1. Spirit Fanfics >
  2. Coffee. — JIKOOK >
  3. A carta, Part. 2

História Coffee. — JIKOOK - A carta, Part. 2


Escrita por: 95tears

Notas do Autor


Boa Leitura! ^^

Capítulo 7 - A carta, Part. 2


Fanfic / Fanfiction Coffee. — JIKOOK - A carta, Part. 2

JungKook on: 


Olhava para a frente de casa, pensando uma... duas... três vezes, antes de entrar e ler aquela carta. Ando em passos lentos, até a entrada, coloco a mão sobre a maçaneta e respiro fundo, fechando os olhos. Aish, odeio me sentir assim, tão receoso com algo, como ler aquela carta e saber o motivo da omma ter me abandonado. 

Passo pela porta, não encontrando o appa por lá, franzo o cenho, provavelmente havia saído com aqueles amigos bêbados. Dou de ombros, ando até a cozinha vendo a sacola sobre a mesa. A pego, vendo o Yaksoba, passo a mão por cima me certificando que estava quente, então, provavelmente, appa saiu recentemente. 

Desembrulho os rashi's, abro a embalagem de isopor e começo minha refeição solitária, como sempre. Colocava os cogumelos em um saquinho, para jogar fora, aish, odeio cogumelos! Comia calmamente, não tinha pressa alguma de subir para o quarto w ler a carta, quero que isso seja a última coisa que eu precise fazer no dia, então, nesse momento não tinha pressa. Mal percebo, quando termino minha refeição, levanto da cadeira e jogo no lixo às sobras. Saio da cozinha em seguida, subo às escadas e entro em meu quarto. Pego a mochila, a abro e vou pegando os cadernos, um por um os revisando para ver se tinha algo para fazer, mas infelizmente, eu já havia feito tudo, não teria nem mesmo uma matéria para ocupar a mente por uns instantes. Quanto mais eu tentava fugir dessa carta, mais às circunstâncias pediam para que, eu a lesse. Passo a mão sobre o rosto, puxando os fios da franja com um pouco de força, despejando sobre ela, um pouco da minha raiva. Respiro fundo, tentando me controlar, viro a cabeça para poder olhar a carta, encima do criado mudo, ao lado da única foto que tivera da omma. 


Me levanto, caminhando receoso ao seu encontro, pela primeira vê na vida, estava sentindo medo, medo do que poderia estar escrito nessa carta, medo de saber os motivos por ele ter me abandonado, medo de saber que ela nunca sentiu afeto por mim, tinha medo se qualquer hipótese criada pela minha mente, sobre essa carta. Mas não adiantava eu pensar e pensar, o jeito era ler tudo, até o fim, e aguentar o impacto que isso poderia me causar. Me sento sobre a beira da cama, após pegar a carta, olho por alguns segundos para ela em minhas mãos, antes de abrir. 


— Não sei bem como começar essa carta, o que dizer primeiro, mas sei que se não dizer, será pior. 


Meu amado Kook, eu sei que nada irá justificar eu ter ido e não têr acompanhado seu crescimento, não têr estado contigo quando mais precisou da minha presença, sempre irei me julgar por isso, até o fim dos meus dias. Mas se eu continuar ao lado de seu appa, não irei crescer, ele não tem condições de manter uma família; se nós três ficarmos juntos, receio que iremos passar necessidade e isso não seria bom, principalmente para você que é só um menino. 


Há alguns meses atrás, conheci um homem; nos tornamos bem próximos, tão próximos ao ponto de um sentimento forte se formar entre nós. Sim, acabei me apaixonando por outro homem, sem ao menos me dar conta disso.  Mas ele mora em Seoul, seu trabalho e família estão lá, então tomei a decisão de ir com ele. Sei que poderia tentar uma vida melhor, e claro, poder voltar para lhe buscar e lhe um futuro melhor. Isso pode levar um tempo, mas eu vou voltar para te buscar. E viveremos bem e felizes, sem aguentar desaforos e xingamentos de pessoas como seu appa. 


