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História Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - 4. A criança independente


Escrita por: Scycult

Notas do Autor


BOM DIA. BOA TARDE. BOA NOITE
E boa leitura

Capítulo 4 - 4. A criança independente


Fanfic / Fanfiction Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - 4. A criança independente

Temari Sabaku no

A Criança indepedente

A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes. - Oscar Wilde

Foi impossível não ficar abismada com a carta mandada pela escola. Simplesmente, não conseguia acreditar nas palavras escritas, onde demonstravam os quão indignados estavam com as recentes atitudes de Gaara, meu irmão mais novo

Gaara, junto a Naruto, um colega de seu colégio, haviam entrado no laboratório de Bioquímica e o danificado. Segundo a carta, os mesmos teriam explodido o laboratório (explosão que ocasionou vários materiais e vidros quebrados) após terem mexido em alguns tubos com substancias químicas. Como resultado, ambos foram expulsos da escola, tendo de pagar uma taxa de mais de 8.401,008 dolares.

Meu pai foi primeiro a ler o email, ficando frustrado e desacreditado. Passou toda a tarde brigando com Gaara, também o ameaçando a transformar seu ensino escolar em domiciliar. Por sorte, ou não, havia convencido meu pai a matricular Gaara no internato onde escutava. Podia-se dizer que a Academia Interna de Konoha, ou apenas AIK, era uma escola com um ensino superior a todos os outros, apenas se não competisse com a de Kumogakure.

Residia em Konoha desde os meus onze anos de idade, ainda no fundamental. Sempre era questionada sobre o porquê de ter sido matriculada tão certo no internato, e também por ter continuado por tanto tempo lá. Era horrível ouvir confirmações sobre sua vida de outras pessoas, que apenas sabiam seu sobrenome.

Estava no escritório de papai junto a Gaara. Estávamos sentados na cadeira de couro preta o esperando terminar a ligação com a diretora do internato, uma amiga de longa data de papai.

- E então? – Perguntei assim que papai desligou o celular e o pondo em cima da mesa, ao lado dos papeis relacionados a empresa.

Éramos em quatro; eu, papai, Gaara e Kankuro. Kankuro era o mais velho e Gaara o mais novo, isso fazia-me a filha do meio e a única mulher. E mesmo sendo a única mulher, papai nunca me tratou diferente de meus irmãos, sempre nos julgando iguais e, “onde um não ia o outro também não metia o pé”. Mesmo com 90% de seu tempo tomado pela empresa, papai perguntava como havia sido nosso dia e se algo de errado havia acontecido, também nos cobrando nossa lição de casa, além de saber cada um de nossos gostos.

Desdê a saída de mamãe em nossas vidas, tudo parecia ter se tornado mais difícil. Era como se estivesse faltando uma parte de nós. Papai percebia e sentia isso. Mesmo não dizendo, eu sabia o porquê dê o mesmo trabalhar em dobro ou por ser tornado tão rigoroso: era para que nada nos faltasse e, ao mesmo tempo, seguíssemos um bom caminho.

- Gaara irá para sua escola. Mas, ainda sim, quero que se comporte, fique longe de problemas. – Olhou diretamente para Gaara. – Seria bom se Temari cuidasse de si, no entanto, não quero tomar o tempo de sua irmã, que você continuará a obedecer. Então, não pense que ficará sozinho, tenho os meus contatos. - Gaara encolheu os ombros diante de sua situação. Estava desconfortável.

Conhecia Gaara o suficiente para saber como o mesmo odiava levar broncas e, também, ficava inofensivo perto das de papai. Gaara nunca levantou a voz para o mesmo, e sempre o obedecia; o via como uma figura a ser seguida, a quem se inspirar. Já havia me dito diversas vezes que trabalharia na empresa junto a Kankuro quando já estivesse formado.

Era fascinante o ver já decidindo seu futuro. Eu ainda mantinha minhas dúvidas sobre qual carreira seguir; as vezes meu pensamento parava em advocacia, mas eu sempre me identifiquei como uma atleta. Eu era a capitã do time de natação feminina de minha escola. Praticava o esporte há dez anos.

