas nada estava pior que a minha cabeça, chegava até mesmo a latejar só de recordar ontem de manhã. Aquelas palavras do appa, saber que por anos ele me escondeu uma carta escrita pela omma, o mesmo sabia como eu sentia a falta dela, como me sentia um ninguém sem sua presença. E mesmo assim, nunca me controu sobre essa carta. Aish, estava com tanto ódio!


Adentro no box, ligo o chuveiro no frio mesmo, e deixo a água fria percorrer todo meu corpo. Fecho os olhos, enquanto a água batia sobre meu rosto, causando uma sensação agradável. Queria que todos os meus problemas e frustrações, descessem pelo ralo, assim como a água, seria tudo tão mais fácil. Bom, mas até mesmo o trabalho era menos estressante, que ficar o dia todo nessa casa, com a desagradável companhia do appa. 


(...) 


O banho já havia chegado ao fim, desligo o chuveiro, pego minha toalha cor beje, que estava pendurada no suporte próximo ao box, saí do mesmo com a toalha enrolada sobre minha cintura. Volto até a pia, abro o espelho, onde havia vários remédios para a ansiedade, crises de pânico, dor de cabeça e etc... Pego o para dor de cabeça, colocando o pequeno comprimido na mão, e o levando até a boca, o engolindo sem água mesmo, estava acostumado a tomar comprimidos dessa forma. Em seguida, saio do banheiro, andando até o armário, á procura de uma roupa limpa, já que essa semana, não fui a lavanderia. Com muito custo, encontrei uma calça jeans surrada e uma blusa branca, com uns desenhos na frente. Não gostava muito de andar com blusa de manga curta, evito o máximo que posso, expôr partes do meu corpo, ainda tenho cicatrizes nos pulsos, e não quero que ninguém me olhe com pena. Porém, era a minha única opção já que o uniforme fica em meu armário, lá no café. Calçei meu velho par de all star's pretos, junto de um par de meias cinzas, e pus minha única touca preta sobre a cabeça, já que a blusa não tinha capuz. 


Saí do quarto apressado, daqui a pouco meu expediente começava, e não estava afim de levar broncas. Ao passar pela sala, o vejo em seu lugar de sempre, assistindo um drama qualquer. Desde de quando ele ver dramas? Aigoo, é cada coisa. Estava tão focado, que nem mesmo me viu passar pela porta, o que era um alívio para mim. Fecho a porta rapidamente, ao passar, já correndo rumo a estação que não era muito longe daqui, para a minha sorte. (...) Ao chegar, compro meu bilhete e me junto ás outras pessoas que também, estavam esperando o trem. Fique ali uns 12 minutos, eu acho, até que ele finalmente resolve aparecer. Entro no mesmo, caminho pelo estreito vagão, tentando ao máximo não esbarrar nos outros, o que era impossível. Me sento sobre o banco, encostando a cabeça no vidro da janela, com olhar vago, deixando os pensamentos tomarem conta. 


(...) 


Me despertei dos devaneios, ao sentir o trem parar e ás pessoas iniciarem novamente, o "vai e vem". Me levanto, caminho até a porta e passo pela mesma, assim que é aberta. Caminhei apressadamente pelas ruas, até finalmente, estar de frente para meu emprego. Adentro no estabelecimento, cabisbaixo seguindo meu rumo até meu armário, para pegar meu uniforme e me trocar. Nem se quer, disse um simples "Olá" para Kimi, com certeza iria ouvir bastante, por isso.                             Destranco o armário, pego meu uniforme e o tranco novamente. Entro no vestiário, e começo a me trocar. (....) Observava ás pessoas saírem aos poucos, já estava á tarde, há essa hora não tinha muito movimento, então eu podia aproveitá-lo para pensar em tudo. 


—  Kook, aconteceu algo?


Desvio a atenção para ela, que se encontrava ao meu lado, me observando com uma feição de preocupação. Passo a mão sobre o rosto, segurando para não soltar um grito ou chorar ali mesmo. Aigoo, como minha mente está bagunçada, preciso desabafar com alguém, e Kimi pode ser esse alguém, pois é a pessoa que mais passa seu tempo comigo, vai saber como me consolar.


