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História A garota do calendário - CAMREN - Capitulo 9


Escrita por: momentoscamren

Capítulo 9 - Capitulo 9


Fanfic / Fanfiction A garota do calendário - CAMREN - Capitulo 9

 — Acorda, linda — ouvi, logo antes de sentir o formigamento quente quando a mão de Lauren encontrou a pele nua da minha bunda. 

— Ai! — Pulei, agarrando o edredom para me cobrir. — O que é isso?! — gritei. 

Fui recebida com um sorriso em vez de um pedido de desculpas. 

— Vamos, coloque um biquíni e roupas confortáveis. Estamos indo para a praia! — Lauren exclamou, claramente animada com a perspectiva de um dia à beira-mar. 

Ela tinha trabalhado demais na semana anterior. Eu só a via no fim de cada noite, tirando um jantar de negócios insuportavelmente chato.

Nesse meio-tempo, eu tinha almoçado com Allyson Underwood, a esposa do diretor do novo filme, e com a mãe de Lauren, Clara.

 Todo mundo parecia estar levando as coisas numa boa. Lauren também não parecia ter problemas com isso. Disse que era ótimo que eu fizesse amigos enquanto ela estava ocupada. 

Parecia mais preocupada com a possibilidade de eu ficar entediada o dia todo do que com o potencial apagamento das barreiras emocionais, pelo fato de eu sair com sua família e me aproximar da esposa do seu colega de trabalho. 

— Como assim, estamos indo para a praia? Você sabe que estamos em janeiro e está frio pra caramba? — Puxei o edredom sobre a cabeça e voltei para meu esconderijo acolhedor. 

Senti o colchão afundar, me prendendo. Lauren puxou o cobertor de cima da minha cabeça e fez uma manobra ninja, juntando minhas mãos no alto e as segurando. Ela se inclinou e me deu um beijo molhado, lento e tão profundo que meus dedos se curvaram. A área entre minhas pernas começou a esquentar e pulsar. 

Meu Deus, a mulher sabia beijar. Ela puxou o cobertor para baixo e cutucou meu mamilo, primeiro com o nariz, em seguida sugando a ponta com a boca. 

— Agora sim. Esse é o jeito certo de acordar uma mulher — falei, com um gemido baixo. Ela me recompensou com uma sucção profunda. 

— Vou me lembrar disso da próxima vez. Se eu fizer você gozar, seu humor vai melhorar? 

 Sua língua tocou a ponta do meu mamilo enquanto brincava com ele. Os dedos da outra mão apertavam e acariciavam o outro seio. Concordei com a cabeça, em silêncio, perdida demais na sensação que ela despertou, uma chama lenta que me deixou fraca e incapaz de falar.

Ela riu contra meu peito.

 — Se eu colocar a língua em você e lhe der o alívio que está procurando, você vai fazer o que eu mandar? 

Era impossível negar. Com sua boca e seus dedos adorando meus seios, eu não podia deixar de concordar com qualquer coisa que ela quisesse. 

— Sim, sim! — gemi. 

Sua cabeça se moveu do meu peito até as costelas, mordiscando ao longo do meu abdome, até que ela estava lá. Bem ali, dando-me tudo o que eu queria e mais. Lauren poderia ser uma medalhista na arte do sexo oral. Sabia exatamente quando morder, apertar, chupar, lamber.

 E fazia isso com refinamento. Mordida. Apertão. Chupada. Lambida. Segui por um redemoinho de tesão enquanto ela acariciava meu centro de prazer com a língua, até que eu me desmanchei. 

Meu corpo se curvou, as mãos voaram até seus cabelos para segurá-la contra minha carne úmida. Ela rosnou enquanto me devorava, perdida no momento tanto quanto eu. Possivelmente ainda mais, a julgar pela forma como mergulhou o pau dentro de mim. 

Só fomos para a praia uma hora depois. Quando chegamos, fomos recebidos por um instrutor de surfe chamado Amil. 

— Você me trouxe para ficar vendo vocês surfarem? — perguntei, imediatamente após apertar a mão do sr. Surfista Maravilhoso. 

