You're new, you're young, your blissful ignorance
Is everything they like, but the years have teeth
And sometimes they bite
'ESTELA'
- Valeus. – Acenaram. Peguei um copo e enchi de água, quando escuto uma voz que não escutava a muito tempo.
- Cadê a Violet Estela? – Virei pra trás e lá estavam Maxie e os antigos ‘pais’ da Anna.
POV Anna
Já em casa, tudo o que havia pra fazer era nada. Mas aí me avisaram sobre um festa que ia rolar na casa do Nate e do Sam na mesma noite.
Já eram 15:30, e eu devia começar a me arrumar, mas pensei: onde será que os meninos estão?
Matthew e os Jacks foram ver um novo filme no shopping. Estela decidiu esperar a Gabriela e o Shawn. Cameron ficou com ela. Aqui em casa comigo só a Lox e os outros meninos.
Aí me veio na cabeça outro assunto.
- Eu tenho que pegar um desconhecido nessa festa. – falei pra mim mesma.
Eu sei que eu e o Jack nos beijamos e tudo mais, e mesmo querendo beijar aquela boquinha de novo, eu posso acabar me iludindo. Ah, e eu não vou.
Lembrei de como seria o Cameron, o Carter e a Estela se eles fossem leões marinhos, que são legais. Aí Shawn, Gabriela e o Matt eram focas. Mas os Jacks e o Taylor eram os tubarões que comiam os dois. Eu estava na arquibancada ‘torcendo’.
- Me ajuda a passar maquia... – Lox entrou gritando, e em seguida me olhou, e arqueou uma sobrancelha. – Você não vai?
- São só 15:35. – ela pegou o celular e apontou, e mostrava 18:49. – Ah, devo ter pego no sono enquanto pensava. –
Fiz a maquiagem dela e a mesma me mandou pro chuveiro. O dia tinha sido longo e ela não queria cheiro de ‘hospital’ na festa. O chuveiro estava queimado. Água fria com o inverno se aproximando. Pelo menos faz bem pro cabelo.
Saí do chuveiro e me enrolei numa toalha, o cabelo em outra. Quando cheguei ao meu quarto atirei a toalha prum canto e comecei a passar um ‘creme’. Festa tem que ir cheirosa, oras.
Coloquei uma lingerie vermelho florescente, e fiquei assim. Não sabia com qual vestido ir. Peguei um meio listrado com as cores preta e um tipo de rosa e vermelho juntos. Vesti um roupão por cima do vestido, não querendo amassar. Então, parti pro cabelo.
[...]
Após ter o cabelo seco e a maquiagem feita, me olhei no espelho.
- Eu sou muito gata mesmo. – fingi que era uma ‘gatinha’ e arranhei o ar, como se minhas mãos fossem patas. Ri, e peguei meu celular pra botar um funk.
- Concordo. – J apareceu na porta, espera ele já estava na porta há um tempinho, gravando é claro. No mesmo minuto o funk começou, e eu estava boquiaberta.
- MEU NAMORADO É MÓ OTÁRIO, ELE LAVA MINHAS CALCINHA – J também olhou boquiaberto pro meu celular. – SE ELE FICA CHEIO DE MARRA EU MANDO ELE PRA COZINHA – pausei a música.
- Isso é árabe? -
- É brasileiro. –
- Tem uma boa batida. Mas a letra não da pra entender. Acho que consigo imitar essa batida. –
- Mesmo? Tu podes tentar algum dia? –
- Posso. Esqueci o que eu ia pedir... Ah, me empresta o seu chapéu? – Peguei o chapéu jogado no meio do closet e o estendi pra ele. No meio do processo nossas mãos se tocaram, e ele mordeu os lábios e sorriu, enquanto eu sorri e soltei uma risadinha fraca.
- A gente se vê depois. – piscou o olho e saiu, fechando a porta atrás de si.