Espero que possa me entender, sinto muito por tudo, saiba que você nunca irá sair do meu coração meu pequeno. — 


Li toda aquela carta, com bastante atenção, sem deixar passar despercebida, uma vírgula se quer. Meus olhos chegavam a arder, de tanto que estava chorando após terminar, me senti uma criança desamparada e completamente destruída por dentro. Ela me deixou, por um homem? Por dinheiro? Por uma vida melhor?! Que mãe faria algo assim com seu próprio filho? Sentia-me completamente enojado em saber, que o dna dela percorria por minha corrente sanguínea. Pego em seu retrato, o olho com fúria e dor, minha visão estava turva devido às lágrimas, aquelas palavras escritas na carta rondavam minha mente, a conturbado. Jogo com toda a força mantida em meus braços, o retrato sobre o parede, o quebrando em vários vários pedaços. Saia quebrando tudo que via pela frente, estava perdendo a sanidade, tudo que sentia nesse momento era raiva e mágoa, de alguém que deveria me amar e ficar sempre ao meu lado, e não me deixar por inresse. 


Sinto braços levar meu corpo para trás, fazendo nossos corpos caírem de impacto com o chão, ele me segurava com força tentando me conter. Desabo ainda mais em lágrimas, encostando minha cabeça em seu peito e fechando os olhos. Ele não disse nada, apenas passou a mão sobre meu cabelo tentando me consolar, ele não sabia bem como fazer isso, mas sabia que apenas o silêncio bastava. Pela primeira vez, me senti protegido nos braços do appa; não sentia mais tanta mágoa dele, minha aparência lembra tanto a daquela mulher, deve ter sido muito difícil para ele aguentar olhar para mim, sem se lembrar dela. Claro, isso não justifica ele ter sido um péssimo appa todos esses anos, mas de qualquer forma, às circunstâncias não foram nada favoráveis a ele. 


— Q-quero ouvir com suas palavras, sobre a omma, como ela realmente era, o que acontecia entre vocês... Eu só lhe peço, que me conte a verdade, seja um bom appa ao menos uma vez na vida. 


Sussurro ainda de olhos fechados. Ouço seu suspirar, devia ser doloroso lembrar disso; e agora eu posso entender um pouco dessa dor, ela nem se quer, disse aquele clichê de toda carta; "com amor, sua omma". 


— Ela.. Era uma mulher muito bela e vaidosa, quando começamos a nos envolver, exigia coisas muito caras, como jóias e sapatos. Saíamos na rua, ela arrancava olhares e mais olhares, era doloroso saber que correspondia a cada um deles. A gravidez dela não foi desejada, nos descuidamos, nem tínhamos nos casado ainda. Quando você nasceu, nossa situação estava ficando difícil, mas eu tinha esperanças de que tudo ficaria melhor, que um dia eu daria a vocês a vida que mereciam. Mas sua omma, não teve o mesmo pensamento que eu, e na primeira oportunidade, foi embora com um homem rico, para Seoul. - Posso sentir que ele estava afim de chorar, mas era orgulhoso demais para fazer isso em minha frente. Aigoo, como pude querer encontrar uma mulher como essa? Me sinto um imbecil, por querela ao meu lado, todos esses anos. — Você tinha apenas três anos, tive que ser seu appa e omma ao mesmo tempo, por mais que não demonstre, eu me importo com você garoto, se não me importasse, teria o dado para a adoração há muito tempo. Fiz você trabalhar desde cedo, para aprender a ter independência e responsabilidade, não quero que seja como eu. Foi tudo pensado; você iria trabalhar, fazer faculdade, aprender a se virar sozinho para depois, se tornar um homem bem sucedido e com uma boa renda financeira. Não precisa de amigos e fazer essas coisas inúteis de adolescentes, a única coisa de que precisa, é trabalhar e estudar. 


Às palavras dele, me fez refletir. Pode ser que se importe comigo, mesmo que não demonstre, mas ainda sim, quer fazer de mim um robô que só trabalha e estuda. E às outras coisas que pessoas da minha idade fazem? Tenho curiosidade em saber, como é ser uma pessoa normal. Eu só queria ter mais motivos para sorrir, do que para chorar.  

Não disse nada, apenas continuei a despejar toda a minha frustração no choro, era a única coisa que me restava fazer nesse momento. Não sei o que foi mais duro; se foi saber que minha omma não presta, ou perceber como meu appa me ver como um robô ou uma forma bem melhorada de sua pessoa. Ele não me ver como Jeon JungKook, me ver como ele mais novo, quer provar que eu posso ser o homem que ele nunca foi, sem me perguntar qual meu sonho. 


Dizer que eu não quero fazer nada é realmente uma porcaria.

