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História Coisa de Fanfic - Capítulo Único


Escrita por: taozing

Notas do Autor


heyehyeh
sim, eu escrevi baekyeol. aproveitem, porque nunca mais vai acontecer – sério, foi estranho pra caralho, mas é aquela coisa né, às vezes a gente tem que se desafiar e
o plot que eu peguei do iswt foi: "uma fanfic em que o baekhyun use apenas mãos/dedos para dar prazer ao parceiro"; era p ser pwp mas eu sou horrível e fiz uma historinha aaaa
um cheiro no cangote da dudi, zan, nay e mandy que mandaram suas fics e um beijo na testa de todo mundo que tentou ajudar ♥ e um abraço nos seres do iswt, com todo o respeito, claro ((em especial uma aí que começa com "c", que disse que tinha necessidade de ler algo meu desse projeto maravilhoso... <3

boa leitura e espero que gostem~

Capítulo 1 - Capítulo Único


– Muito obrigado por ter assistido e até loguinho! – Baekhyun sorriu, acenando para a webcam e encerrando a gravação. Pronto, era só encaixar a finalização e já teria o próximo vídeo do canal.

Byun Baekhyun era um youtuber gamer – ou gametuber, ou fazedor de gameplays, ou só mais um carinha que se gravava jogando e contando gracinhas e as pessoas assistiam por algum motivo. Tinha uma parcela considerável de inscritos, bem como vários seguidores nas redes sociais; não que se importasse com isso, claro, seu objetivo com o canal era só se divertir e, de quebra, divertir alguém. Vez ou outra saía da linha dos games e gravava uns vlogs sobre temas diversos, paródias, melhores momentos de transmissões ao vivo, coberturas de eventos geeks e daí em diante.

Recentemente, uma ideia pra lá de insistente ficava rondando sua mente. Que Baekhyun era um intrometido curioso todo mundo já sabia, seus fãs nem surtavam mais quando Baek os pegava no flagra falando coisas pervertidas e desenhando uns trecos embaraçosos – a gente não fala sobre o incidente da fanart com bondage, tá legal? –, mas a única coisa que Baek apreciava em segredo era as fanfics. Céus, como se divertia com elas! Chegava a virar madrugadas devorando capítulos e histórias, tendo que ir trabalhar cedinho com uma expressão exausta que não contribuía nadinha para sua cara bonita. Já havia perdido as contas de quantas lágrimas derramara e quantas gargalhadas desatara e quantas batidas seu coração falhara ao ler as coisas tão criativas e interessantes que seus fãs escreviam – dos paus duros a gente também não fala, ao menos não agora.

Muitas das fanfics sobre Baekhyun eram dele namorando outrxs youtubers: na maior parte, namorava Kyungsoo, seu melhor amigo que lhe acompanhava em algumas gameplays e tinha um canal secundário para ASMR. Uma vez até leram uma fanfic juntos, quando Kyungsoo foi passar uns dias na casa de Baek por causa de um evento que estava rolando, e Baekhyun riu à beça ao ver Kyungsoo ficar todo vermelho quando chegaram na parte do sexo; uma pena ter esquecido de gravar, porque daria um vídeo ótimo.

E daí vem a ideia do Byun: e se gravasse um vídeo lendo fanfics? Poxa, gostava muito delas e realmente apreciava o carinho e o tempo que seus fãs investiam em escrevê-las, então não teria problema, né? Fora que nunca tinha visto alguém fazer isso no YouTube, e é sempre bom inovar – vai que viraliza e Baek fica famosos a ponto de conseguir viver só com a grana dos vídeos?

Não sei se é boa ideia, Baek – A voz arrastada de Kyungsoo soou do outro lado da chamada. – Mas se cê acha que tá nice...

– Eu acho, pô. As fanfics são mó boas – disse, dando uma golada em seu achocolatado. Soltou uma risadinha ao ver Kyungsoo correr freneticamente pelo mapa do jogo, indo para a área segura delimitada por uma barreira azul. – Não morre pro círculo, por favor.

Falou o cara que morreu assim que pulou do avião.

– Eu tava sem arma, cara, e tu só disse que tinha gente na casinha depois de eu já ter entrado. – Rodou os olhos. – Morre logo, eu quero jogar.

Vai tomar no cu.

– Tem cara na esquerda.

Onde?

– Na esquerda, imbecil. Em cima do prédio.

Não me chama de imbecil, seu babaca.

– Im-be-cil.

– Cuzão.

– Immmmbeeeeeciiiiiil!

– Cuuuuzããããão!

Os dois riram.

– A gente é muito idiota.

– Não é à toa que somos namoradinhos. – Sorriu.

– Ih, começou. – Kyungsoo se esquivou para dentro de uma casa e começou a catar os objetos do chão. – Já te falei que meu lance é outro.

– Não estraga meu Baeksoo, seu chato.

– Seu bê-o-quê?

– Baeksoo. Nosso nome de casal. Vai dizer que não lembra da fanfic? – falou, quase podendo ouvir as bochechas de Kyungsoo ferverem de vergonha.

– Ah, lembro. Ô se lembro – balbuciou desgostoso, arrancando uma risada de Baek. – Já resolveu se vai fazer o vídeo?

– Acho que vou. Eu tinha até pensado em perguntar no Twitter, mas quero fazer surpresa.

– Faz, mano. Se não der ruim, vai dar bom.

– Lispector vírgula Kyungsoo.

– Vai se foder.

– Contigo, chuchu? Vou mesmo, hm? Vou te foder de quatro que nem naquela fanfi–

Kyungsoo encerrou a chamada de voz.

Gargalhadas.

 

*

 

– Oi, mundo! Eu sou o Baekhyun e sejam muito bem-vindos ao meu canal! – Abriu um sorrisão. – O vídeo de hoje é meio diferente, é... eu li umas coisas que só a internet sabe... – Deu um olhar cômico e desconcertado para a câmera. – Bom, eu espero que gostem e só vamo!

A cena cortou para o papel de parede do computador de Baekhyun, com um quadradinho no canto com a imagem da webcam do garoto.

– Ai, bicho, que vergonha – murmurou, dando uma risadinha. – Ó, eu criei uma conta nesse site de fanfics e dei favorito em algumas que achei promissoras. Juro que ainda não li nenhuma. A primeira se chama “Entreolhares”, e foi escrita por baekscarrot92. Tá, né.

Abriu a fanfic e começou a ler em voz alta. Era uma bonitinha estória sobre Baekhyun estar apaixonado por seu melhor amigo, Kyungsoo. Foram menos de duas mil palavras, então logo acabou; a fanfic não era lá das melhores, mas talvez Baek conseguisse salvar alguma parte quando fosse editar o vídeo.

– “Calça rasgada”, por numberone. Ah, olha, é com personagem original. – Abriu um sorrisinho; gostava das fanfics em que seu par era alguém inventado. Por mais que Kyungsoo fosse bonitão e engraçado, não curtia o amigo daquele jeito, então era legal se imaginar com um ator de novela gostoso ou algo assim.

“Calça rasgada” era deveras engraçada e bem escrita. Baek deu boas risadas ao lê-la e suspirou aliviado ao ver que seu vídeo não ficaria minúsculo e/ou chato – se a coisa desandasse, postava apenas a leitura de “Calça rasgada” e pronto, tudo chique no bonito e glória a Geralt de Rívia.

– Ai, gente. – Baekhyun suspirou e balançou a cabeça. – Próxima... “Patinhos na banheira”, por ShadowGirl.

Riu que se acabou, o menino Byun. Teve que fazer algumas pausas para respirar e tomar água, de tanta risada que veio goela afora enquanto lia a fanfic. E a história, então? Impecável, sem deixar nada a desejar, além de uma escrita leve e divertidíssima.