- Tenho certeza que Gaara irá se comportar, papai. Também, se algo acontecer ou ameaçar, irei tomar as medidas providencias para que o mesmo não saia da linha. – Esfreguei os cabelos recém tingidos de ruivo do meu irmão. Sabia que Gaara não estava nada satisfeito com a decisão de papai, mas não podia deixa-lo ter um estudo domiciliar. Ele já era solitário o suficiente. E bom, era algo familiar.

Toda a família havia estudado em Konoha. Kankuro se formou há dois anos e papai e mamãe se conheceram no internato. E tinha eu, e agora, Gaara.

Não fazia ideia de quanto tempo permaneci no escritório, conversando com papai. Gaara já havia sido dispensado e saído do escritório, resmungando palavras baixas o suficiente para não chegarem aos meus ouvidos e nem aos de papai. Sempre tive uma boa relação com papai; sempre estávamos conversando, trocando ideias. A ausência de mamãe fez uma grande diferença em nossas vidas. Não eram diferenças boas, mas não as podia dizer como ruim. Era como uma balança, equilibrada pelos prós e contras.

Quando o relógio marcou ás oito horas da noite, eu fui ao meu quarto arrumar minhas malas. E enquanto arrumava, acessava o site da escola, onde procurava saber meus novos professores e matérias, assim como alunos. Era um costume meu: todo ano, antes das aulas começarem, eu acessava o site da escola e procurava sobre meus professores e colegas de classe. Gostava de me manter informada; saber quem me daria aula e quem teria que aturar pelo próximo ano.

- Eu ainda não entendo qual a necessidade disso. – Falou Gaara escorado na porta, apenas com uma calça moletom cinza. Sua expressão era confusa. Não demorou para vir até mim e se sentar em minha cama, ao meu lado.

- É muito essencial! Quando você começar a estudar lá, aposto que vai querer saber também. - Gaara negou com a cabeça não acreditando em minhas palavras enquanto procurava não rir das mesmas. Mas, antes mesmo que pudesse me responder algo, já acessava a lista de alunos do primeiro. – Vamos! Eu tenho certeza que você está curioso.

- Tudo bem! Me fale sobre eles. – O revirar de seus olhos parecia ter sido inevitável, por ser um habito que praticava constantemente. Ajeitei-me ao seu lado, ficando mais próxima de si.

A primeira imagem que apareceu foi a de Hinata Hyuga, com quem dividia o dormitório. Ao me lembrar de sua personalidade, já á podia considerar alguém com quem Gaara faria amizade facilmente, não necessitando estar na mesma classe.

- Essa é a Hinata, ela é minha companheira de dormitório. – Indiquei a foto de Hinata com os dedos. Na fotografia, Hinata tinha o sorriso miúdo e o rosto levemente corado por conta da maquiagem, além de estar usando o uniforme escolar, seu cabelo liso estava solto jogado para trás não dando para perceber seu real comprimento. – Ela é capitã do time de vôlei na escola e é ótima em química. Ela é do 2-B. – Descendo um pouco, deparei-me com a fotografia de Sasuke Uchiha, o capitão do time de natação masculina. – Esse é o Sasuke, e ele também é do 2-B.

- Nota-se que todos os seus conhecidos estão no 2-B. – Gaara, novamente, fez seu costumeiro revirar de olhos antes de voltar a prestar atenção.

Na última linha das fotografias dos integrantes do 2-B, a fotografia de Ino era a mais chamativa comparada ao restante dos estudantes. Era a única que havia aberto o sorriso por completo, deixando os dentes amostra; a cabeça estava levemente inclinada para a direita e seu rosto pálido se destacava na imagem, junto ao cabelo preso em um rabo de cavalo e os olhos, quase impossíveis de enxergar por estarem quase fechados por conta de seu sorriso.

Poderia descrever Ino como o completo oposto de Gaara. Ino sempre foi muito comunicativa e expressiva enquanto Gaara falava o menos possível, apenas divertindo-se com os amigos mais íntimos – esses que o mesmo fazia questão de serem poucos. A relação de ambos seria interessante. Sabia que iriam se dar bem, mas tinha certeza que Ino conseguiria tirar Gaara do sério facilmente.

- Essa é a Ino. Você vai amar ela!



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