-Bom dia, raio de sol. -Senti o peso em cima do meu corpo. Era ele.
-Qual é, Seth, são...-Tateei o criado-mudo procurando meu celular. Arregalei os olhos ao ver que era quase meio-dia. -Eu dormi tanto assim? -Sorri.
-Feito uma pedra. -Ele riu. -Tô morto de fome.
-Parece bem vivo pra mim. -Então ele deitou na cama com as mãos no peito simulando a morte. -Ok, não parece mais. -Eu ri descompassada, levantei-me e vi que ainda estava com a roupa de ontem. -Vou tomar um banho. Parei no meio do caminho ao banheiro. O que gosta de comer?
-Qualquer coisa. -Ele deu de ombros.
-Não tem essa opção no cardápio. -Sorri.
Você.
Pude ouvir seus fortes pensamentos.
-Controla seus pensamentos. -Ele fez cara de "quê?"
Continuei meu caminho pro banho, encostei a porta e me despi. A água quente levava qualquer tipo de preocupação embora e ter Seth Clearwater do outro lado da porta era inexplicável, era a sensação mais suave que eu já havia sentido e fazia meu corpo ferver.
Coloquei o roupão que sempre ficava pendurado no banheiro e voltei pro quarto.
-Já tomou banho? -Perguntei.
-Sim, enquanto dormia. -Ele respondeu.
-Pode olhar pra lá? -Ele assentiu. -Não espie.
-Não estou espiando. -Ele disse rindo.
Abri o roupão e procurei algo apresentável no guarda-roupas. Separei um jeans e um moletom, meu habitual. Deixei o roupão cair no chão e quando me virei pra vestir, ele me olhava, vidrado.
Eu abri a boca pra falar algo mas nada saiu, ele se levantou e veio até mim, segurou minha cintura e me beijou. Meu corpo esquentou.
Sua língua brincava com a minha, ele apertava minha cintura e me puxava pra ele, não tinha mais espaço entre nós.
Minhas mãos procuravam a barra de sua camiseta e logo achei. A tirei com pressa. Comecei a passar minhas unhas pelo seu tórax.
Ele passou as mãos pela minha bunda até a coxa e me deu impulso pra subir em seu colo. Ele me levou até a cama enquanto beijava meu pescoço e retomava o ar. Senti o macio do colchão nas minhas costas nuas.
-Não podemos. -Eu tentei pará-lo.
-E por que não? -Ele disse entre os beijos no pescoço que passaram pro colo.
-Posso te machucar. -Eu disse.
-Só fica quieta e aproveita. -Ele disse passando pros meus seios.
Jesus.
-Não gosto de ficar em desvantagem. -Eu sussurrei por entre os gemidos, descendo meus dedos pro cós da calça dele.
Ele arfou.
Abri o botão e não demorou pra que ele me ajudasse a retirar a peça.
Senti o volume naquela região e pra me provocar, ele pressionou sobre meu íntimo.
Desceu seus dedos pelo meu corpo e começou a me estimular.
-Seth... -Gemi. Troquei a posição e fiquei por cima. Prendi suas mãos ao lado de seu corpo e beijei seu pescoço, descendo pro tórax e por fim, aonde eu mais queria.
Passei a língua em seu membro e coloquei na boca. Ele puxava meu cabelo. Quando ele estava perto do seu ápice, puxou-me de volta e me penetrou fundo.
[...]
-Agora eu tô com fome. -Comentei rindo em seu peitoral.
-Podemos ir comer agora. -Ele sorriu.
-Tá muito machucado? -Perguntei.
-Um pouco, vou sobreviver. -Ele disse.
-Levanta, ficar deitado em cima vai piorar. -Eu disse me sentando na cama e ele sentou também.
Suas costas estavam horríveis, sangravam em vários pontos por causa da minha força e das minhas unhas. Havia hematomas no seu pescoço e marcas de mordida em seu peitoral.
-Me desculpa, sério. -Eu disse limpando suas costas com um algodão e água oxigenada. Ele se virou pra mim e segurou meu rosto com as duas mãos.
-Não precisa se desculpar, foi incrível e...-Ele parou subitamente.
-E...?-Pedi que ele continuasse.
-Não sei se posso dizer. -Ele disse cabisbaixo. -Depois do seu aniversário, você vai voltar pra cá, sozinha.
-Seth, eu prometo, haja o que houver, se você quiser, vou estar ao seu lado. -Eu me sentia completa ao lado dele e talvez eu precisasse seguir em frente e me permitir amar.
-Eu tô apaixonado por você, desde que disse que iria embora, o imprinting aconteceu. -Ele me olhava no fundo dos olhos.
Com cuidado eu o abracei. -Não sei se vou ser capaz de te dar motivos pra ficar.
-Já me deu. -Sussurrei. -Vem, vamos logo terminar de limpar isso, vou te levar num lugar especial.
Ele sorriu, tão calmo e tranquilo. Então eu percebi, meu imprinting estava acontecendo, lentamente, mas estava e eu estava apaixonada naquele garoto.
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