-‘Que homem é esse?!’ – Pensei e mordi o lábio. Voltei a me arrumar, colocando um filtro dos sonhos pendurado na orelha.
[...]
Uma, duas, três batidas na porta até eu decidir gritar ‘ENTRA’.
- Adivinha quem vai? – Matthew entrou dançando (?).
- A Gabriela? –
- Como você adivinhou? Não tinha como saber! –
- Bom, ela mandou no grupo do nosso SQUAD. –
- Deixe tá, eu também tenho squad. – Fingiu-se de ofendido.
- Preciso pegar alguém hoje. – Respondi, meio do nada.
- Quer dar uns pegas em alguém? Posso sugerir você a participar do 7 minutos no paraíso que o Nate faz. Sempre me dou bem. Mas eu também preciso pegar alguém, mas é muito mais que beijos que quero hoje. –
- Você quer dizer o que eu estou pensando? –
- Se você está pensando em: - estocou o ar. – então sim, isso que quero dizer. –
- Não esquece a camisinha. –
- Não gosto. –
- Melhor que ter um filho nesta idade. –
- Se nossa mãe tivesse usado camisinha nessa idade, o Ben não teria nascido. –
- Sério isso? –
- Sim, nova integrante da família. Mas e aí, o J beija bem? – Sorriu malicioso.
- E como você sabe? –
- Eu vi mi amore. –
- Aff. Só não espalha. –
- Não. – Se jogou do meu lado. – Tem um cara chamado Derek que vai hoje lá, vai que tu pega ele. –
- Acho que vou sim, já cansei de beijar a boquinha do Ethan. –
- O QUE? Ethan Dolan? – Gritou, e eu assenti.
- DA ONDE VOCÊ CONHECE ELE? –
- A gente era amigo. –
- Amizade colorida, né? – Sorriu malicioso novamente.
- Claro que sim! –
- Mas eu vou-me embora. Ainda nem me aprontei pra festa, e já são umas 19. Bye loveeee! – Mandei um beijo pra ele que saiu, e meu celular começou a vibrar.
# LIGAÇÃO ON #
- Não vai voltar pra casa mais? –
- Ah, oi pra você também. Eu estou muito bem, obrigada por perguntar. –
- Oi Anna. Que bom que está bem, mas eu me preocupo com você e não te vejo há um tempinho. –
- É, então, hoje eu tenho uma festa pra ir, posso voltar amanhã? –
- ...
- Deu pra sentir esta revirada de olhos daqui. –
- Como sabes? –
- Sou sua irmã, meu. –
- Volta amanhã antes das 17, e aproveita a festa. Beijos. –
- E abraços. Valeu.
# LIGAÇÃO OFF #
- EI ANNA DESCE AQUI, JÁ TA TODO MUNDO NO CARRO. – Gritou Estela. Desci e ela estava com roupas normais. – Alguém tem que ficar aqui, já que a Gabi vai farrar. Cameron ficará aqui comigo. Tenho que falar com você, mas deixa pra amanhã. Agora vai lá com toda sua dignidade, e pega bastante gente. – Sorrimos maliciosas. Saí da casa e encontrei uma limosine parada na frente de casa. Entrei e havia apenas um lugar na frente no meio entre a Gabi e o Hayes, e do lado dele estava Aaron.
- Vocês alugaram uma casa, osh! – Olhei ao redor espantada. JJ estava exatamente na minha frente sorrindo, ao lado do Carter e do Nash. No banco do lado estavam Lox, Taylor e JG.
- Não fomos nós que alugamos. Foi o Sammy. – JG se exibiu com seus óculos escuros. Franzi as sobrancelhas.
- Não quer sentar no meu colo? – Perguntou Hayes.
- Que isso Haaas? Já falamos que ela é do Johnson. – Falou Nash, o professor.
- Agora virei objeto. Legal hein. – Revirei os olhos.
- Vamos jogar o joguinho do ai? –
- É o que? – Lox franziu a testa.