Meu tom não foi agradável. Lauren olhou para Amil, depois para mim, e sorriu. Seu sorriso era travesso, e eu soube naquele momento que estava incluída na programação. 

— Não. Na verdade eu trouxe você aqui porque nós vamos surfar. O Amil vai me ajudar a mostrar como as coisas funcionam. Ele tem todos os equipamentos e roupas de mergulho femininas. É dele a loja de surfe que fica lá embaixo, na praia. Apontou para um lugar ao longe. 

Olhei para Lauren seu cabelo balançando com o sopro de ar frio da manhã. Um brilho em seus olhos verdes os fez parecer quase esmeralda à luz do começo do dia. Ela era tão boa de olhar quanto as ondas quebrando na praia. 

— Você está falando sério? Ela assentiu e fez um gesto para Amil. O instrutor se virou — me dando uma visão incrível de suas costas musculosas e bronzeadas, e pegou uma roupa de mergulho que parecia ser do meu tamanho. 

— Deve servir. Você tem o quê, um e sessenta e, uns cinqueta quilos? 

— Um e sessenta. E a sua mãe não te ensinou que jamais se deve comentar o peso de uma mulher? 

Amil balançou a cabeça e riu.

 — Não posso dizer que ela tenha ensinado.

— Então ela falhou no trabalho — falei, inexpressiva. — É grosseiro e as mulheres odeiam. Você é casado? — Ele balançou a cabeça. — Namorada? — Ele balançou a cabeça novamente, ainda sorrindo. — É isso. — Bati palmas, como se tivesse acabado de comprovar a teoria da relatividade de Einstein. 

Lauren riu alto ao meu lado. 

— Ela está certa, cara — disse. 

Fiquei um pouco surpresa por ela usar essa palavra tão californiana. Não que ela não fosse descolada, ela era. Muito. Só que era sempre um pouco mais formal. 

— Desculpe, Camila. Minhas sinceras desculpas. Eu só queria ter certeza de que a roupa serviria. — Ele me entregou um macacão de mergulho preto. 

Após repetidas tentativas de me enfiar naquela coisa incrivelmente apertada, que apelidei de roupa da Mulher-Gato, finalmente conseguimos colocá-la no lugar. Meus seios estavam apertados contra o tecido de neoprene. Tudo que eu queria era abrir a parte de cima e libertar os dois. Olhando para meu corpo, não pude evitar uma risadinha interna. Aquilo definitivamente me lembrava a Mulher-Gato. Eu me sentia ridícula, embora o olhar quente de Lauren demonstrasse que eu não estava realmente. Parecia mais que ela estava pronta para rasgar o macacão. 

Amil, no entanto, não estava apreciando a nossa falta de atenção às suas instruções. Eu só queria começar a praticar logo. Finalmente, Amil terminou os ensinamentos da “arte do surfe” e Lauren me levou até a praia. Ela carregou nossas pranchas enquanto caminhávamos pela areia. 

— Eu consigo levar minha própria prancha, sabia? Seus olhos brilharam quando o sol os tocou. 

— Tenho certeza de que há muitas coisas que você consegue fazer, linda. Mas eu não me sentiria uma mulher de verdade se não ajudasse a minha garota. Além disso, você está demonstrando espírito esportivo. 

Sua garota? Ela acabou de dizer isso? 

— Minha garota? — perguntei, antes que o pensamento se tornasse algo perversamente emocional. Ela sorriu. 

— Sim, você sabe o que eu quero dizer. — E deu de ombros. 

Hum, não, cacete, eu não sabia o que ela queria dizer. Quando eu estava começando a protestar, Lauren bateu com força em minha bunda e me arrastou para o mar. Mas, na água me ajudou a ir para a área mais apropriada e trabalhou comigo nas posições, poses e equilíbrio que eu estava aprendendo. Decidimos que eu deveria ficar de joelhos primeiro e pegar o jeito, antes de tentar ficar de pé. 