—  Sim, eu...


Antes que eu pudesse terminar, o sino que ficava acima da porta de entrada é tocado; e pela entrada, ele passa caminhando apressadamente á mesa vaga mais próxima, com lágrimas escorrendo por suas bochechas. Fico o observando, até se sentar abaixando a cabeça de imediato, e se debruçar em lágrimas. Não sei explicar porquê mas, me vi em seu lugar, no mesmo estado, jogando para fora em forma de lágrimas, toda a grande frustração que estava instalada em minha mente. Ele aparentava estar tão frágil, aquele "sem noção" agora aparentava ser a pessoa mais frágil, que já vira algum dia. Por dentro eu estava que nem ele, chorando e chorando, e por fora, estou com um falso sorriso para manter ás aparências, mas não é isso que ás pessoas sempre fazem? manter ás aparências? Eu posso olhar para a pessoa que aparenta ser a mais feliz que já vira, quando na verdade, é tão infeliz quanto eu. Essa sociedade doente é deplorável! 


— Você o que? 


Desperto dos devaneios, ao ouvir Kimi, havia me esquecido que ela estava aqui. Volto a olhar rapidamente Park Jimin, e desvio a atenção novamente há Kimi, provavelmente a mesma estava confusa com meu silêncio repentino. 


— Me dê vinte minutos, já volto. 


Me pronuncio brevemente, pego uma xícara e depósito um pouco de café sobre a mesma. Café sempre me deixa melhor, quando estou em um situação pior que às diárias, pode ser que o ajude ele também, e claro, serve como um pedido de desculpas. Finalmente irei estar livre de toda essa culpa, por ter sido grosso demais. 

Saio de perto do balcão, caminhando em calmos passos, rumo a última mesa, onde ele se encontrava. 


Ao me aproximar, sento sobre a cadeira de frente para ele, colocando a xícara sobre a mesma, a empurrando um pouco para mais perto dele. Ao notar minha presença, levanta a cabeça e me olha de cenho franzido, seu rosto estava bem avermelhado e inchado por conta do choro. 


— Não... Me lembro de ter pedido café. 


Diz secamente, voltando a abaixar a cabeça. Solto uma risada irônica, negando com a cabeça. 


— Não me lembro de ter te perguntado isso, apenas beba o café. 


O respondo em tom calmo, talvez o mais calmo que já usara com esse garoto. Levanta a cabeça, me observando com uma feição confusa, olha para o café e revira os olhos em seguida. 


— O que você quer?  


Indagou semisserrando os olhos, era engraçado ver isso, pois seus olhos ficavam que nem duas linhas retas. Continuo calmo e bem humorado, afinal vim aqui para pedir desculpas e não o contrário. 


— Veja esse café, como um pedido de desculpas pela minha grosseria no hospital. Não costumo ser muito educado, então aquilo foi força do hábito, sinto muito. 


Foi difícil falar aquilo, essas palavras haviam fujido do meu cérebro, provavelmente porque não sou de me sentir arrependido com às coisas. Ele arregala os olhos, creio que estava processando tudo que eu havia dito, até mesmo eu esta a processando o que acabara de dizer, isso não é muito comum em minhas ações, ser gentil e fazer cortesia. 


— Não precisava disso, você só precisava pedir desculpas. Mas, você não tem cara de que diz isso, então aceito o café. 


Diz baixo, olhando para a xícara branca, com o conteúdo escuro e quente. Respiro aliviado, não iria conseguir pedir desculpas, simplesmente travo quando penso em dizer isso. No máximo um "sinto muito" mesmo, é tudo que posso dizer. 


— Hã.. Porque está chorando? 


Pergunto por impulso, já me arrependendo. Não sei o que está havendo comigo, odeio pessoas curiosas sobre assuntos pessoais, e agora, estou sendo exatamente isso. Ele pega a xícara pelo suporte, assopra e bebe um gole, em seguida a colocando novamente em seu lugar. 


