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História Coleção Mini-Histórias - Christmas Time


Escrita por: LoveSpace3241

Notas do Autor


E aí, gente? Desculpe a demora, andei muito enrolada com trabalhos e lições no colégio, mas tá aí, mais um capítulo quentinho saindo do forno. ;)

Capítulo 2 - Christmas Time


 

Noite de Véspera de Natal. Os irmãos estavam comemorando juntos na casa enorme onde moravam em Londres.

- Peter!! Largue agora esse peru! - Gritou Allistor, correndo pela cozinha inteira tentando capturar o menininho.

Peter mostrou a língua para o irmão e gritou: - Você não vai conseguir me pegar! - E correu até a sala, com Allistor em seu alcance.

Ao chegarem na sala, Allistor tropeçou na pequena escada onde Arthur terminava de enfeitar a árvore de Natal. A escadinha foi direto ao chão, levando Arthur junto.

- Olha por onde anda, cabeça- de- fumo! - Arthur gritou, enquanto se levantava de cima de Allistor.

- Por que estava no meio do caminho, loiro aguado? - Allistor respondeu, provocando o irmão mais novo.

- Ei, parem de brigar! - Dylan surgiu de trás da porta da frente da casa, após tê-la enfeitado com uma guirlanda. - Onde está o espírito natalino de vocês? Peter, devolva o peru que estava em cima da mesa.

Allistor e Arthur lançaram um olhar ameaçador um ao outro antes de virarem as costas e resmungarem enquanto voltavam aos seus afazeres anteriores. Peter resmungou um 'puxa vida' e colocou o peru de volta onde estava.

- Eles não tem mais jeito. - Suspirou Dylan, quando viu Liza sentada em frente a uma das janelas da sala.

A irlandesa parecia triste, enquanto olhava para o céu e apoiava o rosto em uma das mãos. Do céu caíam pequeninos flocos de neve e conforme onde caíam e se acumulavam formava-se um piso branquinho e fofinho.

- Liza? - Cochichou o galês, apoiando uma das mãos no ombro da moça. - O que há com você, hein?

- Ele vai vir, ele tem que vir. - Liza murmurou, não tirando os olhos do céu cheio de nuvens.

- Eu não duvidaria nada se ele não viesse. - Allistor disse, num tom convencido, enquanto preperava a massa para os biscoitos. - Eu com certeza também não duvidaria se ele largasse você aqui e passasse o Natal junto com outras pessoas.

- Allistor, você só está piorando as coisas. - Dylan disse, num tom de advertência e levantando o dedo indicador.

Allistor largou a massa na tábua em cima da mesa e levantou as duas mãos como se dissesse 'está bem' e as limpou no avental.

- Ele não vai fazer isso! - A moça respondeu, nitidamente nervosa com os comentários do irmão mais velho. - Ele prometeu que viria passar o Natal com a gente. Comigo.

- Ignore o que Allistor disse, tenho certeza de que ele virá. - Cochichou Dylan, com as mãos nos ombros da moça.

- Eu sei disso. - Disse Liza, virando o rosto na direção do irmão e lançando um pequeno sorriso.

A linda moça encarou a janela mais uma vez, quando de repente viu um vulto enorme e retangular surgir do nada na calçada mais próxima da casa e ouviu o barulho característico da TARDIS. As portas se abriram e de dentro saiu outro vulto só que menor e muito inquieto.

Liza abriu um largo sorriso e seu rosto se iluminou.

Ouviu-se a campainha tocar. Dylan foi correndo até a porta e a abriu. O Doutor entrou dentro da casa com um pouco de neve em seu cabelo e em suas roupas.

- Aaaaii, que frio! - Exclamou o rapaz enquanto tremia.

- Olá, seja bem-vindo. Fique a vontade. - Dylan disse com um sorriso simpático enquanto apertava a mão do rapaz.

- Ah, sim, muito obrigado. Bom, olá a todos! - Disse o Doutor com um largo sorriso e erguendo uma das mãos.

- Oi! - Exclamaram Peter e Arthur, enquanto Allistor murmurava um 'bem-vindo'.

- Allistor, é realmente uma surpresa ver que você não está sendo hostil comigo pela primeira vez. - Exclamou o rapaz, ainda com o sorriso no rosto.

- Uma vez por ano sou capaz de esquecer. - Disse o escocês, enquanto colocava a assadeira com os biscoitos no forno. - Mas não se engane! Depois as coisas vão voltar exatamente do jeito que eram antes.

- Ah, eu sei que vai. - Respondeu o Doutor, com um pequeno sorriso. Virou-se na direção de Dylan. - Então, onde ela está? - Perguntou, com os olhos brilhando.

- Oh, ela está correndo bem atrás de você. - Dylan apontou para a moça que corria na direção deles como se não houvesse amanhã.

