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História Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - 2. A Esquecida


Escrita por: Scycult

Notas do Autor


Bom dia. Boa Tarde. Boa noiteee.

Uma boa leitura.

Capítulo 2 - 2. A Esquecida


Fanfic / Fanfiction Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - 2. A Esquecida

Sakura Haruto

A Esquecida

Se não soubermos esquecer, nunca estaremos livres de tristeza. - Textos Judaicos

 

Meu corpo tremeu ao ouvir o choque da pilha de papeis a mesa, feito por Kizashi. Já estávamos isolados dentro de seu escritório há um bom tempo, com a desculpa que estávamos conversando, no entanto, apenas insultos foram trocados.

Kizashi se sentou em sua cadeira de couro giratória. Ele direcionou seu olhar para o que julgava ser o “retrato perfeito” da família Haruno, onde estavam eu, minha mãe e Kizashi. Sua face adquiriu uma expressão amarga, como a de um arrependimento. E eu entendia o porquê.

O dia que o retrato fora tirado, foi o ultimo junto a mamãe. Ela morreu de uma forma trágica, ela morreu por culpa de Kizashi. Ele havia sido o culpado de sua morte, e por mais que negasse, eu sabia perfeitamente disso.

Eu não consigo me lembrar qual foi a ultima vez em que eu sai e me divertir verdadeiramente, como esse dia. Talvez tenha sido ao lado de Sasori, que também me abandonou. E agora, sinto que em minha casa, apenas posso contar com Chiyo, a minha governanta.

Chiyo sempre esteve junto a mim. Diria que era a pessoa que possuía a minha total confiança, assim como possuía a de minha mãe. Minha mãe era madrinha de seu neto, Sasori, pela grande amizade com sua nora, que, assim como o Marido, também deixou esse mundo.

Chiyo era marrenta e doce. Era velha, mas possuía a força de um homem de 30 anos (aqueles que fazem levantamento de peso). Ela possuía 63 anos, e diria que mais da metade de sua vida ela havia passado ao meu lado.

- Não torne as coisas mais complicadas, Sakura. – Ele suspirou e, após, apanhou uns papeis que estavam sob a mesa, ao lado de seu computador. Ele os entregou em minhas mãos, me mostrando não ter outra escolha. E uma enorme dor em meu coração começou a surgir.

Em cada papel, continha o nome de nove escola diferentes, com seus dados, e todas fora do país. Eram escolas bastantes qualificadas, sabia, mas eram muito longe. E era por ser longe que ele havia as me oferecido, pois queria se livrar de mim.

- Todas parecem ser escolas bastante qualificadas, Kizashi... e longe de você. - Deixei seu escritório antes que ele pudesse me responder algo. Não queria iniciar uma nova discussão.

Todas as escolas eram desconhecidas por mim, não havia uma que eu já tinha escutado o nome – não que eu fosse de saber o nome das escolas mais requisitadas do mundo.

Ao folhear as opções de internatos onde eu estudaria, estava decidida a escolher a mais longe possível de Kizashi, fazendo um favor para o mesmo.

- Dona Sakura – Chiyo me chamou com sua costumeira voz rouca e cansada. Ela caminhava em minha direção. Estava suada e seu avental estava manchado de suco, aparentemente. Com sua expressão habitual, a cara fechada e os olhos mortes, parou em minha frente.

- Olá. – A cumprimentei. Seu olhar pairou nos papeis em minhas mãos, demonstrando curiosidade.  

- O que seria esses papeis? – Ela perguntou. Seu olhar voltou a focar em mim, mas ainda com curiosidade. Suspirei

- Kizashi não me quer mais em uma escola, me quer em um internato. Tenho nove opções para escolher nesses nove folhar, e todas bem longe daqui. – Voltei a folhear os papeis e Chiyo se monstrou ainda mais interessado no assunto, já que olhava por cima de meu ombro.

Não fazia ideia de qual escolher, todas pareciam tão detestáveis, com suas infinitas regras e uniformes fora de moda. Isso me deixava irritada.

Torci o nariz ao ver Max passar ao meu lado e entrar no escritório de Kizashi. Seu olhar carregava reprovação, mas não sabia dizer se era para mim ou Kizashi.

Max ou Maxine, era o cara contratado para tomar-me conta, como um guarda-costas. Começou a trabalhar para meu pai servindo de guarda-costas há cinco anos, quando tentaram me sequestrar afim de obter dinheiro. Por mais que, por sua aparência, pareça um homem sério, sempre fora bastante divertido e menos formal.

Chiyo pegou os papeis de minhas mãos com cuidado, como se procurasse algo. De imediato, nada falei. Sabia como a mesma poderia ajudar-me. Dizia-me que quando mais nova, percorreu por todo o mundo junto ao seu namorado e, também, falecido marido, Daichi. Também dissera de suas dificuldades enfrentadas por te engravidado cedo e da rejeição dos pais ao decidir abandonar a escola.

Um fino sorriso se formou em seus lábios, tomando-me curiosidade. Corri para seu lado, apoiando minhas mãos em seu ombro, para que pudesse ver o que a fazia sorrir – algo bastante raro por mim. Ela lia a terceira folha, onde falava sobre a Academia Interna de Konoha, um internato que se encontrava ao Sul de Konohagakure, cercado por arvores e não muito longe da cidade, mas o bastante para poder ter quietude. Havia em torno de 430 alunos e possuía tanto o ensino fundamental quanto o médio.

Por mais que nunca tivesse visto ou ido a esta escola, esse nome parecia-me familiar, como se já estivesse escutado em algum lugar.

- Você conhece esse internato?  - Ela virou o rosto e passou a me encarar, ainda com o simples sorriso nos lábios.

- Sasori estuda nessa escola. – Sasori era o meu melhor amigo na infância, com quem sempre vivia grudada, e neto de Chiyo. Ele vivia em minha casa, e sempre brincávamos juntos e íamos aos mesmos lugares. Ele sempre foi bastante inteligente, tendo uma bolsa em minha escola, porem a deixou quando ganhou uma bolsa em um internato.

Peguei o papel das mãos de Chiyo, lendo sobre Konoha. Realmente era o internato onde Sasori estudava, há dois anos. Havia iniciado o ensino médio no internato e, esse ano, iria ter seu último ano no mesmo. Por um momento, senti um enorme frio na barriga ao pensar que poderia vê-lo novamente ou abraça-lo.

Com as mãos, segurei o rosto de Chiyo e perdi a conta de quantas vezes beijei sua testa. E antes de sair correndo para meu quarto, a agradeci. Estava animada e não via a hora que pudesse ingressar na escola. Porque, com toda certeza, eu iria para Konoha.


Notas Finais


até a proxima vez <3


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