Eu sei que é lamentável não ter nem mesmo um sonho comum, eu sei bem, se eu fizer apenas o que me disseram e ir para a faculdade, está tudo bem. O eu que acreditou nessas palavras era um idiota, eu não posso morrer, eu estou vivendo ou ao menos, tentando viver. Eu estou sofrendo mais que tudo, eu estou sozinho, ao meu redor, todos estão apenas me dizendo, para me recompor, eles extravasam a sua raiva, eu sou o meu único companheiro. Aquilo que você está extravasando toda manhã. Tenho medo de abrir os meus olhos, de respirar e saber que talvez, nunca poderei chegar a realizar meu sonho e provar, que sim, eu pude ser capaz. 

Sinto que meus poucos amigos e o que me resta de família, no caso o appa, estão se distanciando, ao passar do tempo, eles se tornam mais impacientes. Meu sentimento de ficar sozinho, agora é realmente solidão, eu queria que desaparecesse, como um milagre, eu queria que desaparecesse. Queria que o eu condenado desaparecesse, assim, eu sou jogado do mundo, estou me distanciando do paraíso em um instante, caindo. 


×××

Park Jimin:


Flashback ON. 


Estava sentado sobre o banco do hospital, com um copo de café na mão que havia comprado aqui perto. Era bem cedo, queria vir cedo para passar mais tempo com a omma, mas estavam vários médicos dentro do quarto, fazendo exames de rotina nela; só espero que esteja tudo bem. Nunca pensei, que acordaria antes do despertador, para vir ao hospital pelo triste motivo, da pessoa mais importante da minha vida, estar aqui.  Sinto que meus últimos dias, tem ficado completamente cinzas, só tenho vontade de ficar aqui ao lado dela ou se pudesse, ficar em seu lugar, afinal, ela é a única motivação que tenho pata viver. 


Levanto a cabeça, desviando meu olhar para a porta, ao escutar o barulho da mesma se abrindo. Observo os médicos saírem aos poucos, me levanto do banco e caminho até eles, um tanto agitado, para receber uma boa notícia. 


—  Então, como ela está? 


Pergunto a um deles, que parecia ser o mais velho. 


—  Bom garoto, ela tem apresentado melhoras, creio que em breve, poderá voltar para á casa. 


Diz com um sorriso confiante, esboçado entre os lábios. O mesmo sorriso, é esboçado entre meus lábios, aigoo como estava feliz com essa notícia, em breve poderia levá-la para casa, e então, a paz iria reinar sobre nossas vidas, sem aqueles dois. 


—  Posso vê-la? 


Indago sorridente, o médico pousa uma de suas mãos sobre meu ombro, e faz um sinal positivo com a cabeça. 


—  Claro, só não deixe ela cometer muitos esforços, isso nunca faz bem. 


Diz em tom calmo, fiz o mesmo sinal positivo com a cabeça e em seguida, adentrei no quarto. Ao contrário do que presenciava, ao longo dos dias que tenho vindo aqui, ela estava sentada sobre a maca, me observando com um olhar que não sabia definir, mas não era dos melhores. Estava pálida, seus fios negros estavam bagunçados, a boca seca, era lamentável ver essa cena. 


—  Bom dia omma, como se sente?


Pergunto ao me sentar na beirada da cama. Ela suspira, olha para baixo por breves segundos e em seguida volta a me olhar, estava começando a ficar preocupado com ela, a mesma estava estranha até demais. 


—  Filho, preciso te dizer uma coisa, que será muito difícil de dizer mas, é preciso. 


Diz de uma vez, como se ela mesma não quisesse ouvir o que acabara de dizer. Franzo o cenho, um pouco confuso e assustado com o que poderia vir, várias coisas ruins rondavam minha mente nesse momento, então preferi permanecer em silêncio para que ela pudesse prosseguir. 


—  Quero que... Não me visite mais, e não faça perguntas sobre isso, não poderei respondê-las. 


Ouvir essas palavras vindas dela, soaram como um tiro levado no peito. Não, não, não, isso não pode ser verdade, deve ser uma pegadinha, prefiro pensar que seja isso, ao entender que ela me quer longe. 


— O-Omma, o que está dizendo? A senhora está ficando boa em pregar peças, eu quase acreditei. 


Falo entre risadas sem muito humor, mas com a esperança de ouvir dela um: "te peguei". A mesma continua a me encarar com o mesmo olhar, sem dar uma risada se quer ou esboçar um sorriso. Aquilo já estava acabando comigo, não fazia um minuto creio que, desde seu pedido mas isso já estava me destruindo por dentro. Minha omma me quer longe, como assimilar isso? 