— Chega a ser gozado, como você é bipolar. Há um dia atrás, me xingou de uma forma tão agressiva, e hoje, está até preocupado comigo. Você é uma caixa de surpresas JungKook! 


Diz formando um fraco sorriso, entre os lábios carnudos e avermelhados. Cruzo os braços, fechando a cara ao ouvir suas palavras, não estou preocupado, apenas foi um impulso. 


— Não me preocupo com você, apenas foi um impulso, mas se não quiser falar, não me importo, isso não irá fazer diferença na minha vida. 


E lá vou eu, jogar no lixo toda a minha idéia, de tentar ser um garoto calmo e educado. Aish, isso definivamente não é comigo, sou muito explosivo. Resmungo alguns palavrões, com minha conduta, não queria ter pedido a paciência, mas tê-la com às pessoas, não dá muito certo. Toda a paciência que me foi divinamente dada, é depositada no trabalho e na faculdade, sobra pouco para o appa e suas atrocidades, quem ms dirá sobrar para um mero garoto sem noção. 


— Está vendo? Você é bipolar. Até a vontade de chorar foi embora, sua personalidade é cômica, como chorar? 


Iria xingá-lo por zombar na minha cara, sobre a minha personalidade, mas achei melhor não. Apenas me levantei emburrado, sem olhar para trás, em direção ao balcão. Definitivamente, hoje não estou com cabeça para nada, nem mesmo para trabalhar. Com certeza, meu chefe irá descontar do meu salário pela seguinte ação, mas sinceramente, ele não tem que reclamar pois cheguei a trabalhar até em feriados. Se eu continuasse aqui hoje, iria explodir com qualquer um, como acabara de acontecer com Park Jimin, e olha que fui até ele com a melhor das intenções, juro.


Passei pela porta como um furacão, sem dar qualquer satisfação nem mesmo a Kimi, que provavelmente estava me olhando preocupada. Ando em passos apressados pela rua, pois enquanto não lesse aquela droga de carta, não teria paz. Durante todas às horas desse dia, minha mente está focada nela, entender quais foram os motivos para a omma me abandonar? Se é que tem motivos, para uma omma abandonar seu filho. E novamente, sinto uma mão sobre meu ombro, me impedindo de prosseguir com o meu percusso. 


— O que deu em você em? Ficou assim apenas porque fiz aquela piada? 


Park Jimin dizia visivelmente preocupado, logo atrás de mim. Fechei os punhos e afastei meu ombro de suas mãos de forma agressiva. 


— Não encoste em mim. 


Tento parecer o mais calmo possível, aconteceu uma coisa comigo há uns anos atrás, e desde então, tenho pavor de quando alguém ne toca, chego até mesmo a surtar dependendo da situação. Quando ia no psicólogo, ele dizia que isso era psicológico mas nunca me importei com aqueles conselhos inúteis, não é atoa que parei de ir. Apenas tomo meus remédios, e pronto, isso é o suficiente contando que às pessoas, não toquem em mim. 


— Aigoo, tudo bem, só me diga o que deu em você. 


Me viro para ele, vendo que suas lágrimas haviam cessado e seu rosto estava voltando a cor normal, pelo visto seja lá o tinha acontecido, ele estava bem melhor em relação há isso. 


— Não é por conta daquela piada idiota, e eu só fui lá para te dar o café e o "meu sinto muito". E sobre a pergunta, esqueça que disse aquilo, agora me deixe ir que estou com pressa. 


Ele me encarava com um olhar indecifrável, mas em vez de dizer algo, apenas assentiu e deu alguns passos para trás. Ainda bem, poupei palavras do tipo "me deixe em paz" ou "não me siga", como costumava dizer a ele. Olho para minha vestimenta, e percebo que ainda estava de uniforme, esqueci até de trocar de roupa, que decadência. Dei de ombros, bom que amanhã eu já iria de uniforme para o trabalho. Retomo meu percurso até minha casa, eu ia ler com atenção tudo escrito naquela carta, e claro, dependendo do que que estiver lá, muita coisa poderá mudar, começando pela convivência dentro daquela casa! 






Notas Finais


Nos vemos em breve! ^^


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