História Coffee (Jungkook Fanfiction) - Um abraço costuma dar uma ajudinha extra

E lá estava eu, chorando em uma cafeteria qualquer, com a minha cabeça apoiada em meus braços e o gosto saldado das lagrimas em minha boca. Eu não teria coragem de sair daquela cafeteria, não tão cedo.

- Moça? - Levanto minha cabeça lentamente e vejo uma figura borrada ao meu lado, enxugo os meus olhos e coloco meus óculos, assim fazendo-me enxergar melhor o ser a minha frente.

Ele tinha cabelos cor de chocolate, seus olhos negros me olhavam cor certa curiosidade e não pude notar o cheiro forte de café que o mesmo exalava, desço um pouco o meu olhar assim vendo seu crachá avisando que era um atendente da cafeteria, percebo que estava encarando-o a um bom tempo e desvio logo o meu olhar para a mesa a minha frente.

- Moça, estamos quase fechando, então, você deve sair por favor. – Ele da um sorriso amigável mostrando seus dentes de coelhinho na esperança de tentar ser gentil.

- Eu infelizmente, não posso – Eu digo sentindo meus olhos arderem, avisando que logo eu começaria a chorar.

- Por que? algo aconteceu? – Ele se ajoelha tentando ficar na minha altura, parecendo preocupado

- O meu namora.... Ex-namorado, ele... –Não consigo terminar a frase e começo a chorar, tapo meu olhos tentando esconder minha face avermelhada, eu odiava ser vista chorando, frágil, era tão...humilhante.

E então, sinto braços me puxarem para si  sentindo o cheiro de café preencher minhas narinas novamente, levanto meu olhar e vejo o atendente gentil me abraçando.

- Eu te entendo, já passei por coisas horríveis em relacionamentos – Ele começa a afagar meus cabelos, fazendo-me sentir melhor.

Depois de alguns minutos naquela posição, me afasto dele, e o encaro envergonhada

- Me desculpe pelo transtorno!  - Digo enxugando a minha face úmida

- Tudo bem, já passei por coisas parecidas,as vezes um abraço costuma dar aquela ajudinha extra, não é¿ - Ele sorri coçando atrás da cabeça corando um pouco – bom, e melhor você voltar para casa, agora que a chuva se acalmou um pouco

- Eu não posso voltar, como eu disse antes – Falo pegando meu guarda-chuva que estava perto da entrada – mas eu vou achar um lugar pra ficar, tem alguns hotéis por perto, quem sabe eu possa ficar por lá, não é¿

Ele apenas assente com a cabeça e se despede com um ‘’adeus, volte sempre’’, quem sabe eu não volte ali novamente, algum dia desses.