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História Cold Rain - I miss you


Escrita por: AlphardTraumend

Notas do Autor


Demorei anos para fazer esse capitulo @_@
editava e arrumava para ficar lgl <3
espero que gostem

Capítulo 2 - I miss you


Fanfic / Fanfiction Cold Rain - I miss you

O alarme do meu celular disparava com vontade naquela manhã, ou era apenas eu com preguiça de acordar. Levantei da minha cama e fui ao banheiro para me preparar para o curso. O tempo estava muito iluminado, provavelmente iria fazer mais frio que ontem. Desci as escadas e vi meu irmão pegando alguns ingredientes na geladeira.

— Bom dia, Hiro - Cumprimentava com o meu sorriso de criança.

—Good morning, bro-dizia ele empurrando a porta da geladeira com seu pé.

Eu me sentava e observava ele fazer as panquecas, comemos e nos despedimos no ponto de ônibus para cada um fazer seu dia.

Chegando ao curso de fotografia eu me sentava no meu devido lugar e assistia à aula com atenção. A minha melhor amiga havia faltado, provavelmente estaria doente com esse tempo esquisito, mas isso não importa estava tão ansioso para o evento que o curso que durava três horas parecia uma eternidade, ainda bem que o uso do celular não afetava as aulas e nem o professor.

“Hiro vai vestido de mamãe? ” – 10:22

“Vai se fuder bixa” – 10:25

‘Ainda bem que existe o Hiro para passar um tempo. ’

Finalmente a aula acabou, e eu me sentia um defunto sentado naquela sala fria. Andei até um mercado que havia perto da escola para comprar alguns ingredientes para fazer uma cerimônia do chá, era ótimo tomar chá naquele frio e, finalmente cheguei a meu lar com as compras com tempo de sobra para fazer o bolo e o chá antes do Evento.

Passou se alguns minutos quanto fazia o bolo e ouvi a campainha ecoando pelo orfanato, corri para atender e era o Aoshi com sua calça preta e blusa azul marinho. 

—Pois não?- Perguntava abrindo a porta

—Que cheiro de bolo. Sou tão especial assim? - Dizia ele invadindo a casa

—Muito educado da sua parte entr-

—Eu desejo o Hiro.

—E o que eu tenho haver com isso? – Dizia colocando a luva para forno.

—Não tem como você não se encontrar com ele hoje no evento?

—Vou ver...não lhe garanto nada.

—Obrigado Oliver.- Dizia ele sorrindo

—De nada. –Dizia corando.

Aoshi saiu de minha casa, fui verificar o bolo e comi com o chá perto do playground do orfanato. A noite foi surgindo e comecei a me arrumar para o evento que já havia começado, andei algumas esquinas e chegando ao parque de diversões, esperei pacientemente o Hiro na porta do evento, olhava para o celular e a as crianças com suas fantasias correndo para um lado e para o outro e, na frente de uma barraca havia um menino com uma capa de vampiro e cabelo verde agua muito familiar.

’Ele realmente se parece com um menino do orfanato’, eu pensava fitando o menino.

O vampiro de cabelo verde agua se virou, olhou para mim e naquele exato momento eu consegui identificar que era o mesmo garoto e ele veio correndo me abraçar.

—Oliver? É você mesmo? – Questionava ele quase chorando.

—Allan? – Abraçava o menino vampiro.

—Que saudades de lhe ver, nii-san. – Dizia ele fitando meus olhos. – Você continua com sua fantasia de gato?

—Também senti sua falta. Sim, minha fantasia de todos os anos, o gato gatuno.

—E então... como vai o Hiro? Ele ainda esta no orfanato? –Ele perguntava meio incomodado.

—Ele esta bem. –respondi olhando em seus olhos.

Quando Hiro foi apelidado como mãe da turma ele começou a agir de maneira agressiva com alguns meninos, um deles era o Alambert. Talvez fosse o ciúme de alguma coisa.

—Como anda as ruas desse bairro? –Eu perguntei calmamente.

—Estão bem agitadas com esse evento! Até eu me animei comprando cinco pacotes de bala. 

Eu me lembro do dia em que estávamos brincando na árvore e o Hiro ficou tão bravo que deu um soco no Allan, a briga foi tão intensa que as mulheres do orfanato tiveram que correr para separar eles. A maior parte do orfanato ficou triste com a situação e saíram de lá por conta própria, inclusive o Alan.