- Cada um bate na mão do que está do lado, quem falar ai primeiro perde. – G explicou. Entrelaçamos as mãos e Nash começou. Assim foi até que Gabi deu um fraco tapa na minha, e eu bati com tudo na do Hayes.
- Parece que o Hayes tem batido tanto que até a mão ficou vermelha. – Carter disse, gerando uma onda de risadas.
- AI – Nash gritou. J quebrou a mão dele em duas, ao menos era o que parecia.
- Acho que deslocou o dedo aí, dude. – Hayes riu.
- Foda-se que deslocou, não vou perder a festa por nada. – Rimos.
- Agora estamos inteiros, ao voltar pra casa voltaremos podres e bagunçados. – Gabi anunciou em meio ao silêncio que tinha se instalado.
- Eu prometo. – Ri, erguendo as mãos em forma de rendição.
- Eu também. – JJ disse.
Todos prometemos isso, até que chegamos na festa. Gabi estava meio isolada, então fui falar com ela.
- Ei Gabi, tá tudo bem? –
- Sabe, o Shawn costumava dizer pra mim: “Baby por favor sem promessas”... – abaixou a cabeça.
- Isso significa que você não vai beber? – perguntei e ela sorriu.
- Isso significa que hoje vou beber até cair. – Dito isso se afastou e foi direto pro bar. Sorri e a segui.
No grandioso bar, encontrei Aaron, Nate e Nash fazendo competição de bebida.
- Como você é ruim Nash! - gritou Hayes do outro lado da mesa.
- Aaron, quem diria! – falei após ele ter bebido todas e ganhado a disputa.
- Quer tentar a sorte? – sorriu desafiante.
- Claro que quero. Me da 20, pra ele 5. – cerrei os olhos, enquanto ele arregalou os dele.
- 3, 2, 1 VALENDO – contou Nate. Eu já estava na décima terceira quando Johnson apareceu e tomou o resto.
- INJUSTO! – Disse Aaron.
- Justo. Ele bebeu 7 e eu 13 enquanto você bebeu 4. – Mostrei a língua e sentei na mesa.
- Tem bastante garrafa aí Nate? – J perguntou, e Nate assentiu. – Passa pra cá uma garrafa pra cada então, moço. –
- De que? –
- Uma de cada coisa. –
Rimos, ainda sóbrios. Parei de rir quando vi Ethan. Ele estava beijando a Gabriela. Grayson estava do lado, de vela, revirando os olhos. Peguei minha garrafa que tinha acabado de chegar e peguei mais uma.
- O Gabi você tem namorado. – a menina se virou e murmurou pro Ethan ‘quem é Gabi?’. Ele só deu de ombros e ele e Grayson vieram na minha direção.
- Que Gabi o que menina! – Ethan reclamou.
- Ihh, desculpa, estraguei com sua peguete da noite. – Mordi o lábio.
- Mas pelo menos me tirou da vela eterna! – Grayson suspirou aliviado.
- Se fosse a Gabi eu não teria parado pra falar com você! - olhou-me decepcionado, e vi Gabi arregalar os olhos atrás deles.
- Oi pra vocês também, meninos! – Abracei os dois. – Vamos dançar? – perguntei e saí andando, bebendo da garrafa, que logo acabou, mas eu tinha duas mesmo.
- Wtf - escutei os dois rindo.
- 0:30, andar de cima, 7 minutos. Esse é só pros fortes hein! – Nate gritou levantando as mãos e passou reto. Olhei no relógio e ainda eram 23:32. Passei no bar e peguei um shot de tequila, bebi com sal e limão e estava pronta. Hora de dançar.