— Apenas vá Jimin, apenas vá. 


Meus olhos já estavam marejados, meu coração agora estava tão acelerado, minhas mãos trêmulas e minha mente uma bagunça, se perguntando o que eu fiz? Qual o meu erro? 


Me levanto calmamente, na esperança de que ela fosse dizer um "espere" ou "não se vá". Mas não, ela nem se quer me olhou partir, pois abaixou a cabeça. 


Flashback OFF


Olho a xícara de café a minha frente, a mesma já estava fria pois nem mesmo encostei para dar um gole. Havia sido traga por JungKook, aigoo, aquele garoto bipolar e maluco. Porque foi gentil comigo, e em seguida tão rude? Não consigo compreender. Mas ele não é o maior dos meus problemas hoje, mas sim, a estranha mudança de comportamento da omma. 

Chorei tanto, que nem se quer, parei para pensar o quão suspeito isso soa. Eu a conheço, ela jamais falaria assim comigo se não fosse ameaçada, e já posso imaginar por quem ela pode ter sido ameaçada. Preciso investigar isso, mas alguém tem que me ajudar, sozinho isso se torna impossível! Irei encontrar alguém que possa me ajudar, ou não me chamo Park Jimin. 


Me levanto da cadeira, como não havia comprado nada, vou direto até a porta de saída. Coloco óculos escuros e em seguida, às mãos sobre os bolsos do jeans. Avisto de longe, uma pequena praça com alguns bancos, a maioria vazios, devido o pouco movimento. Como estava sem rumo, resolvo ir até lá, parece ser um bom lugar se pensar ou relaxar, talvez eu precisasse disso nesse momento. 


VISÃO DO NARRADOR: 


Park Jimin estava confuso e cansado, após passar a noite em claro pensando em sua omma e quando finalmente, iria poder levá-la para casa. No entanto, a notícia que recebera mais cedo, acabaram com suas expectativas de finalmente ser feliz, ao lado da única pessoa que ama nesse mundo. Porém, algo estava rodando em sua mente, a hipótese de ser tudo um plano premeditado e iria fazer de tudo, para descobrir o que estava acontecendo de verdade. 


Ao chegar na praça, se senta sobre um dos bancos, que ficava a baixo de uma árvore, proporcionando uma sombra agradável. Massageava às têmporas, com os olhos fechados, na tentativa de relaxar um pouco. 


A tarde em Busan estava até mesmo calmo, não havia tantas pessoas na rua por ser horário de expediente, nesse exato momento, muitas pessoas estavam em seus trabalhos. Park Jimin, se sentia um inútil por não trabalhar como os outros, talvez se fizesse algo, seria mais fácil de esquecer um pouco às coisas ruins que o rodeiam tanto, por estar ocupando a mente com sua função. 



Park Jimin On: 


A calmaria que invadia o local, logo é cortada, pois sinto que alguém estava se sentando ao meu lado. Abro lentamente os olhos, para poder ver quem havia acabado com minha solidão. Franzo o cenho ao vê-lo, não era possível, isso parecia ser proposital ou o destino realmente não gosta de mim. Seus olhos estavam tão inchados quantos os meus, provavelmente não fui o único a chorar por aqui. Pensava em xingá-lo, mas não parecia ser o momento apropriado para isso, e se ele veio até mim, é porque quer paz. 

— Oi. 


Falo quase em um sussurro, olhando para minhas mãos. Não sabia explicar ao certo, mas, sempre que olhava em seus olhos, eu ficava nervoso. Provavelmente por medo, dele me tratar mal como sempre fazia. Suas palavras eram duras e  nunca podia prever, quando elas iriam sair de sua boca. 


— Oi. 


Diz em tom baixo, não estava o olhando, mas sentia que o mesmo me observava. 


— Hã.. Passando por frustrações também? 


Estava tentando puxar assunto para quebrar o gelo, e como ele parecia estar na mesma situação que eu, isso soou como uma ótima oportunidade, de puxar algum assunto. 


— Frustrações familiares, e você? 

Sempre breve, nada à mais e nada à menos. Esse é JungKook, o garoto que diz apenas o suficiente, algo que me intriga bastante. 


— Ho, frustrações familiares também. Família é complicada huh? Há vários tipos mas ao mesmo tempo, parecem ser iguais. 


