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História Cold Heart - Se você nunca tentar, você nunca vai saber!


Escrita por: HimeMatsumoto_

Notas do Autor


Fala pessoal!! Alguém vivo depois dos tiros que foram o episodio de ontem? OAKOPKSOKAOSKS
Vou confessar que eu to no chão até agora! -qq
Mas vamos ao capitulo! Depois de um tempo finalmente consegui brecha pra escrever ele c-c
Agora é como o Victor consegue se aproximar do nosso querido Yuri e como a relação dos dois começa a se desenvolver! Avisando para quem ainda não sabe, que meu estilo de fic é mais sombrio, mas não é sempre e estou constantemente contrapondo pontos melancólicos aos felizes! Sem mais delongas, ao capitulo!

Boa leitura a todos! ^^

Capítulo 2 - Se você nunca tentar, você nunca vai saber!


Victor POV's

Sim. Eu estava mesmo a disposto a realizar um sonho. Mas por onde eu começaria? As coisas estão piores agora, de um jeito que eu jamais imaginara. 
 

* Cinco dias atrás *
 

- Com licença senhor! 

- Poderia me dizer se essa é a rua onde mora Katsuki Yuri? – perguntei a um velho senhor careca, de expressão rabugenta, no melhor japonês que conseguia pronunciar. 

- Katsuki...? Fala do Katsudon balofo da casa nº7?

"Katsudon?" Disse ele num tom de deboche. 

- Balofo?! Tem certeza de que estamos falando da mesma pessoa? Eu procuro um patinador. Geralmente patinadores são magros e tem o corpo definido. Tenho certeza de que ele não é gordo. – O repreendi. 

- Olha rapaz, eu não sei de que Yuri você tá falando, mas o Katsudon, mora lá no final da rua. – Mostrou-me o lugar apontando o dedo. - Não tem erro! 

- Aah... obrigado de qualquer forma! – Agradeci e me despedi ali mesmo. Respirei fundo e disse a mim mesmo. "Vale a pena tentar!"

Desde que cheguei ao Japão, dois meses se passaram. Passei todo meu tempo procurando em tabloides e jornais velhos de notícias, a possível localização de Yuri. Não achei nada de significativo. Até que dias atrás fiquei sabendo de um certo acidente, muito trágico por sinal. Uma senhora, de nome Katsuki Mashima, havia morrido num acidente de carro brutal, envolvendo uma caminhonete. Nas letras miúdas, citava que ela era mãe do patinador que representara o Japão na última competição internacional, que também teve um desfecho trágico. Fui até a editora que publicou a notícia. E como eu era famoso, eles concordaram em me ceder as informações que eu precisava. 
Katsuki Mashima, era na verdade a mãe de Yuri.

A princípio fiquei chocado. Só pensava no que poderia estar se passando na cabeça dele naquele momento. A moça da revisão, me passou o endereço atual de Yuri. Mas com um aviso. 
"Ele está lá, mas ao mesmo tempo não está. Mesmo sendo Victor Nikiforov, dificilmente conseguirá falar com ele." 
Tomei essas palavras ambíguas como lembrete e segui para o lugar.

Depois do diálogo com aquele senhor pouco agradável, me encontrava na porta da casa do possível Yuri. O lugar era horrível. Quase uma cabana. Neve por todos os lados, pedaços de madeira velha espalhados por todos os cantos. Vazamento de esgoto de detrás da casa. Muito pouco convidativo. Abandonado.

Bati na porta e esperei. Chamei pelo nome dele e nada. Dez minutos depois, cansado de esperar, resolvi entrar. A porta estava trancada. Mas a maçaneta era tão velha e podre, que não precisei de muito para forçar a entrada. 

- Yuri... 

Fiquei parado na porta observando o lugar antes de entrar de vez. Tinha um cheiro de coisa morta em todo o canto. Poucos passos à frente encontrei um interruptor. O liguei, mas a cabana não tinha luz. Acendi a lanterna do celular e olhei cada canto do lugar. Me deparei com as costas de um sofá bem velho. Andei até ele. Encontrei um homem muito diferente do que eu esperava deitado nele. 

- Y-Yuri...?! 

