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História A garota do calendário - CAMREN - Capitulo 11


Escrita por: momentoscamren

Notas do Autor


Mais um capitulo hoje ❤

Capítulo 11 - Capitulo 11


Fanfic / Fanfiction A garota do calendário - CAMREN - Capitulo 11

— E aí, vadia! Há quanto tempo. — A voz da minha melhor amiga, Dinah soou ao telefone não apenas dura, mas com uma pitada de genuíno aborrecimento. 

— Estava trabalhando, sua vaca — tentei, mas não consegui.

 — Sei, ãrrã. Suponho que cavalgar no pau da Jauregui possa ser chamado de trabalho — ela replicou, com uma pequena nota de humor na voz. Minha amiga estava me perdoando. 

— Nem todas nós temos talento e sabemos dançar como uma deusa — retruquei. 

— Verdade... — ela disse, alongando a última sílaba. 

— Estou com saudade. — Minha voz tremeu e eu desejei me estapear por trair a emoção. Um suspiro profundo veio do outro lado da linha.

 — Também sinto falta da sua cara feia. Levo muito mais cantadas quando você está por perto. Sabe como é, né? Já que eu sou a mais bonita. — E... estávamos de volta ao status de melhores amigas para sempre. 

— Como está o meu pai? — perguntei, com medo de ouvir a resposta. 

— Melhor. Ainda não acordou, mas saiu da UTI, o que é um bom sinal. - Era bom mesmo. Significava que ele iria sobreviver, embora não estivesse curado ainda. 

— Os médicos disseram algo sobre por que ele ainda não saiu do coma? 

— Eles não me dão muitos detalhes, Mila. Tecnicamente eu não sou da família. Você sabe disso. 

Suspirei. Dinah era mais minha família do que os parentes que eu tinha por parte de pai e mãe. Ela era a única amiga em quem eu confiava. 

— Obrigada por cuidar dele por mim. Como está Sofia? Só falei com ela uma vez, e rapidamente, no intervalo entre as aulas. Parece que a carga horária dela é superpesada. 

— É, sim. E ela está estressada por causa de dinheiro também. As contas estão se acumulando. Quer que eu dê algum dinheiro a ela?

 — Não, não! Eu tenho dinheiro. Bom, vou ter bastante daqui a uma semana. O suficiente para mandar um pouco para ela pagar as contas e comprar comida. E logo vou ter muito mais! Só preciso pegar um avião na semana que vem, e cem mil dólares vão cair na minha conta. Aí vou ter a chance de ganhar mais vinte mil, que serão só meus.

 — Como você vai ganhar esse extra? — Eu a ouvi tragando o cigarro. Devia estar aproveitando para fumar no fim da sua hora de almoço. Roí a unha do dedão e olhei para a borda irregular.

 — O próximo cliente é um artista. Vou ser a musa dele ou alguma merda assim. Ele quer que eu pose nua. Se eu aceitar, ganho um extra de vinte mil. - Pude ouvir Ginelle bufar ao telefone. 

— Porra! Eu tiro a roupa todo santo dia e não ganho vinte mil. Peça para a tia Millie me agenciar. Vou ganhar uma grana preta! — Ela pigarreou ao telefone e eu ri. 

Dinah nunca deixaria Vegas. Era tão bom conversar com a minha amiga. Ela me fazia lembrar tudo que eu era, onde estavam minhas raízes e que ainda era a mesma garota. Mesmo vestida como uma Barbie, interpretando o papel de uma acompanhante-troféu, eu ainda era Camila Cabello a garota que criou a irmã desde que ela tinha cinco anos, que cuidou de si mesma e que iria salvar a vida do pai... mais uma vez. E eu esperava que fosse a última. 

Eu só queria que, quando ele acordasse e percebesse o que tinha feito, o que acontecera devido a suas próprias escolhas, realmente aprendesse a lição. Buscasse ajuda para o problema com a bebida. Fizesse terapia. Eu tinha dado a ele uma série de informações sobre programas gratuitos, além de panfletos e folhetos do AA. Talvez, quem sabe, dessa vez ele pudesse enxergar os erros que cometera. 