ShadowGirl, casa comigo, vai – Baek disse, olhando para a câmera com os olhos marejados e as bochechas rosadas, um sorriso largo explanado pela face. – Eu até perdoo você ter me colocado com o Soo...

Leu mais duas fanfics, mas não gostou muito delas. Uma tinha uns erros grotescos de gramática, e Baek não gostava muito de fazer piada com essas coisas. A outra era chatinha, nada inovadora: uma colegial em que Baekhyun era o nerd indefeso zzzz e se apaixonava pelo valentão badboy zzzzzzzz que maltratava o Baek e depois vinha dizer que era porque não sabia como se aproximar zzzzzzzzzzzzz... não, né? Já chega disso. Hashtag “parem com os clichês colegiais romantizando bullying 2017”.

A vida de Baekhyun mudou quando ele abriu a última fanfic de sua lista de favoritos: “Starboy”, por tobenloey. O coraçãozinho gay de Baekhyun se acelerou todo ao terminar de ler a fanfic, pois ela tinha tudo que Baek queria: uma história fofa, várias piadas de duplo sentido, muito chocolate e um namoradinho alto e cheio de dengo para dormir de conchinha depois da transa. Que fanfic, amigos e amigas e amiges, que fanfic.

Tobenloey, casa comigo também – Baekhyun pediu, agora com um sorriso bobo, todo mexido com a fanfic. – É desse jeitinho fofo que vou encerrar o vídeo. Muito obrigado por ter assistido e até loguinho! Awwn, que bonitinho!

Encerrou a gravação e logo já começou a editar. No meio da edição, soltou no Twitter que ia sair um vídeo diferentão em breve e que estava ansioso para saber se o povo ia gostar. Com os ânimos alvoroçados, milhares de indagações nas notificações – ainda mais depois de Kyungsoo ter respondido ao tweet com um “é aquele lá? (moonface)” –, e vídeo renderizado, Baekhyun respirou fundo e postou o vídeo no YouTube.

O surto foi generalizado.

As notificações de Baekhyun explodiram de berros, memes, emojis e vários “AAAAAAAAAAAAAA”. Milhares de likes, gente divulgando pelos cantos da internet, vários comentários... Baek ficou feliz; tinha editado o vídeo de um jeitinho bem especial, além de ter feito uma voz diferente para cada personagem de cada fanfic, ter botado efeitos na tela, ter feito piadas e trocadilhos... tinha ficado bem engraçado, sim, e Baekhyun estava orgulhoso.

 

Baekhyun: falei pra ti que ia dar certo

Soo: você fala várias coisas

Baekhyun: inveja?

Soo: tô puto porque quase todo mundo me faz passivo

Soo: eu devia tá puto com isso?

Baekhyun: olha, eu não gosto muito, mas vai que é sua praia

Baekhyun: se você for meu passivo, prometo que faço bem gostosinho (coração)

Soo: (vários emojis de dedo do meio)

 

*

 

Três semanas depois do vídeo da fanfic, os fãs de Baek começaram a cobrar uma parte dois. Baekhyun não queria fazer só vídeo de fanfic, bem como não queria ficar conhecido por eles, mas divertira-se tanto lendo e encenando as fanfics e recebera um feedback tão positivo que achou que não seria má ideia ceder um pouquinho.

Fez diferente, porém: anunciou no Twitter que faria uma live lendo as fanfics, e aí gravaria e editaria em forma de melhores momentos depois. Convocou todos os ficwriters do fandom, bem como todos os leitores assíduos e quem mais quisesse vir e abriu a live.

– Oi, oi, gente! – Deu um sorriso bonitinho para a webcam, ajeitando o topetinho preto. – Cês perdoem a minha cara de morte, tá? Tô meio acabado do serviço. Oi pra quem tá chegando, oi, oi, acabei de abrir, não perderam nada. – Esperou um tempinho para o pessoal chegar, passando os olhos pelos comentários da transmissão ao vivo e sorrindo ao ver todo mundo se cumprimentando e mandando emojis engraçados; Baek adorava a comunidade que tinha criado em seu canal, todo mundo era muito agradável e educado... apesar de serem esquisitinhos, né, afinal eram fãs do Byun, não podiam ser muito normais. Baek os amava, de qualquer forma. – Chamem todo mundo que escreve fanfic, hoje é o dia dos fanfiqueiros brilharem. – Sorriu, bebericando seu chocolate quente. – Eu vou ficar olhando pras duas telas, então vai dar de eu ler as fanfics e ver os comentários de vocês ao mesmo tempo, tá? Tipo quando eu tô jogando.

Quando achou que o número de pessoas assistindo estava bom, Baekhyun deixou sua caneca, pigarreou e se ajeitou na cadeira.

– Mandem suas fanfics no chat, pra eu ler agora – pediu, sorrindo. Aguardou o chat subir e logo um link surgiu. – Opa, já temos uma indicação. Olha, mais uma... ai, gente, são muitas – riu, vendo os links viajando frenéticos pelo chat. – Me indiquem uma, então. Uma que vocês leram recentemente e vocês querem que eu leia também.

Seguiu-se uma confusão de recomendações e links e títulos aleatórios no chat, fazendo Baekhyun gargalhar e soltar um “ahhh!” enquanto afundava o rosto nas mãos.

– Eu vou clicar aleatoriamente, tá? – disse, fechando os olhos e mexendo o mouse pela tela. Clicou com a barra de rolagem e viu a nova aba se abrir. – Ok, eu vim pra... “Confesso”, escrita por nonecsiste. Vamos lá...

 

“Às vezes eu achava que minha vida com o Kyungsoo não tinha mudado nada. Eu acordava e achava tudo indiferente, parecia tudo igual, tudo na mesma; era vaidade, sim, admito, mas o que é Byun Baekhyun sem um pouquinho de vaidade?”.

 

– Ei, eu não sou tão vaidoso assim! – Baek reclamou, fazendo uma careta. Seguiu lendo a fanfic, que era curtinha, sem muito alvoroç–

 

“Kyungsoo esfregou os olhos e sonolentamente abriu a porta. Achei graça da carinha dele, cheio de sono, mas confuso com minha aparição ali em seu apartamento.

– Baekhyun, o que...

Abri meu roupão, revelando a ele meu corpo completamente nu, sorrindo ao ver o susto que Kyungsoo levou. Nada que ele nunca tivesse visto, claro. hehe.”

 

– ...Eu tô... – Baekhyun balbuciou, rindo envergonhado. O chat explodiu de risadas e gritos e emojis maliciosos. – Boa, Baek, é assim que conquista o crush. Chega peladão na casa dele de madrugada. – Meneou a cabeça. Aí ficou sério e olhou para a webcam. – Gente, meu deus, não façam isso! Botem as roupas de volta!

Baekhyun riu quando o pessoal começou a falar coisas do tipo “ah, poxa, já tava indo aí pra tua casa”, “só de raiva vou ficar pelada”, “já tava com a bingola balançando aqui”.

– Que alívio, não tem sexo! – Baek exclamou com um suspiro, pousando uma mão no peito. Fechou a aba da fanfic e pediu outras no chat. – “Baek, essa é a última que o tobenloey postou, acho que você vai gostar”, opa, vamos ver! Eu lembro do tobenloey, a fanfic dele foi a que mais gostei da última vez... essa se chama “Wicked Games”. Tobenloey gosta de The Weeknd, hein? – Deu uma risadinha. – Opa, é com personagem original, já gostei.