Em cima dele havia uma garrafa de Vodka. No chão, várias caixas de pizza e embalagens de hambúrguer espalhadas. Cutuquei o braço dele, mas não obtive reação. Repeti isso no mínimo umas três vezes. Comecei a balançar o braço dele, até que a garrafa acabou caindo no chão e quebrando. Como ele não reagia, comecei a ficar assustado. Chequei o pulso dele e não senti nada. Ok! Agora estava REALMENTE ASSUSTADO. 

- YURI! EI! YURI!?! ACORDE! – gritei. Mas não tinha funcionado.

Entrei em desespero. Por um momento não sabia o que fazer. Peguei meu celular do chão e liguei para a emergência. A ambulância chegou alguns minutos depois. 

- Sa-Sasami!? – chamei pelo socorrista que salvou Yuri da morte.

- Sim! Espere um momento...! Vocês podem levá-lo agora. – disse aos outros paramédicos que estavam no auxílio dela. 

- Eu sou Victor Nikiforov. 

- Nukiforovu-san, Katsuki Yuri é mesmo o nome dele? 

- Não sei... acho, que sim! Apenas vim para... conversar com ele e o achei assim. Daí chamei por vocês. E ah, é Nikiforov! 

- Tudo bem... eu preciso que você me acompanhe para o hospital para preencher uns papéis...

- Ao que parece ele não tem nenhum parente não é? 

- Eu creio que não... 

Depois disso, segui na ambulância com Sasami para o hospital. Preenchi os ditos papéis e passei quatro horas sentado na recepção aguardando notícias de Yuri. Sasami chegou em seguida e me disse que o estado dele não era grave. Ao que parecia, ele só estava com um entupimento parcial de uma veia do coração, por isso o sangue havia circulado menos do que o normal, fazendo com que a pressão dele caísse bruscamente.

Foi um susto e tanto! A boa notícia era que ele poderia ter alta em menos de uma semana. Eu vinha vê-lo todos os dias durante esse período. Sempre levava flores para alegrar o ambiente. Mas todos os dias que ia visita-lo, ele estava dormindo. Como se sentisse minha presença e não quisesse me ver. 

- Assim fico ofendido, Yuri. – sorri olhando para ele. 
Sempre ficava pensativo, imaginando como poderia convencer ele da mudança de vida radical que eu queria propor. Como fazê-lo aceitar? Porque ele deveria? O que ele ganharia com isso? Essas perguntas ficavam martelando minha cabeça dia e noite.

Na manhã do dia seguinte, fui notificado da alta dele. Mas não fui ao hospital vê-lo. Paguei algumas pessoas de uma empresa de mudanças, para irem até aquela pocilga que ele morava e pegassem tudo de importante que ele tinha e trouxessem para meu apartamento. A limpa demorou o dia todo... eu fui até lá supervisionar e ajudei a organizar tudo no lugar onde eu ficava. 
Depois de terminado. Tomei um longo banho, vesti uma roupa mais casual, passei na loja de flores que tinha na esquina do prédio e comprei um buquê de tulipas.

Cheguei no hospital a noite, felizmente ainda não estava tão tarde. Da recepção, vi Sasami trazendo Yuri numa cadeira de rodas. Ele estava um pouco pálido e abatido. Cabisbaixo. Não tinha notado como ele tinha emagrecido nessa semana em que esteve aqui no hospital.

- Yuri-san, aquele é o homem que te trouxe até aqui! – disse Sasami. Ele ainda estava com os olhos presos ao chão. -  Victor Nukiforovu-san! 

- É Nikiforov, Sasami. De qualquer forma, fico feliz que esteja bem, Yuri. Que tal erguer seu rosto e olhar para mim um instante?! 

- V-Victor... Nikiforov...?!  

- Sim, sou eu mesmo! – sorri. Notei que ele encarou o buquê de tulipas que tinha trago comigo e fiquei curioso. - Você gosta de tulipas Yuri? - Não obtive resposta. Ele me encarou de volta e começou a chorar. Seu rosto não demonstrava emoção. As lágrimas somente rolavam. Eu não soube muito bem como reagir... apenas olhei para Sasami que me guiou até a portaria. Onde preenchi mais papéis para assegurar a ida de Yuri para fora do hospital. Ela me entregou os remédios e colocamos ele no táxi.