Assim que a novidade e o nervosismo passaram, descobri que podia pegar pequenas ondas deitada. Levou mais de uma hora para eu conseguir ficar de joelhos, mas eu não poderia ter ficado mais orgulhosa de mim mesma. Quando consegui pegar uma onda daquele jeito, ouvi Lauren gritando e vibrando. Nunca senti mais orgulho na vida. Normalmente eu torcia por minha irmã, Sofia ou por minha melhor amiga, Dinah, quando ela dançava. Mesmo na época em que eu praticava dança contemporânea e fazia performances incríveis, não tinha esse sentimento de realização. 

Talvez agora fosse por causa daquela mulher me esperando na praia enquanto eu remava. Sua prancha estava enfiada na areia. Fui em direção a ela, soltando a minha enquanto corria. 

— Você viu aquilo? — gritei de alegria, correndo para ela.

— Claro que vi! Foi incrível! Mandou bem, linda — disse ela, de braços abertos.

 Trombei em seu peito, nos derrubando no chão. No mesmo instante, seus lábios estavam nos meus, suas mãos em meus cabelos molhados, me segurando contra ela. Lauren tinha gosto de sal e mar. 

Mágico. 

Continuamos assim por alguns minutos, até que fomos interrompidos por um pigarro. As mãos dela tinham soltado a minha cabeça e estavam agarrando firmemente minha bunda, sua ereção pressionando exatamente onde eu mais queria. Nós nos separamos lentamente, ofegantes e sorrindo feito bobas, para ver a risada de Amil. Ela me ajudou a levantar e me puxou para perto, nossas roupas de mergulho coladas. 

— Você foi ótima — ela disse com orgulho, deslizando o polegar pela minha bochecha antes de me dar um beijo suave nos lábios.

 — Obrigada por me ensinar. Podemos ir de novo? — perguntei, animada com a perspectiva de pegar ondas novamente. 

— Por você, qualquer coisa. Minha doce Camz.

A terceira semana da minha estadia foi preenchida com mais jantares de negócios chatos e outro evento cheio de ostentação. Eu não me importava muito com as festas. Era bom passear, provar comidas deliciosas e tomar champanhe e vinhos caros, mas não era exatamente divertido. 

Lauren passou aquelas noites em conversas profundas, interagindo como a mulher de negócios que era. Ela não estava brincando quando disse que não tinha tempo para um relacionamento de verdade. A mulher que se envolvesse com ela passaria muito tempo sozinha. Ela precisaria de alguém que tivesse uma vida plena e uma carreira, e que se sentisse feliz em ser sua garota da meia-noite, disponível quando ela chegasse em casa tarde para uma noite de sexo e carinho antes de cair no mundo dos sonhos e começar tudo de novo na manhã seguinte. 

Uma pontada rápida atingiu meu estômago com o pensamento de Lauren com outra mulher. Apaixonando-se, casando-se, tendo filhos, vivendo feliz para sempre, enquanto eu estaria fazendo o quê? Sendo uma acompanhante? Descartei a massa folhada que havia pegado e, em vez disso, virei minha taça de champanhe em um gole só. 

— Uau, calma aí, Speed Racer — Lauren falou, passando um braço ao redor da minha cintura e me puxando para seu lado. — Está tentando ficar bêbada? — Seus olhos se estreitaram, mas a sugestão de um sorriso no canto da boca confirmou sua intenção de brincar. 

— Por quê? Vai se aproveitar de mim se eu estiver? — perguntei com um tom malicioso, pressionando os seios em seu peito. Ela respirou fundo, apertando-me mais, e fixou os olhos nos meus. 

— Com certeza — disse, sem humor algum. Apenas a insinuação de Lauren me possuindo já me deixou com a calcinha molhada. 

— Não me deixe com tesão. Não é justo, já que você ainda tem negócios a tratar. — Fiz beicinho e beijei a lateral de seu pescoço, certificando-me de passar os lábios lentamente ao longo da base. Ela gemeu baixinho e pressionou os quadris contra mim, para que eu pudesse sentir o calor e a força de seu desejo. 

