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História Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - Quase orfã


Escrita por: Scycult

Notas do Autor


MEU DEUS, EU SOU O SER HUMANO MAIS FELIZ DESSE MUNDOOOO.
Eu gostaria de pedir desculpas por todos esses meses sem uma atualização. Como sabem, pelo aviso que eu havia postado, eu estava com um bloqueio de criatividade (para esse capitulo, porque o plot do outro ta quase lá), por isso não estava postando. Enfim, o próximo capitulo já será a historia mesmo, sem a introdução da vida das personagens (eeee), mas antes eu preciso escrever o segundo capitulo de outra fanfic, bjs

Capítulo 5 - Quase orfã


Fanfic / Fanfiction Coisas Banais da Vida (EM CORREÇÃO) - Quase orfã

Assim que encarei Azami, consegui entender o que acontecia. Ela que vinha com a face banhada por lagrimas e um tom avermelhado nas bochechas, mostrava o quão arrasada estava. Por isso, arqueei as sobrancelhas enquanto ela se aproximava da minha cama, onde eu me mantinha escorada. Meu olhar foi em direção aos seus joelhos, estes ralados e com gotículas de sangue por cima.

Possuo uma terrível alergia a cães e isso sempre impediu de tê-los por perto aqui em casa. Contudo, era o animal que mais agradava a minha irmã mais nova, que persistia em trazê-los para onde morávamos e esconde-los dentro de seu quarto, jurando que ninguém perceberia. Mas, dessa vez, parecia que acabou por trazer um que media mais da metade de seu tamanho, a fazendo não ter forças o suficiente para segura-lo, gerando machucados.

Meu nariz se contorceu assim que me aproximei de Azami, devido ao terrível cheiro que era inalado na mesma, assim também como os diversos pelos do cachorro espalhados pelo seu corpo e roupas. Ela pareceu perceber, pois começou a bater com as mãos em sua roupa, como se tentasse se livrar dos pelos da mesma.  

- A senhorita tem muito o que me contar, não acha? – Contorci novamente meu nariz. Minha pele já começava a formigar, assim como o restante do meu corpo. Aquilo estava piorando.

Minha irmã encarou o piso do meu quarto, ainda com o rosto inchado pelo choro (mesmo que tentasse esconder). Parecia tentar achar uma resposta adequada para a minha pergunta, sabendo que não poderia errar uma só palavra. Ela estava, agora, sentada na cadeira que havia perto de minha cama, balançando seus pés e com as mãos apoiadas nos joelhões, o prensando com bastante força.

Mesmo que o animais trazido por Azami não estando lá, ela estava, e exalando o mesmo cheiro deste e com diversos pelos do mesmo pelo corpo, fazendo com que minha alergia começasse a ficar visível. Já começava a lacrimejar e sabia que se olhasse em um espelho, meus olhos estariam avermelhados.

Eram nessas horas que eu sentia mais falta ainda de papai. Se ele estivesse aqui, vendo e ouvido o que acontecia, certamente ele iria acabar com a cara chorosa de Azami, a enchendo de cocegas e fazendo-a rir com suas histórias. E no final de tudo, iriamos a uma sorveteria perto de casa, onde ele nos compraria um enorme pote de sorvete para comermos todos juntos.  Infelizmente, isso nunca mais aconteceria.

Meu pai havia morria há quase oito anos, quando Azami ainda se encontrava na barriga de minha mãe. Era véspera de natal e saímos para cidades para fazer compras. Mamãe não estava conosco esse dia, havia ficado em casa preparando a ceia. Foi incrível o que um motorista de caminhão podia fazer bêbado em uma pista a noite. Eu estava no carro junto a meu pai, mas ele teve um destino diferente do meu: a morte. Alguns anos depois desse trágico acidente, minha mãe conseguiu uma promoção na empresa em que trabalhava e se afastou por conta que do tempo que o trabalho a tomava.

- Desculpe. – Minha irmã finalmente havia falado. Ela me encarou e sua boca abriu-se em espanto. Suas sobrancelhas se curvaram para baixo, como se demonstrasse tristeza. – Ten, está chorando? – Uma lagrima saiu do seu rosto. A pequena havia confundido minha crise alérgica com tristeza. Soltei uma leve risada, limpando seu pequeno rosto.

