História Cold Blooded ( Hiatus) - Cerejeira

 Eu sou forte, o amor é cruel
É uma versão da perversão
Que é apenas para pessoas sortudas

[...]                                                          

Então me atinja como um homem
E me ame como uma mulher
 

- TPR

Sasuke sensei segurou meu braço com força, com a mão livre o soquei, mas ele segurou minha mão. Levantei a perna para chuta-lo entre as pernas e ele saltou pra trás soltando os meus braços e erguendo novamente os punhos.

Chutei  ele na direção do diafragma e ele segurou meu pé, o que deu espaço e apoio para que eu gire-se no ar e acertasse o outro pé em sua mandíbula.

Sasuke sensei caiu no chão e apoiando os braços nos joelhos levantou-se novamente, cuspiu um punhado de sangue no tatame e sorriu travesso.

- Sakura um, Sasuke zero – ele disse.

Iniciei a luta novamente, dessa vez corri em sua direção e empurrei seus ombros e suas costas na direção da parede, que não estava muito distante dele. Chutei suas costelas com o joelho, uma, duas vezes, até que ele segurou a região superior do meus braços e me rodou, empurrando minhas costas contra a parede com força, fazendo o mesmo processo que eu, chutou minhas costelas e me jogando no chão.

Senti o ar faltar em meus pulmões quando cai, respirei fundo e tentei focar, minhas costelas estavam doendo, não haviam quebrado, mas provavelmente aquele lugar estava roxo.

Sasuke chutou minhas costelas do outro lado quando eu estava no chão, girei meu corpo para atropela-lo e derruba-lo e assim ele caiu.

Subi sobre sua barriga e comecei a soca-lo com a mão direita, um jab de cada vez, até que em um momento ele desviou o rosto e eu soquei o tatame com força, seu eu não estivesse de luvas com certeza minha mão teria quebrado.

Ele segurou meus pulsos e girou meu corpo sob o seu, prendeu minhas pernas forçando seus joelhos sobre minha coxa, e segurou meus braços contra o chão, seu rosto suado encarou o meu.

Ele tinha um corte na sobrancelha e alguns na boca, a maçã do rosto dele estava roxa e mesmo assim não deixava de ser bonita. Sua franja comprida encostou em minha testa e seus olhos negros, que olhos... Se eu mergulhasse em seus olhos tenho certeza que não deixaria de me afogar.

Sasuke sensei me encarava com o rosto tão perto do meu que eu não sabia realmente o que fazer.

- Maravilhoso – ouvimos uma voz masculina e tenho certeza de que minhas bochechas coraram, não porque jamais houvesse ficado tão próxima assim de um homem, pelo contrário, digamos que o homem que me treina desde os dez anos de idade, me atraia mais do que os outros.

Ah não me leve a mau, você pode pensar que ele deve ser bem mais velho, mas eu vou explicar, eu sou Haruno Sakura a melhor agente secreta de um país, depois do homem que ainda está em cima de mim claro.

Meu pai se apaixonou por minha mãe, ele um agente da CIA, ela uma espiã Japonesa, eles verdadeiramente viveram a clássica e clichê história dos espiões que não podiam amar, quando houve um tratado tecnológico do Japão e dos Estados Unidos.

Meus pais aproveitaram para se casar, não foi apenas uma noite casual, foi de papel passado e tudo, noites casuais os dois tinham quando um estava no país do outro.

Naquela viagem mamãe voltou gravida ao Japão, e eu nasci aqui, fui criada e educada dentro da base da agencia, quando fiz 6 anos, tanto a CIA quanto a FOLHA haviam descoberto sobre o casamento de papai e mamãe e decidiram aposenta-los. Calma, não mataram eles, realmente aposentaram, hoje eles administram um refugio de férias para agentes e turistas numa pequena ilha da polinésia francesa, Sasuke já tirou férias lá e dizem que é um lugar magico.

Enfim, eu vi meu pai apenas uma vez naquele dia e logo depois apenas por vídeo conferencia com minha mãe. E por que eles não me levaram? Acredite se quiser eles julgaram mais seguro ficar na base. Com o tempo observando os agentes e tudo mais eu comecei a gostar da coisa.

Quando fiz dez anos, pedi a Kakashi-sama, o líder da FOLHA para que permitisse que eu treinasse e ele designou Sasuke que na época tinha dezessete aninhos para me treinar.  Ele havia sido treinado por Kakashi também desde cedo, e se você acha histórias como o filme pequenos espiões, ou agente teen coisas apavorantes que não respeitam o direito de crianças crescerem livres, escolhendo seu próprio destino e as colocando em risco de vida. Não visite algumas instalações da FOLHA, nem da CIA, nem da KGB e nem do MI6, vai por mim...

O homem que entrou na sala batia palmas e sorria, seu cabelo compridos, estavam presos em um rabo de cavalo que caia sobre o terno de risca de giz, a gravata larga de seda presa sob o colete o dava um ar de grande importância.

- Itachi – Sama – Sasuke disse saindo de cima de mim para se curvar diante do homem.

O home se aproximou de Sasuke  e o deu safanão na orelha o que o fez rir.

- Pare de bobagens irmãozinho – Itachi parecia divertir-se – só porque sou o presidente do Japão meu irmãozinho não precisa ser assim – Itachi disse e olhou pra mim – olha só a Sakura, não tem nenhum problema em ficar estirada no chão sem nem ao menos me cumprimentar.

Eu ri daquela situação, pelo menos ele não comentou sobre minhas roupas curtas de malhar.

 Sasuke soltou uma gargalhada alta.

- O que faz aqui Itachi? – Sasuke perguntou estendendo a mão pra mim, para que eu pudesse levantar, eu prontamente aceitei.

- Vim para uma reunião com Kakashi e aproveitei para ver meu irmãozinho – Itachi disse simplesmente – além do mais ganhei cinquenta mil ienes em uma aposta.

Arqueei uma sombrancelha e cruzei os braços.

- Pra que você precisa desse dinheiro – perguntei.

- Ah não preciso, mas queria apostar – Itachi disse apontando para a janela de vidro do lado de fora da sala de treinamento.

Lá estavam Naruto, Ino e Sai nos observando. Naruto me acenou sorrindo e Ino fez um sinal de “V” com os dedos.

- Eu apostei em você Sakura – Itachi disse.

Eu ri com o que ele disse, isso quer dizer que o pessoal considerou minha a vitória.

- Quem mais apostou em mim? – perguntei.

- Naruto – ele respondeu.

Olhei pra janela e vi que Naruto comemorava junto com Ino, já sai apenas sorria nos observando.

- Vaca – disse.

Ouvi Sasuke gargalhar com meu comentário.

- Sasuke, Sakura – Kakashi- sama entrou na sala com duas pastas sob o braço – tenho uma missão pra vocês.