História CoffeeBoy - "The little boy"

 ㅡ Suga você devia sair. Está horrível. Seu apartamento está um lixo. Você está um lixo.- Disse meu lindo e simpatico amigo, Hoseok.

 ㅡ Ah, muito obrigado, estou me sentindo muito melhor agora.- Disse com um sorriso irônico no rosto.

    ㅡ De nada.- Ele sorriu.

  ㅡ Vá se foder.- Disse indo para a cozinha, onde realmente estava uma zona.

    ㅡ Dude, eu não sei por quê você está assim. Mas você realmente está péssimo.- Hoseok me seguia.- Não se parece mais aquele AgustD de antes.

  ㅡ Eu estou bem.- Disse pegando uma xícara limpa e pondo café, o que não foi uma boa idéia, fiquei olhando para a xícara com café.

   Droga! Agora até mesmo o café me lembrava ele...

    ㅡ Você não vai tomar isso.- Ele pegou da minha mão, e colocou na pia.- Esse café deve estar ai essas quatro semanas.

   Bufei.

  ㅡ O que você quer que eu faça?- Perguntei indo para a sala, era o lugar onde permanecía arrumado.

    ㅡ Primeiro você vai me contar o que aconteceu para você estar assim.

   Sentei-me no sofá, e ele sentou ao lado.

    ㅡ Eu me apaixonei. Isso serve?- Falei simples, pondo uma almofada em meu colo.

    ㅡ Serve, e muito. O que aconteceu mais? Você foi chutado? Ele não gosta de carasgarota

    ㅡ Não eu não fui chutado. Eu nem cheguei a falar para ele que gosto dele por temer perde-lo.

    ㅡ Então o que aconteceu? Foi algo sério. Para você ter faltado o trabalho essas quatro semanas e estar nesse estado.

    ㅡ Ele é menor de idade. E gosta de garotas. Ele é só um garoto normal.

     ㅡ Cara, o quê? Eu parei de prestar atenção quando você disse que ele é menor de idade.- Ele me olhava incrédulo.- Você por acaso está louco? Quantos anos ele tem?

     ㅡ Dezessete.- Falei.- Mas ele já está na faculdade... E eu ... Eu não sei como te explicar. Eu realmente me sinto um monstro.

    Ele riu.

    ㅡ Você não é um monstro. Esse garoto já é quase um homem. Por um instante eu pensei que ele fosse uma criança. Não tem problema em você gostar dele. Não é errado amar uma pessoa. Não é como se você fosse estuprar o garoto. Você nem sequer declarou-se para ele por temer perde-lo. A sua paixão é normal. Não é psicopata, meu amigo.

   ㅡ Você tem razão. Mas mesmo assim não é como se ele estivesse apaixonado por mim também.

   ㅡ Você nunca vai saber se não tentar.

    ㅡ E se ele não gostar e me denunciar.

       ㅡ De novo digo: Você não vai saber se não tentar.

       ㅡ Idiota.- Joguei a almofada em seu rosto e eu o ouvi gargalhar.

       ㅡ Você tem varios exemplos ai.

      ㅡ Vou tentar. Mas eu não sei o que fazer.

     ㅡ Primeiro você vai tomar um banho, fazer essa barba horrorosa e se arrumar. E sair para comer alguma coisa. Enquanto isso eu vou dar um jeito nesse seu apartamento.

    ㅡ Obrigado, Hoseokie.- Sorri para ele.

       ㅡ Disponha bebê.- Ele sorriu.

   Eu levantei para ir tomar um banho.

   Depois de duas horas, bem gastas, eu estava devidamente arrumado, e com a barba bem feita.

   ㅡ Está lindo.- Hoseok bateu palmas.- Agora saia, quero arrumar esse seu muquifo. Um apartamento tão lindo, se tornou um lixão.

     ㅡ Obrigado de novo.- Falei sorrindo, e indo até a porta.

    ㅡ Tenho compromisso as duas, então se eu sair antes de você voltar eu deixarei a chave de baixo do carpete.

       ㅡ Saranghae.- Disse saindo.

       ㅡ Saranghae.- Ouvi ele dizer antes que eu pudesse fechar a porta.

   Fui para o elevador, encontrando lá a minha amável vizinha. Que tinha aquele cachorro que me olhava como se quisesse me matar.

 ㅡ Annyeonghasimnikka senhora Hwan.

  ㅡ Annyeonghaseyo.- Ela sorriu.

Pedi a Abraxas para o elevador descer mais rápido pois o olhar daquele pequeno ser horrivel estava me dando medo.

   Quando o elevador finalmente chegou ao térreo, passei pela recepção rápidamente.

