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História Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - 3. A princesa Solitária


Escrita por: Scycult

Notas do Autor


Bom dia. Boa Tarde. Boa noite. E boa leitura <3

Capítulo 3 - 3. A princesa Solitária


Fanfic / Fanfiction Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - 3. A princesa Solitária

Ino Yamanaka

A princesa Solitária

 

O verdadeiro amor não é ter um príncipe ou uma princesa ao nosso lado, é ter uma pessoa que nos ame com todos nossos defeitos e imperfeiçoes. - Kleber Chambarelli

 

Encarei as ondas que iam e vinham constantemente, aparentemente maiores a cada vinda. Com meu braço esquerdo apoiei-me na prancha de surf, afundando-a um pouco na areia, enquanto cerrava meus olhos, por conta da claridade causada pelo sol, ao tentar encarar a paisagem.

Eu realmente não conseguia acreditar que havia seguido Deidara e ignorado o almoço servido no hotel, onde estavamos hospedados junto a papai. Era meio dia e meu estomago já roncava pedindo por comida, mesmo que em pouca quantidade.

Deidara sempre soubera que surf nunca havia sido meu forte, mas isso nunca o impediu de arrastar-me para competições incrivelmente chatas e desnecessárias, para mim. E mesmo que o dissesse que não gostava, ele sempre conseguia levar-me junto.

Sentei-me na areia da praia observando Deidara ao longe, no mar montado em sua prancha de surf. Ele conversava algo com Sasori, apontando constantemente para o horizonte do mar.  

Sasori Akasuna é o melhor amigo de meu irmão mais velho, Deidara. Ele havia se mudado para Konoha quando ganhara uma bolsa de estudos no mesmo internato onde meu irmão estudava, mas, por alguns problemas, acabou repetindo de ano.

Estávamos em Los Angeles, um perfeito lugar para passar as férias em família – palavras de meu pai. Por mais que Fuku não estivesse junto conosco, por conta de seu trabalho, papai fizera de tudo para que, nessa viagem, não faltasse nada.

Estava disposta a entrar no mar para diverti-me, porem meu medo falou mais alto assim que meus olhos bateram nas ondas que vinham. Eram altas, dando três de mim.

Pude ver Deidara sorrir e logo trocar um high five com Sasori antes de nadarem e subirem em suas pranchas.

Me sentei na areia levando a prancha de surf junto a mim, a ponto em posição horizontal. Ajustei meu rabo de cavalo o deixando mais apertando, já que o mesmo estava frouxo. Sasori e Deidara continuavam a surfar, e, pelo modo como estavam determinados, pareciam que faziam uma competição.

Estava usando um biquíni estilo top listrado, curto e uma calcinha com os mesmos tons. Havia ganhado de Fuku, como presente de aniversário.

Fuku é a minha irmã mais velha. Temos uma diferença de idade de oito anos, porem o que sempre chamou a atenção das pessoas em nossa volta sempre foi a nossa semelhança, em questão de aparência. Ela sempre foi a mais responsável e com maior paciência. Era ela quem cuidava de mim e Deidara quando papai estava na empresa, erguendo-a para torna-la o que é hoje.

- Ino! – Deidara acenou em minha direção, ainda na água. Ele, novamente, se sentou em sua prancha, mostrando que sua competição com Sasori havia terminado.

Deidara não era meu irmão, não de sangue. Papai o adotou logo após a morte de seu pai, que também era seu irmão. O pai de Deidara morreu em um acidente de avião, em uma viajem para acertar um contrato com uma empresa (bastante importante para papai na época). Mesmo com pouca idade (por ser apenas dois anos mais nova que Deidara), ainda consigo lembrar-me do dia. Aquele dia não marcou apenas a morte de meu tio e a chegada de Deidara em minha vida com um irmão, mas, também, o dia em que minha mãe havia feito sua escolha de nos deixar para viver junto a outras pessoas.

Assim que Deidara percebeu que eu não iria até ele, ele correu em minha direção, com a prancha sobre o seu braço e tronco. E quando o mesmo vinha até mim, percebi sua expressão descontente, que ele não fazia questão de esconder.

- Que merda, Ino! Eu fiz questão de te trazer aqui para se divertir, mas a senhorita só pensa em ficar aí sentada. – Firmou a prancha no chão ao chegar perto o suficiente. – Não é você que ama uma praia?

- Primeiramente, eu sou mais chegada a piscinas – Me levantei da areia e fiquei a sua frente. – E segundo, vai para a agua com o Sasori! Vai! – Por alguns segundos, o rosto de Deidara ganhou feições vergonhosas e uma cor escarlate. Ele sabia o que eu queria dizer com aquela frase, e muito bem!