 

“Baekhyun chegou em casa exalando cansaço. Deixou o paletó e a maleta em cima do sofá da sala, caminhando a passos firmes até o quarto; um banho e um yakisoba, era tudo o que queria. Porém, ao entrar no quarto, viu que sua noite tomaria outro rumo: seu namorado, Seyoung, estava deitado em sua cama espaçosa, trajando nada mais que uma calci–“

 

Baekhyun parou abruptamente e arregalou os olhos, pousando os dedos sobre a boca em choque; ah, que ótimo, tinham lhe mandado uma pwp! Baek nem precisou espiar o chat para saber que seus fãs estavam se acabando de rir de sua desgraça.

– Ai, gente, não vou ler isso! – tentou argumentar, mas logo o fandom inteiro estava contra ele e Baek cedeu. – Vocês são horríveis, puta merda, certeza que cês me odeiam...

 

“Seyoung gemeu manhoso quando Baekhyun lhe beijou o pescoço e os ombros nus, e foi descendo e descendo e descendo... Baekhyun lambiscou o membro duro do namorado, sorrindo malicioso ao ouvi-lo grunhir.”

 

– Tá, vamos pular umas partes, essa coisa é muito grande – falou. Arregalou os olhos ao perceber o duplo sentido e desatou em risadinhas. – Que merda, qualquer coisa que eu diga agora vai ficar estranha! Valeu, tobenloey!

 

“Baekhyun gemeu languidamente ao pe-penetrar Seyoung de uma vez só, indo fundo dentro do mais novo. Baekhyun não contou tempo, começou a se movimentar rapidamente, fazendo suspiros escaparem da boca de Seyoung.

 

– Ahh...” – Baekhyun gemeu, interrompendo-se com uma gargalhada; conseguia sentir suas bochechas queimando de vergonha. – “Ah, Seyoung, você é tão apertado!”. – Não se aguentou, soltou uma risada escandalosa que só denunciava o quão nervoso e constrangido estava com aquela situação toda. Mordeu os lábios. – Desculpa, gente, eu tô rindo, mas é de nervoso, tá? Não tô debochando não. Ai, puta que pariu... tá acabando, calma, só vamo.

 

“Seyoung gritou o nome de Baekhyun e implorou para que o namorado lhe deixasse gozar, coisa que este só cedeu por já estar cansado. Gozaram em união, os gemidos manhosos de alívio ecoando pelo quarto.”

 

– Ah, gozaram juntos, que bonitinho. – Baekhyun sorriu, tentando disfarçar a vermelhidão em suas bochechas. – Então, né... e-eu vou, é, no banheiro... não, mentira, tô brincando. Bom, era isso. Valeu tobenloey por ter escrito essa safadeza. Mais alguma indicação? Sem sexo, por favor! Sem sexo!

O chat se resumia a risadas, “AAAAAAA”, gente apontando o quão envergonhado Baekhyun estava, emojis, piadas maliciosas e surtos. Baek não viu escolha senão rir e esconder o rosto e afogar suas mágoas com o achocolatado morno restante em sua caneca.

– Vamos, próxima... opa, já vi uma aqui. “Entre lençóis”, por waejongdae. – Sorriu ao bisbilhotar a sinopse. – Parece boa.

 

“Baekhyun acordou no meio da noite com um estrondo. Por um instante pensou que alguém tinha entrado na casa, mas então olhou a janela e percebeu que foi apenas um trovão.

A maioria das pessoas puxariam seus cobertores e voltaria a dormir, Baekhyun não fez isso por conta de um pequeno detalhe: ele odeia trovão.”

 

– Odeio mesmo, tá bem fidedigna essa fanfic – comentou, deslizando a barra de rolagem para baixo. Pigarreou e continuou:

 

“Então lá levantou ele, um homem de vinte e tantos anos agarrado no travesseiro e indo em direção a única pessoa que poderia lhe confortar. Ao menos faria isso só para que ele calasse a boca.

– Soo? – Baek abriu a porta devagarinho – Soo... tá-tá-tá trovejando.

– Vai deitar Baekhyun!

– Com você? – Ele perguntou animado.

– Não! Na sua cama. Me deixa dormir.

– Soo... por favor...

– Baekhyun! Quantos anos você tem? – O mais novo acendeu o abajur, pronto para tacar alguma coisa naquela carinha bonita que o moreno tinha, mas assim que pensou em pegar um objeto qualquer, veio outro estrondo e Baekhyun se encolheu, agarrando mais ao travesseiro.”

 

– Puta merda, quem é que diria não pra mim nesse momento? – Arqueou a sobrancelha e deu um sorrisinho de canto. – Meu deus, eu sou muito fofo. Soo, se você não ceder dessa vez, não cede nunca mais.

 

“Kyungsoo não pôde evitar, ficou com o coração partido ao ver a cena e bufou com raiva de si mesmo por ser tão mole.

– Vem.

– Jura?

– Vem, mas vem caladinho.”

 

– Falei! Sou irresistível. – Baek lambeu os lábios, todo felizinho.

 

“Baekhyun se apressou e entrou debaixo dos cobertores. Kyungsoo apagou a luz e virou de costas ao colega de quarto, mas logo sentiu aquele peste, como ele diria, lhe cutucando.

– Soo... posso te abraçar?

– Não.

– Só um pouquinho.

– Não.

– Mas...

– Por Deus, Baekhyun! – Kyungsoo se virou e acomodou o amigo nos braços – Agora me deixa dormir!

– Estou com medo.

– Já estou te abraçando, nada vai acontecer.

– Entre nós?

– Quê? Com o trovão Baekhyun, nada vai acontecer com você e o trovão.

– E entre nós?”

 

– Insistente pra caralho, eu não sou assim... – Baekhyun fez um biquinho. Passou os olhos pelo chat da live e riu ao ver os comentários, entre eles um de Kyungsoo reclamando do jeito que Baek imitava sua voz. – Soo, não vem que não tem, você fala bem assim.

 

“Kyungsoo bufou de raiva e apertou mais o outro em seu abraço, pra ver se ele ficava quieto, mas então sentiu a mãozinha de Baekhyun subindo e descendo em suas costas, fazendo carinho. Viu ele acomodando a cabeça em seu peito e ficando mais relaxado.”

 

Baekhyun não se aguentou e acabou abrindo um sorrisinho bobo; seu coraçãozinho gay era fraco demais para fofuras, não era culpa dele.

 

“– Obrigado Soo – O mais velho olhou para cima tentando enxergar de alguma forma o rosto do colega de quarto. Kyungsoo também o olhou e Baekhyun deu um selinho rápido em seus lábios, então o abraçou depressa, antes que lhe mandasse embora.

– Baekhyun.

– Hm?

– Faz de novo.

– Ahá! Eu sabia que você queria!

– Cala a boca e faz de novo.”

 

– Opa! – Baekhyun mexeu as sobrancelhas sugestivamente. – Ainda bem que todo mundo sabe que o Soo me deseja em segredo.

 

“Então foi assim que começou. Toda vez que tinha uma noite de chuva forte, Baekhyun ficava bem aquecido e trocava beijos doces com seu colega de quarto, que fingia sempre não ter gostado, mas ansiava pela próxima noite cheia de trovões.”

 

– Terminou bonitinha! – Baekhyun disse, meio aliviado de não ter passado do selinho. Honestamente, não sabia se seria capaz de ler em voz alta uma cena explícita dele transando com seu melhor amigo. – Obrigado por essa fanfic fofinha e sem sexo! – mandou a indireta, olhando comicamente para a câmera, como quem diz “ouviram? Sem sexo!”. – Indicações, gente!

O chat se preencheu de links e títulos e berros e emojis de novo numa confusão bem engraçada e que, de algum jeito, arrancou um sorrisinho bobo de Baekhyun; o guri realmente gostava do que fazia e da comunidade que havia criado na internet.