— Você vem para casa?

  Dinah perguntou enquanto eu pegava o vestido que usaria no evento desta noite. Lauren me levaria a uma festa com o elenco do filme. Parecia divertido. Eu poderia conhecer algumas pessoas famosas, com quem esperava trabalhar um dia. 

Mas essa carreira não estava nos meus planos por enquanto. Era engraçado como as coisas se fechavam em um círculo completo. Eu finalmente conhecia alguém da indústria do cinema, mas não havia como me comprometer com qualquer coisa ou ir a audições. Essa parte da minha vida estava em pausa por tempo indeterminado, até que eu conseguisse deixar meu pai fora de perigo. 

— Quem me dera. Vou para Seattle seis dias depois que sair de Malibu. Minha tia marcou vários tratamentos de beleza entre o dia em que eu sair daqui e a viagem. Mas vou tentar no próximo mês — respondi fracamente.

 — Ei, eu sei que você quer voltar para casa tanto quanto eu quero ver a sua bunda gorda, mas não tem problema. As coisas vão ficar bem por aqui enquanto você limpa a bagunça do seu pai. Mas, porra, Mila, ele tem que aprender desta vez. Você não pode continuar a desperdiçar a sua vida por ele. 

— Não tenho escolha — gemi. — Se eu não fizer isso, vão matá-lo. E ele está em coma, Dinah Não pode se defender sozinho. 

Essa conversa estava ficando batida. Eu amava minha amiga mais que tudo, mas ela passava boa parte do tempo reclamando das trapalhadas do meu pai e do fato de eu continuar a salvá-lo. Não é que eu quisesse, mas não podia simplesmente deixar que o machucassem ou matassem. Austin e seus capangas eram os maiores filhos da puta que eu conhecia. Meu ex era uma cobra sem coração.

 Ele não pensaria duas vezes antes de matar meu pai. Cacete, ele ficaria mais preocupado em sujar de sangue o seu terno caro do que com o fato de tirar a vida de alguém. As pessoas são meros danos colaterais para ele, e eu era uma de suas vítimas. Lixo traidor e mentiroso! Pelo telefone, eu podia ouvir murmúrios e o som incessante das máquinas caça- níquel conforme ela caminhava através do cassino. 

— Só me promete que vai encontrar um jeito de ter uma vida.

 — Eu vou, eu vou. Além disso, estou me divertindo aqui em Malibu. A Lauren me ensinou a surfar!

 — Que legal! Eu nunca nem vi o mar — ela gemeu. — Quando você ficar rica como acompanhante, me leva para a praia? Eu ri. 

— E ver o seu rabo de vadia dentro de um biquíni? — Fingi vomitar.

 — Você é maluca. Estou revogando o seu status de melhor amiga. 

— Você não pode revogar o status de melhor amiga. Eu sou e acabou. Como os dez mandamentos, escritos em pedra. Eu sou e acabou — falei novamente, sem muita convicção. 

— Você acabou de comparar a nossa amizade com os dez mandamentos? Sério mesmo?

 — Hum... Sim? 

— Você vai para o inferno — ela afirmou, categórica. 

— Se eu for, é melhor que a sua bunda de vadia esteja lá para me encontrar. - Ela riu e eu sorri, segurando o telefone com força. 

— Você sabe que eu vou estar. — Te amo, sua vaca. 

— Te amo mais, vadia. 


 O restaurante Nobu, em Malibu, era requintado. Era como entrar em um mundo particular, elegante e privado. Todos os atores, diretores e roteiristas de Código de honra estavam presentes. Não tinha muita gente, talvez umas quarenta pessoas. Quando chegamos, a hostess nos levou a uma área externa reservada. O pátio tinha um deque de madeira enorme que se estendia pela grande varanda, com móveis de vime, almofadas e mesas rústicas. Toda a extensão era aberta para uma vista de cento e oitenta graus da praia. O sol estava se pondo, e as cores do céu refletidas na água eram de tirar o fôlego. 

Lauren me puxou em seus braços quando segurei a grade e me abraçou por trás. 