Chamei a Gabi e fomos para a pista de dança. Tocava 'work' da Rihanna, e tínhamos ensaiado essa música não havia muito tempo. Sorrimos e dançamos muito. Vi que um moreno me encarava, bom, não posso dizer que encarava meus olhos, mas pisquei pra ele. Gabriela entendeu e saiu dali rindo, enquanto eu continuava com a coreografia. Virei de costas para ele no refrão, e comecei a rebolar, como se fosse um chamado. Senti ele chegando e seguindo o fluxo.
- Seu nome, babe...
- Anna, e o seu...?
- Adam... que tal uma bebida?
- Com certeza! - sorri, e fomos até o bar. Se ainda estava sóbria, não tinha certeza. Pedimos dois Martini, e após cruzarmos os braços, bebemos enquanto nos encarávamos. Rolei os olhos pelo lugar já lotado, e encontrei um armário. Olhei pra ele e então pro armário novamente, e ele entendeu o recado.
Empurrando o pessoal, conseguimos chegar no pequeno lugar. Entramos, e a porta foi bruscamente fechada. Minhas costas chocaram-se contra a parede, e posso dizer que uma terceira guerra mundial começou, pois nossas línguas batalhavam tanto, porém ele acabou cedendo primeiro, e sorrindo, trocamos de posição. Agora quem estava contra a parede era ele, e devo falar, senti seu crescente volume conforme minha boca passeava por seu pescoço e as suas mãos estavam na minha bunda.
Infelizmente para mim e felizmente para outros, fomos interrompidos. Nate chegou com uma menina ruiva.
- Minha vez. - disse ele, e revirei os olhos. Precisei sair. Não acabei o trabalho.
Assim que a segunda garrafa acabou eu fui pedir um sex on the beach. Dançei muito com o Ethan e o Grayson, mas muito mesmo. Depois de terminado eu pedi uma garrafa de whisky pra ‘esquentar’ um pouco as coisas, como se não estivessem quentes ainda. O pessoal havia sumido. Vi o relógio. 00:49, hora de correr. Subi cambaleando até o andar de cima.
- Ei gente, tem regras? – Gritei, me jogando entre Nate, que se teletransportou para lá, e Aaron. Carter e Taylor estavam do lado deles, Gilinsky estava do lado da menina que pegou o Nate, e mais três garotas do lado dela.
- O que acontece no armário fica no armário, é isso. – respondeu Sam, cuja presença só havia visto agora. Ele parecia totalmente sóbrio, e estava sério.
- Quem tá no armário? – perguntei pra ninguém em particular.
- A Teresa e um loirinho aí. – a menina que o Nate pegou falou.
- Cala a boca Lux! – Sam gritou, e eu continuei a beber da minha garrafa.
- O Nate, você corta a barba com estrelas? Porque ela é tão brilhante! – Exclamei.
- Não sua burra, a barba dele tá grande, como você tá dizendo que ele cortou? – Aaron, outro que bebeu muito, disse.
- Brilhante nada, o barba defeituosa! - Gilinsky, ofendido, se pronunciou.
- Defeituosa é a sua mané! - Nate respondeu.
- Ele nem tem! - Exclamou Carter.
- Posso passar uma cantada naquele carinha ali? – Perguntei, eles assentiram, menos Sam, que me olhou feio.
- Ei Gata, você não é piso molhado mas eu já tô pronta pra te passar o rodo, seu lindo! –
- DEPOIS DESSA EU CASAVA! – Gritou Matt enquanto ia passando pela rodinha com uma menina de cabelos azuis até chegar num quarto lá.
- SE PROTEGE FILHO! – Gritou Sam, e Matt lhe deu o dedo do meio antes de fechar a porta. Nisso a porta do closet abriu, e dele saíram JJ e a barata. Ela tinha marca de dedos em suas bochechas mais avermelhadas que o normal, além da cara feia.
- O que aconteceu? – perguntou a tal de Lux.
- ‘O que acontece no armário, fica no armário’. – J disse e olhou pra mim, arqueando uma sobrancelha.
- Já é óbvio o que aconteceu. Não se passaram nem... 4 minutos? Isso é recorde. – Nate arregalou os olhos.