Isso é, até ela tropeçar nos próprios pés e cair no chão.

- Oh, minha nossa! - O Doutor exclamou e correu até o lugar onde ela havia caído, seguido de um 'meu Deus!' vindo de Dylan e o restante dos irmãos, correndo para ajudá-la.

- Você está bem? Não se machucou? - Disse o Doutor, num tom de extrema preocupação.

- Não quebrou nada? - Perguntou Dylan, segurando-a.

- Quebrou algum braço? - Dessa vez a pergunta veio de Arthur.

- Quebrou sua bacia? - Peter perguntou, inocentemente.

Allistor ficou parado olhando a irmã, rindo.

- Liza, você quase rachou a sua cara! - Explodiu numa gargalhada alta.

- Eu vou rachar a sua agorinha mesmo! - Liza exclamou irritada. - Eu estou bem, gente. Tenho certeza. Muito obrigada, mesmo. - Respondeu num tom calmo. Já estava de pé.

- Não quer nenhum remedinho? - Perguntou Dylan.

- Não precisa, Dylan. Estou bem. - Disse, dando um abraço nos irmãos e um beijinho na bochecha do alienígena.

- Enfim, estamos todos reunidos! - Disse Dylan, com uma animação contagiante. - Doutor, pretende passar a noite aqui?

- Eu não estava cogitando isso, mas agora que você disse, não me parece uma má ideia. - O moreno respondeu, lançando um olhar alegre porém disfarçadamente sugestivo á Liza. Isso a fez corar na mesma hora. - Quer que eu vá pegar algumas roupas na TARDIS?

- Não precisa, eu te empresto um dos meus pijamas. - O galês respondeu. - Ei, Liza, você poderia mostrar a ele o quarto de hóspedes?

- S-sim, sim, claro, claro. Eu gostaria. Gostaria bastante. - Gaguejou a irlandesa, com os olhos arregalados, extremamente corada e trêmula.

-  Espera aí um minutinho... - Allistor surgiu da cozinha. - Só os dois?

- ... hm, sim? - Dylan respondeu, num tom de 'é óbvio'.

- Só ELES?? - O escocês perguntou, incrédulo, colocando ênfase no 'eles'.

Liza soltou um suspiro.

- Allistor, não sou mais uma garotinha. - Disse em um tom de deboche. - Eu vou me comportar, juro. Vamos, Doutor.

- Ela já é bem crescidinha. - Acrescentou Dylan.

O Doutor seguiu Liza até as escadas.

- Ou, pelo menos, vou tentar me comportar. - Liza cochichou no ouvido do rapaz, num tom de voz muito sedutor.

Ele corou carregadamente, arregalou os olhos e quase tropeçou nos próprios pés.

- Oh, Liza, sua garotinha danada! - Disse com um sorriso.

- Eu? Nem um pouco! - Respondeu Liza, gargalhando.

Os dois riram até chegarem a porta do quarto.

- Esse quarto é bem grande! - O Doutor disse, se jogando na cama. - Hmmm, macio...

- Tonto. - Liza murmurou, dando um sorriso aconchegante.

O quarto era significamente grande, com uma espécie de degrau que separava o piso ao meio. Na parte inferior ficava a cama king-size, do lado dela tinha um criado-mudo com uma luminária num formato de coração, uma cômoda, um guarda-roupa e um pufe roxo. Na parte superior ficava um sofá encostado numa parede e uma TV de 40 polegadas em cima de um rack encostados na parede oposta. No teto havia uma luminária retangular.

- Posso te fazer uma pergunta? - Disse Liza, enquanto se sentava no sofá.

- Pode, sim. - O Doutor respondeu, esparramado na cama, jogando as pernas no ar e as balançando.

- É uma pergunta meio... pessoal.

- Liza, fica tranquila, pode perguntar. - Respondeu o lindo rapaz, deitando-se de barriga pra baixo na cama e erguendo a cabeça para olhá-la. Essa vista quase fez Liza esquecer da pergunta.

Ah, aqueles olhos enormes que a faziam se derreter cada vez que os via.

- Você... já passou o Natal com outra pessoa? Pode falar, não vou ficar com ciúme, juro. - Disse Liza, num tom seguro e confiante.

- Hmmm... Sim. Mas foi bem antes de te conhecer. - O rapaz respondeu, com um olhar melancólico. Seu humor mudou subitamente. - E você?

- Bem, com outras pessoas a não ser meus irmãos, não. - Liza soltou uma risada fraca. - Quer dizer, já passei o Natal com os meus amigos, esse ano eu iria passar com eles novamente, mas infelizmente não deu certo. Eu passei a grande maioria dos meus Natais sozinha. Não me leve a mal, eu gosto de passar o Natal com os meus irmãos, mas acontece que... ás vezes eu gosto de ficar sozinha. - Terminou, com um suspiro.