— Como é que eu vou deixar você ir embora daqui a oito dias? — Seu olhar e o aperto firme de sua mandíbula enfatizaram a seriedade de sua declaração. Respirei fundo e olhei fixamente em seus olhos. Aqueles que passei a adorar, mais que quaisquer outros. 

— As coisas são como são. Tem que ser assim — eu a lembrei. Ela se inclinou e encostou a testa na minha.

 — E se eu não quiser que seja? — Ela perguntou a única coisa que havíamos concordado que não deveria ser dita. 

O pensamento, a mera sugestão de mais, ia contra tudo o que havíamos negociado quando assinei o contrato. E também poderia quebrar as regras que ela estabeleceu na primeira vez em que transamos, mais de duas semanas antes.

 — Não faça isso — sussurrei. Ela prendeu a respiração, soltando-a em seguida. Eu podia sentir o calor contra meus lábios úmidos.

 — Tudo bem, não vou fazer.

Ela disse de um jeito definitivo, que pareceu renovar o compromisso de manter as coisas como deveriam ser. Como tinham que ser. Não havia outra opção para mim. Mesmo que eu quisesse mais — coisa com a qual eu não conseguia lidar no momento — não era possível. Eu ainda precisava de um milhão de dólares e meu pai ainda precisava ser salvo. 

Não havia ninguém além de mim para resolver isso. Eu não arriscaria a vida dele por uma possibilidade ínfima de felicidade. Jamais seria capaz de me perdoar se escolhesse minha vida em detrimento da do meu pai.

Independentemente de ele ser um alcoólatra que passou a maior parte do tempo jogando, se embebedando e arruinando nossa estabilidade financeira, ele ainda era uma das únicas pessoas que me amavam de verdade. E eu nunca o abandonaria. Nem mesmo por Lauren. Ainda que o pensamento enchesse minha mente, coração e alma de esperança, não era para ser. Eu tinha um trabalho a fazer e o faria, ou morreria tentando. 

— Vem, vamos dançar 

 Ela chamou, deixando o momento pesado se dissipar lentamente quando me levou para a pista. O evento desta noite era uma festa de apresentação para os futuros funcionários, equipe técnica, investidores e atores confirmados do filme em que ele estava trabalhando, Código de honra. 

Era a primeira noite em que ela conseguia comemorar sua realização, e eu estava determinada a colaborar para isso. No momento em que ela me abraçou, pensei em nosso tempo juntas. As duas últimas semanas tinham sido como um sonho realizado. 

Quando tia Millie me ofereceu o trabalho, acreditei, honestamente, que estava vendendo um pouco da minha alma. Agora que tivera mais de duas semanas para me acostumar com a ideia, e imaginava como seria com os futuros clientes, achei que passaria o próximo ano tranquilamente. Talvez conseguisse até fazer contatos na indústria em que planejava entrar quando meu ano de trabalho acabasse. A menos que eu passasse a gostar e continuasse fazendo isso, juntando uma boa quantia. Não que eu fosse ver todo esse dinheiro ainda este ano. Só ficaria com o suficiente para mandar para Sofia cobrir as despesas da faculdade e um pouco para pagar as contas do meu minúsculo apartamento.

 Imaginei que, se recebesse cem mil por mês durante o próximo ano, me sobrariam duzentos mil depois que a dívida de um milhão de dólares fosse liquidada. Isso significava que eu poderia pagar à vista a faculdade de Sofia no valor de cem mil, e guardar o restante. Isso me daria o suficiente para mandar três mil por mês para as despesas de subsistência dela e do meu pai, pagar meu aluguel de mil dólares e ainda guardar alguns milhares no banco para minhas contas. Claro, meu tempo não seria realmente meu, o que acabaria por estressar cada nervo do meu corpo, mas eu esperava que meus futuros clientes fossem como Lauren: trabalhassem muito e precisassem pouco de mim. 

Assim eu poderia relaxar em suas casas magníficas. Deixar Lauren no entanto, ia ser difícil. Eu me perguntei se seria assim com todos os outros. Eu estava adorando nosso tempo juntas, e o sexo era fora do normal.



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