- Não estou. – Respondi, afagando seus cabelos. – É só alergia, meu amor.

- Desculpe... – Abaixou a cabeça tristonha e com suas pequenas mãos segurou as pontas dos meus dedos.

- Não precisa se desculpar, Zami. – Falei ao levar sua cabeça. – Porque não pedimos para a Xia limpar o quarto, então eu de dou um banho e vamos tomar sorvete. – Surgeri.

Vi o rosto da pequena mudar de feliz e decepcionado ligeralmente, como se lembrasse de algo.

- Mas está frio.

- Não vejo problema!

O cachorro trago por Azami só podia estar no meu quarto, não havia possibilidade de que com apenas um pouco de contato com o pelo me deixasse sufocada. Segurei as mãos de Azami e sai as pressas do meu quarto. Desci as escadas e fui a caminho da cozinha, onde encontrei Xia, que parecia procurar por algo, provavelmente pelo cachorro.

- Senhorita Tenten? – Ela me olhou assustada, como se tivesse levado um susto. Ela encarou minha face, ficando ainda mais aterrorizada.

Me sentei na banqueta perto ao balcão e não tardou para ela viesse em minha direção, com um copo d’agua em mãos e demonstrando uma enorme preocupação. Xia pegou umas revistas que haviam em cima da mesa e começou a me abanar. Fiquei mais uns segundo recebendo a ventada no rosto até que conseguisse explicar o que acontecia e assim que explicado, ela subiu as escadas em direção ao meu quarto, em busca do cachorro.

Assim que me levantei da cadeira, a porta de vidro existente na cozinha começou a receber batidas. Me virei e vi ser Hideki, o entregador do supermercado. Ele segurava duas caixas plásticas na cor azul, provavelmente as compras feitas por Xia.

- Deixe no balcão. – Abri a porta para o mesmo e o orientei. Mas não era necessário, já que Hideki sempre vinha com as compras e já sabia o que devia fazer.

Ele parecia cansado e seu uniforme de trabalho estava sujo, com algumas manchas avermelhadas. Assim como pedido, ele deixou as caixas em cima do balcão e se sentou na banqueta, onde anteriormente eu estava, passando a respirar ofegante por conta do cansaço.

- Vai ser assim, folgado? – Perguntei parando em sua frente. Eu estava brincando, pois tínhamos essa intimidade. Ele era um grande amigo, nos conhecíamos desde o jardim e estudamos juntos desde então. Ele era dois anos mais velho, por isso já havia se formado, enquanto a mim, acabava de completar o meu primeiro ano.

- Caladinha aí, Tenten. – Ele riu brevemente, já se levantando da banqueta.

Rolei meus olhos. Ele se colocou a minha frente, escorando o braço na bancada e, ainda em pé, inclinou-se para o lado, ficando no mesmo tamanho que o meu.

- Fiquei sabendo que você vai para Konoha. Ficarei com saudades. – Afagou meus cabelos, os tornando um pouco bagunçados.

- O sonho de minha mãe é que eu estude lá. – Expliquei. – Foi lá onde ela conheceu meu pai. – Fiz sinal com a mão como se fosse vomitar, era muito para escutar. Minha mãe quase nunca falava comigo e quando falava, era pra me dar ordens.

- Mas você nem tentou se opor, não é? – Ele brincou ao perguntar. Seu sorriso foi de orelha a orelha, revelando as covinhas que possuía perto dos olhos. – Azami ficara triste. – Ele se levantou endireitando a postura.

- Acho que nem tanto, provável que more com meus tios, nas Filipinas. – Informei. Seria difícil me separar de minha irmã, mas seria apenas por poucos anos. E eu sabia que meus tios poderiam dar uma atenção melhor para a mesma, até mesmo um cachorro.

Depois de nossa breve conversa, Hideki foi embora, terminar as entregas que devia fazer. E não demorou para Xia descesse, dizendo ter achado o cachorro e o prendido no banheiro. Ela falou que ligaria para o abrigo de animais e me proibiu de entrar em meu quarto por enquanto. Suspirei. Agora, talvez, eu teria um pouco de paz.


Notas Finais


até a próxima


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