- Te entendo. - O Doutor respondeu, se levantando da cama macia e indo se sentar ao lado dela no sofá. - Eu também passo a maior parte dos Natais sozinho. Veja, em Gallifrey nós também tinhamos vários feriados iguais á esse, onde nos reuníamos com nossas famílias e celebrávamos até tarde da noite, mas depois de tudo o que aconteceu... - Ele fez uma pausa enquanto respirava fundo. - ... Eu meio que não quis mais passá-los com ninguém.

- Que triste. - A moça disse, olhando fundo nos olhos dele.

Houve uma pequena pausa.

O alienígena quebrou o silêncio, e disse, olhando pra cima:

- Olha, ali na parede, parece um visco. - Ele deu um largo sorriso enquanto observava o pequeno raminho colado na parede, acima do sofá.

- Mas é um. - Murmurou Liza, dando um sorrisinho tímido e posicionando a mão na bochecha do Doutor.

Ele corou bem de leve e murmurou um 'oh'. Ela deu uma risadinha e colou seus lábios  nos  dele. Ele soltou um grunhido bem baixinho de surpresa. Mas depois correspondeu ao beijo.

O beijo era intenso e passional, mas também era calmo e romântico. Liza guiou com sua mão livre uma das mãos do rapaz e a acomodou em sua cintura. O Doutor a enlaçou com um de seus braços e apertou, puxando-a para mais perto. Era uma sensação tão boa, nenhum dos dois se cansavam do outro. Liza teve a sensação de que iria explodir e o Doutor mal conseguia aguentar seus corações batendo num rítmo tão deliciosamente frenético. Poderia ter sido eterno.

Os dois pararam para encher os pulmões de ar.

- Liza, você beija tão bem. - Disse o rapaz, com um olhar atordoado, dando um sorriso bobo e com a respiração entrecortada. - M-melhor q eu, acho.

- Que mentira! - A irlandesa respondeu, também com a respiração entrecortada, com o rosto a centímetros de distância do dele e levemente corada. - Você beija muito melhor que eu.

- Ah, acredito eu que você queira a prova definitiva disso? - O Doutor perguntou, com uma faísca apaixonada nos olhos, porém com uma pitada de malícia.

- Oh, sim. - Liza o imitou e com isso o beijou novamente. - Quero muito. - Disse entre os beijos.

O Doutor foi levemente se deitando no sofá com Liza montada em seu colo. O beijo tinha evoluído de intenso e calmo para 'tão-intenso-que-alguém-ligou-o-aquecedor-em-pleno-verão'  e frenético. Era puramente físico e provocante, onde o desejo que ambos tinham um pelo outro era claramente transmitido através daquele beijo. Era como se fosse um tipo de competição onde os dois participavam para ver quem ficava no comando. O rapaz arrastou suas mãos até os quadris da moça e os apertou levemente. Foi a vez dela de soltar um grunhido de surpresa. O Doutor deu um leve sorriso enquanto a beijava passionalmente. A língua do alienígena passeava pelo lábio inferior da moça, fazendo-a gemer. Liza colocou as mãos nos cabelos incrivelmente macios do rapaz, os acariciou e os puxou de leve. Ele soltou um grunhido de puro prazer em seus lábios, fazendo-a se arrepiar.

Ao recuar para trás, Liza mordeu o lábio inferior do Senhor do Tempo, que soltou um gemido  quase inaudível.

- Suponho que você colou esse visco na parede de propósito, talvez? - O Doutor murmurou com a voz rouca e sensual, o olhar faminto e carregado de desejo, sorrindo e com os olhos escurecidos.

- Eu? Não, eu nem sabia que você viria e que iria ficar exatamente nesse quarto. - Liza disse sarcasticamente enquanto se inclinava novamente para beijar o pescoço do alienígena. Esse gesto o fez se arrepiar inteirinho.

Durante esse momento interminável de quase-êxtase, ouviram Dylan gritar no andar inferior:

- A ceia está pronta, pombinhos. Venham comer!

- Você estão demorando demais aí em cima! - Allistor se juntou aos berros.

Liza revirou os olhos.

- Acho melhor descermos, não vou deixar que meus irmãos comam tudo sozinhos. - Liza murmurou, enquanto se levantava do sofá e ficava de pé.

- É mesmo?? - O Doutor disse, com o sorriso enorme de sempre e ao se levantar, ficou do lado dela.

- E além do mais, eu não recuso comida por nada desse mundo. - Completou Liza, caminhando até a porta.

- Bem, sendo assim... - O Doutor disse, parando ao lado da moça e se inclinando na direção do ouvido dela. - ... vamos deixar pra outro dia então, hm? - Ele cochichou.

- E-está bem. - O gesto fez Liza corar furiosamente. Abriu a porta do quarto completamente trêmula enquanto o Doutor dava risada ao ver a cena.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem :D .


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