- Gira essa bagaça logo então meu! – Carter, preocupado, gritou. Caiu em mim e no desconhecido que eu cantei. Sorri e andei até meio caminho, quando olhei pra trás. O carinha fazia um hi-5 com Nate, e logo em seguida veio. Johnson me olhava receoso. Fechamos a porta.
- E aí, qual seu nome gata? –
- Pra você é Violet. –
- Adorei esse nome. – disse e se aproximou mordendo o lábio.
- Rapaz, eu nem mesmo sei seu nome... – mordi o lábio e a porta foi aberta por um Sammy sorridente.
- Precisava buscar um casaco. Acabou o tempo de vocês aí, pra fora, já. – saímos e revirei os olhos.
- Fazer o quê. – o outro rapaz disse.
- Esperar pra ir de novo... –
Depois de algumas rodadas, eu finalmente caí com o Johnson.
- Já estava me traindo, purple girl? – perguntou, dentro do closet.
- Não teve um toque, ao contrário de você com aquela outra inseta lá... – ele riu.
- Sabe a marca vermelha no rosto dela? – assenti. – Está lá porque ela começou a falar mal de você, e eu tive que tomar providências...
- J, você.. bateu nela? –
- Não ficou claro? – arqueou uma sobrancelha e fez cara de desentendido.
- Se você bateu nela pode bater em qualquer uma! Inclusive em mim! – me afastei, chocando as costas em uma parede qualquer.
- Anna, você não é qualquer uma pra mim... – nos encaramos, e ele trouxe suas mãos até minha cintura enquanto minha mão direita acariciava sua bochecha. - Inclusive, tá muito quente aqui. - ri pela mudança repentina, mas mordi meu lábio quando ele tirou a camisa.
- E os direitos iguais? - perguntou. Sorri.
- Não é você que está usando o vestido, J. - sorrindo, ele revirou os olhos. Meu vestido caiu com um simples puxão. Olhei para o vestido, então voltei meu olhar pra cima, porém os lábios dele já estavam no meu pescoço.
- JÁ DEU JÁ DEU JÁ DEU, ESSE JOGO É MUITO LERDO EU NÃO AGUENTO ESPERAR! – Sam gritou. O desespero nos atingiu. No escuro, não achamos meu vestido, e precisei pegar uma das blusas aleatórias do closet.
Dessa vez Nate abriu as portas. Continuamos na mesma posição a olhar para a claridade que agora nos cegava. – Não entenderam o recado? É pra sair! - Nate revirou os olhos. Voltamos a jogar e depois do que pareceu ser uma eternidade, eu fui pro closet com o Sam.
Depois de uns 5 minutos, pelo que contei, em silêncio, ele perguntou:
- Você confia em mim? –
- Confiava... – respondi.
- E se voltássemos a ser o que éramos?
- Vai sonhando Wilkinson.
Eu conheci o Sam porque ele era amigo do Nate, que na época namorava a Estela.
- Mas você gostava tanto... – insistiu.
- Não Samuel. Eu não vou ter recaída.
- Não quer, mas e se você não tiver escolha? – agarrou meus cabelos e os puxou para o lado com uma brutalidade imensa e perfurou meu pescoço, logo injetando algo nele.
- O QUE É ISSO? VOCÊ É DEMENTE? – comecei a chorar.
- Eu sei que me ama, eu também te amo linda.
- OS 7 MINUTOS JÁ ACABARAM! – Nate abriu as portas e a posição em que estávamos não era muito boa. Sammy me segurava como nas cenas de dança em filmes famosos. Johnson viu a cena e se levantou, indo pras escadas.
- Espera... – clamei, porém a droga já fazia efeito em mim e com certeza eu não lembraria de nada que eu estava fazendo pela manhã. Não que eu fosse lembrar, misturei tanta bebida...