   O céu estava nublado, o vento frio estava maravilhoso.

   Andei pelas calçadas, haviam poucas pessoas ali. Elas deviam estar no trabalho uma hora dessas. Afinal era o que eu deveria estar fazendo também.

    Andei até aquele estabelecimento, que não ficava muito longe do predio onde eu morava.

   No caminho senti algo molhar a ponta do meu nariz. Olhei para o céu, e senti mais uma vez, agora mais forte e varias.

   Começara a chover.

      ㅡ Isso que dá sair de casa.- Bufei.

Caminhei mais rápido para chegar à cafeteria.

   E me decepcionei ao ver a placa pendurada na porta, anunciando que estava fechada.

   Que cafeteira fecha em uma plena segunda-feira fria?

   E para piorar a chuva havia aumentado.

   Olhei para o meu relógio de pulso que marcava exatamente três horas. Isso não explicava nem um pouco o fato da cafeteria estar fechada.

     ㅡ O que me falta acontecer agora?!- Resmunguei vendo meu estado, encharcado, tirei meu casaco e cobri minha cabeça.

      ㅡ Não acredito que está fechada?- Escutei alguém, atrás de mim, dizer. Eu reconhecia aquela voz. Virei-me.- H-hyung...?

      ㅡ Olá JungGuk...- Disse simples sem sorrir.

      ㅡ Meu Deus! Você sumiu! O que aconteceu com você? Eu fiquei preocupado.

      ㅡ Tem certeza que quer conversar sobre isso agora? Nessa chuva?

   Ele riu.

   Ah, essa risada.

   JungGuk poderia ser um instrumento ambulante, sua voz e sua rizada eram um perfeito som. Com notas conectadas e bem tocadas.

      ㅡ Quer vir comigo? Não quero ficar nessa chuva.- Falei em fim sorrindo.

       ㅡ Para onde?- Seus olhos brilhavam de curiosidade.

      ㅡ Eu moro próximo daqui.- Anunciei.

       ㅡ Ah. Tudo bem.- Ele sorriu.

   Apenas virei-me novamente e comecei a andar, ele veio logo ao meu lado, eu me aproximei um pouco para que ele pudesse ficar debaixo do meu casaco, que também cobria minha cabeça.

   Ele riu.

   E eu o acompanhei.

   Quem visse aquela cena, riria também.

   Dois caras idiotas completamente encharcados, cobrindo-se inutilmente com um casaco de couro.

       ㅡ Quando você disse que morava perto, eu pensei que era bem perto.- Ele resmungou segurando em meu braço.

       ㅡ Estamos proximos. É ali.- Apontei com o queixo para o prédio que estava no outro lado da rua.

      ㅡ Graças a T.O.P!.- Ele brincou.

Eu ri.

   Nós atravessamos a rua e então entramos no prédio.

   Com os olhares sobre nós, já que eramos os únicos encharcados ali, subimos de elevador até o andar onde ficava meu apartamento.

   Ao andarmos pelo corredor percebi que JeongGuk tremia. Abaixei-me até o carpete para pegar a chave.

       ㅡ  Você coloca sua chave de baixo do carpete?- Ele riu.

       ㅡ Não, foi o meu DongSaeng que colocou aqui.- Falei sorrindo.

       ㅡ Ah...- Ele suspirou.

   Ao entrarmos no apartamento, ele encarou o lugar com uma expressão engraçada.

   Hoseokie tinha dado um jeito no lugar, estava tudo bem arrumado, limpo e cheiroso.

      ㅡ Vou pegar uma toalha e uma roupa para você.- Eu disse indo em direção ao quarto.

   Peguei um par de roupa e uma toalha para ele, como havia dito, voltei para sala e o encontrei olhando para um porta retrato que ficava em cima de um criado mudo.

       ㅡ Seus amigos? Sua esposa?

Olhei para o porta retrato, onde na foto eu estava com a irmã de Hope no colo, ela beijava a minha bochecha, e o Hope o outro lado.

Eu ri.

      ㅡ Não, ela não é minha esposa.- Expliquei.- Ela é uma amiga, e esse aqui é o meu Saeng, irmão dela.- Sorri.

     ㅡ Ah. Desculpe.- Ele disse abaixando a cabeça.

       ㅡ Não precisa se desculpar.- Ri.- Pegue, você pode se trocar naquele banheiro ali.- Apontei para a porta ao lado do meu quarto.- É o unico banheiro, então eu vou me trocar no quarto.- Sorri.

       ㅡ Okay.- Ele andou até a porta e entrou, fechando logo depois.