—Você soube que arranjei pais, certo? – Dizia o menino com um sorriso enorme

—Serio? Por isso esta com essa capa de vampiro que parece de veludo hyper caro? – Dizia pegando na capa.

—Sim! Você tem que passar um dia lá em casa, vai ser maneiro.

Cada palavra que ele dizia me fazia ter nostalgia de quando brincávamos na plantação do lado do orfanato, era emocionante.

—Eu te desafio a entrar naquela barraca do beijo. –ele dava uma risada maligna

—Por uma nova fantasia de gatuno eu aceito.

—Fechado.

Eu e o Allan adoramos desafios. Nós corríamos igual doido na barraca de beijo como se fossemos atletas com doping e, quando chegamos me deparei com uma moça tão feia que me assustei.

—Allan, me diga que ela esta com maquiagem. - Cochichava no ouvido dele

—Se lascou meu amigo.

Eu estava pronto para fugir naquele exato momento, mas o vampiro me pegou e puxou até a moça. Eu tentei não olhar para ela e dei um beijo no rosto com muita má vontade.

—Pronto! Quero minha roupa de gatuno!!

—Tem que ser selinho, animal!

 -Você disse apenas um beijo! Nem venha! – Dizia para ele com minha adaga de plástico.

—Tudo bem, eu faço depois. –ele ria

Estava tão relaxado naquela noite que era melhor mandar uma mensagem para o Hiro que estava na casa da minha colega, não queria me deparar com ele e o Allan.

“Hiro :v encontrei uma colega e vou na casa dela” – 19:20

“Tudo bem. Acho que a Monna vai demorar e então vou com ela” – 19:20

Eu me senti péssimo por mentir para o Hiro, mas era necessário. Se não ele me caçaria até os infernos se fosse preciso.

—Acho que para não encontrarmos o Hiro temos que ficar na região sul. Dizia olhando para meu celular

—Certo...

Nós fomos a várias barracas, tanto de brincadeiras como de comidas. Enchemos a barriga e ganhamos muitos prêmios considerados inúteis para os adultos, como doces e brinquedos de plástico. Olhávamos para uma barraca que havia prêmios diferentes, nele havia algumas pelúcias.

—Nii-san! Tem pelúcias nesse! Vou pegar aquela de estrela com luz pra tu – Dizia ele apontando para a pelúcia.

—Não precisa Alan. Eu já deixei essa ideia faz tempo.

Ele pedia algumas fichas para acertar as latas com uma arma de brinquedo e se posicionava para atirar.

—Mas não é questão de você ser astrônomo ou não. – Ele olhava para o alvo e atirava e errava – Você gosta de estrelas. –Ele conseguia atirar com perfeição na lata até conseguir a pelúcia de estrela. –É seu – Dizia ele sorrindo.

—Obrigado, Alan – Agradecia e pegava a pelúcia.

Andamos mais algumas horas e decidimos ir para um lugar afastado para que possamos ver as estrelas.

—Eu disse que você gosta de ver as estrelas. Você não recusaria vir a esse lugar de jeito nenhum. –Dizia ele rindo

—Eu sou o gato, gatuno do espaço. -Eu dizia rindo

Nós nos recordamos de várias coisas que fazíamos quando crianças, como brincar no playground do orfanato, contar piada, rir e olhar as estrelas. Estava muito calmo e pacifico, até o celular de Allan tocar.

—É o seu ou o meu que esta vibrando? –Eu perguntava procurando o som.

—É o meu, é a minha namorada, vou atender e já volto.

‘Namorada?’

Fiquei atordoado com as palavras que ele havia dito aquilo acertou meu coração de uma forma tão profunda que elas começaram a ecoar em minha mente, era uma sensação péssima e não sabia explicar o que realmente era.

—A minha namorada quer que eu volte para casa, desculpa Oliver.

—Tu-Tudo bem – Dizia gaguejando.

—Desculpa mesmo. - Ele dizia me abraçando de uma forma tão carinhosa que me fazia querer desabar as lágrimas. -Nessa semana mesmo eu te convido para vir em minha casa.-Você tem rede social? Se tiver eu procuro e contato com você.

—Tenho sim Allan.

—Então ok. Até Nii-san – Ele se despedia descendo a ladeira correndo e eu o olhava com o coração apertado.

