Love sings
When it transcends the bad things
Have a heart and try me
Cause without love I won't survive
- VOCÊ TÁ LOUCO SAMUEL? ACELERA ESSA PORCARIA ANTES QUE EU BATA NESSA SUA CARA! –
- A pessoa pode estar precisando de ajuda... – Não esperei mais e joguei meu corpo sobre o de Sam, acelerando com as mãos e provavelmente fazendo mais estrago em quem quer que fosse.
[...]
POV Anna
- Quanto vocês acham que tiraram na prova? – Taylor perguntou.
- Uma nota bem baixa com certeza. – Respondeu Nash.
- Eu acho que fui bem. – Lox deu de ombros.
- Eu fui bem, a Anna me ajudou. – Jack J disse e olhou pra mim sorrindo.
- Não era pra ele te ajudar? – Carter perguntou.
- Era, mas eu sabia mais. – Falei e retribui o sorriso do Jack.
- Anna nem estuda e tira nota máxima, eu me mato estudando e tiro nota ruim. – Disse Matthew.
- Você não se mata estudando. – Confirmou Lox rindo, e todos acabamos assentindo e rindo junto.
- Droga... – Resmungou Matt, e escutamos um barulho de mensagem chegando em um celular. O som vinha do meu bolso. Tirei o celular de lá e não o reconheci.
- De quem é esse celular? – Perguntei.
- Do Jack J. – Lox respondeu.
- Hm já tão usando o mesmo celular? – Aaron perguntou.
- Isso é coisa de namoro evoluído mesmo. – Nash disse, e todos riram. Eu dei uma leve coradinha, mas bem pouca mesma.
- Vão se... – Fui interrompida por escutar umas batidas contra a parede.
- Porcaria, ninguém faz tanto barulho como eles dois. – Hayes resmungou.
- Tanto faz, todo mundo faz barulho. – Nash contrariou. Senti o celular do Jack (ainda não havia entregado pra ele) vibrar no meu bolso e fui olhar que era. Tinha uma mensagem assim:
- Oi! Finalmente achei seu número! Me liga, bjs Tete –
- Vadia. – Pensei comigo mesma, e excluí a mensagem. Então entreguei o celular para Jack, que estava ao meu lado, sorrindo.
POV Estela
Faltei na escola depois da pegadinha que fizeram comigo, tirar lubrificante do cabelo é horrível, ainda mais se for um sem qualidade como o do Taylor. Estava indo ligar pra uma pizzaria pra almoçar, mas recebi uma ligação da Gabi.
# LIGAÇÃO ON #
-Alô? –
- O-oi Estela. – A voz de Gabi chorosa preencheu o silêncio.
- Tá tudo bem? O que aconteceu? –
- O Shawn Estela... Ele foi... ele foi... –
- Não precisa contar, me diz onde você tá que tô indo aí agora. –
- No hospital... –
- Qual hospital e em qual parte? –
- O particular... Estamos na UTI... –
# LIGAÇÃO OFF #
- Cameron. – Sacudi seu ombro. – Me leva pro hospital agora. – Ele pareceu ter acordado.
- Hospital? Quem morreu? – Brincou com um sorriso.
- Deve ter sido o Shawn. – Levantei e o sorriso de Cameron desapareceu, Aaron, Taylor e Jack G levantaram junto.
- Qual hospital Estela? – Aaron já tinha pego a chave do carro e todos já saíamos de casa indo em direção ao carro.
- O particular. Eles estão na UTI. – Entramos no carro e o clima ficou tenso, nenhuma música tocava e todos estávamos aflitos. Cameron buscou minha mão e entrelaçou nossos dedos, e de alguma forma isso me tranquilizou, até que G recebeu uma ligação e colocou no vivo-a-voz.
# LIGAÇÃO ON #
- G? Onde vocês estão? Sumiram de repente! – As vozes de Jack J, Anna, Carter e Matthew surgiram ao mesmo tempo.
- Calem a boca! – Taylor gritou.
- Alguma coisa aconteceu com o Shawn e a Gabi e eles estão na UTI. Estamos indo pra lá agora, vocês vem? –
- Com certeza que vamos! – Nash e Hayes disseram ao mesmo tempo.
- A gente se vê lá. – G desligou a chamada.
# LIGAÇÃO OFF #
O resto do caminho foi em silêncio, até que chegamos no hospital.
- Temos que avisar os pais da Gabi e do Shawn. – Cameron anunciou.
- Espera a gente saber o que aconteceu primeiro. – Aaron se opôs quando chegamos a UTI.
- Com licença crianças, área proibida. – Um segurança nos barrou.
- Mas nosso amigo está lá... - Taylor resmungou.
- Qual o nome do seu amigo? –
- Shawn Mendes. – Respondi.
- Verei o que posso fazer. A outra vítima, Gabriela, está na sala 34 e já pode receber visitas. –
- Vocês já falaram com os pais deles? – Cameron perguntou.
- Já, a ajuda da Gabriela foi essencial. Agora com licença, tenho mais o que fazer. – Ele virou de costas e entrou na UTI, e taquei-lhe o dedo do meio.
- Calma Esteh... Vamos ver a Gabi. – Cameron disse e fomos até uma mulher que pediu nossos nomes e o que somos da Gabi.