— Linda — disse em meu ouvido, antes de passar o nariz para cima e para baixo, na base do meu pescoço.

 — Muito — concordei. 

— Não a vista. Você. — Ela mordeu aquele ponto em que o pescoço encontra o ombro, provocando arrepios crescentes de excitação, inchando e doendo deliciosamente dentro de mim. 

— Fala mansa. — Belisquei a lateral de sua coxa, onde minha mão descansava. 

— Ai! Vamos ver se eu vou voltar a elogiar a dama — ela disse, fingindo indignação. 

Virei-me, passei as mãos ao redor de seu pescoço e a beijei. Nada indecente, apenas um encontro de lábios. Senti falta dela no decorrer do dia, enquanto ela estava no trabalho, e essa era a nossa primeira chance de estar perto. Ela gemeu em minha boca, se afastou e olhou para mim. Depois de um momento, balançou a cabeça e sorriu. Eu sabia que ela queria me dizer alguma coisa, mas, naquele momento, estava consciente de que não seria algo que eu poderia aguentar. Então falei: 

— Vamos pegar uma bebida e algo para comer? Seus ombros caíram. O clima estava quebrado. 

— Claro — ela disse, agarrando minha mão e me levando para o bar. Pegamos bebidas e, em seguida, um garçom apareceu e nos ofereceu petiscos no estilo asiático. 

Enquanto conversávamos e comíamos, a mulher mais bonita que eu já tinha visto veio caminhando por entre as pessoas. Ela usava um vestido vermelho profundo, que acentuava os seios grandes. 

Tinha os cabelos pretos e espessos como os meus, mas os dela formavam mechas soltas que caíam sobre a pele perolada. Lábios vermelhos brilhantes e a maquiagem esfumada nos olhos completavam o visual. Ela era o sonho de qualquer homem e o pesadelo de qualquer mulher. Exceto o meu.

— Alexa — Lauren estendeu a mão para a mulher deslumbrante. — Eu gostaria que você conhecesse minha amiga, Camila Cabello — Os olhos dela se arregalaram e seus lábios se curvaram em um sorriso pela forma como ela disse “amiga”. 

Ela colocou a mão pequena no ombro de Lauren, olhou para ela e piscou de maneira adorável antes de virar para mim. Lauren estava completamente encantada por ela. Caramba, eu também. Uma beleza como a dela não aparece com muita frequência. 

— Alexa ferrer — Ela estendeu a mão e eu a apertei. — Qualquer amiga de Lauren é minha amiga também. — Sua voz soava como se estivesse cantando, com uma espécie de vibração sensual. Após o cumprimento, ela se postou à minha frente e pressionou descaradamente o peito contra o de Lauren. 

— Estou realmente ansiosa para começar a filmar a sua história. O enredo é fascinante. — Sua mão se aproximou e acariciou a lapela dela. 

Lauren ficou ali, sem palavras, olhando nos olhos daquela mulher muito sexy. Senti como se estivesse invadindo um momento privado. Certamente eu não era necessária naquela conversa. E, apesar do que prometera a mim mesma, estava ficando com ciúme. Não, eu não tinha nenhum direito sobre Lauren oficialmente, mas era sua acompanhante pelos próximos dias, caramba! Pigarreei. Isso em nada quebrou o feitiço que ela exercia sobre Lauren. 

— Talvez a gente possa passar o texto na minha casa em algum momento, para eu entrar no espírito da personagem. — Ela lambeu os lábios e meu estômago queimou de raiva. Quem aquela mulher achava que era?! 

— Hum, claro, é... Parece... hã — Lauren tentou falar, e para mim bastou. Afastei-a do caminho, interrompendo educadamente. 

— Amor, estou morrendo de fome. Vamos sentar e comer? — Pisquei para ela, mas tinha certeza de que não surtia o mesmo efeito. Lauren olhou para mim, balançou a cabeça, e um sorriso surgiu em seus lábios. Seus olhos brilharam e ela me puxou para seu lado, com a mão na minha cintura. 