– Ok, vou escolher! – anunciou, viajando o mouse pela tela aleatoriamente. Viu um link se abrindo noutra aba. – “Despacito”, por smolbbymilknini. Ai, porra, tem sexo nas tags... – Ruborizou de levinho e desviou o olhar, tentando conter sua frustração; óbvio que gostava das fanfics com sexo! Só que lê-las em voz alta para centenas de pessoas era diferente de lê-las sozinho debaixo do cobertor... – Bicho, só vamo.

 

“O quarto estava impossivelmente quente.

Os lábios deixavam marcas na pele febril do pescoço do mais velho, e as mãos inquietas criavam padrões desgovernados pelos ombros e costas do Do. Os peitos desnudos se roçavam, e os únicos sons que preenchiam o quarto eram as respirações ofegantes e os estalidos molhados dos beijos e chupões.”

 

– Eu tô com muita vergonha – anunciou. Respirou fundo, dando uma risadinha constrangida e nervosa, e voltou a ler em voz alta:

 

“Kyungsoo não hesitou em deslizar as mãos grandes até a bunda farta, d-deliciando-se em apertar e massagear a área, sorrindo com os arquejos baixinhos de Baekhyun. Adorava a sensibilidade extrema do maior, e iria abusar dela pelo resto da noite. Puxou-o para mais perto, os quadris batendo, os m-membros duros se roçando e o Byun ofegando baixinho, uma sinfonia que o mais novo adorava ouvir.”

 

– Puta que pariu... – Afundou o rosto nas mãos, sentindo-se todo quente. – Isso tá muito poético e carnal, eu não tô sabendo lidar. Não tô!

 

“Subiu os beijos, não demorando a chegar aos lábios que tanto adorava, os dois se encontrando num beijo desejoso. A língua de Kyungsoo sequer se esforçava para dominar a do mais velho, explorando e reivindicando aquela boca deliciosa. Os beijos dos dois nunca eram normais, sempre afoitos e impacientes, com saliva escorrendo pelo canto da boca e o menor engolindo os gemidos do Byun com fervor.”

 

– Ficou por isso? – Baekhyun arregalou os olhos, chegando mais perto da tela por impulso. – Ficou por isso! Amém, jesus! – exclamou, jogando dramaticamente os braços para cima, agradecendo aos céus. – Ó, gente, sigam essa mesma linha nas indicações, tá legal? Nada de pê-dábliu-pê! Ah, e obrigado pela fanfic sem sexo!

O chat rolou com muitos, muitos gritos, muitas piadinhas, muitas carinhas maliciosas e muitas “(moonface)”. Kyungsoo se limitou a mandar reticências no chat e o fandom foi à loucura, lhe bombardeando de perguntas constrangedoras que arrancaram várias risadas de Baekhyun.

– O Kyungsoo finge que não me quer, mas eu sei bem o que o coração dele diz. – Baekhyun sorriu malicioso, rindo do chat. Bebericou o restinho de seu achocolatado e espiou as horas; ia ler mais uma ou duas fanfics e encerraria a live, provavelmente já tinha material para um bom vídeo. – Vamos lá, gente, mais!

Cegamente parou o cursor sobre um link.

– “Dia de chuva”, por zandalee. – Lambeu os lábios. – Belê, só vamo.

 

“O dia começou com raios e trovões. Céu totalmente acinzentado e as nuvens negras transbordavam raios em todas as direções. Um clima perfeito para mim. Chega a ser cômico o fato de que nesses dias uma animação me possui e bate até vontade de sair caminhando cidade afora. Não é por ser alegre que eu tenha que amar dias claros, o sol raiando e passarinhos cantando na minha janela. Muito pelo contrário, Byun Baekhyun costuma se sentir oprimido em dias de sol, justamente pela felicidade que eles te impõem a ter.”

 

– Se não tiver trovão, eu gosto de chuvinha – falou, espiando o resto da fanfic. – Ah, é personagem original! – Sorriu.

 

“Já Luhan, este namorado adormecido ao meu lado, é um amante nato desses dias azuis, é só abrir o tempo que a criatura vai esbanjando sorrisos por toda parte, só falta sair pra tudo quanto é canto dançando I’m singing in the rain, só que no caso in the sun.”

 

– Olha aí as piadocas! – Baekhyun riu.

 

“Por isso mesmo decidi acordá-lo pra ver esse dia com muito mais do que cinquenta tons de cinza. Agora vocês me perguntam, “pra pegar no pé dele?” E eu respondo, “com toda certeza, meu camarada.””

 

– Espia eu sendo chato de novo! É essa a impressão que vocês têm de mim? – Baek fez uma carranca e olhou para a tela, lendo rapidamente os comentários. – Kyungsoo, vai tomar no cu.

 

“– Amor, olha que dia lindo! – exclamei animado, enquanto Lu acordava meio surpreso. – Bom dia flor do dia! – Lhe dei um beijinho na testa. – Dormiu bem?

– Baekkie – Luhan pegou seu celular. – São cinco horas da manhã... – disse, sonolento. – E o dia tá horrível...

– Aigoo! Namorado ingrato! Volta a dormir então.

Eu nem tinha tanta raiva, mas sabia que Luhan odiava me ver assim, e no momento que lhe dei as costas, me enfiando debaixo das cobertas novamente, senti seu corpo se agarrar ao meu de um jeito manhoso, murmurando ao pé do meu ouvido:

– Não fica assim amor, cê sabe que eu gosto de dias claros – disse todo dengoso, porém mudando para um tom brincalhão na próxima sentença. – E sei que me chamasse só para se divertir às minhas custas, seu bichinho danado.

– Vê se pode, a gente vai lá, na maior boa vontade acordar o mozão pra ele dizer que o dia tá feio e me chamar de safado... – O falso tom de ofensa dominava minha voz, até porque um draminha é sempre bem-vindo.

– Baek, – Ele percebeu que dessa vez quem fazia manha era eu, e com um leve desdenho me respondeu. – eu te chamei de danado, não de safado.

– Mas eu tô a fim de fazer umas safadezas, sim senhor. – Me virei para ele rapidinho, dando um selinho em seus lábios.”

 

– Por que tudo sempre toma um caminho pervertido nas fanfics? – Baekhyun riu de nervoso, a pele ficando mais quentinha. – Não que eu não goste, mas... – soltou, arrependendo-se em seguida, afundando o rosto nas mãos e resmungando alto.

 

“– Mas amor, eu já te dei a noite inteira! Não acredito que te deixei insatisfeito. – Estava tristonho o menino Han.

– Hannie, fiquei bem satisfeito sim, ok? Só quero um sexo matinal, contigo r-rebolando gostosinho no m-meu pau daquele jeito que só cê sabe fazer. – Encaixei uns beijinhos marotos na sua bochecha e pescoço. Tudo por uma fodinha.

– Ai Baekkie, ok. Mas eu tô com preguiça, e esse dia de chuva não tá ajudando em nada.

– Tudo bem, querido. A gente faz um mamãe e papai. – A essa altura eu já me esgueirava por cima de seu corpo, ondulando meu quadril sobre o dele.

– No caso papai e papai, né – falou risonho.

– É, pode ser.

Agora éramos chuva de fim de tarde, sempre bem-vinda e trazendo aquela paz interior gostosa, que te faz se apoiar no parapeito da janela e respirar fundo, de olhos fechados e coração aberto, esperando pelo melhor da vida e esquecendo as desventuras que algum dia te assolaram.

E é por isso que eu amo dias de chuva.”

 

Baekhyun engoliu em seco e suspirou, o corpo inteiro fervendo de vergonha e excitação; conseguia sentir o baixo ventre dar uma fisgadinha, a mente borbulhar imagens e as bochechas arderem.