- Irmã... – Respondi. Ela enrolou a pulseira no meu braço e me deixou entrar.
- Quarto 34. Você tem 5 minutos. – Assenti e fui até um mapa que indicava onde ir. Andando a passos curtos, Cameron e os outros foram até a sala de espera enquanto eu ia até a sala. Apenas era permitido um por vez.
- Gabi? –
- Estela! – Ela não conseguia se levantar, estava com a perna engessada e uma parte de sua testa, roxa. Corri até ela e a abracei, pareceu ter doído a perna porque ela deu um suspiro, mas foi passageiro.
- E então? O que aconteceu com o Shawn? Me conta essa história direito! –
- Eu e o Shawn fomos almoçar lá na lanchonete perto do Starbucks, e já estávamos voltando quando um carro veio e bateu no Shawn, ele desmaiou, eu caí ao seu lado mas o carro acelerou e passou por cima da minha perna. – Ela começou a chorar. – O Shawn me disseram que está sendo examinado, os estragos físicos são poucos mas ele bateu a cabeça com muita força, a saúde mental dele... pode ter sido danificada. – Ela já chorava muito.
- Senhorita, seu tempo acabou. – Uma enfermeira de braços cruzados apareceu na porta.
- Só mais um pouco, por favor! – Gabi implorou.
- Não tem motivos pra chorar, flor. Seu amor está acordado e chamando por você. -
POV Gabriela
Me colocaram na cadeira de rodas e me levaram até o quarto do Shawn. Ele reclamava com a mãe dele, não consegui escutar. Sua irmã e seu pai estavam na sala de espera, e quando me viram a Aaliyah veio correndo.
- A culpa é toda sua! Eu te odeio! Escutou? EU TE ODEIO! – Sorte a minha que seu pai a seguira e a segurou, jurava que ela iria avançar em mim. Meus olhos lacrimejavam, o que eu tinha feito que poderia ser tão grave?
A mãe do Shawn nesse momento saiu da sala, olhou para mim e sibilou ‘ele é todo seu’, então saiu da sala com seu marido e sua filha junto. Me empurraram até o quarto e me deixaram lá dentro.
- Shawn... ? – Ele olhou pra mim.
- Gabriela! Diz pra eles que eu não estou louco, por favor! –
- O que aconteceu amor? Do que você se lembra? –
- Bom, aquela mulher lá estava dizendo que era minha mãe, tinha mais uns dois loucos fingindo que eram meu pai e minha irmã, mas minha família morreu quando eu era pequeno, como pode isso? – Perguntou confuso.
- Amor eles eram seus familiares! – Ele negou com a cabeça. – Você não se lembra? – Ele negou novamente. – E do acidente, do que você lembra? –
- Eu e você saímos da nossa casa e fomos atropelados a caminho da lanchonete. –
- Só nossa casa? – O olhei.
- Sim. Só nossa. Não lembra quando decidimos que iríamos morar juntos? Você se arrepende? Porque eu quero que você seja feliz, Gabi, não importa se for sem mim. –
- Shawn, o que você está falando? Eu te amo mais que tudo nesse mundo, mas nós nunca moramos sozinhos! Nós moramos com os meninos! – Me exaltei.
- Meninos? – Ele perguntou e abaixei minha cabeça, chorando.
- Shawn... você esqueceu... –
- Seus 5 minutos acabaram. – Uma enfermeira entrou.
- Não eram 20? Espera, eu tenho certeza que eram 20! –
- O médico da outra vítima quer falar com você. – Disse e me deixou em frente a uma mesa com o doutor do outro lado sorrindo.
- Olá Gabriela. Você poderia ficar e ouvir o diagnóstico, por favor? – Ele perguntou e eu assenti. – Ótimo. Vamos começar por você. – Uma luz de powerpoint se acendeu na parede e logo vi o que parecia uma perna. – Você só sofreu danos físicos, em toda a sua perna direita. –
- Como assim? – Perguntei.
- Traduzindo, você quebrou sua perna, seu pé e seus dedos. Será fatal se você tentar se movimentar da coxa esquerda pra baixo. –
- E o Shawn? –
- Bom, ele foi o primeiro a receber o choque, como vimos na filmagem de segurança. Ele bateu a cabeça com muita força numa parte do cérebro muito sensível, mais forte ele teria morrido. Ele aparenta ter esquecido toda sua vida, menos você. Você é a única pessoa ou coisa que ele se lembra. Você foi a segunda a receber o impacto. Shawn havia se jogado na sua frente pra você não receber impacto, porém o carro deu uma arrancada e passou por cima da sua perna direita. Ao menos, foi isso que a câmera mostrou. Não sei se conseguiu entender, foi realmente muito complexo pra explicar. –
Meu queixo foi parar no chão. Já chorava muito.
- Obrigada doutor, tenho certeza que fará o possível para que Shawn melhore. – Falei com certa dificuldade.
- Farei. –
Consegui manipular a cadeira de rodas para sair da sala, e fui até um ponto meio isolado do hospital. Fui lá para chorar, admito. Olho para a sacada e vejo meu otp se beijando. Sorrio. Droga, eles juntos são a única coisa que poderia me fazer sorrir num momento como esse.
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