Deidara é gay. Ele sempre escondeu isso da família por medo de não ser aceito e, segundo o mesmo, para não causar mais preocupações a papai, dizendo que o mesmo já havia sofrido de mais.

- Ino! – Quase gaguejou ao tentar me repreender. Joguei o rosto para trás ao dar uma gargalhada. Deidara estava muito envergonhado.

Sasori, aproveitando o momento distraído de meu irmão, deu uma rasteira no mesmo, o fazendo cair de cara na areia. O ruivo riu e saiu correndo.

O rosto de Deidara, que já tinha leves tons vermelhos por conta de sua vergonha, ganhou uma feição de irritação. Deidara odiava que o sujassem, não suportava, e Sasori sabia disso. Quando estava preste a sair correndo atrás de Sasori, provavelmente para enche-lo de socos ou afoga-lo no mar, seu celular tocou.

O celular de Deidara apenas possuía musicas de um gênero: Rock. Ele não escutava nada além disso (talvez fosse por isso que gostasse de Sasori).

Ele foi até minha bolsa, onde o celular estava, e o atendeu.

- Oh, eu irei apresenta-lo umas músicas pop muito boas. Eu gosto bastante da Ariana... – Deidara tampou minha boca com as mãos, que continha diversos grãos de areia. Tirei as mãos dele e cuspir os grãos.

Ao ouvir a palavra “papai” soar dos lábios de Deidara e, após o mesmo afastar-se, já poderia criar minha teoria do que se tratava. Mesmo querendo que nos divertíssemos, papai queria que passemos as férias junto a ele, como uma verdadeira família, e a falta de Fuku já havia o afetado bastante.

Fuku era a que mais possuía memorias de mamãe, tendo em volta treze anos quando mamãe resolveu nos abandonar, e a que mais guardava uma enorme raiva da mesma. Ela havia me contado que havia visto a discussão de nossos pais e mamãe já com as malas prontas e, como a pior parte da história, o olhar de desprezo que mamãe a lançou antes de ir. Fuku desenvolveu vários problemas psicológicos desde então, também indo a diversos psicólogo. Ela dizia ser o pior dia de sua vida.

Sasori retornou, estranhando o fato de Deidara não ter ido atrás de si e soca-lo, como sempre fazia.

- Vamos voltar ao hotel. Papai quer ter um daqueles jantares em família. – Deidara falou em um tom desanimado, tradicionalidade era o que menos gostava.

Também não era fã de jantares e programas em família, assim como Sasori, mas tudo era melhor do que olhar para a cara de Sasori e Deidara enquanto faziam suas competições e brincadeiras ridículas, como duas crianças.

Eles realmente se mereciam.

Havia sido bastante difícil a convencer papai deixar Sasori vir conosco para as férias. Tivemos que o bajular, dizendo Sasori estava longe de sua família e não poderia voltar para seu país, por não ter dinheiro o suficiente (O que era uma mentira). Deidara havia pedido minha ajuda dizendo a mesma história que dissera a papai, porem, por saber que o mesmo apenas queria passar um tempo com Sasori, eu mentir ao dizer que acreditava.

Quando chegamos ao hotei, Deidera me pediu para buscar por papai, que, provavelmente, já estavam em seu quarto. Eu estava com muita fome, por isso, corri para onde estava o mesmo.

O corredor era escuro, por conta de algum problema na iluminação, haviam me dito no meu primeiro dia no hotel. Mas eu continuei a caminhar para o quarto de meu pai, a sua procura.

Como disse, estava escuro, mas, mesmo escuro, podia vê-lo a frente da porta de seu quarto, junto a uma mulher, provavelmente uma empregada do hotel. Eles se beijavam, como se fossem transar ali mesmo. E eu não duvidava nada disso. E não, não é como se eu cuidasse da vida de meu pai, o impedindo de ficar com outras mulheres. Mas acontece, é que era uma rotina dele.

Aconteceu após minha mãe nos abandonar: Eu sempre o encontrava aos beijos com uma mulher qualquer. Ele as usava para livrar de suas magoas, como um modo de esquecer totalmente minha mãe. E isso era tão, mas tão ridículo, que eu não tinha palavras para descrever

- Papai. – O chamei. Ele e a funcionaria me encararam assustados, não esperando pela minha aparição. – Por que você não se cansa de ser um canalha?

 


Notas Finais


O Sasori e o Deidara NÃO NAMORAM! O Deidara gosta do Sasori, mas ele n sabe se o Sasori gosta dele! Isso é algo que vamos descobrir algum dia... Ah, e sobre "trazer sofrimento ao pai" DEIDARA N EXISTE VERGONHA NENHUMA EM SER GAY!


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