Eu seguia o caminho até o orfanato olhando algumas vezes para o céu, e sentia uma agonia que era esquisito. ‘Que porra é essa?’ Eu me perguntava a todo segundo enquanto andava pelas ruas cheias de plantações de aveia. Fui até a o bar e tomei algumas batidas escondidas do Hiro e chegando a casa e vejo no sótão o Hiro bebendo algumas bebidas alcoólicas no sofá. Ele me olhava preocupado.

—O que aconteceu?

—Nada. –Eu dizia tentando disfarçar minha tristeza

—Não precisa esconder nada de mim.

Eu retirava minha fantasia e olhava fixamente para o Hiro que estava com uma garrafa de Vodca na mão.

—Me diga por que você esconde as coisas de mim primeiro.

—Eu não escondo nada.

—Hiro, já cansei dessa babaquice de você me esconder tudo. Fala logo. –Eu disse com rispidez

—Oliver, não estou lhe escondendo nada. –Dizia ele com calma

—Como vou confiar em alguém que não me conta nada? Por que naquele dia você bateu no Allan?

—Você se encontrou com ele? –Ele questionava surpreso

—Se não fosse você naquele dia nós ainda estaríamos com ele aqui... eu não sentiria tanta falt-

—Não é para se encontrar com ele, eu já disse – Ele me dizia encostando-se no sofá e olhando para a TV.

—Por que você tem tanto ódio dele? Ele te fez algo? –Eu o questionava irritado.

O Hiro se levantou, deixou a garrafa no chão e me olhou nos olhos.

—Ele te deixa louco.

—O que?

—Assim como você me deixa.

—Que diabos?...-Ele me deu um abraço e eu tentei rejeitar.

—Eu te amo, Oliver. – Ele me apertava gentilmente. – Deixe-me lhe amar uma vez pelo menos...

—Acho que você bebeu de mais por hoje. Esta falando nada com nada. – Eu dizia me afastando do abraço e indo a minha cama até que ele me puxou pelo pulso e nossos lábios se encontraram de forma carinhosa. Ele acariciava gentilmente minha nuca e agarrava minha cintura com cuidado.

—Pare, isso é errado.

—Não existe tabu quando as pessoas se amam.

Nós fitamos um ao outro, eu empurrei-o e corri até o quarto de Allan me trancando e olhando tudo o que ele havia deixado no quarto.

—Allan...

Eu havia perdido a conta de quantas vezes entrei e me fechei nesse quarto com tantas memorias, andei até o beliche, me deitei e vi todos os adesivos e desenhos que havíamos feito juntos.

—Oliver? Abre a porta. Estava brincando quando disse aquilo.  – Dizia Hiro girando a maçaneta.

Eu ignorei. Às vezes ele tinha essas crises de carência, mas hoje estava esquisito. Olhei para a janela e decidi sair por ela silenciosamente e correr até o parque para telefonar ao Allan ou mandar uma mensagem.

‘Quero vê-lo novamente... ’

“Allan.. preciso falar contigo” – 23:33

“Preciso falar contigo também” – 23:35

“Posso lhe encontrar na frente da quadra ?” – 23:35

“Estou a caminho.” – 23:40

O céu estava sendo invadido por algumas nuvens e começava a ventar muito mais que antes, eu corria silenciosamente por aquela rua vazia e sem vida, parecia que quando luto por algo tudo ao meu redor começa a se tomar detalhes e as cores mais vibrantes, porém não com tanto brilho e glamour quanto era criança. A plantação de aveia parecia interminável quando se corria e tudo se tornava semelhante e monótono, menos quando vejo Allan em minha frente com as mesmas vestimentas de antes em pé encostado na grade da quadra do evento.

Eu desacelerava meus passos e observava cada detalhe dele, seus olhos lilás, cabelo mediano verde água com uma trança perfeita fazendo um pequeno rabo prendido com um elástico preto, suas vestimentas com cores frias de vampiro esvoaçantes naquela ventania e sua pele albina que realçava seu lábio rosado. Ele segurava a grade enquanto olhava o celular esperando por algo até me avistar no meio da garoa e se desencostar dela e ir até em minha direção.

—Oliver, o que houve? –Disse ele me olhando assustado e pegando em meus ombros.

—Não me deixe Allan.

—Eu nunca lhe deix-

— Eu sinto sua falta... -Dizia Oliver apertando as vestimentas de Allan e me ajoelhando. –Eu preciso de você.

—Vamos para casa.- Disse Hill pegando Avalon em seus braços .


Notas Finais


Musica marota (https://www.youtube.com/watch?v=mN-CqIytN2U)
usei para escreve-la hu3
Bye bye Kissus


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