O caminho para meu apartamento foi silencioso e de certa forma desagradável. Ele não falava comigo e eu me sentia desconfortável para fazê-lo. Japoneses não gostam muito de gente que invade a privacidade deles. Mas se eu quisesse que isso desse certo, primeiro tinha que começar a me abrir com ele.

- Então... você é mesmo Katsuki Yuri não é?

- Sim...

- Eu sou Victor Nikiforov... Mas você já deve saber disso... – passei a mão na cabeça pensando se aquela conversa iria mesmo para algum lugar... - Eu só quero que saiba, que eu ter me encontrado com você, não é coisa do acaso, Yuri. Ou talvez seja. O ponto é que eu estou aqui para realizar um sonho e não vou embora sem fazê-lo! – silencio. Talvez o momento não fosse o melhor, ele não podia experimentar emoções muito fortes por causa do seu estado de saúde.

- E...que sonho seria esse...? – disse ele, num tom baixo, ainda sem olhar para mim.

- Eu quero fazer de você um campeão de patinação no gelo! Quero que você ganhe o Grand Prix desse ano! – e pela primeira vez em nossa conversa, ele olhou em meus olhos! Era um olhar do tipo ‘’ Ele por acaso enlouqueceu? ‘’

- Eu não posso fazer isso! Só de olhar pra mim você deve perceber! Eu não posso...

- É porque você nunca tentou! – ele ficou surpreso e acalmou-se um pouco. -Olha... eu sei sobre o seu acidente. Eu estava assistindo tudo há três anos. Desde esse dia, eu não parei de pensar em você, na dor que teve que carregar consigo durante esse período. Quero que saiba, que estou fazendo isso por você, porque eu deixei de acreditar em mim há muito tempo. – Talvez também porque já tinha ganho tudo que podia na patinação. Vai saber. Sorri internamente. - Antes de vir pra cá, eu vivia uma vida vazia. Eu era arrogante e impetuoso. Nunca tinha feito nada pelos outros na vida. E quando estava vendo você aquele dia na televisão, eu vi um reflexo dessa minha arrogância. Eu não queria que isso destruísse você, da mesma forma que me destruiu.

- Isso não importa. Mesmo que eu adorasse você, mesmo que eu o tivesse como meu ídolo, uma inspiração para viver, não posso voltar a fazer aquilo. Eu não sei direito como reagir a isso. Para ser sincero, sinto como se estivesse vivendo num sonho. Minhas pernas não conseguem parar de tremer.

Admito que não sabia se ficava surpreso com as palavras ou por ele ter tido coragem de me dizê-las.

- Eu sempre quis conhece-lo Victor. Mas depois do acidente, minha vida virou de cabeça pra baixo. Os médicos me disseram, que eu talvez nunca mais volte a patinar na vida.

- Bem... eu estou aqui por esse ‘’talvez’’! – o taxista parou na porta do meu prédio. - Ora... parece que chegamos! – eu o paguei e coloquei Yuri na cadeira-de-rodas.

- Onde nós estamos...?

- Essa é uma pequena parte da mudança...! Você agora irá morar comigo, para que eu possa treina-lo!

- Mas eu não concordei com isso!

- Sim, sim... Você não tem do que se preocupar!

A conversa até chegarmos no apartamento foi bem mais amena do que o taxi e senti que ele começou a se abrir mais comigo. Acho que depois de algumas horas de conversa, ele entendeu meu propósito, mas ainda estava meio receoso quanto a tudo. A mudança de vida não seria nada fácil... Mostrei a ele onde as coisas que o pessoal da mudança trouxeram estavam e preparei uma xícara de chá para nós dois.

- C-como você me encontrou... Victor?

- Eu fiquei dois meses procurando por você, desde que cheguei aqui. Então um dia fiquei sabendo de um certo acidente... e bem, cheguei a você por causa dele. – ele me olhou um pouco surpreso, seu rosto estava triste de novo. –Desculpe por tocar nesse assunto... – disse acariciando os cabelos negros longos que ele tinha.