– Eu nem vou falar nada, tá? – Baek murmurou, sorrindo minimamente. Nem quis olhar os comentários, sabia que todo mundo estava rindo às suas custas. – Bom, pelo menos não teve sexo, então muito obrigado pela fanfic sem sexo! Vamos lá gente, a última. Sim, última. Já chega, essa live já tá ficando maior do que deveria.

Sem querer, sorriu bobo com o povo reclamando de a live já estar acabando e dizendo que já estavam com saudade.

– Tá bom, e pra encerrar... “Vizinhança”, por chanmander.  

 

“A ideia de morar sozinho trazia uma nova sensação ao ser posta em prática, e Kyungsoo não queria admitir, mas estava aprendendo aquilo da pior forma. Claro, tinha uma casa toda para si, muito boa, por sinal, e a privacidade que sempre sonhara em ter. Olhando por esse lado, era o paraíso.”

 

– Ah, não, pera, tá no ponto de vista do Soo. Deixa eu reler – pigarreou. Releu o trecho, forçando uma voz baixa e monótona, debochando do tom rouco e arrastado do melhor amigo, desatando em gargalhada em seguida.

 

“Com a cabeça mais livre de preocupações, resolveu que era hora de fazer o que já adiava há semanas: conhecer e falar com os vizinhos. Já tinha dado uma boa olhada pelas casas das pessoas com quem dividia um espacinho na rua, e gostava muito do que via; todas simples, como a sua própria, mas com as paredes pintadas com cores vibrantes, a maioria com um jardim na frente.

Menos uma. A casa ao lado da sua.

Aquela era diferente. Não tinha um jardim, e as paredes, que aparentavam terem sido brancas um dia, estavam manchadas. As janelas estavam constantemente fechadas. Não fazia ideia de quem morava ali, nunca vira ninguém saindo ou entrando. Só sabia que alguém vivia ali dentro porque via as luzes acesas durante a noite. Duvidava que o dono o atendesse caso resolvesse bater em sua porta.”

 

– Será que eu que moro aí? – Baekhyun sorriu animado. Uma fanfic com mistério! E sem sexo!

 

“Tirando a casa misteriosa, as outras pareciam ter donos bem normais. Conseguiu conversar com todos os vizinhos, surpreendentemente, e agora caminhava para a última casa. Passou pela frente da casinha alaranjada, batendo na porta. Foi atendido por uma senhorinha baixa.

Trocou algumas palavras com a mulher, que se mostrou extremamente simpática. Antes de se despedir, porém, resolveu perguntar daquela casa ao lado da sua, que era facilmente vista dali. A senhora, que carregava um pequeno sorriso no rosto durante toda a conversa, tomou uma expressão séria, e passou a falar baixo.

– Escute garoto, simplesmente finja que aquela casa não está ali, certo?

– Mas... alguém mora ali?

A senhora suspirou.

– Um rapaz. Perdeu os pais, é um coitado. Vive sozinho há anos e... – falou ainda mais baixo – Ele não é boa coisa, garoto. Não vai querer se meter com ele.”

 

– Eu sou coisa boa sim, tá? – Baekhyun cruzou os braços e fez uma careta, negando com a cabeça. – Essa senhorinha aí não sabe de nada, Kyungsoo. Pode vir que prometo que não te faço mal. Ah, a não ser que cê ainda esteja fingindo que é hétero... – Riu debochado, vendo o chat ser preenchido de gargalhadas e berros e “AAAAAAAA” e “ihhhh jogou na roda”. Kyungsoo mandou um emoji de dedo do meio e o fandom fez um bom trabalho ao importuná-lo.

 

“Kyungsoo olhou para a casa, e pareceu perder a noção do tempo. Quando abriu a boca para falar novamente, se viu sozinho ali, a porta da mulher fechada. Olhou ao redor uma última vez, antes de atravessar a rua. Passou em frente àquela casa que atiçava sua curiosidade, e parou por alguns segundos, pensando se deveria fazer o que queria.

Em passos lentos, se aproximou da porta de cor escura, tocando a campainha. Não ouviu nenhum som produzido por ela, e depois de alguns minutos pensou que talvez ela não funcionasse. Bateu na porta, secando o suor que começava a aparecer nas palmas das mãos na calça.

Algum tempo depois, um rapaz abriu a porta. Não era muito mais alto que si. Os cabelos pretos, um pouco bagunçados. Os olhos escuros o encaravam, mas não expressavam nada. Eram contornados por olheiras visíveis. Os lábios finos pareciam secos. Todo o corpo estava coberto por roupas escuras.”

 

– Ih, rapaz. Será que sou um vampiro? – Piscou os olhos, envolvido na história.

 

“– B-bom dia – pigarreou – Sou seu vizinho, me mudei há pouco tempo. Me chamo Do Kyungsoo – estendeu a mão.

O rapaz olhou para a mão de Kyungsoo por algum tempo, antes de levantar sua própria e apertá-la levemente.

– Meu nome é Baekhyun... – os cantos dos lábios se curvaram em um pequeno sorriso, quase imperceptível – Byun Baekhyun.”

 

– Ah, como assim acaba assim!? – Baekhyun ficou boquiaberto; queria saber o que estava acontecendo! Subiu a página e viu que a fanfic ainda não estava terminada e suspirou. – Bom, é nesse clima de mistério e suspense que vou encerrar a live! Muito obrigado a todo mundo que veio, que mandou fanfics e comentou e tudo o mais, em breve sai o vídeo com os melhores momentos! – Sorriu para a webcam, aumentando o tamanho de sua facecam. – Boa noite e até loguinho! – Acenou e terminou a live, vendo a tela mudar para aquela fanart bonita de “Baek tá off-line!” que uma fã havia lhe mandado.

Ao fechar a live, Baekhyun foi tweetar o seu característico “obrigado pessoal da live!” e depois se perdeu na timeline, olhando tweets de amigos e algumas notícias. Só após longos minutos de viagem no Twitter que Baek percebeu que tinha cinco mensagens diretas não-lidas – as mensagens dele eram abertas, para que seus inscritos pudessem lhe mandar coisas... claro que sempre tinha os contratempos, mas, na maior parte do tempo, recebia umas coisinhas bem legais por ali.

Uma delas era sua conversa com Kyungsoo, que havia subido com umas mensagens do melhor amigo mandando tweets para Baek; as outras quatro, como era o esperado, eram de fãs. Baekhyun respondeu os três fãs e Kyungsoo, e, quando abriu a última conversa, seu coração se acelerou ao ver o username da pessoa.

 

chan.

@tobenloey

 

meu deus baek me desculpa pela fic!!!!

eu não sabia que iam mandar na live aaaaa me perdoa por favor eu tô morrendo de vergonha

 

Deseja permitir que chan. envie mensagens a você? Eles só saberão que você viu a solicitação depois que você optar por aceitá-la.

 

Baekhyun soltou uma gargalhada gostosa. Era o tobenloey das fanfics! Ele mal fazia ideia de que Baek tinha era adorado cada palavrinha daquelas sacanagens que o ficwriter tinha escrito...

 

Você aceitou a solicitação de chan..

Baekhyun

AAAAUHIFSHUDF socorro não precisa pedir desculpa não

tá tudo bem

eu até gostei bastante, sabe (moonface)

chan.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

vou berrar rapidão ali no cantinho e já volto

meu ídolo leu minha fanfic e gostou, já posso morrer feliz

 

Baekhyun abriu um sorrisão; o menino parecia ser uma gracinha. Uma pontinha de curiosidade misturada com interesse começou a farfalhar no interior do Byun.