    Fui para o quarto e logo me troquei, quando sai do quarto JeongGuk também estava saindo do banheiro.

       ㅡ Me dê suas roupas molhadas.- Disse, e ele me entregou.- Vou colocar na secadora.- Sorri e fui para o cômodo onde ficava a máquina de secar.

   Depois de pôr a minha e a roupa dele para secar, voltei para a sala.

       ㅡ Quer comer alguma coisa? Quer café? Chocolate quente?

       ㅡ Aceito o chocolate quente.- Ele sorriu.

      ㅡ Tudo bem. Me faz companhia? - Perguntei, e ele assentiu.

   Fomos para a cozinha e eu comecei a preparar o chocolate quente na máquina.

      ㅡ Então, por que você sumiu? - Escutei ele me perguntar.

      ㅡ Ah...- Suspirei.- Eu estava... viajando.- Menti.

      ㅡ E por que não me disse no dia em que nos vimos?

      ㅡ Foi de última hora.

       ㅡ Entendo.

       ㅡ Pronto.- Falei assim que o chocolate ficou pronto, coloquei em duas xícaras.- Você pode pegar os biscoitos que estão naquele armário ali?- Perguntei indo para a sala com as duas xícaras.

      ㅡ Sim.- Ele disse.

      ㅡ Sabe acho divertido tomarmos nosso chocolate quente em outro lugar sem ser a cafeteria.

       ㅡ Concordo.- Sua voz vinha da cozinha.

       ㅡ E nada melhor que uma tarde chuvosa uma xícara de chocolate quente e uma boa companhia.

       ㅡ Sim...- Houve um barulho de vidro se estilhaçando no chão, seguido de um grito. O grito dele. Que me assustou, e me fez correr imediatamente para a cozinha.

      ㅡ JungGuk!- Disse vendo o garoto com sangue nas mãos e alguns pontos vermelhos em seus pés descobertos, ao redor deles varios cacos de vidro junto com alguns biscoitos.- Meu Deus!

       ㅡ Miane Hyung.- Ele tremia e olhava de suas mãos para mim.- Miane Hyung.

       ㅡ Calma, TaeTae. Esta tudo bem.- Disse indo até ele e o carreguei o tirando dali com cuidado para não o ferir mais.

   O levei para o banheiro e o sentei em cima do balcão de mármore da pia.

      ㅡ Miane Hyung. Eu sou um completo desastrado.- Ele dizia enquanto eu lavava suas mãos tirando os cacos e o sangue. Assim fiz com seus pés também.- Miane Yoongi-Hyung. Eu vou pagar prometo.

       ㅡ Hey!- Segurei seu rosto com as mãos ainda molhadas, ele agora estava quase do mesma altura que eu por conta de onde estava sentado.- Está tudo bem. Eu tenho outras daquela. Não tem problema.- Falei contra seu rosto assustado.- Estou preocupado com você.- Sussurrei, ele corara à minha proximidade.

       ㅡ H-hyung..- Ele sussurrou contra minha respiração que batia na ponta de seu nariz.

       ㅡ Sim?- Minha voz estava em um sussurro também.

       ㅡ Eu gosto de você.- Sua voz soava em um sussurro mas era tão doce.

       ㅡ Eu também gosto de você, JungKook.- Senti nossos narizes se tocarem em um movimento carinhoso, e logo nossos labios

   Um selar simples e leve, com energia. Energia qual correu por todo o meu corpo.

   Sua boca encaxava-se perfeitamente na minha.

   Os movimentos ficaram mais ferozes, e eu segurei sua cintura, e senti suas mãos geladas em minha nuca, o que me fez estremecer.

   O ar nos faltou, e nos separamos.

Eu sorria como um idiota, ainda com a testa colada na dele.

       ㅡ Pensei que seria difícil contar para você, Hyung.- Ele disse ainda com os olhos fechados e seu sorriso ainda existia ali.

       ㅡ Eu pensei a mesma coisa.- Disse acariciando sua bochecha com o polegar sem me afastar.

   Ele riu, me levando a rir também.

       ㅡ Eu realmente estou apaixonado por você, hyung. E eu não tenho medo de nada que possa acontecer.- Ele me olhou.

       ㅡ Eu aguentaria alguns anos na cadeia por você.

       ㅡ Não seja idiota. Vou ser maior de idade em menos de dois anos.- Ele deu um tapa leve em meu ombro e eu ri.- Você não vai para a cadeia.-Ele selou-me rapidamente.- Sei que você é a pessoa certa para mim.- Ele segurou em meus ombros e me abraçou, eu o confortei ali.

       ㅡ Eu te amo, pequeno.