Corri até as escadas e em seguida para o bar, mas levei um tombo. Voltei a correr. Como não achei Johnson em lugar nenhum, fui pra varanda. Não demorei muito pra estar fumando. Vi Ethan na multidão, e fui até ele. Esbarrei no Grayson também.
- Violeta! Te achei! – o álcool em sua fala era nítido.
- Eu que te acheis vocês. –
- Ih você tá pior que a gente. Isso nunca acontece, precisamos pegar mais bebida Ethan! – Grayson disse e Ethan obedeceu seu comando, voltando com 3 garrafas.
Acho que bebi as três.
O som era animado, mas começou a tocar a banda desconhecida de quase todos festa. Começamos a cantar, porém era remix e confundimos tudo. Cortaram algumas partes.
I reason with my cigarette
(Eu debato com o meu cigarro)
Then say: Your hair's on fire
(E digo: Seu cabelo está com tudo)
You must have lost your wits, yeah
(Você deve ter perdido o juízo, yeah)
A música acabou e avistei Johnson me olhando do outro lado da pista, então fui até ele.
- Eu não beijei o Sam mas eu queria ter beijado você, lindo. - sorriu.
- Posso resolver esse problema agora mesmo. - revirei os olhos e o puxei para nossas línguas dançarem juntas, e eu não queria que acabasse. Mas como tudo na vida, acabou.
- Você fumou, Anna? - peguntou.
- Bebi também! -
- Avá, é sério? - Sorri e começei a girar ao redor dele.
- Ei, por que me beijou? Você não estava brabo? -
- A vida é curta pra arrependimentos. Vem, vamos pra casa.
Fomos pro carro, e do banco do passageiro vi Sammy na janela da casa, encarando-nos. Mandei o foda-se.
Todos temos uma música animada que, quando começa, não conseguimos parar de dançar. Eu tenho uma música assim, e ela começou a tocar quando paramos no semáforo.
Doctor, look into my eyes
(Doutor, olhe nos meus olhos)
I've been breathing air but there's no sign of life
(Eu estive respirando o ar, mas não há nenhum sinal de vida)
Doctor the problem's in my chest
(Doutor, o problema é no meu peito)
Eu cantarolava baixinho, mas não consegui evitar.
My heart feels cold as ice but it's anybody's guess
(Meu coração se sente frio como gelo, mas é sempre uma dúvida)
Comecei a cantar.
Doctor can you help me cause I don't feel right
(Doutor, você pode me ajudar? Porque eu não me sinto bem)
Alto. Bem alto.
Better make it fast before I change my mind
Doctor can you help me cause I don't feel right
Better make it fast before I change my mind
(É melhor fazer isso rápido antes que eu mude de ideia
Doutor, você pode me ajudar? Porque eu não me sinto bem
É melhor fazer isso rápido antes que eu mude de ideia.)
Pulei para o colo de Johnson, e ataquei seu pescoço.
Well it's cold, cold, cold, cold inside
Darker in the day than the dead of night
(Bem, é frio, frio, frio, frio por dentro
Mais escuro de dia do que na calada da noite)
Minhas pernas cruzadas ao redor do banco não o atrapalhavam, e na posição em que eu estava eu não atrapalhava sua visão, o que no fim acabou sendo ruim porque chegaríamos mais cedo em casa. A música acabou, porém eu continuava ali, mas só com a cabeça entre seu ombro e seu pescoço, e após uma freiada brusca, nossos corpos acabaram por se bater e voltar a se desencostar, porém minha cintura pesava em seu corpo. Chegamos em casa afinal.
Precisei de ajuda pra sair do carro. Mas o J me ajudou. Colocou-me no chão e apoiada nele, andei até a porta da frente. Ao abrir a porta de casa, vi meus antigos pais, meu antigo irmão e Estela sentados lado a lado no sofá.
- Fudeu... - Sussurrei e dormi ali mesmo, ou num vocabulário formal: desmaiei.
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