 

Baekhyun

não morra

percebi que a maioria das suas fanfics são com personagens originais (sim, eu stalkeei noutro dia)

chan.

sim!!! te incomoda??

eu posso fazer com o kyungsoo se você quiser

ai deus eu faço tudo que tu quiser na verdade

Baekhyun

tudo que eu quiser, é? gosto assim (moonface)

chan.

AAAAAAA NÃO FOI ISSO QUE EU QUIS DIZER

mas se você quiser........

(emoji do macaquinho escondendo os olhos)

desculpa eu não sou assim eu tô nervoso

 

Confirmado: tobenloey era a pessoa mais fofinha do mundo – e secretamente muito safado, bem do jeitinho que Baek gostava!

 

Baekhyun

tá nervoso por que, bebê? ahdaihsuh

você escreve muito bem

        quer ser escritor?

chan.

não, na verdade

é só um hobbie mesmo

e obrigado (carinha fofa e feliz)

(me chamou de bebê eu jndgkjfk eu tô mais vermelho que o teto do mercado do xiao)

Baekhyun

mercado do xiao? você mora nesse bairro??

chan.

não, moro no bairro do lado

mas trabalho na mesma rua que esse mercado

Baekhyun

berro que a gente mora perto

chan.

mentira!!!!!

eu sempre desconfiei por causa dos vlogs mas

aaaaaa socorro

 

Opa! Moravam pertinho! Isso mudava algumas coisas... ah, Baekhyun estava parecendo um pervertido aproveitador, mas fazia tanto tempo que não saía com alguém legal e dava uns beijinhos...

 

Baekhyun

qual seu nome?

chan.

park chanyeol

 

Baekhyun

e onde você trabalha, chanyeol?

chan.

no petshop gaewa goyangi

Baekhyun

sei

vamos nos ver?? eu gostei de você

chan.

morto

vamos sim vamos tudo ai meu deus me fod-

oi que rs

Baekhyun

UHISUDIFUAHFI

gente

 

– Assim que eu gosto! – murmurou para si mesmo, sorrindo empolgado.

 

chan.

me perdoa eu juro que não sou assim é que eu tô muito nervoso

Baekhyun

nada

só uma pergunta, esse do icon é você?

chan.

é sim

por quê?

Baekhyun

porque você é uma gracinha rs

namora?

 

– Nem tô desesperado, nem nada, mas... – falou, admirando a foto de ícone do “Chan”. Ele tinha cabelos cacheados, orelhas pontudas, e, na foto, estava com os olhos apertadinhos e um sorrisão bem grande no rosto; Baek acabou sorrindo sem querer – porque era um fraco com fofuras, sabemos.

 

chan.

não

aaaaaa

Baekhyun

ótimo

quando nos vemos?

chan.

pera pera 

eu tô entendendo direito????

Baekhyun

se você tá entendendo que eu tenho interesse em te ver e talvez dar uns beijos nessa sua boquinha

então sim rs

chan.

*DEAD*

 

Ficou acertado que se encontrariam na próxima sexta-feira, depois do expediente de Chanyeol, para jantarem num tal restaurante que o ficwriter recomendou. Baekhyun avisou que estava indo dormir e se deitou na cama com um sorriso largo e bobo, sem querer ficando ansioso com o encontro que lhe esperava dali uma semana.

 

*

 

Na sexta-feira marcada, Baekhyun chegou do trabalho já se metendo no banho e limpando tudo que tinha para limpar – e até tirou da aposentadoria o aparelho de barbear, sabe, para dar uma ajeitada no local abaixo da trilha da felicidade, vai que... correu pelo apartamento pelado e com os cabelos pingando, freneticamente mexendo nas roupas em seu guarda-roupa e suspirando ao se xingar por não ter saído um pouco mais cedo do serviço.

Meteu uma roupinha bonita, secou e arrumou os cabelos, respingou perfume aqui e ali, postou uma selfie no Instagram – para criar aquela expectativa de “aonde ele vai?”, sabe, marketing –, jogou uma piscadinha para o espelho e foi firme e forte rumo ao petshop em que Chanyeol trabalhava. Combinaram de Baek ir a pé, já que morava perto do petshop e Chan tinha uma lambretinha que cumpria a missão de levá-lo de um bairro a outro.

Baekhyun entrou no petshop, cumprimentou a simpática moça do caixa e se apoiou no balcão após anunciar que estava “esperando o Chanyeol sair.” De fato, Chanyeol tropeçou da porta “apenas funcionários autorizados” minutos mais tarde, carregando um filhotinho de poodle nos braços que, comicamente, se parecia muito com o ficwriter, provavelmente por causa dos cachinhos. Ao ver Baek parado ali, Chanyeol arregalou os olhos e ficou boquiaberto e quase deixou o poodle cair; acomodou o filhotinho em sua gaiola, um sorriso embasbacado brincando nos lábios, as bochechas ficando avermelhadas sem querer.

– Esse moço bonito tá te esperando, Chanyeol – A moça do balcão disse, sorrindo minimamente. Chanyeol concordou com a cabeça e olhou nervosamente para Baekhyun. – Vai lá se trocar, vai, filho. Eu fecho o petshop hoje.

Chanyeol cambaleou para dentro da portinha para funcionários de novo, saindo dali um tempinho depois com um moletom bem largo e uma calça justinha que delineava suas pernas quilométricas e tortas, os cachinhos aparentemente mais bagunçados e um cheirinho de desodorante masculino exalando pelo ambiente. Baekhyun o achou a coisinha mais fofa do mundo e acabou lhe lançando um sorriso.

– O-oi, Baekhyun – Chanyeol murmurou, se aproximando do youtuber. Chan era alto, beeeem alto, e tinha uma voz grossa e olhos bem arredondados e grandes. Era uma gracinha completa!

– Oi, Chan – retribuiu, sorrindo de canto, olhando o mais alto de cima a baixo, de jeito tão malicioso que a moça do balcão se sentiu um candelabro cheio de velas. – Vamos?

– Uhum – Chanyeol fez, saindo do petshop. – Tchau, dona Kim!

– Tchau, querido. Divirtam-se! – falou com um sorrisinho de eu-sei-de-tudo, e a pele de Chanyeol queimou de vergonha.

– E-então – Chanyeol começou, mexendo nervosamente nos cachinhos. Baekhyun sorriu; conseguia ver o quão inquieto o mais alto estava só de conhecer Baekhyun, e este não pôde evitar achar fofo cada gesto dele. – Como foi seu dia?

– Foi um pouco chato, sabe. Já acordei trabalhando, praticamente. – Baek suspirou. E, só para deixar Chanyeol corado, falou, com olhos-nos-olhos: – Mas tenho certeza que vai melhorar a partir de agora.

Chanyeol, de fato, ficou todo vermelho e riu, nervoso e feliz. Parou frente à tal lambretinha e passou um capacete para Baekhyun, pondo outro em sua própria cabeça; sentou-se, esperou Baek se sentar atrás de si e deu a partida. No meio do caminho, só de desaforo, Baekhyun deitou a cabeça nas costas de Chanyeol e lhe abraçou pela cintura – e quase que o mais alto bateu num poste, mas isso são detalhes.

 

*

 

Jantaram enquanto conversavam sobre várias coisas, conhecendo melhor um ao outro. Chanyeol contou dos pais, do trabalho, das fanfics, dos objetivos de vida, da universidade que estava tentando entrar e de seu cachorrinho, Toben; Baekhyun falou da família, do canal, dos projetos futuros, de alguns eventos que queria comparecer, dos jogos que estava ansioso para jogar e de parte das coisas engraçadas que recebia dos fãs.

No fim da comilança, Baek tirou a carteira, a fim de pagar, mas Chanyeol o interrompeu. O Byun já estava com a boca aberta para falar alguma coisa quando Chanyeol, envergonhadinho, sussurrou:

– Esse restaurante é dos meus pais. Não precisa pagar.