— Qualquer coisa para a srta. Camila — disse, beijando minha testa. — Desculpe, Alexa. Pode nos dar licença?

 Olhei para a bela raposa de cabelos negros. Sua boca estava escancarada, como se não pudesse acreditar que eu havia me intrometido em seu jogo quando, na verdade, foi ela que se intrometeu no meu. 

— Camila Igual à personagem do seu filme? — ela perguntou. Lauren olhou para mim com aquele sorriso de derrubar calcinhas.

 — Eu queria algo para lembrar da minha garota quando ela se for — ela disse, sem olhar para Alexa em nenhum momento. Esse gesto encheu meu coração de alegria e tristeza, por saber que a deixaria em breve. 

— Lembrar dela? Para onde você vai? — ela me perguntou diretamente, cruzando os braços. 

Respirei fundo e fechei os olhos.

 — Seattle — respondi e vi quando Lauren estremeceu. 

— Ah, é? Para quê? 

— A trabalho. — Eu não tinha nada melhor a dizer. Era verdade, mas eu não iria revelar para aquela mulher que eu era uma prestadora de serviço ou que Lauren era praticamente uma mulher livre que poderia apreciar seus avanços. Alexa revirou os olhos. 

— E o que você faz?

 — Bom, nesse trabalho especificamente, vou posar para um pintor durante o próximo mês. Ela abriu um sorriso falso.

 — E você estará usando alguma roupa durante essas pinturas? — Foi direto ao ponto. 

— Acho que já chega, Alexa. Nos vemos no set em uma semana. Vem, Camz, vamos pegar algo para comer e encontrar um lugar para sentar. 

Ela segurou meu quadril e me virou, caminhando na direção oposta à da bela atriz. Conseguimos uma mesa no canto, que tinha uma vista ainda melhor do mar à noite. Um garçom trouxe mais bebidas e colocou um prato de aperitivos entre nós. Assim que dei uma mordida e deixei a massa folhada derreter na boca, Lauren atacou: 

— Então, Seattle? — Apenas assenti, sem querer discutir o assunto. — E a Alexa estava certa na suposição que fez? - Dei outra mordida no canapé de peixe e tive que conter um gemido. Nossa, aquele lugar era incrível. — Estava, Camila? Você vai ficar nua na frente de um artista enquanto ele te pinta? — Em vez de responder, dei de ombros. — Eu fiz uma pergunta simples — ela disse, com os dentes cerrados.

 — Talvez. Ele pinta nus, então é uma possibilidade — falei, pensando que seria melhor que a verdade absoluta ou uma mentira pura e simples. Lauren balançou a cabeça e tomou um longo gole de sua cerveja. 

— Eu preciso de uma bebida de verdade. — Ela se levantou e foi até o bar. Eu me recostei na cadeira, pensando no que esta noite estava se transformando. Senti ciúme dela, e agora ela estava com ciúme de um cara que nenhum de nós conhecia. Que porcaria estava acontecendo? 

Quando ela voltou, trazia um copo cheio de um líquido âmbar que fez meu estômago revirar. Desde a primeira noite, ela tinha se esforçado para não tomar uísque, e eu era grata por isso. Agora, porém, ela estava bebendo como se fosse água. 

— Por que você está brava? - Ela balançou a cabeça.

 — Não estou brava — Cerrou os dentes, um músculo em sua mandíbula se remexendo. 

— Acho que eu sei quando você está brava. Estamos vivendo juntas há quase um mês.

 — Você quer mesmo fazer isso? — ela finalmente perguntou.

 — Não é questão de querer. Eu preciso! — sussurrei, inclinando-me para a frente. Ela olhou em volta. 

— Você não precisa fazer merda nenhuma. Todo mundo tem uma escolha. Você poderia ficar aqui. — E ali estava. Ela definitivamente queria que eu ficasse, mesmo sabendo que eu não podia. 

— Não faça isso...

 — Por que não?! Porque isso vai te fazer sentir algo? — ela perguntou em tom de desdém. Eu me levantei e fui embora. Lauren não me seguiu.



Notas Finais


O negocio tá ficando serio, será que camren vão ficar juntas??


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