Uma coisa ainda me deixava curioso...

- Yuri... eu posso perguntar, porque você estava daquele jeito, quando te encontrei? Não falo só da casa... falo no estado de saúde.

- Eu não quero falar sobre isso!

- Como vamos morar juntos eu preciso saber dessas coisas...! – ele não me respondeu... será que fui longe demais? Não! Eu precisava saber! - Você estava encarando as Tulipas que eu estava segurando, quando fui busca-lo no hospital... Você não gosta delas?

- Elas me lembram a minha mãe! – respondeu-me irritado, se levantando e indo pro quarto que eu tinha designado a ele.

Agora errei feio.

Não forcei mais dialogo com ele. Apenas sai, ainda tarde da noite, para comprar umas coisas que precisaria para o dia seguinte.

...

 

- Bom dia Yuri!! – disse com o máximo de animação que conseguia, afinal eu tinha passado a noite toda em claro, fazendo certos preparativos... o estranho foi que não obtive resposta. - Ue? Ele não está aqui?!

Escutei a água do chuveiro caindo e conclui que ele estava apenas tomando banho. Guardei tudo que tinha comprado e fiquei na sala esperando ele sair para conversarmos. Yuri saiu, minutos depois, enrolado numa toalha, com os longos cabelos negros molhados, espalhados por suas costas esguias.

Ele me viu sentado no sofá e ficou envergonhado.

- V-Victor!! – foi muito engraçado o jeito que ele se enrolou forte na toalha, querendo esconder a barriga.

- Notei que você fez aquela barba... ou seria sujeira que estava no seu rosto? Fica a dúvida! – brinquei. Ele ficou mais envergonhado e correu para o quarto.

Isso vai ser interessante... pensei.

...

Passou-se o tempo de repouso, recomendado pelos médicos e propus que Yuri e eu fossemos fazer exercícios físicos. Para a minha surpresa, ele concordou. Íamos fazer Yoga de manhã e à tarde íamos a academia malhar. Fazíamos isso todos os dias. A convivência entre nós melhorou. Porem ele ainda estava distante de mim de certa forma. Será que ele não via mais como seu ídolo, ou seria apenas tristeza por tudo que já passara?

Vivemos nessa rotina monótona, respeitando os espaços um do outro, durante um mês.

Ele conseguiu perder aquele peso extra bem rápido. Fiquei bastante surpreso.

Eu queria ver como estava o corpo dele depois do treinamento, então convidei ele para um banho nas termas da cidade, como um prêmio por ter se esforçado.

- Aah... a água está ótima... Yuri, você não vai entrar?

- S-sim... eu já estou indo...

- Vamos. Não precisa ser tímido!

Ele tirou o roupão e ficou parado de cabeça baixa, na minha frente, com os braços envolta do corpo.

No lugar da pele flácida e espeça, os músculos. A pele lisa e branca dava um contraste lindo aos longos cabelos negros dele. A mudança foi muito radical. Nem parecia a mesma pessoa!

Ele deixou o roupão cair no chão e se abaixou para pega-lo. A visão foi demais para mim. As coisas ficaram agitadas lá em baixo, se é que me entendem. Eu virei o rosto para o lado, não queria que ele notasse. Talvez ele ficasse ofendido.

- T-tem razão... a água está ótima! – disse ele.

- Sabe, Yuri, eu não quero estragar o clima legal que nós conseguimos construir nesse tempo que ficamos juntos, mas gostaria de pedir, que você se abra comigo, quando estiver pronto é claro. Lembre-se apenas de que não vou estar aqui para sempre.

- T-tudo bem...

- Depois do banho vamos a um lugar... eu tenho uma surpresa para você!

- O-o que é?

- Se eu contar deixa de ser surpresa oras! – ri alto.

- Victor...

- Sim?

- Obrigado! – disse constrangido.

- Mas pelo que...?

- Por não desistir de mim! 


Notas Finais


Então o que acharam? Lembrando o que eu disse nas notas iniciais, o meu estilo de escrever é mais melancólico e tals...
Emoções boas estão por vir! Estou planejando um bom Plot Twist! Aguardem u-u
Reviews???


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