Baekhyun sorriu.

– Por que não disse antes? – Guardou a carteira no bolso, levantando-se. – Quer ir lá falar com eles?

– Não precisa, minha mãe já sabe que eu vinha aqui contigo hoje. – Chanyeol se levantou também.

Baekhyun pegou na mão de Chanyeol e os dois saíram do restaurante tranquilamente, se despedindo dos funcionários e atraindo alguns olhares. Eles estavam andando sem rumo pela calçada, em silêncio, apreciando a bonita noite estrelada que os cercava. Em dado momento, Baekhyun espiou o mais alto e sorriu malicioso antes de chamá-lo e roubar a boca dele num selinho, que fez Chanyeol ficar todo vermelho e tocar os lábios com as pontas dos dedos incredulamente.

– V-você... me beijou – balbuciou, os olhos arregalados.

– Beijei. – Baek olhou para o outro com um sorrisinho dançando nos lábios. – Não gostou?

– G-go-gostei. Muito.

Baekhyun riu satisfeito e olhou em volta, adorando não ver uma alma penada na rua. Pegou na cintura de Chanyeol e o virou, prensou-o contra a parede mais próxima, ficou na ponta dos pés e voltou a grudar as bocas dos dois. Os beijos foram ficando mais e mais gostosos e afoitos, com Baekhyun delineando o corpo de Chanyeol com as mãos e fodendo a boca dele com a língua e Chanyeol todo entregue e manhoso, deixando escapar uns gemidinhos roucos deliciosos. Foi com muita coragem e pouco fôlego que Chanyeol, entre uma linguada e outra, resmungou um:

– Baek, quer ir lá pra casa?

Baekhyun não era nem louco de negar.

 

*

 

Os barulhos molhados e obscenos reverberavam pelo elevador, tornando aquela subida ainda mais quente e ansiosa; os olhares trocados, os beijos pela boca e pelo rosto e pelo pescoço, as mãos viajantes pelos corpos inteiros... Baekhyun e Chanyeol tropeçaram aos amassos pelo corredor assim que as portas do elevador se abriram, troteando até um dos apartamentos. Chanyeol mal teve tempo de destrancar a porta, já foi empurrado para dentro por um Baekhyun bem afoito e decidido do que queria, que fez questão de sugar a língua de Chanyeol e apertar a bunda dele até o mais alto gemer arrastado.

– Baek... – chamou, os olhinhos entreabertos nublados de tesão.

– Adoro quando você geme meu nome assim – Baekhyun sussurrou, sorrindo pervertido, as mãos grandes percorrendo o corpo todinho do cacheado. Chanyeol estava vermelho, ofegante, trêmulo e vergonhosamente duro, e Baek, honestamente, continuava achando-o uma gracinha; será que estava muito ferrado?

– B-Baek... – Chanyeol grunhiu de novo, tombando a cabeça para que o mais baixo tivesse melhor acesso ao seu pescoço sensível. – Baek, e-eu tô...

– Duro pra caralho, é, eu notei – riu contra a pele do outro, pegando na cintura dele e o empurrando rumo ao sofá. Derrubou Chanyeol sobre o estofado e subiu sobre o corpo dele, os olhos fervendo em más intenções, e Chanyeol se encolheu sob um Baekhyun muito sexy e dominante. – Você é muito fofinho, Chanyeol – sussurrou no ouvido do cacheado, descendo com língua e dentes pela derme eriçada dele. – Mas tão safadinho, também... aposto que fica todo excitado escrevendo aquelas fanfics comigo.

Chanyeol ruborizou, envergonhado de ter sido pego no flagra. Baekhyun riu malicioso e tomou a boca do grandão noutro beijo cheio de língua e tesão e saliva estalando.

– Aposto que escreve aqueles personagens originais imaginando que é você... – murmurou, as mãozonas trilhando arrepios pelo corpo de Chanyeol, que respirava com dificuldade e revirava os olhos, ansiando por mais e mais toques. – Aposto que você adora imaginar que é você sendo tocado por mim, beijado por mim, fodido por mim... não é?

– É... – admitiu, as bochechinhas queimando de constrangimento. Baekhyun abriu um sorriso venenoso. – B-Baek...

Baekhyun deixou um chupão bem arroxeado no pescoço de Chanyeol, num lugar onde todo mundo ia ver e olhar com malícia para o cacheado, num lugar que obrigaria Chanyeol a inventar uma desculpa quando sua mãe lhe perguntasse a respeito. Baek tateou o corpo do outro por baixo do moletom largo, sentindo o suor frio, os poros excitados, a pele macia, as gordurinhas na cintura, as estrias nos quadris... Baekhyun sorriu largo e esmagou Chanyeol entre os dedos, não acreditando que até o corpo do ficwriter era fofo; será que Chan tinha ideia do que causava em Baekhyun?  

– B-Baekhyuuun... – gemeu, todo manhoso, o membro pulando dentro das calças. O Byun riu baixinho e mordeu as bochechas de Chanyeol, deslizando as mãos pelas coxas cobertas dele, metendo-as por baixo para apertar a bunda alheia.

– Se depender de mim, você vai gemer assim a noite inteira – Baekhyun falou rouco, pegando com gosto nas nádegas de Chanyeol, sentindo-o estremecer sob seus cuidados. – Mas, por agora, Chan, você vai gozar só com minhas mãos. Ouviu?

– O-ouvi – balbuciou, fazendo um beicinho, admirando Baekhyun. Ele estava tão bonito! Chanyeol sabia que Baek era pervertido e um dominante de primeira, dava de notar nas colaborações e no jeito como ele conversava e lidava com as pessoas, mas vê-lo daquele jeitinho, tão perto e tão envolvido, de cenho franzido e sorrisinho sacana e olhos pingando de luxúria... ah, era um pecado em carne e osso!

– Onde você guarda lubrificante? – Baek perguntou, provocando o volume nas calças alheias com os dedos.

– N-no meu quarto, embaixo d-da cama. Última porta do corredor – balbuciou, vendo o youtuber se levantar e ir rapidinho na direção indicada, retornando em poucos minutos com o tubinho tão conhecido nas mãos e um sorrisinho no canto da boca.

Baekhyun desabotoou e desceu o zíper do jeans justinho de Chanyeol, puxando-o junto com a cueca do maior. O membro duro de Chan pesou sobre o moletom, gotejando pré-gozo, e Baekhyun lambeu os lábios ao ver o outro daquela maneira, todo esparramado e entregue no sofá, os olhinhos brilhando e as bochechas vermelhas e os cachinhos bagunçados e os dedos sendo mordidos em ânsia.

– Que bebê mais lindo... – disse, sorrindo malicioso, as palmas acarinhando as coxas desnudas do outro. – Dá vontade de nem fazer nada, só ficar olhando... – provocou, melecando sua destra com o lubrificante.

– Baek! – Chan meio reclamou, meio implorou, tentando pegar nas mãos de Baekhyun e botá-las em seu pau... coisa que não agradou nadinha o Byun. Baekhyun amarrou a cara e fechou a canhota ao redor dos dois pulsos de Chanyeol, prendendo-os acima da cabeça cacheada do outro. – O que...

Comporte-se – mandou, firme e autoritário, e Chanyeol sentiu calafrios correrem sua espinha, limitando-o a afirmar com a cabeça.

Baekhyun segurou no pênis de Chanyeol, enrolando os dedos compridos um por um, sentindo o falo pulsar com o toque. Sorriu maldoso, começando com movimentos bem vagarosos, vendo Chan se tremer todo abaixo de si, gemendo arrastado.