Suspiro ao recordar da minha própria família, e de como me sinto tão só, mesmo com todos os parentes por perto. 


— Às pessoas são complicadas Park Jimin, e às famílias são injustas. 


Desvio a atenção para ele, sua franja estava entre os olhos, mas não escondia às olheiras e a cara de quem chorou, assim como eu. Reparando bem, ele tinha um ótimo físico, era forte, podia notar pelas veias expostas em seus braços. 


— JungKook, você aparenta ser a pessoa certa, para me ajudar em uma coisa muito importante. 


Poderia soar maluco da minha parte, pensar logo nele para me ajudar a desvendar o mistério sobre o pedido da Omma. Mas, por incrível que pareça, ele aparenta ser a pessoa perfeita para me ajudar nisso. 


— A quê se refere? 


Franze o cenho. Respiro fundo, pensando se isso era realmente uma boa idéia, o máximo que eu poderia ganhar era um não, eu acho. 


— O mais provável, é que eu ganhe um não mas de qualquer forma, vou tentar. Minha omma está internada no hospital, devido alguns problemas que ela passou. Hoje de manhã, fui visitá-la como nos outros dias, e para a minha surpresa e decepção, ela disse para não ir visitá-la mais. Não acredito que ela esteja dizendo a verdade, e sim que esteja sendo ameaçada. Meu appa me odeia, e meu irmão mais novo mais ainda o que me faz pensar, que eles estão por trás disso. Preciso de ajuda para desvendar os mistérios que rondam minha família, mas não sei como fazer isso sozinho. 


Dizia tudo aquilo, com vários flashback's percorrendo minha mente, inclusive o de hoje cedo, fazendo com que meus olhos marejassem novamente. Ele solta um longo suspiro, passo a mão sobre o cabelo o bagunçando ainda mais, parecia estar se recordando de algo ruim pois sua expressão não era muito boa. 

— Iria dizer não mas, se trata da sua omma e.. Enfim, aceito de ajudar se me prometer duas coisas. 


Arregalo os olhos, limpando às lágrimas que percorriam por minhas bochechas. Ele aceitou? Ho, isso realmente era surpreendente. 


— Claro, o que quiser! 


Indago animado, com sua decisão um tanto inesperada. 


— Primeiro; Assim que essa ajuda terminar e você tiver conseguido descobrir o que quer, qualquer contato entre nós dois irá terminar também. Me sentei sobre esse banco ao seu lado, porque ainda me sinto em dívida pela injustiça que cometi contigo, ia pedir novamente desculpas mas te ajudar, parece ser mais fácil. E segundo; que corte a minha franja que tanto me irrita, ou pague alguém que saiba pois ando sem tempo para isso. 


Os pedidos dele foram até razoáveis, se bem que, o de me afastar de vez ao terminar isso, era meio estranho mas tudo bem, ao menos ele iria me ajudar. 


— Eu mesmo corto minha franja, então não será problema cortar a sua. E se é assim que deseja, tudo bem, nosso contato termina assim que sua ajuda terminar. Então, temos um trato JungKook?


Estendo a mão para que ele pudesse apertar, ao invés de fazer o mesmo, ele apenas faz um sinal positivo com a cabeça, fazendo eu encolher minha mão envergonhado. 


— Amanhã eu saio mais cedo do trabalho, por volta de umas sete da noite, porque meu chefe fecha mais cedo amanhã. Me encontre aqui, e iremos resolver o que fazer primeiro, se eu chegar e você não estiver aqui, pode ter certeza que não irei o esperar. 


Nem mesmo sua fala rude, apagou o sorriso involuntário que se formou em meu rosto. Queria ficar perto dele, não sabia exatamente o "porquê" disso, ainda não entendia o que estava sentindo, talvez fosse a enorme vontade de ter um amigo diferente como ele que não puxava meu saco. 


— Certo, estarei aqui, não se preocupe. 


Agora não estava mais sozinho no plano de desvendar o que se passara, JungKook estava comigo, algo bem imprevisível mas estava gostando da idéia. Só espero poder descobrir o que de fato aconteceu naquela casa em minha ausência, e qual o tipo de ameaça a omma recebeu, para ter que tomar uma atitude tão drástica e dolorosa. Aigoo, acho que irei entrar em uma verdadeira confusão, e que confusão!




Notas Finais


Desculpem o capítulo pequeno e a demora, prometo compensar isso. Até breve! ^^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...