– Nem vai demorar pra você gozar, né, meu menino? – murmurinhou no pé do ouvido de Chanyeol, rindo malvado. – Do jeito que tá, não duvido nada que eu seria capaz de fazer você gozar só com minha voz...

Chanyeol gemeu manhosinho, apertando os olhos e tendo leves espasmos pelo corpo; cada palavrinha de Baek fazia o interior inteiro do cacheado borbulhar de tesão e, honestamente, Chanyeol poderia mesmo gozar só com a voz do outro em seu ouvido.

Baekhyun apressou o ritmo da masturbação repentinamente, arrancando gemidos surpresos e esganiçados do mais alto. Subiu e desceu a mão habilidosamente por toda a extensão do membro alheio, a palma ficando úmida com o pré-gozo que se acumulava na glande intumescida, os gemidos de Chanyeol ficando mais e mais enlouquecedores.

Baekhyun soltou os punhos de Chanyeol e levou a mão esquerda aos lábios do mais alto, passando os dedos finos e bonitos por ali. Chanyeol abriu a boca e Baek não contou tempo em deslizar indicador e médio para dentro, sentindo a língua quente e macia de Chanyeol se enrolar em seus dedos, numa insinuação tão erótica. Chanyeol sugou e lambeu até Baekhyun achar que estava bom, tirando os dedos da cavidade com um barulho obscenamente molhado.

– Bom menino – falou, e Chanyeol sorriu fraco, gostando do que ouviu.

Baekhyun espalhou os dedos salivados pelo períneo de Chanyeol, estimulando provocantemente. Fez movimentos com as duas mãos no pênis teso, arrancando gemidos altos do cacheado, fazendo-o se agarrar com força no braço do sofá e contorcer os dedos dos pés em prazer.

– Tá gostoso, Chan? – Baek perguntou maldosamente, suavizando a pressão que fazia na intimidade de Chanyeol, tintilando os dedos por toda a extensão. Chanyeol resmungou necessitado e reclamão, mas não ousou abrir a boca para mais nada além de gemer em confirmação; de fato, estava gostoso. Baek sorriu satisfeito.

Baekhyun voltou a usar a mão inteira no membro de Chanyeol, enquanto que a outra se ocupou com os testículos dele, acariciando tudo com vontade e ritmadamente, e o gemido que Chanyeol soltou foi tão gostoso que Baek se sentiu recompensado – ainda que sua própria ereção continuasse presa dentro das calças –; Chanyeol se contorcia todinho, gemia, choramingava, arqueava a coluna e impulsionava os quadris para tentar ter mais contato, chamava o nome de Baekhyun como um mantra.

Baekhyun largou Chanyeol momentaneamente para recuperar o lubrificante, espalhando uma boa quantidade sobre seus dedos médio e indicador. Deu uma olhada maliciosa para o outro, que se encolheu e ruborizou de vergonha, sabendo o que lhe esperava; não ia mentir e dizer que não estava ansiando por aquilo, quer dizer, os dedos de Baek eram tão compridos e bonitos e habilidosos, e, se na sua boca já tinham sido uma delícia, imagina em seu interior...

– Tudo bem eu te foder com os dedos, meu menino? – Baek sussurrou, só para ter certeza, e Chanyeol grunhiu desejoso e confirmou com a cabeça.

Por favor...

Baekhyun sorriu largo e mordiscou o lábio inferior, circulando a entrada de Chanyeol, sentindo-a se contrair com o toque. Penetrou devagarinho o primeiro dedo, deslizando-o relativamente fácil, masturbando o membro de Chanyeol com a outra mão para distrai-lo da ardenciazinha inicial. Chanyeol gemeu, cheio de dengo e desejo, febril em excitação.

Baekhyun começou com movimentos lentos, sentindo Chanyeol se retrair e então relaxar, não demorando muito até que o prazer o dominasse a ponto de revirar os olhos, e o Byun se sentiu livre para meter o outro dedo em Chanyeol e fodê-lo mais rápido.

Ritmo acertado nas dedadas, Baekhyun se concentrou em masturbar o membro de Chanyeol a fim de dá-lo ainda mais prazer. Chanyeol gemia alto e manhoso, perdido em meio a tanto tesão, se torcendo todo sob Baekhyun, implorando e chamando o nome do outro, o rostinho todo avermelhado e lágrimas escorrendo pelo cantinho dos olhos, as pernas bem esgaçadas e os dedos se agarrando no próprio moletom numa tentativa falha de se conter. Baekhyun observou bem a cena, guardando-a na memória; com certeza ia gostar de repetir aquilo mais vezes.

Foi preciso só mais alguns minutinhos de punheta e penetração para Chanyeol estremecer-se por inteiro e derramar-se em jatos longos sobre o moletom, quase gritando o nome de Baekhyun, tendo espasmos aqui e ali, os olhinhos bem apertados e a cabeça tombada no braço do sofá. Baekhyun sentiu o interior de Chanyeol apertando seus dedos e não pôde evitar pensar o quão gostoso seria enfiar o pau ali.

Chanyeol se amoleceu todo, relaxando e respirando fundo, abrindo os olhos vagarosamente. Sentiu Baekhyun tirar os dedos de dentro de si e fez uma caretinha, encarando a poça de porra em seu moletom recém-lavado. Baekhyun se debruçou para lhe dar um selinho nos lábios e Chanyeol acabou sorrindo fraco.

– Foi gostoso? – Baek quis saber, olhando bem para a carinha fofa pós-orgasmo do grandão.

– Demais... – respondeu arrastado e sonolento, puxando Baekhyun para outro beijo na boca.

– Você sujou seu moletom todo – Baekhyun apontou, dando uma risadinha. Arqueou uma sobrancelha. – Acho melhor tirar, sabe.

Chanyeol sorriu, envergonhado – vergonha, agora, depois de tudo isso!? –, e deixou que Baek metesse os dedos sagrados por baixo da sua única roupa restante, lhe deixando apertões por todo o lado.

– Quer continuar isso no quarto? – Baekhyun perguntou, sugando o lóbulo de Chanyeol. – Porque eu tô muito duro, sabe...

– Sim, Baek. Mas, antes disso... esqueci de te pedir uma coisa. – Chanyeol se esticou para alcançar sua calça descartada no chão, pegando o celular. Baekhyun franziu o cenho em confusão. – Tira uma foto comigo?

Baekhyun gargalhou. Se meteu agarrado em Chanyeol, tomando cuidado para não se sujar, e sorriu, mordendo o lábio inferior ao ver o quão óbvio estava que os dois haviam se divertido – Chanyeol um tanto mais, mas isto mudaria em breve. Chan tirou a foto e postou-a no Instagram, dizendo que havia marcado o Baek lá e tudo.

Daí foram tropeçando aos beijos até o quarto de Chanyeol, tirando as roupas todas, e Baekhyun sanou sua curiosidade a respeito de foder Chanyeol com o pênis e não com os dedos – e um pouquinho com a língua, também, mas essa é outra história. Vale ressaltar que Baek era muito curioso e gostava de ter certeza de suas experiências, então tiveram que fazer várias vezes e em várias posições diferentes, sabe, só para garantir.

 

*

 

@tobenloey marcou você em uma foto: “então, eu conheci o @bbaekhyun hoje...”.

Baek nem precisou abrir a foto para saber que os comentários se resumiam a “AAAAAAAA”.

 

Soo: pegou o tobenloey?

Baekhyun: peguei

Soo: nice

Baekhyun: mas não precisa ficar com ciúme não, se você quiser uns beijinhos e algo a mais eu tô sempre aqui, cê sabe

Soo: (vários emojis de dedo do meio)

 

FIM


Notas Finais


obrigada por ler ♥


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